Nas últimas semanas tivemos algumas mudanças no governos que intensificaram alguns movimentos de combate à inflação, como a substituição do MME, Bento Albuquerque pelo Adolfo Sachsida, que já veio com propostas mão na massa na política de preços da Petrobras, alegando ter as ideias alinhadas com o Governo.
As reformas propostas para a Petrobras devem afetar diretamente a forma como a empresa precifica seu produto, e por consequência o lucro da companhia, veremos esse reflexo no preço da ação na bolsa que pode causar uma fuga de investidores desse papel, uma vez que a política de preços da Petrobras que é garantida por estatuto é o que faz a empresa ser um bom negócio. A proposta visa diminuir a pressão inflacionária causada pelos combustíveis. É interessante observar o movimento que as demais estatais devem tomar com esse tipo de intervenção do Governo, podendo haver uma fuga generalizada.
Nem tudo é tão simples, e intrigas que acontecem entre executivo e judiciário trazem preocupações pois as trocas de farpas diminuem o equilíbrio entre os poderes, e em pleno ano de eleição isso é péssimo para a imagem de quem quer manter seu assento. Bolsonaro constantemente critica a segurança eleitoral e os juízes do STF, afastando aliados da Câmara e do Senado, e por consequência, dificultado ainda mais a vida dele próprio. Não é uma questão de certo ou errado, mas sim de como isso afasta base aliada e trás percepção de desconfiança para a política Brasileira.
Se fosse apenas isso, mas volta a pipocar o risco fiscal e aumentos para servidores públicos que, em alguns setores, seguem em greve. A medida é considerada populista, enquanto o Governo e a oposição juntos declaram que o teto de gastos é um empecilho para a administração do país.
A pimentinha fica para a última fala de Powell que ressaltou que a próxima alta de juros será de 0,5bp, mas que serão mais agressivos se a inflação não arrefecer. Mencionou não saber qual seria a taxa neutra, mas que se for preciso subir juros ainda acima da taxa neutra, será feito. Após essa fala, surgiram na CME apostas de Juros Americano à 4%, algo que até semana passada era impensável. Fica o registro.
Resumo O cenário se volta a cobrar, temos:
Crise política no país — isso diminui a credibilidade democrática e aumenta o risco Brasil
Crise fiscal — ataques contra o teto de gastos e medidas populistas, aumentando o risco Brasil
Crise inflacionária — não só no Brasil mas no mundo, causando fuga de capital de investimento.
Busca por segurança doméstica — players expostos a ações estatais, e particularmente da Petrobras, podem buscar tomar dólar para hedge da operação (se já não estão).
No gráfico Achei exagerada a perda de 4970 ontem, suponho que o preço não deve cavocar mais, a menos que alguma melhora no cenário aconteça. Sobretudo, a condição macro prevalece por isso o stop longo, abaixo de 4900. A primeira parcial fica em 5067 para tirar completamente o risco da operação. O fim da operação é em 5200.
Trade fechado: stop atingido
A dinâmica do mercado mudou, temos novas entradas de capital no Brasil e uma perspectiva positiva para reabertura da China. Vou fazer outro post sobre isso no memento oportuno. O risco brasil ainda prevalece.
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