Fazer ou não fazer PARCIAL? 🤷🏻♂️Estava conversando com outro usuário no chat, o higorgazeta, que queria saber minha opinião sobre realização parcial. Colocar parte no bolso, proteger o restante ao mesmo tempo que deixa correr. Achei que seria um tópico interessante para abordar.
Vou aproveitar para falar sobre realização parcial e ao mesmo tempo falar de uma "tese" . No final de 2022, transição para 2023, havia players apostando que o petróleo poderia chegar a US$ 150,00 o barril em 2023 . Um desses players foi o JPMorgan. Parte da tese estava embasada na retomada da China pós Covid e tensões geopolíticas, dado que haveria gargalos na cadeia produtiva do petróleo. Eu não conseguia acreditar nos gargalos produtivos, acho o petróleo um mercado opaco, onde não há grande visibilidade de capacidades e estoques. Porém fui dar uma olhada nos gráficos e achei que era possível sim o movimento.
Desde lá venho acompanhando o petróleo esperando um sinal, ou a soma de fatos técnicos, que me façam "apostar". Mesmo que parte da "tese" caiu por terra, dado que China voltou mais lenta do pós Covid, tecnicamente continua sendo possível. Semana passada o petróleo veio retestar média de 200 semanal e não perdeu. Claro que é algo que ainda pode acontecer nesta semana, mas vamos supor que vai subir. O sinal vai ser o rompimento da LTB, sendo o ponto de entrada em torno de US$ 84,50. Podemos supor que acontecendo isso a próxima parada deverá ser a primeira região de possível resistência em torno de US$ 98,50. Vamos numerar este movimento como 1.
Depois de alcançar a possível resistência os preços podem corrigir, para quem sabe pivotarem e romperem os US$ 98,50 em direção a próxima possibilidade de resistência que seria em torno de US$ 125,00 (movimento 2). Eu estou pensando em petróleo a US$ 150,00, esse seria o target máximo dessa operação. Porém ao longo do caminho tenho regiões onde o preço pode parar e não conseguir passar. Pensando em probabilidades ou possibilidades, acredito que o movimento 1 é muito mais provável de ocorrer, caso ocorra o rompimento da LTB, do que o movimento 2. Vale a pena eu fazer uma parcial no limite do movimento que acho mais provável de ocorrer, certo? Deixando parte do meu lote correr para a próxima região, US$ 125,00 e quem sabe alguma coisa para ver se chega nos US$ 150,00.
É dessa forma que enxergo a realização parcial. Numa operação com várias possibilidades começo a colocar no bolso na primeira . Sempre terei operações para fazer parciais? Não! Vai ocorrer operações que enxergo somente uma pernada. Temos que pensar também nas diferentes modalidades. No scalping, onde não dá para "marcar toca", colocamos no bolso aquilo que dá. No day trade talvez ocorra mais pernadas únicas do que movimentos mais amplos. Em outras palavras a realização parcial vai depender do contexto.
Junto com a realização parcial está a gestão do stop. Aliás pode até ser uma alternativa a realização parcial. Ao invés de colocar parte no bolso vou gerindo meu stop. Porém acho melhor colocar no bolso, é mais fácil, e junto ajustar stop. No caso em questão, caso entre a US$ 84,50 com parcial em US$ 98,50, colocaria meu stop abaixo de 61,8% de fibo da pernada. Pivotando e voltando a US$ 98,50 colocaria no zero a zero. Isso para dar uma ideia, mas não é uma regra fixa, porque depende da trajetória. O que estou relatando aqui não é uma estratégia, setup... é uma operação discricionária. Em casos com regras fixas de entrada é preciso testar parcial, trailing stop, etc...
Grande Abraço
Leo
*não é recomendação de investimento
Tradertime
Ichimoku Kinko Hyo: “uma olhada em um gráfico equilibrado”Vamos falar do indicador técnico mais popular da Ásia. Quem mediu isso? Não sei, mas é aquela "verdade" que passamos a frente.
A Nuvem de Ichimoku, como é conhecido aqui ou no japonês Ichimoku Kinko Hyo, podemos dizer que é mais que somente um indicador técnico. Podemos até falar que é um trading system. Desenvolvido por Goichi Hosoda e publicado em 1968 depois de 20 anos de estudos, chegando ao ocidente somente depois 1990, tem como o objetivo, em um gráfico captar: tendência, momentum , áreas futuras de suporte e resistências e os pontos de entrada e saída.
É composto de 5 linhas baseadas em médias móveis:
- Tenkan sen (linha de conversão ou “linha que vira”), é a linha que indica tendência, no gráfico do BTC na cor azul, é calculada da seguinte forma: (maior máxima / menor mínima) / 2, pelos últimos 9 períodos;
- Kinjun sen (“linha base”), é o quem indica o movimento do mercado. Preços cruzando este linha, no gráfico do BTC na cor vermelha, indicam possível mudança na tendência. E Tenkan cruzando a Kinjun pode ser interpretado como sinal de compra ou venda a depender da direção. É calculada da seguinte forma: (maior máxima / menor mínima) / 2, pelos últimos 26 períodos;
- Senkou span A (“a primeira linha que lidera”), no gráfico na cor verde claro, é um das linha que formam a “nuvem”, sendo a fórmula: (Tenkan sen + Kijun sen) / 2, deslocada 26 períodos a frente;
- Senkou span B (“segunda linha”), no gráfico na cor vermelho, é a segunda linha que forma a “nuvem”, sendo a fórmula: (maior máxima / menor mínima) / 2, para os últimos 52 períodos, deslocada 26 períodos a frente;
- Chikou span (“a linha atrasada”) é usado para determinar a força de um sinal de compra e venda, no gráfico está na cor verde, e ela é o preço de fechamento deslocado 26 períodos para frente.
Não se engane pela descrição que Ichimoku é somente uma observação de cruzamento de médias entre Tenkan e Kinjun. Pois a leitura de Ichimoku é do conjunto todo formado pelas 5 linhas e o preço . Por exemplo a Nuvem quando Senkou span B está por cima indica uma tendência negativa de maior prazo, enquanto Tenkan pode estar cruzando Kinjun para cima. No gráfico do BTCUSD é possível observar isso no ponto 1.
A Nuvem, além de indicar essa tendência de maior prazo, tem como função oferecer regiões de suporte e resistência. No caso do BTC, ponto 2, os preços adentraram a nuvem e podem terem vencido a primeira resistência (Senkou span A). Ainda precisariam vencer a linha vermelha da Senkou span B para entrarem em território altista de longo prazo.
Fui o mais sucinto possível, pois meu objetivo é compartilhar minha experiência com o indicador a seguir. Quando me deparei com ele na primeira vez, eu tentei utilizá-lo, mas não consegui capturar as nuances do relacionamento de todo o conjunto. Provavelmente foi pela minha falta de experiência na época. Depois de alguns anos fui revisitar o indicador e encontrei um uso de parte dele para minhas análises.
Estava na época acompanhando USDCAD e via a possibilidade da reversão da tendência . Era uma probabilidade muito alta. Dado que era uma análise relacional com o próprio índica dólar (DX). Porém em ago/21 e set/21 (ponto A) não entendia o por que os preços não conseguiam avançar em relação aquela região. Sendo engenheiro de obra pronta hoje parece fácil dizer que era uma região de resistência, mas na época acompanhando desdobramentos de curto prazo não era tão evidente.
Aí quando plotei Ichimoku vi que estava lidando com a Senkou span A e desde lá adotei a nuvem nas minhas análises utilizando no gráfico semanal. Vejo muita aderência nas moedas , menos para ações e outros. Observem como depois o USDCAD, ponto B, tem dificuldade de vencer a Senkou span B. Foram meses para a o par conseguir vender aquela região e a Nuvem evidência isso muito bem.
Eu sugiro a todos estudarem Ichimoku. Talvez seja o racional analítico que se encaixe para você. Aqueles que já olharam no passado e descartaram, estudem novamente. Eu acredito que precisamos revisitar o conhecimento para o revisarmos a luz da experiência adquirida . Sempre surgem novos insights.
Grande Abraço
Leo
Sempre aprendendo | Cboe Implied Correlation IndexesO TradingView é uma ferramenta poderosa. Temos acesso a diversos ativos e dados que nos permite uma análise mais sofisticada. Estou sempre pesquisando o que a plataforma tem oferecer. Acredito no aprendizado constante sobre o mercado financeiro, até porque este está em evolução.
Hoje queria trazer a família de índices de correlação implícita calculado pela Chicago Board Options Exchange (Cboe) que temos acesso. Esta família de índices é recente, 2022 e é composta por CBOE:COR1M , CBOE:COR3M , CBOE:COR6M , CBOE:COR9M e CBOE:COR1Y . Além disso tem os índices de delta skew CBOE:COR10D , CBOE:COR30D , COR3MD, CBOE:COR70D e CBOE:COR90D .
Mas... "que diabis ké isso" de índice de correlação implícita? Vou trazer uma tradução direto do site da CBOE para explicar mais:
"Os Índices de Correlação Implícita Cboe são as primeiras estimativas de mercado amplamente divulgadas da correlação média das ações que compõem o S&P 500 Index (SPX). Os índices de referência são projetados para oferecer informações sobre o custo relativo das opções do SPX em comparação com o preço das opções de ações individuais que compõem o SPX e ajudar os participantes do mercado a identificar os potenciais impulsionadores da volatilidade implícita para o SPX e avaliar as possíveis implicações de principais eventos macroeconômicos sobre as expectativas do mercado.
Geralmente, os participantes do mercado usam a correlação como uma ferramenta de gerenciamento de risco para definir níveis sistemáticos de exposição ao risco e maximizar os benefícios da diversificação do risco. Como a correlação é essencialmente uma medida estatística de diversificação, os participantes do mercado geralmente monitoram de perto os níveis de correlação para ajudar a garantir que suas exposições de risco estejam alinhadas com seus níveis de apetite de risco e para desenvolver estratégias de transferência de risco. "
Vou deixar aqui o link para o White Paper com mais explicações sobre os índices e cálculos . Também vou complementar dizendo que opções podem nos dizer muito sobre o que está acontecendo nos bastidores do mercado. Uma procura específica por uma opção de uma determinado papel pode ser o indicativo de algum movimento mais acentuado a frente por exemplo. Vamos lembrar que uma das variáveis de precificação de opções, que consta na fórmula de Black-Scholes é a volatilidade (obs.: os índices descritos aqui da Cboe não dependem de nenhum modelo de precificação de opções, estou trazendo para exemplificar). Se tudo mais constante nas gregas, algum participante relevante aceita pagar um prêmio maior na opção, não seria por esperar um aumento de volatilidade?
Enfim são assuntos densos, complexos, mas que é muito importante ir conhecendo e se aprofundando Já fiz algumas publicações sobre volatilidade, que deixo nas ideias relacionadas, até falo de um instrumento da falecida FTX tinha criado sobre o BTC.
Keep walking
Grande Abraço
Leo
*não é recomendação de investimento.
A pergunta milionária 💵💰🤑: em que ponto do ciclo estamos?Lembro de quão entusiasmado fiquei quando aprendi sobre ciclos de Kondratieff na faculdade de economia. A ideia de ciclos econômicos é super atraente para um jovem acadêmico, porque sugere alguma possibilidade de previsão logo algum controle.
E ao longo da minha trajetória até o presente momento continuei me deparando com ideias de ciclos. No MBA com o ciclo das empresas. No mundo corporativo com o ciclo de vida do cliente. Na análise técnica com Dow e Elliott. Mais recentemente com Ray Dalio, que produziu o excelente vídeo How The Economic Machine Works , e Howard Marks com o livro Domindo o Ciclo de Mercado.
Aí para um leitor mais atento pode ter surgido uma dúvida, mas qual ciclo ele está se referindo na sua pergunta do título? Ciclo de mercado ou ciclo econômico?
E aí começa a confusão, por que eu poderia estar me referindo ao ciclo psicológico. “- Ciclo psicológico?! WTF”. É porque é ciclo em cima de ciclo. Ciclo longo, ciclo curto, ciclo econômico, ciclo de mercado, ... Podemos estar no ápice da civilização humana e no futuro os ETs, ou quem sabe baratas inteligentes, vão descrever que era óbvio que era o topo do ciclo da história humana por isso e por aquilo. Isso não quer dizer que não acredito em ciclos. Acredito sim, é natural, a vida é cíclica. Aliás acho importante os ciclos econômicos que os Bancos Centrais tentaram evitar, suavizar ou empurrar ao longo de anos. A queda resolve muitas distorções, excessos e limpa os ineficientes. É um remédio amargo, mas até o momento não vejo outra solução que funcione.
É preciso pensar sobre onde estamos e o que pode ser para frente. Porém meu ponto é que não se consegue determinar exatamente onde estamos, seja qual for o ciclo que estamos falando. Depois, algum engenheiro de obra pronta vai caracterizar o ciclo, mas enquanto estamos no presente não conseguimos determinar. Posso ter uma ideia e determinar onde posso estar errado. É o que aprendi sobre mercados até aqui. Siga algo, mas esteja pronto para pular do barco . Até porque podemos pensar sobre a reflexividade, que George Soros aplicou aos mercados, e eu aprendi como dualidade da estrutura usando Anthony Giddens na dissertação. O ambiente influencia, mas nós também influenciamos o ambiente. Em outras palavras as condições econômicas influenciam, mas os agentes econômicos também. O estado atual não é determinante, ele pode ser modificado. Uma tentativa aqui: se a maioria acreditar que o S&P é para cima que ele vai, mesmo com tantas incertezas, e o efeito de um mercado para cima pode influenciar o restante. O americano se sente mais rico, gasta mais e impulsiona a economia. Teríamos que tratar inflação nessa minha tentativa de exemplificar, que é uma preocupação minha, mas ficaria mais longo do que já está este artigo.
Para encerrar gostaria de usar uma frase do Bertrand Russell porém poderia ofender alguns. Por isso vou ficar com essa aqui que atribuem à ele:
“Aquilo que os homens de fato querem não é o conhecimento, mas a certeza.”
Tenham mais dúvidas do que certezas!
Grande Abraço
Leo
Dê olho no Japão | Entendendo sua política monetária: o YCCImportantíssimo estarmos acompanhando a política monetária do Japão agora e nos próximos meses. O Japão é o maior credor do mundo, tem 1,07 trilhão de dólares de dívida americana por exemplo, e mudanças no fluxo pode gerar desdobramentos em outros mercados.
Após a desvalorização histórica do Iene frente ao Dólar, o banco central japonês (BoJ) pegou parte do mercado de surpresa ao mexer na sua política de controle da curva de rendimento, o YCC (yield curve control). Na quarta-feira tem decisão de taxa de juros e coletiva do BoJ, podemos ter novas mudanças no YCC.
Além de chamar atenção ao assunto, vou colocar matéria da Reuters explicando o YCC:
“ POR QUE YCC?
Embora o mercado esteja testando o lado positivo da meta de rendimento dos títulos do BOJ agora, quando o banco adotou o YCC em 2016, estava tentando impedir que as taxas de juros caíssem muito.
Depois de anos de grandes compras de títulos falhando em disparar a inflação, o BOJ cortou as taxas de curto prazo abaixo de zero em janeiro de 2016 para evitar um aumento indesejável do iene. O movimento esmagou os rendimentos ao longo da curva, indignando as instituições financeiras que viram os retornos dos investimentos evaporarem.
Para puxar as taxas de longo prazo de volta, o BOJ adotou o YCC oito meses depois, adicionando uma meta de 0% para os rendimentos dos títulos de 10 anos à sua meta de taxa de curto prazo de -0,1%.
A ideia era controlar a forma da curva de rendimentos para suprimir as taxas de curto a médio prazo - que afetam os tomadores de empréstimos corporativos - sem deprimir muito os rendimentos superlongos e reduzir os retornos para fundos de pensão e seguradoras de vida.
COMO FUNCIONA?
O BOJ escolheu um regime de juros porque estava atingindo o limite do afrouxamento quantitativo, em que comprou quantidades direcionadas de títulos para reduzir os rendimentos, na esperança de alimentar a inflação e a atividade econômica.
Quando o banco central engoliu metade do mercado de títulos, era difícil se comprometer a comprar em um ritmo definido. A YCC permitiu que o BOJ comprasse apenas o necessário para atingir sua meta de rendimento de 0%.
O banco reduziu a compra de títulos em tempos de calmaria do mercado para estabelecer as bases para um eventual fim da política ultrafácil.
POR QUE A BANDA-ALVO?
Como a inflação teimosamente baixa forçou o BOJ a manter o YCC por mais tempo do que o esperado, os rendimentos dos títulos começaram a se aproximar de uma faixa estreita e o volume de negócios diminuiu.
Para lidar com esses efeitos colaterais, o BOJ disse em julho de 2018 que o rendimento de 10 anos poderia subir 0,1% acima ou abaixo de zero. Em março de 2021, o banco ampliou a banda para 0,25% em qualquer direção para dar vida a um mercado paralisado por suas compras.
Sob ataque de investidores que apostam em um aumento dos juros, o BOJ dobrou a banda em dezembro para 0,5% acima ou abaixo de zero e aumentou a compra de títulos para defender o teto.
Os investidores quebraram o limite de 0,5% na sexta-feira, estimulando as expectativas de que o BOJ teria que tomar medidas mais drásticas.
ARMADILHAS?
O YCC funcionou bem quando a inflação estava baixa e as perspectivas de atingir a meta de preço do BOJ eram escassas, pois os investidores podiam se sentar em uma pilha de dívidas do governo que garantia retornos seguros.
Mas com a inflação corroendo esses ganhos, os investidores venderam títulos, precificando a chance de um aumento dos juros no curto prazo.
O BOJ aumentou a compra, inclusive por meio de ofertas para comprar quantidades ilimitadas de títulos, para defender seu limite de rendimento. Isso foi criticado por analistas por distorcer os preços de mercado e alimentar uma queda indesejável do iene que inflacionou o custo das importações de matérias-primas.”
Fonte: www.reuters.com
Grande Abraço
Leo
*não é recomendação de investimento
Dois exemplos do Payroll demonstrando que Fibo funciona!Vai funcionar sempre? Não! É uma ferramenta de previsões? Não
Porém Fibonacci ajuda a explicar muita coisa, tem muita aderência e ajuda muito em projeções. Dois exemplos de hoje pós payroll! Índice futuro do IBOV corrigiu em 61,8% da pernada de ontem e pós payroll foi na projeção de 100%. S&P futuro devia correção da pernada de quarta e quinta e foi corrigir pós payroll exatamente em 61,8%.
Precisa de mais provas para começar a utilizar a ferramenta?
Grande Abraço
Leo
Ainda sobre médias: AMA, DEMA, TEMA, FRAMA, VIDYA e NRMANa publicação “Além da média móvel simples e exponencial: SMMA e LWMA” comentei as minhas conclusões sobre médias e indiquei o artigo “Comparação de diferentes tipos de médias móveis durante a negociação” de Aleksey Zinovik.
Agora vou fazer alguns comentários e trazer algumas conclusões do artigo. Vou começar por esta lista de descrições:
Adaptive Moving Average (AMA) : “MA com pouca sensibilidade ao ruído. Em comparação com outras médias móveis, este indicador tem o mínimo de atraso na detecção da reversão e mudança de tendência. Não dá fortes flutuações durante movimentos bruscos do preço, o que significa que não gera sinais de negociação falsos.”
Double Exponential Moving Average (DEMA): “Usado para suavizar os valores de preços ou de outros indicadores. A principal vantagem é a ausência de sinais falsos quando o preço se move em ziguezague. Ele contribui para manter a posição durante uma forte tendência e reduzir o atraso do sinal em comparação com o EMA convencional.”
Triple Exponential Moving Average (TEMA): “Síntese do МА exponencial simples, duplo e triplo. O atraso no final é muito menor do que para cada um destes MA individualmente. O indicador, além de ser usado em vez das médias móveis tradicionais, serve para suavizar gráficos de preços e valores de outros indicadores.”
Fractal Adaptive Moving Average (FRAMA): “Aqui, o fator de suavização é calculado com base na dimensão fractal atual da série de preços. A vantagem do indicador é que acompanha a tendência forte e desacelera no período de consolidação.”
Variable Index Dynamic Average (VIDYA): “Este é um EMA cujo período de média muda dinamicamente, dependendo da volatilidade do mercado. A volatilidade do mercado é medido pelo oscilador Chande Momentum Oscillator (CMO). Ele mede a relação entre os incrementos positivos e negativos durante um determinado período (período do CMO). O valor do OCM serve de coeficiente para o fator de suavização do EMA. Assim, no indicador são definidos dois parâmetros: o período do oscilador CMO e o período de suavização do EMA.”
Nick Rypock Moving Average (NRMA): “O indicador não está incluído na entrega padrão do terminal de MetaTrader 5. Sua principal qualidade é que praticamente não há flutuação na fase de correção, ele simplesmente acompanha a tendência.”
Acho que estas descrições apontam caminhos para quem precisa resolver problemas com médias, obviamente que precisam serem validadas caso se opte utilizá-las . Por exemplo: a DEMA: “...vantagem é a ausência de sinais falsos quando o preço se move em ziguezague..”, realmente é isso?
Aliás isto vale para tudo, estar apresentando este artigo não é um referendo a ele ou as conclusões dele. O que acho interessante são os caminhos apresentados, a investigação baseada em dados e a estrutura de apresentação meio científica/acadêmica apesar de pessoalmente eu ter pesadas críticas ao formato de produção acadêmico.
Porém somos muito empíricos na análise técnica, trabalhamos muito com a observação. Não que seja necessariamente ruim, mas também há muita falta método. E isso não ajuda a construirmos e testarmos conclusões a partir de um estudo prévio terceiro.
Feito o aviso sigo com as conclusões do Aleksey:
“As seguintes conclusões podem ser tiradas a partir dos resultados:
- otimizados os parâmetros de qualquer uma das médias móveis estudadas, pode-se obter uma estratégia lucrativa;
- a maioria das médias móveis são versões do indicador EMA;
- a principal vantagem das médias móveis baseadas no EMA é a diminuição de sinais falsos na fase de correção e uma reação mais rápida à alteração da tendência;
- o indicador Variable Index Dynamic Average apresentou os melhores resultados, ele pode ser utilizado em pares de moedas com alta e baixa volatilidade, bem como em pares de moedas com volatilidade média. ”
No destaque segundo o autor não é preciso reinventar a roda . Trabalhar com o que existe e ajustar pode ser lucrativo. E a VIDYA obteve bons resultados e o que para mim demonstra a importância de considerarmos a volatilidade . Será que outra medida, além do CMO, não produziria resultados melhores?
Era isso que queria trazer. Mostrar caminhos e quem sabe motivar outros a produzirem estudos como o do autor.
Grande Abraço
Leo
*não é recomendação de investimento
** a NRMA que coloquei no gráfico não tenho certeza se aproxima-se da NRMA descrita no artigo. Porém não encontrei uma NRMA “pura”. Fica a dica para quem desenvolve indicadores.
Além da média móvel simples e exponencial: SMMA e LWMAFaz tempo que não publico nada educacional e hoje quero contribuir com quem está começando na análise técnica.
Há muitos tipos de médias móveis. Vá aqui no TV, na parte de indicadores e digite média móvel que aparecerá muitos. Sem falar nos ajustes possíveis em cada um. Se combinar então... diferentes tipos... há "infinitas" possibilidades!
Baseado na minha leitura atual, estou sempre aberto há repensar conclusões com novos argumentos , tenho as seguintes conclusões:
1) É preciso compreender que cada tipo foi pensando para resolver um problema, mas não existirá alguma média que resolverá todos os problemas. Aceite e lide com isso, você vai ganhar tempo.
2) Quem analisa diversos ativos utilizando médias móveis de forma visual adote um padrão. Mesma tipo de média e mesmo período para utilizar em diferentes ativos. Perde-se em precisão, mas se ganha no processo de análise. As diferenças se corrige no "olho". Não vai ser a diferença entre 20 períodos ou 21 períodos que vai invalidar toda uma análise visual.
3) Para quem quer se especializar em um ativo vale sim estudar médias e ajustes para trabalhar com aquele que oferece maior fit . Lembrando que fit passado não é garantia de fit futuro.
4) Quem está sistematizando ou utilizando o termo da moda: construindo modelos quants, é necessário explorar os diferentes tipos. Uma média ajustada pode ajudar filtrar ou melhorar sinais.
Mas Leo no título você não colocou SMMA e LWMA. Sim e vamos falar delas. SMMA (Smoothed Moving Average) ou média móvel suavizada e LWMA (Linear Weighted Moving Average) ou média móvel ponderada linear são tipos de médias móveis.
Dãããã isso é meio óbvio, não?
Sim. Porém trouxe eles para começarmos a falar de médias móveis e também por que são utilizadas em um artigo de 2017 de Aleksey Zinovik publicado no MQL5: www.mql5.com que acho interessante. No artigo, junto com MA e EMA, o autor vai comparar com AMA, DEMA, TEMA, FRAMA, VIDYA e NRMA. Algo que será abordado em outra postagem aqui. Quem quiser se adiantar basta ler o artigo.
Grande Abraço
Leo
*não é recomendação de investimento.
Pq é revelador comparar USDCAD com Commodities?Não tenho vergonha de dizer que USDCAD foi um dos pares que mais apanhei ao tentar compreender seus maiores movimentos. Foram muitas vezes de agora vai e ele simplesmente desconfigurava. Tem ativos que é assim, não conseguimos compreender o jogo maior que está sendo jogado, ou demoramos para. Isso é natural na análise, o que não podemos como traders é colocar $$$ no jogo sem essa maior compreensão.
Alguns meses atrás a chave virou com o USDCAD, dei um zoom out e consegui enxergar a possibilidade da formação de uma bandeirona no semanal . Além do zoom out, buscar outras relações ajuda também. Comparar os movimentos de preço com algum outro ativo, podendo ser até como long/short.
No caso do USDCAD comparei por painéis com o Petróleo WTI e o Bloomberg Commodity Index o BCOM que é um cesta de commodities. Vale lembrar que o Canadá é um grande exportador de commodities sendo as principais: petróleo, gás, trigo e ouro.
No gráfico podemos perceber uma relação inversa entre preço de commodities com o par USDCAD . Enquanto um sobe o outro cai. Podemos concluir que o Dólar Canadense se valoriza com o preço das commodities. Entre março de 20 até maio de 21 essa relação funcionou super bem, porém depois os ativos começaram a apontar para o mesmo lado. Claro que os preços do USDCAD está brigando com isso o que motiva a configuração da bandeira, que nada mais é que um tipo de lateralização. A explicação para essa "quebra" da relação pode ser o diferencial de juros, pois uma moeda tem diversas variáveis que afetam a sua cotação.
Mas o ponto que quero chegar é que parece que o USDCAD está chegando a um ponto de inflexão. Vai entrar em uma tendência de alta de longo prazo com as médias de 21 e 50 do semanal cruzando a de 200 períodos, desconfigurando a bandeira, ou quem sabe ela funcionando como um canal de alta. Ou vai romper a bandeira mantendo a tendência mais longa. O que acredito é que a relação vai retomar com as commodities. Aí está o driver/gatilho! O BCOM flerta com o rompimento de uma LTA de longo prazo e o WTI pode estar na última perna de um grande M.
O que vai prevalecer? Commodities em alta x USDCAD em baixa, ou o contrário, eu não sei. O posso fazer é acompanhar.
Grande Abraço
Leo
*não é recomendação de investimento.
Reversão de Solavanco - Bump-And-Run Reversal - Minha LeituraEstamos vivendo um período rico para a Análise Técnica, podendo vivenciar muita coisa que antes somente seria possível estudando o passado. Em ideia anterior falo sobre isso com Ilha de Reversão e agora trago o BARR.
BARR ou Bump-And-Run Reversal é um padrão documentado por Thomas Bulkowski e divulgado na revista Stock & Commodities em Junho de 1997 . Bulkowski também fala do padrão no seu livro Encyclopedia of Chart Patterns, que apesar do resultado dos estudos ser datado, é um livro interessante.
Este padrão, em português, é chamado de Reversão de Solavanco e Fuga e é encontrado documentado no livro Análise Técnica dos Mercados Financeiros do Flávio Lemos. Livro base de Análise Técnica escrito por um Brasileiro.
Não vou descrever todos os detalhes do padrão (além dos livros indicados você poderá encontrar neste site ), por que aqui entra a minha leitura. Bulkowski utiliza como parâmetro para o padrão ângulos, e apesar de ter usado nos gráficos foi com o objetivo ilustrativo. Esqueça medição de ângulos!
Porém isso não invalida o padrão, ele é importante principalmente por que estabelecer um racional analítico para os momentos onde o preço explode (solavanco - bump) , algo que tivemos aos montes recentemente. No gráfico trouxe exemplos que ainda estão se desenrolando. Presto muita atenção ao BUMP e ao nível onde ele ocorre (linhas em azul no gráfico). Olhem a distância no USDJPY do preço atual e a linha!!!
Uma outra forma de pensar a subida acentuada dos preços, além do padrão do Bulkowski, que gosto também de utilizar, ao pensar na possibilidade de um movimento contrário, é de uma mola pressionada. Ação e reação. Ou a mola rebentou-se ou ela poderá descomprimir.
A mensagem é: ficar atento em movimentos construídos muito rapidamente, eles podem não serem sólidos o suficiente para se sustentarem.
Grande Abraço
Leo
*não é recomendação de investimento
Por que praticamente não olho VOLUME na maioria do ativos?Faz tempo que quero escrever sobre isto e o nobre @RaphaelCordeiro me questionou sobre então agora vai.
No gráfico peguei qualquer ativo e três provedores de preço. Batendo rapidamente o olho já podemos notar diferença nos volumes em 15 de abril (seta roxa) onde na Capital tem uma barra de destaque, enquanto não acontece na FXCM e Oanda. No dia 02 de junho o destaque ocorre na FXCM (seta vermelha), enquanto Oanda e Capital não.
Como a maioria dos mercados é OTC e se organiza de forma descentralizada em redes de liquidez o volume não representa o todo do mercado. Isso sem falar de dark pools. Talvez o volume mais puro que temos é o da bolsa brasileira, já que é centralizada, mas mesmo assim lá não temos a real intenção dos players naquele volume. Um exemplo é que uma posição grande pode ser um cash and carry onde o player não está direcional, mas sim comprado em papel e vendido em índice.
Dito tudo isso, não significa que descarto o volume completamente. Um exemplo seria quando estou fazendo um day trade em índice e vejo lote entrando e empurrando o mercado, considero este volume. Ou no dia tem um player direcional que ao entrar faz preço, também vou considerar. . Talvez a melhor forma de descrever minha relação com o volume, seja que dou mais importância quando vejo ele acontecendo, estou na tela, mesmo para prazos mais longos. Outra forma que considero volume é acompanhando as posições no CoT da CFTC.
Mas se tiver que escolher, prefiro errar ao não considerar, do que errar dando importância demais sem saber qual o jogo que está sendo jogado.
O que acha dessa minha posição sobre volume? Muita bobagem? Senta o dedo no comentário.
Grande Abraço
Leo
VIX FIX - Você conhece mais esse indicador do Larry Williams?Seguindo no assunto volatilidade, mais especificamente sobre o VIX ( CBOE:VIX ). O grande Larry Williams, "pai" de diversos indicadores, desenvolveu mais um que é o VIX FIX. O objetivo é melhorar a capacidade de "previsão" do VIX , pois está é uma das alegadas limitações. O indicador nada mais é que um estocástico do VIX. A forma de cálculo é:
"A diferença entre o fechamento mais alto dos últimos 20 dias e a mínima de hoje é dividido pelo fechamento mais alto dos últimos 20 dias. Essa proporção é multiplicada por 100 para dimensionar o indicador de 0 a 100.
A fórmula para o VIX Fix é:
(Mais alto (Perto, 20) - Baixo) / (Mais alto (Perto, 20)) * 100
Onde “Maior (Close, 20)” significa o valor de fechamento mais alto nos últimos 20 períodos e o mínimo refere-se ao mínimo do período atual. A fórmula pode ser aplicada a qualquer período de tempo. No cálculo, Williams usou 20 dias para incluir aproximadamente um mês de histórico de negociação. Com dados semanais ou mensais, 20 é usado como parâmetro padrão."
No gráfico destaco uma diferença entre o VIX e o VIX FIX, onde o último antecipa aumento perto de um rompimento de cabeça do pivot recente no S&P . Vale a pena ler o artigo da Amber Hestla-Barnhart, FIXING THE VIX: AN INDICATOR TO BEAT FEAR, onde ela faz um backtest de uma estratégia de trading com o indicador.
Grande Abraço
Leo
*não é recomendação de investimento.
Ainda sobre Volatilidade e Instrumentos: BVOL e BTC MOVEA FTX oferece dois instrumentos ligados a volatilidade. O BTC MOVE (tem vencimentos diferentes) é como se fosse um straddle sintético. O Straddle é uma estrutura de opções onde se compra um call e uma put no mesmo strike e vencimento. O que se espera é que o ativo se move muito (aumento da vol) para qualquer lado, afim de que a opção vencedora se valoriza mais que o custo da estrutura. Chamei de sintético o MOVE por que ele não tem opções ligadas a ele, então você não pode se desfazer de uma perna, apenas estar long ou short no contrato, ou seja, esperando movimento ou não. Tem também o Bitcoin Volatility Token ( BITMEX:BVOL ) que é um instrumento que tenta rastrear a volatilidade implícita do BTC , através do MOVE e do BTC-PERP.
Nestes links você encontra mais detalhes sobre os instrumentos: BVOL e MOVE . "Disclaimer" não tenho nenhuma relação com a FTX. Apenas achei interessante os instrumentos oferecidos, já que venho listando diferentes derivativos ligados a volatilidade (ver ideias relacionadas).
Vamos expandir os horizontes. Tem muito a se desenvolver em ferramentas pensando em volatilidade.
Grande Abraço
Leo
*não é recomendação de investimento.
Outros VIX - Volatility IndexJá escrevi sobre variações do CBOE:VIX (ver ideias relacionadas), agora vou listar outros instrumentos da família VIX providos pela Chicago Board Options Exchange - CBOE.
CBOE:VXAPL - "é uma estimativa no estilo VIX da volatilidade esperada de 30 dias dos retornos das ações da APPLE. Assim como o VIX, o VXAPL é calculado pela interpolação entre duas somas ponderadas dos valores de cotação média das opções, neste caso, opções no APPLE. As duas somas representam essencialmente a variação esperada dos retornos APPLE até duas datas de vencimento de opções que abrangem um período de 30 dias. O VXAPL é obtido anualizando o valor interpolado, tomando sua raiz quadrada e expressando o resultado em pontos percentuais".
CBOE:VXAZN - VIX da Amazon.
CBOE:VXEWZ - VIX do iShares MSCI Brazil ETF ( AMEX:EWZ ).
CBOE:VXEEM - VIX do MSCI Emerging Markets ETF ( AMEX:EEM )
CBOE:VXD - VIX do Dow Jones Industrial Average
CBOE:VXEFA - VIX do iShares MSCI EAFE ( AMEX:EFA ). Este ETF é exposto a ações de mercados desenvolvidos da Europa, Austrália, Ásia e Extremo Oriente.
Fonte: CBOE
Todos tem o mesmo método de cálculo do VXAPL.
Aproveito e sugiro este artigo "Testando o poder preditivo do VIX: uma aplicação do modelo de erro multiplicativo" .
Grande Abraço
Leo
*não é recomendação de investimento.
S&P Cenários: voo de galinha - dead cat bounce - teste ATHAcho importante exercitar cenários na prática da análise técnica: ajuda a planejar ações e também a estabelecer parâmetros de acompanhamento . Estou tomando a liberdade de utilizar o termo "dead cat bounce" para descrever um dos cenários que tracei. Este termo é mais adequado para um ativo ruim e ou que já caiu muito (efetivamente em tendência de baixa), que dá uma respirada (subida), e volta a cair mais. Justifico a utilização aqui por três motivos: 1º que as médias no momento sinalizam o índice para baixo; 2º ele deveria cair mais, é saudável a continuidade do ajuste em direção a referências históricas de múltiplos ( interessante o valuation do Damodaran no artigo de 19/03 ); e 3º por que acho o termo adequado para descrever a psicologia do mercado neste momento, há esperanças do retorno da normalidade, caso não aconteça o choque será maior (aí para o comprados só dando com um gato morto na cabeça, rsrsrs)! Dito tudo isso vamos aos cenários que tracei para o CAPITALCOM:US500 para acompanhar na semana:
1) Voo de galinha: o S&P não sobe muito mais do que subiu na semana passada e volta a cair. A região de preços em que ele fechou tem próximo duas possíveis resistências (uma inclinada) desenhadas no gráfico e média de 200 períodos do diário e 50 do semanal (não plotadas).
2) O pulo do gato morto - "Dead Cat Bounce" : preço passa pelas possíveis resistências, passeia acima das médias, para depois acabar voltando e fazendo novas mínimas. Este cenário vai empolgar, por que trará esperança de um teste de ATH. Vejo a possibilidade dele se desenrolar em duas semanas.
3) Teste do ATH : os touros ressurgiram. O aumento exponencial de incertezas não abala ninguém. A festa não pode parar (como ficaria o bônus de quem trabalha no mercado financeiro). E o índice se firma acima do 4600, começa a desfazer o alinhamento de médias e vai testar o ATH. Este é um cenário que pode levar mais semanas e ele se desdobrará, dependo da trajetória, em outros cenários: por que pode ser novos ATHs ou um topo duplo.
O cenário 1 pode se concretizar rapidamente, porém a anulação dos outros dois cenários só se dará, na minha opinião, se os preços alcançarem a "R.I.P. zone", abaixo dos 4200. Ali só um milagre para salvar os comprados. Por que até lá, mesmo recuando no começo da semana, pode ser um recuo de zig zag para cima.
Grande Abraço
Leo
*não é recomendação de investimento.
Quer acompanhar o REAL R$ contra o Dólar com a B3 fechada?Na Globex da CME - Chicago Mercantile Exchange, temos os contratos de futuros de Brazilian Real. Ticker atual 6LJ2 (Abril). Temos também aqui no TradingView, com a comodidade de estarmos vendo o contrato corrente ao utilizar o ticker 6L1!. A cotação é em BRL/USD, ao invés do USD/BRL que estamos acostumados. Então se a cotação está 0,18955 BRL/USD, basta pegarmos na calculadora: 1 / 0,18955 = R$ 5,27. Acrescento que este contrato futuro é utilizado na tomada de posição do CoT. Não se sobrepõe a B3 aberta, mas dá para termos um cheiro dos preços.
E aí também rola uma pegadinha com o EWZ. Muitos se referem a variação % do EWZ, como expectativa para a variação % da nossa bolsa, mas esquecem que tem o BRL/USD também variando na equação ;)
Grande Abraço
Leo
Tipos de Escala nos Gráficos: Aritmética x Logarítima no ETHNo exemplo temos dois gráficos de ETHUSD, período semanal. Podemos notar que visualmente é muito perceptível a diferença nos gráficos, apesar de representarem o mesmo movimento dos preços. Isto deve-se a utilização de tipos diferente de escala. Na chamada escala automática podemos inferir que é uma escala aritmética, já que os níveis estão variando em 250. Já na escala logarítmica observe como estão variando os níveis na escala. Você sabe que variação ele está representando? Abaixo segue uma explicação:
" Escala Aritmética ou Linear
É a escala utilizada nos gráficos que você está acostumado a ver em jornais, revistas e na sua régua. Na escala aritmética, como o nome diz, a distância entre um ponto e outro é a unidade. No gráfico de preços, a distância entre 1 e 2, será a mesma que entre 10 e 11, e assim por diante. No entanto, perceba que no mercado de financeiro a unidade não é sempre tão relevante assim. Se você comprar uma ação por R$ 1 e ela valorizar para R$ 2, você terá um excelente lucro de 100%. Parabéns! Por outro lado, se você comprar a R$ 10 e vender a R$ 11, você teve um lucro de 10%. O que é um belo lucro também, porém muito inferior ou anterior. Isso acontece por que em termos percentuais, a variação de R$ 1 vai ficando cada vez menor perto do todo.
Escala Logarítmica
Esta escala já não é tão comum fora do mercado financeiro, porém ela é importante para seus investimentos. Na escala logarítmica, a distância entre um ponto e outro é a % do total. Ou seja, a distância entre 1 e 2 é 100%, que será a mesma distância entre 10 e 20, entre 100 e 200 e assim por diante. Mas porque nos investimentos é importante essa escala maluca? Note que por esta escala, quando o valor foi de 1 para 2, ou quando ele foi de 10 para 20, você teve a mesma rentabilidade de 100%. Assim fica muito mais claro de entender quanto dinheiro você teria ganho ou perdido com o movimentos da ação."
Fonte: www.bussoladoinvestidor.com.br
Grande Abraço
Leo
É preciso acompanhar as operações candle a candle: Caso GSGoldman Sachs (GS) fez um candle na sexta 18/02 que liga um alerta para quem está vendido na ação . É um candle de indecisão e quando "descemos" o tempo gráfico observamos uma "briga" entre comprados e vendidos ou em outras palavras um equilíbrio de forças. É preciso acompanhar o abertura e o fechamento desta segunda-feira, 21/02. Dependendo do que ocorrer podemos ter as confirmações . Uma delas é a confirmação que os compradores seguraram os vendedores e a ação vai voltar a subir, ou o "gap" de corpo entre o candle do dia 18/02 e 17/02 é um padrão de continuidade.
A questão é ao abrirmos uma operação temos que acompanhar cada informação nova que recebemos como o caso de novos candles . Cada candle é um nova informação que pode trazer uma reavaliação do cenário, inclusive tomando decisões em relação a stop, parcial ou encerramento antecipado da operação. Obviamente que isto acarreta um grau de subjetividade nas operações, nos sujeitando a erros de avaliação: fechando operações "antes do prazo" ou carregando operações que não vão chegar no alvo. A única forma de diminuir isto, ao seguir um caminho mais subjetivo, é a experiência que vai afiando a habilidade . Outra forma é manter complemente objetiva as operações. Seguir o racional inicial, ou vai ou racha. Fazer trailing stop pré determinado. Encerrar a operação em caso de candle de indecisão... enfim são muitos caminhos. N ão existe resposta certa, é um trade-off sempre: vantagens e desvantagens do caminho que escolho . E claro, é também importante, fazer sentido para nossa personalidade. Tem pessoas que lidam melhor com a subjetividade e tem outras que lidam melhor com a objetividade.
Grande Abraço
Leo
*não é recomendação de investimento.