IBOV SEMANAL – TRABALHANDO A HIPÓTESE DE ESTAR ERRADO#ibovespa #b3 #análisesemanal #análisegráfica #bolsadevalores
AJUSTES:
Troquei a linha de resistência da máxima em 119.593,10 pontos (máxima de 2020, pré-pandemia) pela máxima em 121.628,22 pontos (máxima de 2022), pois considero como sendo equivalentes, estando praticamente na mesma região de resistência. Da mesma forma, e pelo mesmo motivo, troquei a linha de suporte da mínima em 100.074,61 pontos (mínima de 2021) pela mínima em 95.266,94 pontos (mínima de 2022).
Reajustei, também, a LTA secundária que tem como ponto inicial em 61.690,53 pontos, para que seja comportado todo o movimento que aconteceu até a mínima em 95.266,94 pontos.
E com essas mudanças no gráfico, começo a minha análise.
GRÁFICO SEMANAL E DIÁRIO:
Na semana passada, quando do fechamento do gráfico mensal e semanal, fiz a interpretação de uma tendência baixista, tendo como alvo os 87.571,63 pontos, bem como 83.448,00 pontos, projetado em função do padrão gráfico “Ombro-Cabeça-Ombro” na qual identifiquei e fiz referência a ele nas semanas anteriores (price action de janeiro até maio de 2022, da mesma forma que há o mesmo padrão visto pelas máximas de janeiro e junho de 2021 e de abril de 2022).
E o price action efetivamente rompeu o que seria a linha de pescoço do padrão “OCO”, como sendo a linha de suporte em 107.319,15 pontos. No entanto, o máximo que o price action auferiu foi chegar na mínima em 95.266,94 pontos.
E é aqui que entra o gráfico diário e a reversão da tendência de alta.
Do dia 03 de junho até o dia 25 de julho vislumbramos a formação do padrão “Bandeira Descendente de Alta”, tendo a linha superior da bandeira sido rompida e o price action chegar ao seu alvo conforme projetado por meio deste padrão, no dia 18 de agosto. Desde
então, o Índice esteve lateralizado, o que reforçou a minha ideia de o Ibovespa estar em distribuição, se preparando para dar continuidade à tendência de baixa, já que se encontrava fazendo tal movimento abaixo da LTB.
No entanto, o Índice por várias vezes se utilizou da MMA-200 como seu suporte, bem como a região dos 107.319,15 pontos e não chegou a testar a região de retração de 50% em 104.821,19 pontos, tendo registrado a mínima em 106.243,52 pontos.
E, então, que na última segunda-feira (03/10) o Índice Bovespa realizou uma “Explosão de Alta”, subindo +5,54% em um único pregão, fechando na máxima do dia, rompendo a resistência da região dos 114mil pontos, bem como rompeu a LTB, um sinal claro de tendência forte de alta. Destaque que nos pregões seguintes desta última semana o Índice se manteve acima da LTB, outro sinal claro da força predominante de alta.
Apesar de todo o movimento ocorrido nesta última semana, que corrobora a continuidade da tendência de alta, iniciada lá no padrão “Bandeira Descendente de Alta”, ainda assim continuo com a interpretação de que a Bolsa de Valores Brasileira irá cair e faço essa explicação logo adiante.
Entretanto, para o caso de estar fazendo uma interpretação errada do gráfico diário, que acredito estar em tendência de baixa, faço o uso da técnica “Movimento Mensurado” (linha azul do gráfico) em que se projeta o Índice em 125.352,03 pontos, o que é bem possível que aconteça tendo em vista o forte movimento altista desta última semana.
E por que acredito estar ainda em tendência de baixa? Porque se avaliarmos o price action do dia 11/08/2022 até os dias de hoje, podemos perceber a formação do padrão gráfico “Formação de Alargamento”. Este padrão nos diz que o mercado está fora de controle e excepcionalmente emocional. E pode não ser coincidência, mas o forte movimento de alta do dia 03/10 ocorreu exatamente após o resultado do primeiro turno das eleições presidenciais, ou seja, uma reação que não tem pauta em resultados da macroeconomia ou do mercado exterior, mas sim de uma atitude reacionária por preferir um candidato ou outro.
Não farei nenhum tipo de análise fundamentalista, me pautarei apenas na análise gráfica. O padrão “Formação de Alargamento” parece estar em formação. Como esse padrão também representa uma quantidade incomum de participação do público, ocorre com frequência em topos de mercado. O padrão, portanto, geralmente é uma formação baixista. Ele costuma aparecer perto do final de um mercado altista importante. E o que é mais importante do que o terceiro toque de uma linha de tendência de baixa (LTB)?!
E para reforçar a análise deste padrão e da tendência baixista, faço uso do IFR que rompeu sua tendência de baixa recente, mas que demonstra que a região dos 121mil pontos possa ser uma região de sobrecompra. Ou seja, mesmo que a tendência seja de alta, os 121.628,22 pontos é uma resistência significativa e o Índice pode estar apenas em um período de distribuição em forte volatilidade.
Assim, em vista de tudo isso, acredito ser possível que a tendência de alta continue, conforme projeção aos 125.352,03 pontos, nos termos do “Movimento Mensurado”. Porém, acredito estarmos, ainda, em tendência de baixa, haja vista o padrão gráfico “Formação de Alargamento” estar em formação, diante do terceiro toque da LTB e reforçado pelo IFR estar bem próximo da região de sobrecompra.
Veremos o que o mercado nos reserva na semana que vem!