Tesla ganha protagonismo, mas o que esperar?A Tesla (TSLA) teve ex-post novembro de 2024 com uma impressionante valorização de 54% em suas ações em um rally de 21 dias, sustentada por uma combinação de fatores internos e externos que reacenderam o entusiasmo de investidores.
O que temos para esse fim de ano?
A divulgação de resultados financeiros acima das expectativas, incluindo crescimento em mercados estratégicos como a Índia, reforçou a percepção de que a empresa está conseguindo equilibrar sua eficiência operacional em um cenário de margens cada vez mais pressionadas. Além disso, a Tesla ampliou sua infraestrutura de carregamento em parcerias com outras montadoras e avançou na produção em larga escala do Cybertruck, um modelo esperado há anos que agora se apresenta como potencial motor de receita.
Tivemos também o protagonismo de Elon Musk na corrida eleitoral de Trump, declarando seu apoio ao vindouro presidente. As medidas de protecionismo prometidas por Trump devem favorecer as ações domesticas e particularmente a Tesla por cortar for a concorrência Chinesa.
O que temos para 2025?
Para 2025, as expectativas em torno da Tesla estão carregadas de otimismo, mas também de ceticismo. Elon Musk prevê um crescimento de 20% a 30% nas vendas anuais, ancorado no lançamento de um modelo acessível, com preço inferior a US$ 30 mil, e no sucesso contínuo do Model Y renovado. Analistas, entretanto, projetam números mais modestos, entre 12% e 13%, citando uma desaceleração na demanda por veículos elétricos em mercados saturados e o aumento da concorrência, especialmente de empresas como a chinesa BYD.
Esse contexto exige que a Tesla mantenha uma taxa de inovação constante para se diferenciar no setor, apostando não apenas em preços competitivos, mas também em tecnologias avançadas, como a condução autônoma, que continua sendo um atrativo significativo para consumidores.
No entanto, o cenário político e econômico global apresenta desafios significativos. A reeleição de Donald Trump representa uma virada nos incentivos fiscais que beneficiam os veículos elétricos, dado o histórico de sua administração anterior em priorizar fontes de energia tradicionais. Isso criaria barreiras adicionais para a Tesla em seu mercado doméstico, onde já enfrenta dificuldades como taxas de juros elevadas que limitam o acesso ao crédito automotivo.
Em contradição, tensões comerciais entre os EUA e a China poderiam prejudicar a Tesla, que tem uma dependência significativa de componentes e vendas no mercado chinês, e também tem participação relevante, os Chineses gostam de Tesla.
Ainda falando de contradição, vem se falando da política "drill baby, drill", onde Trump pretende incentivar petroleiras de xisto a prospectarem ainda mais petróleo, forçando assim a cotação do petróleo para baixo. O que por um lado é um alívio inflacionário e resolve parcialmente o problema de juros altos, gasolina barata é um péssimo incentivo para transição energética.
O que eu penso para 2025
Penso que Tesla é um ativo que será bem volátil, parecido com o que temos para NVDA hoje, sobretudo, a figura de Elon Musk pode ser um complicador. Com sua personalidade polarizadora e envolvimento em discussões políticas, também adiciona uma camada de complexidade. Apesar de seu apelo como visionário tecnológico, suas declarações públicas e apoio explícito a Trump têm alienado uma parcela dos consumidores mais progressistas, além de, poder ser retaliado, ou, se beneficiar de acordo com as narrativas imprevisíveis de Trump. Estudos recentes indicam que cerca de um terço dos potenciais clientes estão menos inclinados a considerar a compra de veículos Tesla devido à postura pública do CEO, o que pode limitar a expansão da base de consumidores em um momento em que a empresa precisa captar novos públicos.
Observar com atenção como a China vai reagir a política protecionista de Trump, e se haverão taxas em Tesla ou genericamente me EVs. E particularmente observar como está a produção de petróleo pela OPEP e estoques, identificando assim se comporta o preço da gasolina, lembrando que a TSLA não produz veículo hibrido.
É importante ficar de olho na política " desinflacionista " do Trump, se ela existir, claro. Esse pode ser o key indicator para operar ações e índices americanos em 2025. Vale lembrar como mencionei em outro estudo, Tesla pesa cerca de 8% no composto de consumo do S&P500, também relevante na Nasdaq e no Dow Jones, para aqueles que gostam da volatilidade dos futuros e das opções.
leitura base:
bpmoney.com.br
www.bloomberg.com
www.bloomberg.com
www.bloomberg.com
Gfauth
De olho na dominânciaRecentemente observamos o movimento do mercado de criptomoedas, particularmente no gráfico Bitcoin, em resposta a corrida eleitoral dos EUA, a vitória do Trump e todos os eventos que estão em evidência, como o ciclo de afrouxamento monetário nos EUA, Inteligência Artificial e produtividade, e os conflitos no mundo. Todos esses eventos fazem preço no mercado dadas devidas proporções, e alguns deles são cíclicos e outros não.
Para além de todos os eventos de risk-on/risk-off que vemos criar demanda por bitcoins, não podemos esquecer a própria ciclicalidade do Bitcoin que é o halving, onde o prêmio de mineração diminuí pela metade a cada 4 anos, gerando escassez no sistema.
É pelo ciclo que trago à mesa a reflexão do ciclo de dominância entre Bitcoin e Ethereum, onde podemos perceber como ambos ativos se comportaram no ciclo passado e um bom sinal de fim de ciclo e início de outro.
A dominância do mercado é basicamente quantos % o ativo domina sozinho da capitalização de mercado total. Podemos ver no gráfico que a linha laranja e a linha azul representam a o market cap do BTC e do ETH respectivamente. Em resumo, é aonde está o dinheiro e qual o tamanho da representatividade desses ativos no total do mercado.
Muito bem, entendendo o ciclo de halving como de geração de valor para o Bitcoin, é de se esperar que o BTCUSD ganhe força, e por consequência % de capitalização de mercado frente as demais do ecossistema, por isso, vemos que o Bitcoin flutua com uma dominância média de 55% enquanto Ethrereum 16%
Em ciclos de halving passados vimos a dominância do Bitcoin escalar para 70% à 80% antes de iniciar o impulsionamento da altcoin season. Enquanto a dominância do Ethereum foi de 20% à 10% antes do início do altcoins season. Estaríamos vendo um ciclo semelhante novamente?
Obviamente valores de 10% ou de 70-80% podem ser considerados níveis de atenção, e não necessariamente de atuação, pois os preços não são absolutamente correlacionados a dominância. Podemos observar que a dominância do bitcoin subiu vagarosamente por anos enquanto o preço esteve levemente consolidado. Já comparando o gráfico Ethereum com sua dominância, existes descolamentos frequentes que podem se comportar como armadilhas para os menos atentos.
Além disso, a persistência na dominância do Bitcoin será uma realidade mais evidente quanto mais investidor institucional de longo prazo encarteirando BTCs. A verdade é, Bitcoin e as demais criptomoedas são ativos jovens que ainda não estão em sua plenitude, por isso não podemos confiar em regras absolutas ou sinais engessados como os vícios do mercado tradicional.
BTC deve renovar máxima com TrumpBitcoin dólar opera em tendência altista desde setembro e o 67mil pode ser um excelente ponto de compra para o mês de Novembro.
O mercado está animado pois começou a precificar uma potencial vitória de Trump na eleição contra a Harris nos EUA. Isso acontece porque Trump fez declarações positivas em relação as criptomoedas e até mesmo lançou produtos com o símbolo do Bitcoin estampado.
O mercado está estagnado na região ampla desde o início do ano e pode estar embalado para uma nova bullrun neste final de ano.
No desenho do gráfico temos uma regressão linear onde conseguimos verificar que o mercado distribuí preços entre um range definido e sempre retorna a média, sem se afastar muito pra cima ou para baixo, e região dos 67mil é chave, pois é banda de inferior da regressão. E a média da regressão está acima do 70.
Lembrando que o mercado é soberano e essa é uma distribuição estatística do ativo, baseando em fundamentos e valuation.
Trump trade e a sua dinâmica - reflexãoUm tanto se fala de quais seriam os Trump Trades para essa eleição, isto é, quais posições devem se favorecer numa eventual vitória de Trump na eleição americana. Essa não é uma pergunta assim tão difícil se você entende o que Trump defende, todavia nessa eleição vimos uma dinâmica interessante no mercado americano, pois correlações que são normalmente negativas se tornaram positivas dando um ar de grande excepcionalidade para a dinâmica dos mercados. Isso acontece devido ao número grande de variáveis como guerras, inflação, revolução AI e Juros.
Mas porque isso aconteceu? Pode ser um sinal de que os tempos mudaram? Primeiro vamos entender as duas classes de ativos.
Classes de ativo
Normalmente o mercado é dividido em duas classes, os ativos de risco e os ativos de segurança.
O ativo de risco é aquele que performa bem em cenários de crescimento, PIB forte, inflação controlada, e possuem risco embutido pois seus resultados são variáveis, como por exemplo ações, índices, criptos e moedas.
Já os ativos de segurança são aqueles que são mais resistentes a volatilidade do mercado, e tendem a ter uma precificação mais lenta e perene, pagando baixos dividendos ou com baixa volatilidade na sua variação de preço, são esses algumas moedas, como o Iene, o Franco Suíço e o Dólar; alguns metais como Ouro e as vezes a Prata; e títulos de governo como as Treasures.
De forma simplificada quando os ativos de risco sobem, os ativos de segurança caem e vice versa, salvo eventuais mudanças nos fundamentos desses ativos, podendo ser política monetária, políticas fiscais, importação/exportação, oferta e demanda, geopolítica e outros fatos que podem fazer o preço descorrelacionar momentaneamente a razão do Risco x Seguraça .
Mas o que isso tem a ver com o playbook Trump Trades
No gráfico em anexo podemos observar as duas classes de ativos misturadas, pois eu trouxe ativos de risco e segurança para representar de forma ampla o movimento de mercado que vimos desde o primeiro debate entre Harris e Trump no dia 10/09.
De forma prática, tivemos uma alta em todos os ativos nesse recorte de data, o que é contraintuitivo. Ativos como ações (S&P500 em marrom, e Bitcoin dólar em laranja) normalmente operam com correlação positiva alta, isso é, quando o S&P500 cai, representando uma realização de lucros ou até mesmo uma fuga do risco o Bitcoin deve seguir o ativo principal, e por consequência os participantes do mercado passam a comprar ativos de segurança, ouro, dólar ou títulos. Então nesse os ativos de segurança vão subir enquanto os ativos de risco vão cair.
Só que o que eu chamar a atenção é que nos últimos dois meses vimos os principais ativos de segurança e ricos subirem juntos, muito intrigante.
A explicação se dá no perfil político e desejos de governar de Trump, aonde através de algumas declarações ele mencionou que diminuíra os impostos e aumenta tarifa de importação, uma medida protecionista.
O fato dele ser pró-mercado e dele apoiar as criptomoedas faz com que o mercado veja upside para o mercado de risco, mas suas medidas e o seus discursos também fazem o dólar ganhar força frente as outras moedas, e os players pedirem mais premio de risco nos treasuries. É por isso que vimos todas as classes subindo juntas. Claro que os fatores geopolíticos e econômicos afetaram os mercados nos últimos meses, mas de forma intensificadora invés de refratora.
Conclusão da resenha
Isso quer dizer que os EUA vão produzir mais, haverá mais emprego, mais renda e mais PIB, consequentemente haverá mais inflação. Não apenas isso, dólar se valoriza com medida protecionista afinal os juros seguem altos no seu governo e o endividamento aumenta a preocupação com o fiscal, que retroalimenta a entrada de dólares despatriados para aproveitar juros altos e necessidade de cortar juros mesmo com inflação exacerbada.
Seria o bitcoin uma saída para essa bola de neve fiscal?
Será que o Trump está disposto a por o dólar a prova frente as Criptos?
Podemos afirmar que o Trump usou Bitcoin apenas para sua campanha?
Eu tenho certeza que independentemente de quem ganhar, a bomba está aí, e ela vai explodir na mão de alguém...
ASML colabora com rotationQuem acompanhou a sessão do mercado deve ter visto diversas notícias sobre o balanço ruim e o péssimo guidance futuro.
As ações da ASML caíram mais de 16% depois que a empresa divulgou acidentalmente seu relatório de lucros do terceiro trimestre, que incluiu um corte significativo em sua previsão de vendas para 2025. Esse ajuste reflete a demanda mais fraca por suas máquinas de litografia Ultravioleta Extrema (EUV), essenciais para a produção avançada de chips. O impacto dessas mudanças levantou preocupações entre os investidores em relação à recuperação geral do mercado de semicondutores.
Esse foi o gatilho para a queda vertiginosa do índice de tecnologia NASDAQ e de alguns de seus clientes, como TSMC, Samsung e Intel. Isso tudo influenciou as maiores companhias que sustentam o rally dos índices americanos, e hoje vemos uma rotação para os índices industriais, como o Dow Jones Futures e também o Russell Futures.
A lógica de rotação serve para sair dos ativos que impulsionaram o rally até agora e, com o pivot dos juros, começa a ser mais interessante investir em outras classes de ativos que estão menos valorizadas devido ao alto juro. Esse é um sinal de mudança de ciclo e deve ser observado de perto.
Você sabia que da pra apostar na eleição dos EUA?É isso mesmo, existem tokens desenhados para fazer operações de hedge ou até mesmo especular em cima das eleições dos Estados Unidos através de criptomoedas DeFi.
São os instrumentos de Swap que são encontrados nas plataformas de Decentralized Finance, como a Uniswap. Normalmente, esses tokens dos candidatos (Harris e Trump) operam na rede do Ethereum através do Wrapped Ethereum, que é um token ERC-20 que representa o Ethereum (ETH) em uma forma "embrulhada", tornando-o totalmente compatível com o padrão ERC-20 da blockchain Ethereum. Complexo? Vou explicar.
O que é ERC-20?
A rede ERC-20 é um padrão técnico usado para criar e emitir contratos inteligentes na blockchain Ethereum. Ele define uma lista de regras que um token deve seguir para ser considerado um token ERC-20. Essa padronização é fundamental para a interoperabilidade dos tokens dentro do ecossistema Ethereum, permitindo que diferentes aplicativos e contratos interajam de maneira consistente.
O que é Wrapped Ethereum?
Como mencionei acima, o WETH é um token ERC-20 que representa o Ethereum (ETH) em uma forma compatível com o padrão ERC-20 da blockchain Ethereum. Esse token é essencial em protocolos DeFi como Uniswap, Aave ou Compound, onde a maioria dos ativos é baseada no padrão ERC-20. Usar WETH permite que o Ethereum interaja facilmente com esses protocolos e participe de pools de liquidez ou pares de negociação.
O WETH surge quando os usuários "embrulham" seu ETH enviando-o para um contrato inteligente que devolve uma quantidade equivalente de WETH. Este processo é reversível, permitindo que o WETH seja "desembrulhado" de volta para ETH a qualquer momento.
Agora que já entendemos o mecanismo por trás, fica mais palpável entender como funcionam os tokens Harris e Trump negociados por WETH.
Entendendo os tokens da eleição.
O preço de ativos como o HARRISWETH e o TRUMPWETH (uma combinação de Kamala Harris e Wrapped Ether ou Trump e Wrapped Ether) se move com base em vários fatores comuns no mercado de finanças descentralizadas (DeFi) e criptomoedas.
A lei que regula todos os mercados, sejam eles centralizados ou descentralizados, é a oferta e a demanda, e nesse ativo não é diferente. O preço é influenciado pela disponibilidade de liquidez em pools como a Uniswap. Quando há pouca liquidez ou grandes ordens de compra/venda, o preço pode variar drasticamente devido à oferta limitada. Mas existem outros fatores que, no caso em especial, criam demanda pelo ativo.
O sentimento de mercado talvez seja o mais pujante aqui. Ativos especulativos veem mudanças rápidas de preço com base em emoções de mercado, como medo e ganância. Para um ativo como esse, que contém o nome de uma figura política (Donald Trump), qualquer notícia ou percepção pública relacionada pode afetar a demanda. Isso faz parte da cultura meme no ambiente de criptomoedas.
É importante ressaltar que o desempenho do WETH como ativo único também influencia o preço desse ativo. Afinal, é um par de tokens negociados; se o gráfico do Ethereum sofre alguma influência e perde força, isso impacta diretamente os preços do WETH e pode valorizar naturalmente os pares Harris ou Trump.
No curto prazo, isso pode ser apenas uma brincadeira, mas esse é um ativo real e reflete reais oportunidades de negócio, podendo servir de proteção para participantes do mercado que buscam proteger-se de um governo específico, ou até mesmo premiar aqueles que desejam especular a favor ou contra algum candidato específico. Os tokens tendem a se valorizar conforme o resultado da eleição, podendo o token contrário "virar pó", perdendo completamente o valor.
Como todo investimento, é importante tomar decisões sustentadas por fundamentos, buscando o prêmio de risco naquela operação — se houver. Com um olhar agnóstico. Trabalhar por fanatismo não é o melhor dos caminhos.
Há um bom ditado: " amigos são amigos, negócios à parte ".
Petróleo vai para 60 o barrilaté abril de 2025, essa é minha aposta.
O meu ponto se sustenta na tese do retorno da China e da perspectiva de superaquecer o mercado de petróleo, após uma sinalização positiva da Arábia Saudita de que poderia aumentar sua produção para suprir a necessidade da China.
A China deve retomar o estímulo ao crescimento e, para tal, invariavelmente consumirá mais petróleo dos seus fornecedores. O aumento da demanda é estrutural e impactará o consumo do óleo no mundo todo, mas principalmente na China. O estímulo não será focado apenas em infraestrutura de moradias, mas em infraestrutura de maneira geral naquele país, além de fomentar outras áreas como a produção industrial de chips e automóveis.
Para conseguir todo esse petróleo sem impactar o preço, a Arábia se dispôs a aumentar a sua produção para captar o máximo de recurso desse momento, visto que a Arábia tem interesse em diminuir sua dependência de um ativo único, como o petróleo.
Sobretudo, o risco anda perto, e estamos no olho do furacão para falar de petróleo, ainda mais com uma tese pró-ciclo de crescimento.
Os riscos de alta
Essa tese faz o petróleo se tornar um ativo de hedge importante nas carteiras de investidores da retomada do crescimento. Tudo que freia ou atrapalha o petróleo são as consequências geopolíticas e climáticas mais recentes.
No momento, vivemos uma questão sensível no Oriente Médio: o conflito entre Israel, Hezbollah e Irã, que juntos trazem preocupação global.
Semana passada, o Irã lançou um ataque contra o território israelense, o que provocou uma volatilidade importante no mercado de energia. Israel, por sua vez, prometeu retaliar e insinuou que atacaria as instalações de extração de petróleo e nucleares do Irã, podendo estressar ainda mais o petróleo. No momento, os EUA e a Europa juntos tentam moderar a potencial resposta do Primeiro-Ministro Netanyahu frente aos ataques sofridos. Incursões no Líbano atrás do grupo Hezbollah continuam, e Israel promete uma guerra longa.
Além disso, a temporada de furacões nos EUA segue atrapalhando operações no Golfo do México, onde a maior parte das instalações petrolíferas offshore atuam. Embora tenhamos visto estoques de petróleo altos nos EUA nesta semana, a parada das produções afeta diretamente o abastecimento, e os potenciais danos e destruição das instalações também atrasam a retomada da produção.
Frente a esses dois riscos de alta, o mercado de petróleo pode ainda ter de $5 a $15 de prêmio de risco acima de 70 dólares, sendo um ativo de hedge para estresse na guerra de Israel ou consequências climáticas.
Aqueles que quiserem operar pró-ciclo devem vender a cada stress vindo do Oriente Médio. O contrato de abril de 2025 opera com basis negativo frente ao contrato vigente, e tem uma correlação de Pearson menor, mas ganhou corpo no último mês e tem um prêmio de risco similar, mas ainda opera em backwardation (quando o basis é negativo frente o contrato atual).
Movimentação do preço
Considerando a retomada de crescimento e investimentos na China, espera-se que o petróleo siga em rota de queda para a região de 60 dólares o barril, um downside de 10 a 15 dólares, visto que, de máxima a mínima, e vice-versa, é o swing médio da movimentação do preço.
Traçando uma regressão linear, tudo mais constante, o preço médio de 60 dólares deve ocorrer próximo de abril do ano que vem, mais de 180 pregões. Consideraria o preço do barril até mesmo abaixo de 50 dólares, mas o prêmio do risco geopolítico está embutido, e na minha análise é de 10 a 15 dólares.
A China voltouTivemos um fim de setembro muito agitado na Ásia após o tão, tão esperado estímulo ao mercado pelo governo. Caso você não saiba, o mundo espera um estímulo à economia chinesa há pelo menos dois anos.
Vamos recapitular
A China é a fábrica do mundo, por consequência, o maior consumidor de matéria-prima e exportador de semiacabados do mundo, um importante player na indústria.
Todavia, após a pandemia em 2021, essa indústria desacelerou fortemente depois de ter se expandido de forma significativa. Particularmente a indústria imobiliária chinesa, a maior consumidora de SGX:FEF2! Ferro e cliente da BMFBOVESPA:VALE3 Vale. Podemos ver abaixo a alta do ferro, que estava abaixo de 80 dólares antes de 2020 e chegou a bater 220 dólares em julho de 2021.
Isso aconteceu pelos estímulos incessantes do governo chinês, que visavam financiar as empreiteiras para construir infraestrutura e, por consequência, gerar um crescimento descomunal no Produto Interno Bruto (PIB) do país. Isso funcionou até o momento em que a dívida atingiu as incorporadoras, que não conseguiam vender os imóveis por falta de moradores. Assim surgiram as famosas cidades fantasmas da China.
Quem não se lembra do famoso caso da Evergrande? $HKEX:3333. Essa foi uma das maiores incorporadoras da China, que teve a falência decretada em 29 de janeiro deste ano, sendo responsável por 40% das casas e prédios construídos no projeto. Um belo retrato de como não funciona criar oferta quando não há demanda, usando artifícios financeiros.
O que aconteceu agora?
Mas isso é passado. No dia 24 de setembro de 2024 começaram os rumores, mas em 27 tivemos um comunicado do Presidente Xi Jinping de que a China estimulará a economia em 2 trilhões de iuanes (284 bilhões de dólares), acompanhado de um corte de 20 bps na taxa de reverse swap de 7 dias e um corte de 50 bps no compulsório dos bancos, o que deve ajudar a China a bater a meta de crescimento de 5% no ano, estimando elevar a produção industrial para 0,4%.
Isso não aconteceu isoladamente, o governo chinês estava esperando uma sinalização mais concreta de reaceleração dos EUA, pois um depende do outro para fabricar e consumir.
O resultado foi um só: festa no parquinho. Todas as bolsas asiáticas subiram forte, com o Hang Seng acumulando uma alta de mais de 20% em menos de 10 dias no momento em que escrevo este texto. Os mercados nos EUA também puxaram positivamente, especialmente as mineradoras e beneficiadoras brasileiras:
É importante ressaltar que o estímulo não vai apenas para a indústria de infraestrutura, mas também para explorar novos horizontes como baterias elétricas, carros elétricos e chips para IA, o que afeta outras commodities metálicas relevantes na indústria.
O que esperar?
É de se esperar que a China volte a crescer fortemente, porém, ainda temos que aguardar o resultado das eleições americanas.
Caso Trump ganhe a eleição, ele aposta em uma política econômica protecionista, onde evitará envolver a China em comércios estratégicos. Isso pode atrapalhar o crescimento do gigante e, com isso, o fluxo de investimentos para a China pode acabar indo para outros lugares, como México, Índia ou Chile. Um pouco pode vir ao Brasil, mas estamos muito atrelados à China. Ao investir em certas empresas no Brasil, indiretamente você investe na China.
Bons negócios.
FOMC vai cortar — para onde vai o dinheiro?Depois da desinverção na curva de juros , as pessoas que acompanham o macro do mercado estão todas aguardando o primeiro corte de juros nos EUA, e o mercado tem quase certeza de que isso acontecerá agora em setembro (também tenho alta convicção). A discussão gira em torno de se esse corte será de 0,25 ou 0,50 pontos percentuais.
Nesta semana, no dia 18 de setembro, teremos o FOMC, e os diretores de política monetária dos EUA vão votar por um corte de 25 bps ou 50 bps, além de apresentarem suas perspectivas no famoso dot plot. O dot plot é um relatório no qual os membros do comitê indicam suas projeções para a taxa de juros nos meses subsequentes, fornecendo uma direção sobre como eles veem o futuro da curva de juros.
Nas Opções de Juros da CME, as apostas são ainda mais agressivas, precificando três cortes de 50 bps até o final do ano, o que significa uma redução de 1,5% nas taxas de juros ainda este ano. É importante mencionar que a ferramenta FedWatch da CME reflete apostas no mercado de opções, amplamente utilizadas para hedge, e não necessariamente representa a realidade.
Contudo, nesse cenário, temos um estímulo mais forte na economia, o que pode ser um choque significativo para revitalizar o mercado de small caps americanas.
Mas o que isso significa na prática?
Como mencionei anteriormente, o mercado profissional estava aguardando esse momento para intensificar a rotação entre os setores, dado que o ciclo de corte de juros está prestes a começar. Podemos ver isso claramente nos Futuros do Dow Jones, onde o mercado está operando renovando máximas acima de 41.600, acompanhado pelo Índice S&P 500, que está operando muito próximo de sua máxima. Enquanto isso, o índice que teve o melhor desempenho recentemente, o NASDAQ de tecnologia, opera em 19.400, ainda distante de sua máxima de 21 mil.
Isso ocorre porque os setores mais sensíveis às taxas de juros estavam sendo impactados negativamente pelo aumento dos juros nos EUA, já que a alta dos juros encarece o custo operacional de muitas empresas. Agora, os ativos que superaram o mercado desde 2022, principalmente aqueles expostos à mania da Inteligência Artificial, devem começar a perder parte do prêmio adquirido por suas performances espetaculares.
Por fim, a sinalização é clara: o corte de juros está a caminho, mas não sou capaz de prever com precisão o tamanho desse corte. Apenas fique atento aos novos ativos do momento, como CBOT_MINI:YM1! e CME_MINI:RTY1! , que prometem ótimas oportunidades no novo ciclo de política monetária.
O mercado inicia a desinverter a curva de jurosDurante o ano todo, vimos o Federal Reserve americano lutando para convergir a inflação para a meta de 2%, apostando em manter os juros na faixa de 5,25% a 5,50%. O fato é que observamos um mercado de trabalho muito resistente ao abrandamento.
O contexto disso é que, quanto maior a taxa de emprego de um país, mais dinheiro circula na economia, e mais as pessoas gastam. Com a maior demanda e oferta constante, os preços sobem. Economia básica: renda > consumo > inflação.
Todo esse cenário de juros altos e combate à inflação levou os investidores a "desacreditarem" nos EUA no longo prazo, exigindo um prêmio maior para os títulos de curto prazo. Isso significa que os títulos do governo com vencimento de 2 anos pagam mais do que os títulos de 10 anos. Afinal, por que você alocaria seu dinheiro por 10 anos em um título que paga menos do que uma alocação de 2 anos, sendo que o risco é o mesmo?
Porque o mercado tinha preocupações de curto prazo que obrigavam o governo a buscar financiamento e pagar mais para prazos menores, e essas preocupações estão relacionadas à inflação, conforme mencionado anteriormente.
À medida que a inflação desacelerou, a curva de 10 anos subtraída pela curva de 2 anos voltou a "desinverter", ou seja, no gráfico abaixo, voltou a se aproximar de um valor positivo. Observe nesse gráfico que o valor do spread da curva (T10 - T02) é negativo, significando a diferença positiva que o título curto paga a mais .
No entanto, no dia 05/08, o mercado de juros ficou por alguns minutos desinvertido, e os agentes passaram a exigir mais prêmio para a alocação de longo prazo em comparação com a de curto prazo causando a famosa desinverção. Mas o que aconteceu no dia 05 de agosto?
Yield Steepen e o Bank of Japan
Em 5 de agosto, o Banco do Japão inesperadamente encerrou a política de juros negativos (a banda), que durou oito anos, elevando sua taxa de juros e tornando o custo de empréstimo no Japão positivo. A reação imediata foi a repatriação do dinheiro usado para carry trade em mercados estrangeiros e o pagamento dos empréstimos dessa operação.
Carry trade (ou carrego) é a operação onde dinheiro de emprestimo de juro baixo que é usado para rentabilizar onde o juro é maior, ou seja, pegou emprestimo no Japão a 0,01% de juro para render 4%a.a. nos EUA ou em lugares de maior risco.
Essa decisão foi parcialmente motivada pela crescente pressão inflacionária no Japão e pela necessidade de ajustar a política monetária para lidar com as expectativas de inflação futura. Além disso, a política de YCC estava começando a gerar distorções no mercado, como a redução da liquidez nos mercados de JGBs e o aumento da pressão sobre o iene.
O steepening (inclinação) da curva de juros americana também foi motivado pela preocupação com o emprego nos EUA, que parece estar desacelerando um pouco mais rápido do que o previsto. A volatilidade foi tremenda, e o mercado entrou em selloff, acionando o mecanismo de parada de negociações (circuit break) no Nikkei 225 e quase acionando os mecanismos nos EUA, onde vimos o S&P 500 caindo mais de 6% no início da sessão europeia. A alavancagem no mercado e a centralização em IA foram significativas, criando um cenário de correria em que a saída era estreita.
Hoje, o mercado retoma a estabilidade após o BOJ anunciar que descarta a possibilidade de um forte aumento dos juros, retirando a pressão sobre a curva de juros japonesa, em um claro blefe após as falas anteriores.
Sobretudo, a desaceleração abrupta na economia americana trouxe à tona a possibilidade de cortes mais intensos nos juros americanos, mantendo a curva muito próxima da desinversão e aumentando as chances de um pouso suave em vez de uma recessão severa. Agora, resta observar as próximas leituras de inflação e, principalmente, de emprego.
Sugestões para leitura e fact check
www.infomoney.com.br
www.bloomberg.com
www.bloomberg.com
www.reuters.com
www.bloomberglinea.com.br
Estudo pessoal
Bull em EthereumDe todas as criptomoedas alternativas ao Bitcoin sem dúvida a favorita é o Ethereum, este que vem passado por atualizações e sempre trás uma performance interessante quando toma rumo.
A história que vemos nesse gráfico é que no início do ano o ativo ganhou uma boa força, fazendo máxima em 4091, depois disso devolvendo uma boa parte do premio até perder a tendência de queda no fim de maio. Agora o mercado se encontra congestionado próximo dos 4mil, ponto que sem dúvidas é de referência para os participantes do mercado.
Eu estou particularmente otimista por conta da atualização de protocolo, o "Dencun upgrade" pode melhorar a funcionalidade e escalabilidade da rede Ethereum, impactando positivamente seu valor.
Sobretudo é imporntate ficar antento a competição de outras plataformas como Cardano, Polkadot e Binance Smart Chain. No entanto, sua posição dominante e a contínua inovação na área de aplicativos descentralizados (DApps) podem sustentar seu crescimento.
Olhando para o curto prazo, vejo que o gráfico ETHUSD da oportunidades curtas de compra no fundo da congestão e saídas parciais no topo da congestão, para aqueles que gostam do giro. Eu particularmente acho que o ativo deve renovar máxima em breve a medida que os ativos de risco precificam o corte de juros nos EUA.
Porque os índices Americanos estão imbatíveis e...o que pode frear ou acabar com o otimismo?
IA e a NVIDIA? Sim, com certeza isso também é um fator importante para continuar aumentando os resultados dos índices-chave: S&P500, Dow Jones e seus compostos, e Nasdaq e seus compostos. Mas isso é uma história paralela na qual o mercado está focando MUITO neste momento.
Mas não podemos ignorar os dados que temos visto no calendário econômico ultimamente. Fazendo uma breve recapitulação, o mercado vem de muito otimismo após o último FOMC e a fala de Powell em 2023, onde ele confirmou que as taxas haviam atingido o pico e agora só faltava confirmar quando os cortes começariam, esse evento foi chamado de FED pivot.
Após isso, o mercado assumiu muito risco e elevou a taxa do T10, precificando que já na segunda reunião de 2024 já teríamos os primeiros cortes de 0,25% na taxa, e projetando novos cortes adiante, um em cada reunião, reduzindo o juro em 1,50% este ano — algo que hoje se mostra uma insanidade.
Por que é insanidade cortar 1,5% do juro em 2024?
O juro está alto para fazer a inflação convergir para a meta de 2%, inflação esta que claramente arrefeceu muito em 2023, dando um extremo otimismo ao mercado. A última leitura do CPI, em fevereiro, mostrou uma aceleração inesperada fora da sazonalidade de dezembro (leitura de janeiro), mostrando que a inflação pode estar encontrando seu piso quase 1% acima da meta. De maneira prática, o FED só precisa manter o juro no nível atual por mais tempo, mas isso pode causar problemas...
Por que manter o juro alto causa problemas?
O juro alto serve para desacelerar a economia, fazer com que fique caro buscar empréstimo e reinvestir nos negócios das empresas; a indústria produz menos e a sociedade consome menos, e consequentemente o desemprego aumenta. O ciclo econômico é muito claro: emprego gera > renda que gera > consumo que gera > inflação. E é aqui que está o pulo do gato.
Qual é o pulo do gato?
O emprego não está cedendo, e os PMIs vêm mostrando diminuição da contração e aumento da atividade, além da confiança do consumidor estar subindo, os salários acompanham, e o desemprego cai. E esse cenário reflete o PIB forte dos EUA no ano passado. Tudo isso é inflacionário, sim! MAS estamos vendo a inflação caindo, o que é muito incrível.
O otimismo do FED de estar próximo a combater uma crise inflacionária sem parar (provocar uma recessão) está à vista no final do túnel e é isso que faz o mercado americano estar performando da forma que está, o que o mercado vem chamando de "Soft Landing". Mas a vida, a vida é uma caixinha de surpresas.
Qual é a surpresa?
Se os dados de inflação encontrarem um piso 1% acima da meta, ou pior, voltarem a subir, o FED terá que recalcular a rota. O pior cenário e o menos provável agora é o aumento de juros, mas o cenário atual e factível vem sendo de "Higher for Longer", já ouviu isso? Então, o risco de manter o juro alto por mais tempo é perder o pivot de corte e acabar afundando a economia em uma recessão.
Só que tudo isso, meu amigo, tudo isso só vai entrar no preço quando estiver no horizonte, ou melhor, quando o calendário econômico trouxer dados ruins; por enquanto, o mercado está interessado em surfar na IA e na NVIDIA.
Industria forte — valuation DJI
Estive analisando mais a fundo os futuros do Dow Jones para compreender melhor a dinâmica industrial nos EUA e, à primeira vista, o mercado demonstra uma forte tendência de alta. Contudo, parece que estamos próximos de um ponto de inflexão.
Vamos examinar os fatos atuais que justificam essa tendência de alta no mercado.
Pivô do Federal Reserve (FED) - O setor industrial depende de financiamento e estímulos governamentais à indústria. Com os juros altos, torna-se mais difícil para a indústria investir em crescimento. Em outubro, o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) indicou que não haveria mais aumentos de juros, e a sinalização de que as taxas começariam a diminuir foi bem recebida. Desde então, os juros futuros vêm caindo, assim como os índices das bolsas têm apresentado alta.
Pleno emprego - Os dados sobre emprego nos EUA indicam um mercado de trabalho robusto, com salários em alta e mais vagas sendo ocupadas. Isso é um sinal de uma economia vigorosa.
Economia forte - Os dados do Produto Interno Bruto (PIB) revelam que os EUA continuam crescendo, embora com uma leve desaceleração em comparação a 2022. Além disso, os dados do Índice de Gerentes de Compras (PMI) Industrial apontam para uma redução na contração da atividade, indicando uma possível retomada da expansão econômica.
O índice Dow Jones, que é majoritariamente composto por empresas dos setores financeiro, industrial e de saúde dos EUA, reflete a perspectiva de que a economia está forte e ganhando ainda mais força. A análise do gráfico de preços mostra uma desaceleração no ritmo de aumento dos preços do índice, o que é considerado um sinal positivo para a saúde do mercado.
As perguntas são, até quando vai subir? A inflação está vencida? A indústria consegue garantir ganhos nos balanços das empresas como tech vem fazendo? Quando o índice dólar vai ceder dos níveis altos que se encontra para financiar o setor acionário?
O ouro sinaliza preocupaçãoTalvez você já saiba mas não custa lembrar, o Ouro é um ativo de segurança, e ele não é uma segurança barata, afinal ele é menos eficiente que os títulos pois ele tem custo de custódia, com perdão da redundância. Esse custo faz que o ouro seja um ativo de segurança menos atrativo em um momento de combate a inflação, embora seja um ativo deflacionário, os títulos são mais seguros e estão pagando mais rendimentos no médio prazo.
Todavia, o ouro sinaliza uma preocupação importante para os mercados, visto que o cenário se agrava na política dos EUA e na Geopolítica da paz global.
Agravamento nos Estados Unidos
Para mim os Estados Unidos passa por uma crise no seu parlamento, onde recentemente o ex-Secretário do Congresso, Kevin McKarthy foi destituído de seu cargo por ter costurado um acordo para o aumento no teto de gastos.
Agora, o último Secretário, Jim Jordan acaba de deixar a cadeira após perder pela terceira vez voto por apoio do congresso.
Tudo isso trás insegurança para a renovação do teto de gastos agora em Novembro. O tamanho da dívida nos EUA é uma preocupação, e o fiscal pressiona os títulos americanos pedindo premio de risco.
Agravamento no Oriente Médio
A medida que o conflito se expande na região de Israel e Gaza, mais preocupações de um ambiente hostil e pressões inflacionárias causadas no mercado de energia.
A paz na Palestina é uma pauta importante para as alianças e a política de boa vizinhança que se vinha costurando naquela região, e o escalonamento dessa disputa deteriora as relações Israel, Egito, Irã e Arábia Saudita, e isso causa pressão no petróleo, que no fim do dia, trás pressão inflacionária.
A busca por segurança em títulos Americanos é real, mas a medida que há uma preocupação fiscal naquele país, os grandes fundos acabam preferindo pagar o custo de custeio do ouro para proteger seu dinheiro.
Gráfico
O Ouro estava em trajetória de queda no ano de 2023, e esta foi interrompida com o estouro do conflito no Oriente Médio. Dia 09/10 o preço já abriu com 1% de alta e assim se manteve subindo mais de 7% nos dias seguintes buscando novamente a região psicológica dos 2000 dólares.
Caso haja uma tempestade perfeita, isto é, um agravamento na crise fiscal dos EUA e um agravamento na guerra de Israel podemos ver o ouro buscando regiões de importância no passado, acima de US $2020. Projeto pontos baseado em memória que são US $2070, 2100 e 2150.
Ethereum para o CPIEthereum trabalha em região de assimetria para a venda.
O mercado de Ethereum está claramente em uma tendência de baixa onde apesar de demonstrar estar desacelerando a queda, ainda tem espaço para cair mais.
No macro o ETH está em um fundo importante, não vejo motivos para perder agora, a não ser que aconteça algo no macro para as Criptos.
Na semana temos dado de inflação nos EUA, o CPI que pode dar rumo para os investimentos de risco. Eventualmente esses dados fazem preços nas criptomoedas.
Na teoria o dados de inflação altos são negativos para os mercados de Cripto, mas a lógica não é tão mecânica assim.
Pontos chave para o ETHUSD são 1600 e 1550. Atenção para como os mercados globais vão se comportar nos próximos dias.
O que é o Índice Dólar (DXY)Hoje gostaria de falar um pouco sobre o Índice Dólar, também conhecido como DXY, para que você possa entender a importância desse índice.
O que é o DXY?
Este índice é uma medida ponderada do valor do dólar americano em relação a uma cesta de moedas estrangeiras importantes. O DXY é amplamente utilizado como uma referência para avaliar a força ou fraqueza do dólar americano em relação a outras moedas globais.
A cesta de moedas que compõe o DXY é ajustada periodicamente, mas hoje incluí as seguintes moedas:
Euro (EUR CME:6E1! ): Com uma ponderação significativa, já que o euro é a segunda moeda de reserva mais importante do mundo;
Iene japonês (JPY CME:6J1! ): O Japão é uma das principais economias do mundo, tornando o iene uma moeda importante para a cesta;
Libra esterlina britânica (GBP CME:6B1! ): O Reino Unido é uma das principais economias e centros financeiros globais;
Dólar canadense (CAD CME:6C1! ): O Canadá é um importante parceiro comercial dos Estados Unidos, e o dólar canadense é incluído na cesta;
Coroa sueca (SEK CME:SEK1! ): A Suécia é uma economia desenvolvida e é representada no DXY;
O objetivo do DXY é fornecer uma medida objetiva do desempenho do dólar americano em relação a essas moedas, com base em taxas de câmbio ponderadas. Quando o DXY aumenta, isso geralmente indica que o dólar americano está se fortalecendo em relação a essas moedas estrangeiras, e quando o DXY diminui, isso sugere que o dólar está enfraquecendo em relação a elas.
Os traders, investidores e analistas financeiros acompanham de perto o DXY, pois ele fornece insights sobre a saúde econômica dos Estados Unidos e seu impacto nas relações comerciais internacionais. Movimentos significativos no DXY podem afetar os preços das commodities, o comércio internacional e os mercados financeiros em todo o mundo.
É muito comum operadores de Dólar Real, tanto na bolsa Brasileira operando BMFBOVESPA:DOL1! quanto no estrangeiro operando FX_IDC:USDBRL prestarem a atenção e fazerem correlação com esse índice. Por isso, se você gosta de operar dólar, entender o funcionamento e acompanhar o DXY é fundamental.
Dólar volta a ganhar força......frente aos demais pares de moedas fortes no mundo.
O dólar dos EUA é frequentemente considerado um ativo de refúgio seguro em momentos de incerteza econômica e volatilidade. Em um ambiente de inflação elevada, os investidores podem buscar o dólar como proteção contra a desvalorização de outras moedas.
Nos Estados Unidos, recentes dados econômicos mostrando números de emprego desfavoráveis estão se revelando benéficos no combate à inflação. Em contrapartida indicadores de PMIs sinalizam uma economia que não está em desaceleração completa.
No entanto, o Bloco Europeu continua a lidar com uma inflação persistente, apesar das medidas de desestímulo do Banco Central Europeu, com os preços em alta e desafios econômicos em curso. Essa divergência nas tendências econômicas destaca os desafios enfrentados por ambas as regiões e suas implicações para a estabilidade econômica global.
Isso justifica e muito a fuga das moedas fortes, Euro, Libra, Franco, Coroa e Dólar Canadense. Claramente os fundos buscaram proteção em dolar e agora vemos o preço do índice dólar ganhando os 104mil pontos.
As marcas chave de preços de alta são 104,300 e 105,300 e os de baixa são 101,100 e 100. A marca dos 100 pontos é falta para um continuidade de baixa bem como 105,300 para alta.
Ao que podemos ver agora, o mercado não está tranquilo.
Ethereum - Olhando para o PCEO Ethereum passou por uma semana volátil, variando entre $1600 e $1700, refletindo a instabilidade do mercado de criptomoedas. Uma queda de 1,95% na semana anterior aumentou a incerteza.
Esta semana, a criptomoeda abriu em baixa, chegando perto de $1600 e agora é negociada em torno de $1655, com uma pequena queda de -0,36%.
O grande questionamento está relacionado ao impacto dos juros altos. Tradicionalmente, juros elevados tornam ativos de renda fixa mais atrativos, afetando negativamente criptomoedas como o Ethereum. No entanto, a utilidade do Ethereum em DeFi e NFTs pode mitigar esse impacto. Além disso, o próximo dado de PCE nos EUA pode dar um horizonte melhor. Se mostrar inflação abaixo do esperado, pode aumentar o interesse pelo Ethereum como busca por ativos de risco.
Em resumo, o Ethereum enfrenta desafios devido aos juros altos, mas sua resiliência e utilidade podem ser ativos importantes. O dado de PCE será fundamental para determinar seu movimento, influenciando o sentimento dos investidores em relação à criptomoeda como reserva de valor em tempos incertos.
Compreendo que o mercado estra trabalhando em uma faixa lateral e por extar mais próximo da mínima a assimetria é para compra no curtíssimo prazo, sobretudo importante ressaltar que esse mercado precisa de motivador para movimentar substancialmente.
Qual o driver da Nasdaq?O índice NASDAQ tem desempenhado um papel de destaque em 2023, à medida que as ações de crescimento ganham protagonismo nos mercados. A performance da NASDAQ tem sido notável desde a última temporada de balanços, quando as grandes empresas de tecnologia entregaram resultados excepcionais. Ao iniciar agosto o índice devolveu ganhos em um movimento que chamamos de realização.
No acumulado do ano, o NQ registrou um impressionante aumento de 38%. Nessa semana, observamos um ganho de 3%, impulsionado principalmente pelo desempenho positivo das empresas de tecnologia. A semana começou com o NASDAQ próximo dos 14.800 pontos e, agora, na terça-feira, está operando em torno dos 15.400 pontos.
O mercado tem celebrado os recentes dados relacionados à oferta de empregos e à confiança do consumidor, que indicam um ambiente de melhora inflacionária. No entanto, os investidores estão ansiosos pelos próximos dados que serão divulgados ao longo desta semana e que podem definir o rumo do mercado no início de setembro.
Estes incluem o Produto Interno Bruto (PIB) na quarta-feira, o Índice de Despesa de Consumo Pessoal (PCE) na quinta-feira e o Relatório de Empregos (Payroll) na sexta-feira. Esses indicadores desempenharão um papel importante na determinação da trajetória do NASDAQ e do mercado como um todo.
Enquanto isso no gráfico destaco os principais pontos de volume de negociação do contrato de Agosto, podendo ser pontos de referência para defesa ou realização.
Boom da IA — até quando?Desde que começou a corrida da IA no ano passado diversas ações de tecnologia (growth) se beneficiaram do hype, e cada vez mais vem diversificando internamente setores que fabricam ou usam IA para tornar seu serviço ainda mais eficiente.
Estas são NASDAQ:MSFT , NASDAQ:AAPL , NASDAQ:AMZN , NASDAQ:GOOG , NASDAQ:TSLA , NASDAQ:META , NASDAQ:INTC , NASDAQ:NFLX dentre outras gigantes de tecnologia. Essas são algumas das empresas que tem carregado nas costas o CME_MINI:ES1! e a CME_MINI:NQ1! , NVIDIA sozinha está com 200% de valorização ante os 30% no ano da NASDAQ.
Mas o balanço estrondoso da NASDAQ:NVDA ontem mostrou que há muita demanda e expectativa nessa tecnologia, e a NVIDIA vem abrindo a picada, sendo a pioneira no setor. O balanço veio 30% acima do esperado, o que é até compreensível para uma empresa growth, mas o inesperado foi a decisão de recompra de ações, típica decisão de empresas value.
O anúncio de recompra de US$ 25 bilhões da Nvidia é uma mensagem confusa para os investidoes. As empresas recompram ações por dois motivos principais:
ou acham que as ações estão baratas e a empresa está subvalorizada;
ou têm muito dinheiro e nada melhor para fazer com ele do que devolvê-lo aos investidores.
A Nvidia claramente não é barata. Portanto, devolver 25 mil milhões de dólares aos investidores sugere que a Nvidia não tem quaisquer projetos nos quais pudesse gastar 25 mil milhões de dólares de forma útil com um retorno aos investidores superior ao que gera atualmente.
A Nvidia está na vanguarda da IA. Por previsão e não por sorte, ela se encontrou em uma posição dominante no fornecimento de GPUs das quais a IA depende para seu poder computacional. Esta é uma corrida do ouro, e a Nvidia é a maior fabricante de pás da cidade. Então, por que não está investindo em uma fábrica de pás maior e mais sofisticada para fabricar pás maiores e mais sofisticadas? Devolver dinheiro aos investidores, como aconteceu com a Apple, sugere que resta pouca participação de mercado para expansão.
Gastar esses 25 mil milhões de dólares teria um retorno decrescente. Pode haver um aviso para os entusiastas da IA.
Dólar pós COPOM AgostoMercado de dólar estressou recentemente com a última decisão do COPOM devolvendo toda a queda de Julho em 3 dias. O dólar é um ativo que tem essa característica de cair vagarosamente e subir rápido por sermos emergentes e termos alguns riscos importantes na conta do Gestor.
Acho que o mais importante de se ressaltar é que, o ciclo de corte começou e de forma agressiva, com sinalização do presidente do BC, Campos Neto, seguindo o voto do Galípolo em cortar 50 basis da taxa e sequencialmente contratando um novo corte de 50bp.
O corte sem dúvida é um marco que muitos estavam esperando e é positivo para a economia, a ideia é que o ciclo de corte reduza o custo do capital no Brasil, e isso fomente a economia uma vez que a inflação está consideravelmente baixa, no momento. Mas a pergunta principal é, até quanto o BC cortará os juros?
Bom essa é a pergunta que vale muito, alguns gestores acham que ele deverá parar em 10 outros em 9 e outros projetando até abaixo de 7,75. É muito difícil projetar para frente o tamanho da queda, mas com certeza as apostas estão ficando ainda maiores, considerando cortes mais agressivos com o passar do tempo mostrando que, o RCN foi vencido.
E é exatamente isso que o mercado precifica agora, o RCN cedeu, onde para a taxa? Quando vem o corte de 75bp? Quão rápido o diferencial de juro real vai deteriorar?
Esses questionamentos aumentam o risco imbutido no carry e consequentemente espanta um pouco o fluxo gringo da nossa bolsa, esse é um dos motivos do estresse na moeda e os DIs longos, 27+ mostram bem isso:
Os DIs longos descolam e ganham força frente a precificação nos juros para os DIs curtos, onde o DI JAN 24 tem espaço para precificação, enquanto o DI JAN 25 ainda deve entrar em trajetória de queda, com projeções próximo 9% ou ainda menos. Se o COPOM cortar todas as reuniões ano que vem 50bp, teremos um juro de 7,5% em 2025.
Acho que o risco se da pelo fato de que ano que vem acaba o madato do Roberto o que abre espaço para um nomeação enviesada para o controle dos juros do jeitinho que o Executivo quer, isso trás insegurança no longo prazo.
O dolão buscou região de referência importante, o 4900. O mercado se revela de tal forma que uma região de liquidez se forma entre o 900 e o 700, podendo ser o range de negociação.
Acima o preço ainda se estende para 5100, mostrando que há espaço na memória, mas acho que isso é um pouco improvável dado que temos uma série de aprovações em andamento no congresso e um cenário positivo pela frente.
Dos riscos que podem estressar a moeda são basicamente preço de commodities e a nomeação e estratégia de guidance do BC para ano que vem.
Seguimos acompanhando.
Varejo x ICONA composição do Icon é muito ampla, vai desde empresas de alimentos e bebidas até farmácias, saúde e artigos para pets. Mas, é para onde a renda do consumidor vai e essa é a nossa métrica para entender o varejo.
As empresas varejistas estão amassadas com o aperto monetário, isso é indiscutível, a pergunta é, qual é a melhor empresa para se apostar na retomada do varejo?
Bom essa pergunta vale muito, mas acho que a reflexão aqui é, quero assimetria de risco em um setor altamente alavancado ou simetria de risco em um setor consolidado na crise?
Para mim está bem claro que as empresas que melhor seguiram o ICON são as que atendem o público que tem dinheiro, na prática, Arezzo. Petz e Renner em certa medida.
Arezzo foca na classe A e B. Petz e Renner focam em classes B, C e D. uma boa capilaridade. Equanto Magazine Luíza e Via Varejo focam em C, D e E. Isso explica muita coisa sobre consumo / taxa de juros, ou lucro versus dívida.
Falando com um amigo recentemente, ele me contou que estava investindo em um imóvel na praia, ai perguntei a ele se o momento não era meio arriscado para fazer tal movimento, e ele me afirmou que o momento só está ruim para pobre, pois tem muita coisa com desconto por aí.
Na bolsa não é diferente, mas o importante é a avaliação de risco x retorno nesse caso. Importante ressaltar que empresas mais alavancadas como MGLU3, VIIA3 e LREN3 podem se beneficiar e muito com o ciclo de cortes nos juros, facilitando seu crediário (pois afinal essas empresas são credores para o varejo). Ao mesmo passo que é importante avaliar o risco de crédito envolvido aqui.
Empresas que tem consumo de classes que tem dinheiro podem não ter muito mais para andar, e uma rotação dos setores pode estar no radar. Essa é minha visão.
Hoje é dia de BCEHoje Lagarde trará a decisão da política monetária da Zona do Euro e muitos analistas estão esperando um sinal de que essa é a taxa terminal, enquanto outra parte (minoria, cerca de 45%) acredita que haverá mais uma alta em setembro — só se fala nisso.
Tivemos ontem a decisão do FED, que embora mostrou que a porta está sim aberta para mais uma alta em Novembro, o comitê seguirá observando os dados e tomando a decisão em cada reunião. Esse guidance deixa o BCE também dependente, pois a UE não via puxar a fila da pausa.
Além disso, a inflação na zona do Euro segue alta, principalmente na França e na Alemanha. O CPI de Junho na UE está em 5.5, e esses dados ainda justificam mais uma alta.
A partir de outubro espera-se que o mercado deixe de precificar novas altas e a partir de janeiro inicia a precificar corte de 0,25% (minoria). Muito difícil acreditar que isso vai acontecer, e somente os dados darão motivos para o corte começar.
A notícia boa (do ponto de vista do BCE) é que a economia do bloco já apresenta contração até mesmo nos serviços, que é o principal fator inflacionário das economias.
O euro está ganhando novamente a região de 11500, patamar chave de alta, onde a moeda ganha congestão (zona de liquidez) que vem trabalhando há mais de 250 dias. O reflexo disso será visto também na perda do patamar dos 100pontos do DXY, que é ponto chave.
Isso se reflete na potencial pausa na alta dos juros dos países de moeda forte (USA e UE). A tendência é os player retomarem as posições em Euro visto que a moeda está abaixo de 12% do nível pre-pandemia, após agravamentos como Brexit e Guerra.
De olho nos próximos episódios.