A meta de inflação está errada?Muito se vem discutindo sobre a meta de inflação do Banco Central brasileiro estar no patamar correto ou não. Eu não quero ser dono da verdade mas trazer os pontos levantados e expressar a minha opinião sobre esse tema.
Vamos aos fatos
A história começa com o novo governo iniciando um processo de fritura da persona Roberto Campos Neto, onde nas últimas semanas foi alvo de algumas personalidades do governo. As principais questões de Lula é o fato do Banco Central ser "independente", pois na sua ideia o BC é "autônomo" mas deveria sim ser dependente do executivo. Além disso, Lula também acredita que perseguir uma meta de inflação de 3% é irreal para atual situação do Brasil, e advoga por um aumento de 1,5% nessa meta.
Lula também afirma que a SELIC está injustificadamente elevada, dificultando o empresário brasileiro em investir e crescer no país, afirmando que seus governos anteriores foram os com maior responsabilidade fiscal.
Comentário: A reação do mercado com essas declarações foram naturalmente de estresse, afinal ao retirar a independência do BC a autarquia perde poder decisório técnico e volta a ser vítima da necessidade política. É imprescindível termos um banco independente para lidar com os choques econômicos e qualquer ameaça a economia local. Abaixo imagem do spread aberto entre os juros longos e curtos:
RCN em entrevista no Roda Viva foi muito frio e cauteloso com as respostas, um tom apaziguador ditou a entrevista. Declarou que existem motivos técnicos para a Selic estar elevada, não apenas risco fiscal, pois o IPCA núcleo ainda esta em 9%, o que pressiona muito o guidance. Salientou que risco fiscal não é um risco novo, pois no governo anterior isso também era realidade. Uma mudança por força bruta pode causar estresse no câmbio e na curva de juros, pressionando mais a inflação e a dívida pública, esse tipo de mudança devem ser discutidas sim, mas no âmbito técnico e não no âmbito político.
Para finalizar garantiu que ele irá ao senado para responder todas as questões dos senadores, afinal, esse é o seu trabalho.
Curva de juros longa precificando premio de risco
Comentário: Depois de levantar a bandeira branca, aparentemente a patota do governo baixou o tom contra a persona RCN, mas seguiu no embate "anti-rentista" nas palavras da Gleisi, contra a Selic alta e juro real positivo. Os pontos positivos foram que o Roberto deixou claro que ele tem motivo para trabalhar com Selic nos níveis atuais e que não está fazendo política monetária diferente para cada governo. Ele deixou aberto a discussão sobre a meta de inflação e sobre a Selic, o que nos leva ao próximo fato, comentários de gestores influentes no BTG Conferece.
Durante o BTG CEO Conference, na presença do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, três economistas influentes no mercado financeiro concordaram que o aumento da meta de inflação é necessário. Os economistas Rogério Xavier, da SPX Capital, o Luis Stulhberger, do Fundo Verde, e André Jakurski, da JGP Capital debateram o tema com o ministro na plateia.
Segundo Xavier, a redução das metas foi definida antes dos choques inflacionários da pandemia e da guerra da Ucrânia, que mudaram completamente o cenário. Por isso, diz, não faz sentido que o Banco Central pratique juros reais elevadíssimos para buscar uma meta de 3% em 2024. “A meta de inflação está errada".
Para Stulhberger a meta é irrealista, embora ele admita que a visão de mudá-la não é consenso no mercado. “A discussão da meta é cabível e não é o fim do mundo. E não implica perda de credibilidade. Mas precisamos de um arcabouço fiscal crível ”.
Jakurski também afirmou que a meta está fora de lugar. “Os juros reais no Brasil são impressionantemente altos e o país não vai dar certo com isso”.
Após o trio, o ministro Haddad deixa claro seu ponto de vista sobre a meta de juros, sobre não ser crível a meta de 3% para o objetivo que o governo tem atualmente. Acrescenta que seguem estudando exemplos internacionais de regra fiscal, enaltecendo que nenhum país adota uma regra que não consegue cumprir. O prazo para o arcabouço fiscal foi definido pra agora em março.
Comentário: De todas as falas apenas fica claro que o Lula convenceu a todos que era hora de debater o assunto, ele não convenceu apenas seu ministro, mas também o mercado. O mercado não estressou com essas falas principalmente pelo fato de que é crível mexer na meta e na taxa de juros uma vez que tenhamos um arcabolço fiscal com regra definida, que da horizonte e segurança para investimento no Brasil. O mercado festejou e jogou as expectativas lá para março, quando o ministro definiu data limite para definições da regra fiscal.
R$0,05 centavos de opinião
Porque todo esse rebuliço veio a tona?
Ao meu ver o Lula está sim mordido pelo fato de ter um presidente do Banco Central que não tem a ideologia alinhada com a dela, independentemente de sua competência, o próprio Lula afirmou que a "cabeça política" do RCN não é a mesma da dele. Mas esse não é o pulo do gato.
Imagine você presidente da república recém eleito querendo mudar as coisas porém com o seu país em rota de recessão, consegue imaginar?
Totalmente justificada as questões levantadas pela base do governo. Com uma meta de juros em 3%, veremos uma convergência real lá para 2025 ou além. A política monetária restritiva impede o pequeno empresário e dificulta para o grande fazer novos investimentos, expadir o negócios e aumentar a contratação de mão de obra, em outras palavras, atrabalha o rápido crescimento do país.
Todos esses fatores são de fato reais, subir a meta de inflação para 4,5% é a solução? Do ponto de vista que facilita a convergência, sim. Do ponto de vista controle inflacionário teriamos que elevar a Selic para 15%. Contraproducente, não?
Aumento da meta de inflação com corte na Selic só pode vir com uma regra fiscal firme que impede o executivo de contratar mais dívida elevando o prêmio de risco futuro nos juros, por isso a regra fiscal que será apresentada pelo ministro Haddad (que cá entre nós tem feito um ótimo trabalho) será de suma importância.
Já tivemos um Conselho Monetário Nacional onde não foi pautado revisão da meta, pois o ministério da fazenda deseja antes de mais nada definir a regra fiscal para acalmar o mercado antes de mexer nas metas.
Eu particularmente não tenho conhecimento suficiente para me posicionar, nesse caso eu fico ao lado do RCN que é o profissional competente que vem fazendo um excelente trabalho até o momento. Sobretudo, temos olhar para as decisões sem viés e com olhar de investidor profissional, certo?
Ótimo carnaval à todos.
Juros
JUROS ALTOS também é sinal de INCERTEZANão postulo juros altos por conta das altas consecutivas do FED (Banco Central Americano), mas também pelo juro ser um catalisador de incerteza, logo, medo - não só do índice VIX vivera o Homem. Sendo bem pragmático e me aproveitando da minha posição de não ser uma figura no mercado que diz algo e move a cotação de YIEDS ou AÇÕES e levar um processo da SEC, creio ver a taxa de juros americana seguindo em direção aos 6-7% nos próximos 24 meses. A cada coletiva que leio (pelo meu costumo de ler diariamente) de autoridades econômicas e também das questões que investidores levam e apresentam para analistas de bancos como Goldman Sachs e outros gigantes do sistema bancário, noto um sentimento de ''negação'' dos participantes do mercado. Existe uma noção muito estranha daqueles que contemplam o mercado financeiro de fora de que, por existir pessoas envolvidas em mercado financeiro, a maioria delas são ''entendidas de dinheiro'' ou dos ciclos da economia. Isso não é verdade. Até mesmo bilionários olham para as bolsas norte americanas como um lugar para ''fazer dinheiro fácil'' em detrimento de ter a disposição os melhores analistas e corretores a disposição para tal. Percebe como, não necessariamente, os mais ricos compreendem os ciclos econômicos? Por que insisto nisso? É simples
Noto, nos últimos 3 meses, desde aquela ultima temporada de balanços de 2022 em que bancos como Goldman Sachs, Morgan Stanley, Wells Fargo e outros apresentaram quedas nos lucros em divisões de IPO's, investiment banking e Asset management, uma alta nos lucros no setor de títulos privados (renda fixa), simbolizando, assim, uma desaceleração na tomada de risco por parte dos clientes de considerável poder aquisitivo (que se assim são, provavelmente, possuem negócios ou são filhos de pessoas que possuem negócios) e a transferência do volume financeiro para investimentos menos arriscados como os clássicos títulos do governo (o que vem bem a calhar, sendo que o FED subiu bastante suas taxas de juros e acabou por edificar um PRÊMIO interessante para os investidores manterem o seu dinheiro ''parado'' e não disperso por ai sendo interpretado como ''gastos'' pelos indicadores econômicos e contribuindo ainda mais com o aumento da inflação acima do dobro da meta de 2%), que o mercado está com um sentimento de ''NEGAÇÃO''. É frequente ver o mercado incrédulo enquanto pensa na possibilidade de ver mais altas de juros por parte do FED. O que eles não sabem é que, independente do que o consenso corporativo ou investidores PF pensam, o FED vai fazer o que tiver que fazer pra ''conter a inflação''. Até pegando palavras de membros do próprio FED quanto a esse momento: ''Decisões difíceis precisam ser tomadas visando o crescimento sustentável no longo prazo''.
É comum empresários(as) pensarem em crescer, crescer e crescer, até recebem um estimulo chamado ''PALESTRAS MOTIVACIONAIS'' para pensarem que são LEÕES ou ÁGUIAS vorazes, mas na realidade, são seres humanos (importantes) que, assim como foram capazes de edificar um bom negócio precisam usufruir da mesma capacidade para reler (ou ler) algum livro sobre gestão de risco que os alertem sobre RISCOS DE EMPRÉSTIMOS, onde o JURO é um dos fatores mais mortais quando não considerados de forma adequada. Digo isso em razão de muitas empresas usufruírem de empréstimos para tocar seus negócios. Fora isso, é fato que o fenômeno aflorado na pós-pandemia de ''DEMANDA REPRIMIDA'', que assim ficou devido a inflação devorar o poder compra e forçar as pessoas a repensarem seus orçamentos pessoais e familiares por pensar ''as coisas estão caras'', colocou o dinheiro em menor circulação na economia e vai fazer com que as receitas de muitas empresas passem a ficar, gradativamente, menores do que os custos. Isso já está acontecendo nas grandes empresas americanas (como a FEDeX) a ponto de anunciarem, quase que de forma harmônica, ''restruturação no modelo de negócio''. O que é perfeito para o início de ano porque muitos costumam falar de ''mudanças'' ou ''novas metas'' no início do ano. Como efeito, isso ''ameniza'', mesmo que breve, o pavor dos acionistas e colaboradores do que está acontecendo nos bastidores.
Eu não estou vendendo o CAOS e nem NOTÍCIAS RUINS, estou sendo o mais simples e técnico ao mesmo tempo para dizer que, nos próximos 24 meses a taxa de juros americana PODE (perceba o fator probabilidade) estar em 6-7% devido a incerteza que vai se instalar quanto ao destino da economia americana quando as empresas continuarem mostrando números amargos em seus balanços trimestrais. Dessa forma, muitos participantes no mercado vão exigir um prêmio mais altos em títulos públicos (e principalmente os privados) e provavelmente vão comprar de forma massiva títulos de 5 a 10 anos postulando que a ''recessão não vai durar tanto tempo. Então, vou comprar títulos de prazos maiores por acreditar que o curto prazo será o mais afetado''. Isso também significa que os investidores vão exigir YIELDS mais altos nos títulos de taxa curta. Além disso, não podemos esquecer que o governo atual dos Estados Unidos é de qualidade ''expansionista'', o que significa esbanjar dinheiro ali e aqui pensando no ''desenvolvimento para o povo americano''. E não é o meu viés politico falando, e sim o que já foi feito. Basta lembrar dos trilhões de dólares já usados como estímulos para o desenvolvimento da ''infraestrutura'' dos Estados Unidos. Isso vai impactar em indicadores de inflação, talvez não de imediato, mas pode fazer o FED considerar continuar subindo as taxas de juros devido as medidas do Governo Biden.
Assim, encerro esse texto com o seguinte lembrete para quem comprou ou recomprou ações (de qualquer bolsa americana) nos últimos 3 meses: APERTE O CINTO e certifique-se que possui margem de capital para as quedas que se aproximam.
Sinalização política e econômica ajudamTivemos essa semana declarações vindas da Ministra Simone Tebet e do Ministro Fernando Haddad sobre o planejamento de gastos e do orçamento para 2023 em diante. Os juros são especialmente reativos a declarações políticas da Fazenda, Orçamento, Fiscal e Bancário.
O fato da Tebet declarar que os gastos serão rigorosamente controlados animou e muito o mercado essa semana, jogando as perspectivas de juros futuros curtos e longos para baixo, mesmo em uma semana conturbada com diversas manchetes políticas que colocaram em cheque a democracia.
Essa sinalização é muito positiva, pois demonstra que a curva de juros está naturalmente, pela força do mercado ou percepção de risco, convergindo para prêmios menores. Além disso, isso também pode sinalizar entrada de capital no Brasil sob diversas motivações. O grigo trás dinheiro para o país emergente e precisa deixar um hedge em ativos como dólar ou juros ou bolsa, dependendo do seu objetivo de investimento.
Vale ressaltar também a ótima leitura de inflação nos EUA hoje, que vieram em linha ao esperado, mostrando que os EUA está atingindo o pico de inflação, retirando a pressão inflacionária sobre as decisões do FOMC. Para o Brasil, isso é ótimo ainda mais com o juro real que estamos pagando.
E expectativa para 2023 é que as curvas de juros retornem aos meados de 12~11%, dependendo da saúde econômica, é claro.
INFLAÇÃO - AMIGA OU VILÃ?ECONOMICS:BRIRYY
Amigo investidor, nesses anos empenhados de trabalho no mercado financeiro já vi um pouco de tudo, presenciei algumas quedas importantes na bolsa de valores, como o mercado reagiu e levou uma pandemia, privatizações, redução e aumento de juros. Porém de todos esses acontecimentos, um em especifico me chamou a atenção, no contato com meus investidores na mesa de operações, vi muitos deles lamentando a queda da Inflação, sim, pois bem, 2021/2022 trouxe forte alta nesse indicador que no auge chegou a alcançar no acumulado de 12 meses aproximadamente 12,70%, muitos desses clientes viram em seus investimentos IPCA+ uma performance de 16% a 19% ao ano, e a queda desse indicador, seria tristemente ver a carteira reduzir rentabilidade.
Porém fica aqui um questionamento e uma pergunta que faço a você, de fato a inflação ela é amiga ou vilã? Ai investidor, eu lhe refaço novamente a pergunta amiga ou vilã de quem? A quem ela beneficia? ou a quem ela ajuda? Ou a quem, e quando ela prejudica? Respostas essas que devem estar muito bem mapeadas antes de lidar com esse tipo de alocação.
Para começar a nossa reflexão vou separar você em duas personas, uma denominada como "Cidadão" e a outra como "Investidor".
Enquanto investidor, obviamente gostaríamos que nossa carteira sempre esteja com o máximo de rentabilidade possível alinhando ao nosso perfil de risco. Já pensou eu citar a você que seria possível ganhar bem acima do CDI, sem correr muito risco e muitas vezes com FGC? É... seria o sonho de muita gente, de certa forma foi o que aconteceu com os ativos de inflação no ano de 2022, muitos deles entregaram boa performance, a elevação da inflação principalmente no 1º semestre foi considerável. No entanto, devido a politica monetária adotada em nosso país com a elevação dos juros (Taxa Selic) e também uma redução de impostos em setores estratégicos da economia fizeram que no segundo semestre a performance nominal dessas alocações reduzirem, logo o ganho seu ganho investidor, também reduziu.
Porém convido você visualizar a a persona "Cidadão";
Enquanto cidadão, e provavelmente se você estiver dentre o grupo de 97% da população brasileira que não tem o patrimônio corrigido integralmente pela inflação, deve ter assistido seu patrimônio nos últimos anos perder valor, e indo além viu seu precioso dinheiro perder valor, com a mesma renda que você possui, provavelmente ter o poder de adquirir menos bens. É investidor... isso certamente é a inflação agindo sobre sua vida.
Ai chegamos em um ponto interessante, então quer dizer que aumentar a inflação beneficia o investidor, enquanto prejudica o cidadão? Certamente NÃO!!!
A realidade é que devemos colocar alguns conceitos de mercado importantes para responder essa pergunta, o primeiro deles é entender que sim, enquanto cidadão, a sua vida de certa forma é atrapalhada pela inflação, mas que a existência dela em formas moderadas e controlada, significa em um cenário normal, o reflexo de fatores positivos, onde geralmente a população está em pleno emprego e principalmente está utilizando o seu dinheiro para consumo, provavelmente nesse cenário o nível de confiança do consumidor/investidor está em crescente, proporcionando mais investimento em empreendimentos e mão de obra.
Mas você enquanto investidor, inflação aumentando seu titulo IPCA+ subindo rentabilidade, onde isso lhe impacta? É simples, imagine o seguinte visualizando a sua persona enquanto cidadão lembra que o seu dinheiro desvaloriza conforme a inflação? Isso inclusive acontece com o seu dinheiro aplicado, ele também perde valor, ou seja, o rendimento IPCA que você ganha, é nada mais nada menos que o reajuste da inflação, surgindo aqui investidor, preste atenção!! Um dos conceitos mais importantes para responder a nossa reflexão, não importa o quão a inflação esteja performando, E SIM o quanto estamos ganhando acima da inflação. Surgindo assim o conceito de "RENTABILIDADE REAL".
Rentabilidade real é a sua rentabilidade total que você obteve na aplicação, descontada o percentual da inflação no período aplicado. Com isso imaginando, que sua aplicação em 1 ano rentabilizou 19%, porém tivemos uma inflação de 10% no período, seu ganho real foi de 9%, isso de fato foi a evolução do seu patrimônio alocado, (Inclusive há muitos investidores que por desconhecimento possuem ganho real negativo, por não aplicar seus recursos em taxas que remuneram acima da inflação - a poupança é um bom exemplo).
Então aqui chegamos em algumas conclusões, a inflação é um instrumento de extrema atenção para entender o ritmo da economia, ela irá impactar diretamente sua vida como investidor e como cidadão, porém ela não é fator de criação de recursos e simplesmente "irá aumentar seus Rendimentos", o que de fato é o nosso amigo é o ganho real (Conhecido também como juros reais), ele quem apontará de fato o quão o nosso patrimônio evoluiu descontando a deterioração da moeda. Logo investidor, em seus próximos investimentos reflita, quanto de ganho real você pode ter nessa aplicação e também se sua carteira atual retorna uma uma taxa de ganho real boa.
Uma excelente noticia para você, é que devido ao cenário de crescimento de juros (Alcançando 13,75%) - e graças a medidas que conseguiram controlar a inflação (No acumulado dos últimos 12 meses está em 5,79%), estamos vivendo um dos melhores momentos para aproveitar ganho real positivo, possuímos muitas aplicações no mercado que estão pagando de 6% até 9% de ganho real, ou seja, Um bom momento de ir as compras!
E assim amigo investidor finalizamos mais uma reflexão, a inflação não é má! Ela é importante e assim em analogia, como a febre é um sinal de temperatura para o nosso corpo de uma possível doença ou comportamento do organismo, ela será um sinal para como está o organismo do mercado. Porém nosso verdadeiro amigo é o ganho real positivo, ele sim fará seu patrimônio evoluir. Aqui fica meu muito obrigado, e bons negócios!
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Fundamento e Técnico no Fed Fund de 10 anosA inflação tenderá a ser mais inercial que esperado principalmente pelo componente inercial de housing.
Este componente leva em conta uma característica do mercado americano que trabalha majoritariamente com juros préfixados em crédito imobiliário, o que acaba blindando consumidores das altas nos juros de curto prazo no total de renda disponível. Assim, o efeito da alta de juros não é imediatamente sentido nesses ativos que representam enorme parcela de todo crédito em aberto nos EUA.
Além disso, o fator de custo de moradia vem subindo mais rapidamente e de forma inercial, sendo que vários componentes de SHELTER dentro do CPI americano também acabam tendo certa inercia, isso vai forçar o FED a ir mais longe na sua alta de juros, ou manter em níveis altos por mais tempo que esperado.
Assim, pela via do fundamento são juros para cima ainda nos EUA sem queda à vista a meu ver nem em 2023, mesmo que haja algum indício de recessão.
Vamos olhar o gráfico então certo? Mas, claro a última coisa: o FISCAL americano segue forçado para cima o que leva também a uma pressão sobre os juros de longo prazo.
Pelo gráfico mensal tomando como ponto de partida o pico de juros de 10 anos há décadas atrás, acima dos 10%, vemos um Fibonnaci interessante com um marco interessante já atingido no 0,23 Fibo -> corresponde aos valores de juros atuais em 4,25% ao ano. O próximo marco a ser atingido (0,38 Fibo) será o 6,20% no próximo ponto do Fibo, e este talvez numa janela de 1-2 anos seja nossa primeira resistência dos juros de longo prazo nos EUA.
Olha só, não digo que vá amanhã, mas temos esse caminho livre aí, sendo que o piso e suporte serão o range entre 3,75-4,25%.
Talvez no futuro (5-10 anos) esse piso seja o juros de longo prazo nos EUA a uma taxa de crescimento entre 1,5-2,25% de crescimento no longo prazo.
As implicações disso + o Fator mais difícil de calcular (diminuição dos estoques de BONDS comprados no Balanço do FED e suas implicações) serão contracionistas aos ATIVOS negociados em BOLSAS GERAIS (commodities, ações, cripto, etc) SEJAM ELAS SUPERVISIONADAS OU NÃO por órgãos reguladores.
Fico por aqui.
Boa noite,
Lyu
US10Y - Título americano de 10 anosCandle de reversão - ou pullback - em topo se formando no gráfico semanal de US10Y.
Evidentemente só podemos cravar o candle quando fechar e ainda falta todo o dia de hoje, mas até o presente momento faz indicação de reversão pullback.
Esse gráfico tem importância mundial e pode definir todo o cenário macro.
Inflação, Selic, Desemprego e DeflaçãoO cenário Brasileiro está mais parecido com o dos EUA do que nunca, pois seguimos tentando desacelerar a economia para frear a inflação, e ainda assim vemos uma taxa de desemprego boa. Veja a linha amarela, onde após o break do corona vírus, o índice de desemprego alcançou 14% e agora recua abaixo dos níveis pré-pandemia, criando sinal de aceleração econômica. As vezes até parece que o que o PG fala é real.
Corroborando com isso, a inflação nos Imóveis segue em trajetória de queda, talvez causada pela baixa demanda? Estamos no nível pré-pandemia e com tendência de desaceleração maior, com inflação de imóveis próximo de 0, o que isso quer dizer?
Olhando para o copo meio cheio, é ótimo a inflação de imóveis estar recuando, mais dinheiro no bolso do cidadão e melhores negócios para o setor.
Olhando para o copo meio vazio, mais dinheiro na economia, mais consumo, mais inflação. Ainda não sei ler o impacto do IGP-M negativo no mercado imobiliário, mas suponho que uma falta de demanda pode ser o resultado da deflação.
Mas, nem tudo é um mar de rosas, hoje tivemos os dados de IPCA e ao abrir o dado podemos ver mais uma vez que os ativos ainda continuam pressionados, mas que a discrepância dos preços de transportes continuam causando a impressão de deflação. Na imagem abaixo podemos ver quando forte é o peso em pontos que o transporte faz no índice (-72p.p.). Isso não quer dizer que o BC não está no caminho certo, ou que não está vencendo a batalha, mas ainda não vemos desaceleração substancial de alimentos, bens de consumo, saúde e educação, por isso as médias dos núcleos acelera a 0,66% no IPCA de agosto.
Fala finalizar, a SELIC ainda pode ser alterada em setembro, após fala do RCN no evento do Valor, dizendo que há espaço para aumento residual de 0,25% na taxa. O brasil ainda tem uma das inflações mais altas do mundo, empatado com México e Irlanda (8,7% CPI YoY). RCN ainda ressalta que além da eleição, o futuro do Fiscal do país é incerto independentemente de quem assumir a cadeira da presidência.
Ainda assim nossa bolsa sustenta altas, porque?
Apesar da inflação alta, o diferencial de juros segue atrativo no Brasil. Além dos juros, o mundo vê inflação causada por commodities, e nossa bolsa deita e rola quando as commodities performam bem, afinal, somos um exímio produtor. As perguntas que ficam são:
Até quando as commodities vão pressionar?
A recessão é o resultado de uma aceleração da indústria e do consumo de commodities, então o quão longe a recessão está?
O quanto o Brasil sofrerá com a política de juros Americana e Europeia?
Seria esse o início da recessão?
Sumário
- Inflação: QUANDL:BCB/13522
- Taxa de Desemprego: QUANDL:BCB/24369
- IGP-M: QUANDL:BCB/189
- Taxa Selic: QUANDL:BCB/432
Uma abraço e bom final de semana!
Juros precificam melhora econômica momentâneaEm meio a crise inflacionária, os Juros curtos atuaram em harmonia até que a SELIC terminal fosse precificada em 13,75%. O DI23 diminuiu sua volatilidade em meados de 22 de julho, próximo ao último COPOM em Agosto. A partir dessa data, os outros DIs curtos, 2024 e 2025 seguiram precificando a queda na percepção de inflação decorrente os eventos nos preços de energia no Brasil.
A percepção de queda nos Juros mostra como os investidores olham com otimismo os próximos anos no Brasil, vendo uma desaceleração maior na inflação, e a precificação de redução de juros para 11,50% ao fim de 2023.
Esse descolamento sinaliza bem a recuperação das ações de varejo, bem como a desaceleração no dólar nos últimos dias, afinal, política monetária contracionista consiste em juros elevados, e expansionista em juros baixos.
A pergunta que fica é, essa sinalização de deflação é permanente ou artificial?
Se você procura bons sinais de correlação para operar o mercado futuro de Dólar, sugiro prestar mais a atenção em um DI curto (DI1F25) e um Di longo (DI1F29), para ter uma boa noção da percepção de crédito futura. Embora estamos poucos dias das eleições e isso trás volatilidade de forma geral, as taxas de Juros vem influenciando o dólar no intraday de forma muito assertiva.
O que esperar dos mercados depois da ata do FOMC ?Todos tem ficados na expectativa diante de 2 atas importantes, principalmente a ata do Fed que impacta diretamente nos mercados mundiais. O banco central americano quer tomar uma medida dura contra inflação, ajustando a taxa base para 0,75% já para a próxima reunião, e assim até podendo causar uma resseção para assim forçar uma queda nos juros.
Conforme o PIB americano, a recessão já deve acontecer no próximo ano, é o que a maioria dos investidores acredita, já que o Fedederal Reserve não chegou a citar em nenhum momento sobre a recessão, e nos lembremos do mesmo tratamento que eles estavam tendo com o IPC. Por mais que o Federal reserve possa omitir, isso nos leva a crer que sim, a recessão virá para levar os juros para baixo de novo. Há alguns temores em relação do FOMC de 75bps não ser o suficiente.
Já para a próxima semana já sai o anúncio da taxa de inflação e até lá veremos se todo esse esforço gerará algum resultado aparente.
Para o girador, pode sim, ter impacto no intraday. Até a metade do ano, o Vix ficou a maioria do tempo acima dos 25 pontos sendo, quanto maior, mais volatilidade, sendo que, quanto maior a volatilidade, mais fora do mercado estão os investidores que vão priorizar a renda fixa.
O Vix faz um canal de alta e ele está nessa faixa laranja, intermediário para operações no curto prazo, verde sendo ótimo para giros no curto prazo e vermelho para ruim, se ele continuar respeitando esse canal e voltar para região vermelha, isso pode ser ruim para o girador, que gosta de obter lucros rápidos.
Obviamente, no curto prazo, o mercado ignorou em precificar a ata do comitê de política monetária e abriu uma montagem de posições compradoras, principalmente vindo desde o dia 4 de julho, depois de uma grande queda nos preços e perder 21% em valor de mercado, o S&P tem acumulado posições compradoras como mostra abaixo:
agora com as montagens, tem levado até o preço da vwap com o cálculo mensal
Vale lembrar, que desde que o S&P caiu desse jeito, ele entra em uma situação de price discovery, já que há muito tempo ele não negocia abaixo da vwap mensal.
Veremos as cenas dos próximos capítulos.
BBDC4 - Operando RangeVivemos um tempo de estresse para os bancos, e o Bradesco está particularmente volátil — in a good way.
BBDC4 está negociando numa range de preços bem particular, entre meados de 20 e 17, o que é um tanto volátil para os bancos. Os tempos atuais não vão muito bem para nosso setor financeiro, por um lado com a Taxa de Juros mais alta, maior o lucro dessas empresas, mas em contrapartida, menor a demanda por dinheiro, pois o dinheiro está caro!
Quanto mais pressão inflacionária temos no setor de energia e de alimentos, mais força o Banco Central do Brasil a rever seu plano de voo e talvez aumentar ainda mais os juros. Vemos os DIs mais longos (24 e 25) precificando isso nesse mês de Junho, pois já estão nas máximas de Março, quando a política monetária dos Bancos Centrais no mundo ficou mais Hawkish.
Semana que vem temos outra super quarta e mais uma decisão de política monetária que deve balançar os mercados.
Para mim, os bancos em geral estão em um movimento de contração, ITSA4, SANB11, BBDC4. O BBAS3 ainda tem suas particularidades por ser estatal. Ainda assim, o Bradesco é o banco com melhor estrutura gráfica para operar agora.
Acredito que o movimento vendedor deve seguir até o suporte em meados de 18 reais, até antes da divulgação do balanço e dos dividendos dia 04/06.
O QUE NOS TROUXE ATÉ AQUISe há muita quantidade de dinheiro circulando na economia, o preço de todas as coisas tende a subir, provocando a chamada inflação. Para tentar controlar isso, o governo aumenta a taxa de juros.
A alta dos juros é um efeito de um desbalanceamento entre oferta e demanda. É uma ação atrasada, e por isso, provoca efeitos colaterais ruins para a economia. É um termômetro de que as coisas não vão bem.
O governo pega dinheiro emprestado através dos títulos do tesouro. O rendimento desses títulos é atrelado aos juros. Logo, se o governo aumenta os juros, ele se obriga a pagar mais para pegar dinheiro emprestado.
O governo nunca paga suas dívidas. Ele faz a rolagem da dívida, que na prática se trata de pegar mais dinheiro emprestado. É uma bola de neve que corre o risco de ganhar um tamanho incontrolável.
Enquanto o governo está pagando os rendimentos dos títulos que estão vencendo hoje, ele está, ao mesmo tempo, pegando mais dinheiro emprestado com os títulos que emite com vencimentos longos.
Uma das consequências é a migração dos investimentos da renda variável para a renda fixa. O dinheiro investido nas empresas vai para render juros através dos empréstimos ao governo.
Sem dinheiro, as empresas não aumentam seu maquinário, não contratam mais mão de obra e consequentemente não produzem maiores quantidades. O desemprego aumenta justamente no período em que as coisas estão mais caras.
Este é o cenário de uma recessão econômica que já é realidade, tanto no Brasil, quanto nos Estados Unidos. Basta ir ao supermercado e ver como tudo está mais caro.
Somado a isto, com a Guerra na Ucrânia, as commodities sofreram uma alta considerável, pois afetou a produção de alguns produtos agrícolas e acesso a fontes de energia como gás e petróleo.
Outro fator que ajudou a criar esse quadro, foi a imensa impressão de dinheiro por parte dos governos, principalmente os USA, quando a crise da pandemia se instalou em Março de 2020.
Reiteradas decisões erradas nos trouxeram para uma crise que ainda está em seu início.
Renan Antunes
Saiu taxa de juros do FOMC e COPOM; analisando principais ativosFala pessoal beleza ? eu só esqueci de falar no vídeo que essa semana no S&P ainda é uma semana de rolagem nos mercados, onde o fluxo costuma ficar bem nebuloso para analisar, do mais, espero que você tenha gostado desse video.
um abraço
Bitcoin precificado com altas dos juros do FEDNa quarta-feira, 04 de maio de 2022, o Federal Reserve (FED) aprovou oficialmente o aumento em 0,5% das taxas de juros, após rumores sobre esta medida com falas de Jerome Powell (presidente do FED).
Como já explicado em outras análises, o aumento de juros é prejudicial para ativos de alto risco como bolsas de valores e criptomoedas, pois cria um cenário atrativo de melhor risco-benefício para investimentos mais conservadores, baseados nos juros, como é o caso da Renda Fixa, por exemplo.
Nesta análise, apresento alguns momentos-chave do preço do BTC em reação à algumas notícias relevantes, como foi o caso da invasão russa na Ucrânia, onde o mercado começou a precificar a guerra antes mesmo de sua oficialização, seguido de uma rápida recuperação alguns dias após a invasão, como já era de se esperar devido à padrões observados em guerras passadas e analisado por mim em matéria publicada no Cointimes chamada: "Especialista mostra que FUD de invasão militar pode ser indicador de fundo" (que não consigo linkar no momento).
A recuperação, no entanto, foi prejudicada com notícia de aumento em 0,25% das taxas de juros nos Estados Unidos.
Uma nova queda foi vista após as falas de Jerome Powell, mas o preço se manteve dentro da faixa de indecisão que ele já vem apresentando há alguns dias, após oficialização do aumento, o que poderia indicar que estas taxas de juros de 0,75% no acumulado do ano até o momento (a maior desde 2018), já está precificada pelo mercado.
É possível ver uma continuidade nos próximos dias, caso o cenário macro não passe por grandes mudanças.
Nos EUA o juros de 10 anos falam por siSenhoras e senhores, ninguém aqui escolheu isso e não há o que fazer, mas estamos finalizando um ciclo que se iniciou há quase quarenta anos atrás.
Nos anos 80 o mundo passava por um momento ou ciclo que vinha de tempos exuberantes pós 2a Guerra a até final dos anos 70. que de forma muito resumida se tratava do final do dito: space race, fim da guerra do Vietnã, e início da queda do regime Soviético, com forte aumento da globalização e intensificação das cadeias produtivas interligadas mundiais. O embargo do petróleo de 1973 foi o início do processo, a revolução iraniana depois, até 1981 levou petróleo a um nível de 5-10 dólares por barril aos na época assustadores 40 dólares o barril, e claro, inflação disseminada no mundo todo uma vez que em economia, oferta inelástica, move toda a curva para a esquerda em um cenário de demanda inalterada, nos presenteando com um P (preços) mais alto que antes. Inflação...
Resposta à época: alta dos juros nos anos 80 de forma forte e intensa para conter uma inflação teimosa (stubborn inflation). Paul Volker era o capitão no FED e endereçou o problema com a dose que foi necessária à época. Os juros literalmente voaram para 14% ou mais, e conseguiram o objetivo maior: segurar a inflação e dar o tempo necessário para os fatores de produção e tecnologias se ajustarem e aumentarem a produtividade marginal dos fatores de produção, que em bom português é: produzir mais com menos.
Hoje, finados de Abril de 2022, estamos com pressão de inflação que agora sim eu poderia falar com mais confiança que é algo a se preocupar. A maior economia do mundo, se analisada na lupa, como fiz acima, está com desemprego nos níveis mais baixos dos últimos 40 anos, nível de produtividade não mais está subindo, seguros desemprego nas mínimas de mais de 40 anos, poupança das famílias construída na quarentena, demanda reprimida, forte pressão via gastos fiscais do governo americano, um estoque gigante de emissão do FED....enfim rs...a Demanda Agregada está FORTE!
Vc pode não acreditar, mas dá para piorar, pois: Zona do Euro + Japão + Inglaterra/Canadá/Australia/NZelandia, o conhecido mundo desenvolvido, estão nos níveis de desemprego bem baixos, demanda forte, juros baixo, estoque alto poupança alta e enorme base monetária com juros zero há uns anos já!
Os juros vão subir no mundo todo! Não será num mês, mas um processo de meses e anos de altas e baixas e acomodações, adequações de produção que levarão os juro mundiais que em economia conjuntamente chamamos de juros internacionais, a um nível mais adequado para ajustar e arrefecer a inflação global.
Consequência: sou prático aqui é uma frase -----> queda da demanda mundial e suas implicações sobre toda produção mundial
- aumento do custo de crédito: do cartão de crédito, do micro peq e médio empresário, da grande empresa (mas ela tem musculatura), parcela de crédito de imóvel
- menos vendas de imóveis, queda volume de vendas produtos e serviços
- menos receita e custos de insumos apertados justificam demissões e procura por aumento na produtividade do trabalho
- aumento de desemprego e menor poder de barganha salarial
- queda dos preços no segundo momento que é o objetivo da alta de juros
- queda da arrecadação tributária fiscal
- apuros fiscal de países que não tem capacidade de emissão de dívida internacional como ocorreu na época que comparo nesse texto (plano Brady, crises da Argentina, Brasil, México, Rússia, Tigres Asiáticos)
A bolsa (SPX e outros) não performaram mal nesse período de soft landing americano (alta dos juros para debelar inflação sem machucar a atividade com recessão), o que é interessante é que performaram mal no período DURANTE a inflação alta (1973-74 queda de 40%, mas a janela de 73-80 de lado rendendo 0-10% período)! Após a alta de juros que corrigiu os eixos, a inflação saiu dos 14% ao ano para ~3% e acabou sendo ok à época, levando a uma forte alta do SPX de 1981 até Outubro de 1987 quando houve o Black Monday.
Enfim, seguimos aqui falando do que ocorreu, do que está ocorrendo agora, e vamos ver o que poderia ser para o ciclo seguinte, mas lembra que eu não tenho BOLA DE CRISTAL rs
Os pontos são importante aqui destacar porque me parece leviano dizer que podemos prever mesmo isso, a situação é outra agora:
-> Fed e outros bancos centrais atuam nitidamente em conjunto, se falam mais, e com a experiência passada não vão deixar a peteca cair como no passado. Os juros serão preemptivamente aumentados nos EUA, e outros, de forma que o saldo total de alta não seja tão alto quanto foi em 70-80.
-> Essa estratégia de saída feita corretamente pode levar as bolsas a ficarem um período menor de tempo em fase de STANDBY e queda menos brusca
-> Certamente projeto ruins vão ruir, mas a probabilidade de juros de 2 dígitos nos EUA, a demografia global atual, nível de produtividade e rapidez de tecnologias atuais, pode fazer a produtividade marginal se corrigir em menos tempo que antes e ajudar o lado da oferta
-> Emergentes também estão melhor preparados com estoque de Reservas Internacionais principalmente, o que pode suavizar o movimento, porém não livrá-los da fuga de capitais, e desvalorização de sua moeda. Economias exportadoras de commodities podem ter um cenário ambíguo em vista da forte balança comercial de exportações desses produtos, e num segundo momento se houver uma desaceleração forte econômica eles podem sofrer, mas num soft landing geral global nem tanto.
-> China é um player novo nesse novo ambiente, vem passando pela dificuldade nova neste ambiente que é a pandemia de covid. Só haverá estabilidade de lá num maior controle desse processo, o que levará ela de volta a sua trilha também de soft landing de atividade.
-> Sanções à Rússia acabam por ser algo que veio para ficar, até a mudança da postura das lideranças russas frente seu projeto de dominância regional
-> A mudança da matriz energética mundial, renovado interesse na energia nuclear vieram para ficar, assim como a tecnologia de baterias e principalmente um ciclo que ainda não pegou tração que é o da energia a hidrogênio, levará os patamares produtivos a novos níveis que no curto prazo (2-5 anos) será contribuinte à mais inflação, mas no longo prazo (10-20 anos) para um futuro mais sustentável.
O futuro é brilhante, a maioria dos líderes se preocupa com o mundo global e sustentável e podemos ver que vc DEVE ter isso em mente e fazer suas alocações corretamente: em alta de juros diminuir a duration, aproveitar queda de preço de empresas boas, proteger carteira da inflação e aproveitar a volatilidade a seu favor.
***Fiz uma linha de tendência de baixa para os juros de 10 anos americanos desde 1970 até hoje, e um analista técnico falaria: olha lá! rompeu com candle cheio de alta! E ele está certo!!! O fundamentalista também está nesse caso!!! Acho que confirma o movimento não?
Abraços, e lamento a janela de tanto tempo sem escrever :)
Lyu
Inversão na curva de juros curtos AmericanosHistoricamente, uma recessão nunca aconteceu sem uma inversão na curva de juros. Semelhante à última inversão em 2019, tem aumentado a preocupação de que o aperto da política do Fed reduzirá os gastos do consumidor e a atividade empresarial. Agora o banco central dos EUA está lutando contra as taxas de inflação mais altas em uma geração, o que está alimentando especulações de que as circunstâncias exigirão um ajuste mais drástico nas taxas de juros, com consequências mais dolorosas.
Porque a sinalização de inversão nos Juros é importante?
Os rendimentos de curto prazo que são mais altos do que os rendimentos de longo prazo são considerados anormais pois sinalizam que é improvável que altos níveis de rendimentos de curto prazo sejam sustentados à medida que o crescimento desacelera.
Todavia, o presidente do FED, Jerome Powell, disse na semana passada que está focado nos rendimentos do Tesouro até 18 meses, que não mostram esses sinais de alerta. Analistas especialistas e Traders de Futuros dizem que a compra maciça de títulos do Tesouro pelo FED nos últimos dois anos — suas participações totalizam cerca de US$ 5,8 trilhões — distorceu qualquer sinal dos níveis de rendimento, o que poderia explicar essa sinalização como falsa.
Esse é um sinal importante sobre a saúde do mercado global, e pode dar horizontes econômicos para 2023 e 2024.
No gráfico estou subtraindo o T2 pelo T10, e o valor 0% é o exato momento em que a inversão acontece de fato.
URGENTE - BBSE3 (juros em alta = nado de braçada)A meu ver pode ir até o nível de 24,80
Fundamento: balanço muito bom, surpresa em relação ao esperado, distribuição de 0,90 centavos por ação!!! Div yield de quase 20% nesse ano tudo o mais constante.
Técnico já esticado mesmo assim, temos que ver como o mercado vai interpretar no inicio de dia.
Conclusão: para prazos maiores eu sou compra com certeza. Juros em alta, seguradora nada de braçada.
Abraços
Lyu
E então inicia-se o ciclo de alta de Juros AmericanoO tão esperado ciclo de alta de Juros Americano chegou mas provavelmente surpreendendo muitas expectativas que o mercado havia construído desde então.
Com o crescimento do emprego nos EUA, pungência na Indústria e Serviços e Crescimento do PIB, é inegável que temos um cenário de inflação ocasionada por crescimento, um inflação sólida. Não é como se os EUA estivesse com a corda no pescoço, muito pelo contrário, o crescimento é tanto que o Banco Central tem que reduzir os estímulos a economia.
É interessante ver como o atual presidente do FED quebra as expectativas de todos, sempre muito Dovish, e é nisso que baseio meu esquema de subida em 0,25bp nas 6 reuniões restantes. Temos uma projeção de Juros a 2% até o fim de 2022, é uma subida tranquila de apenas 0,25bp podendo inclusive não ter altas em algumas reuniões , pois a diminuição rápida do balanço do FED pode ajudar a combater a inflação sem precisar mexer bruscamente nos Juros, ainda assim, a conversa sobre o Balance Sheet ficou para a próxima reunião em Maio.
Powell ainda enfatizou que o cenário de incerteza ante a Crise no Leste Europeu e potenciais novas variantes do Covid podem trazer mudanças bruscas no cenário. Powell segue observando os dados de crescimento forte dos EUA, principalmente de olho no emprego.
Mas o que a alta de Juros Americanos representa?
Estados Unidos hoje é um dos maiores importadores do mundo, um projeto de desestímulo da economia deve frear toda essa cadeia de importação, tanto de produtos acabados como de matéria-prima consumida de países emergentes. Importante ressaltar o impacto que pode ser visto na China, uma vez que podemos estar em vista de uma diminuição substancial da taxa de produção Chinesa. O desaquecimento deve frear a inflação e estabilizar o valor da moeda, estabilizando o poder de compra Americano mas reduzindo a demanda gradativamente, ocasionada por um pontual aumento no desemprego.
Em países como o Brasil, o capital investido em emergentes deve migrar em parte para os títulos do tesouro Americano, conforme os juros vão aumentando, os investidores institucionais trocam o carrego pela segurança, ou seja, trocam alto rendimento com risco elevado por baixo rendimento com risco reduzido (ou nenhum). A diminuição na produção na China pode afetar diretamente a taxa de exportação Brasileira, desaquecendo também setores Energéticos e Metalúrgicos do Brasil.
Empresas que tomaram dívidas de curto prazo verão um aumento nos juros de dívida, o que deve causar uma diminuição no lucro imediato, principalmente empresas de Tecnologia e Serviços. Esse aumento nos custos deverá ser repassado para o cliente final.
Mas é importante ressaltar que isso não é o fim do mundo, longe disso! A economia anda em ciclos, tivemos o ciclo de expansão e agora estamos entrando em um ciclo de contração, a dica é buscar entender que empresas se beneficiam desse tipo de cenário, ou, quais são suficientemente resiliêntes para crescer nesse cenário.
FED funds e alta dos juros global - fatos!Fato:
- teremos altas de juros nos EUA
- ECB, BOE já sinalizam seguir o mestre
- BOJ é mais atrasadinho e ainda não tem motivos para se manifestar, mas logo também seguirá o chefinho
- Emergentes: (vamos analisar)
\ - Vão em geral sofrer via desvalorização de moeda
\ - uns já começaram antes que outros e as correções nesses mercados foram grandes
\ - no momento commodity exportadores podem não sofrer tanto
\ - no médio prazo a história já disse, e certamente, a subida do prêmio dos soberanos de desenvolvidos vai levar a uma secagem de liquidez nos Emergentes que tem pior manejo do fiscal.
Fiquem de olho. Esse gráfico está fora da normalidade há uns anos. Vai retornar um pouquinho pra cima essas taxas de juros.
Abraços
Lyu
Qual foi a sinalização do FOMC?Nenhuma!
Exatamente isso, ontem na comitiva de imprensa o Diretor do FED, J. Powell, deixou muitas incertezas na cabeça do investidor ao fazer nenhuma sinalização precisa sobre a política monetária dos EUA.
É notório que o mercado estava com altas expectativas para com essa reunião, e já vinha sentindo um FED "amigo do mercado", deixando sempre claro como seria a retirada de estímulos da economia, e bem por isso tivemos um fenômeno de dip buying após as perdas da semana passada, causadas pela tensão Geopolítica.
Mas aparentemente os investidores terão que lidar com múltiplos cenários de incerteza, tendo em vista que Powell não deixou 100% claro se em março haverá retomada de juros justamente por estar vendo níveis de emprego recordes, embora a fala do presidente deu tom de medo da inflação, afirmando que o FED tomará as medidas necessárias para conter uma inflação que saia do "cenário base"
"Não é possível destacar agora o ritmo de alta dos juros, seremos guiados por dados"; "Foco está sobre alta dos juros em março, se as condições forem apropriadas "; "Há risco de inflação alta por mais tempo do que o esperado, mas não é o cenário-base".
O mercado que esperava uma certeza de que março haveria alta de juros, poderia se programar para trabalhar nessas condições. Agora o cenário de incerteza paira no ar. Além de rumores de uma potencial alta de 0,5% invés de 0,25, o que é visto como desesperado e desastroso.
As condições apropriadas são um aumento da inflação e um recuo dos empregos, uma vez que o FED não quer arruinar os níveis recordes de empregos no momento.
"Há muito espaço para elevar os juros sem afetar o mercado de trabalho".
Quando perguntado do balanço patrimonial, Powell disse que a expectativa de redução está para o segundo semestre, mas ainda assim deixou na mesa a incerteza sobre essa afirmação, embora falou que o reflexo do QT (Quantitative Tightening) deverá ser mais forte.
"Vamos ter ao menos mais duas reuniões para discutir redução do balanço"; "Vamos nos mover mais rápido na redução do balanço do que na última vez";
Resumo
O mercado de risco não gostou nada da incerteza deixada, o balde de agua fria foi visto ontem no mundo todo, inclusive nas criptomoedas (ativo de risco). Ressalto a busca por segurança (moedas fortes) se intensificou ontem. Outro fator notável foi a fuga de Ouro e Títulos Públicos, sinalizando alta expectativa de juros.
Vale ressaltar que ouro é segurança intrínseca, ele não rende juros, diferente de títulos públicos. O sinal é a liquidação de posições para aproveitar a alta de títulos do Governo Americano.
Segundo a matéria na Bloomberg , Traders já apostam em até 5 altas de 0,25 para esse ano. Lembrando que temos mais 7 reuniões do FOMC pela frente.
Na minha opinião veremos players repensando suas posições e procurando formas de se proteger ante a incerteza, as reuniões seguintes devem definir com precisão para onde vamos. Muita atenção para dados de emprego, principalmente Payroll semana que vem. Dados de indústria também vão ser importantes.
A luta contra a inflaçãoAmanha teremos mais um Copom e mais uma elevação na Taxa de Juros, algo bem visto no mercado e também por mim no momento. Esse é o gráfico do Juro Real, onde eu faço um spread entre a taxa de juros e a inflação, códigos BCB/432 e BCB/13522.
Nós temos um cenário de alta na inflação por pressão do mercado externo mas não podemos deixar de citar a política cambial frouxa, desde o início a ideia do super Ministro era manter o câmbio flutuante, voilá. Em janeiro desse ano quando a inflação passou a disparar o BC veio subindo os juros de forma agressiva porém sempre atrás do índice de preços, mantendo o juro real negativo desde então.
Perdendo a corrida.
Mas a cabeça do Ministro mudou, na última semana em meio polêmicas da Weiver Week, o Minitro cobrou o presidente do Banco Central a aumentar a taxa de juros em linha comentando que a taxa não deve ficar atrás da inflação.
Um dos benefícios do Juro Real positivo é a entrada de capital estrangeiro no país para o Carry Trading, consequentemente empurrando o dólar para baixo. No cenário atual temos dinheiro estrangeiro saindo do risco (Brasil).
Um dos pontos negativos é para o desenvolvimento econômico com o juros de empréstimos para negócios ficando cada vez mais caro (aumento de juros = encarecimento da moeda).
A minha humilde opinião é que o Brasil é um país emergente e precisa de capital estrangeiro entrando e investindo no país, não pode ter uma taxa de juros tão baixa e deve criar programas de assistência as pequenas empresas que são prejudicadas com uma alta expressiva nos juros.
As apostas do mercado eram de uma subida de 1bps com após exacerbadas em 1,25bps. Mas após o puxão de orelha do Guedes, as apostas subiram para mínimo de 1,25bps e apostas exacerbadas em 1,50bps.
Giro no setor de proteína, churrascada no balanço da MRFG3!03/10/2021
MRFG3
Não é recomendação de investimento. Apenas estudo para aprendizado e posterior consulta.
RECOMENDAÇÕES DOS ANALISTAS:
- BTG Pactual em 28 jun. 2021 recomendação NEUTRA alvo em R$21;
- SANTANDER em 27 set. 2021 recomendação NEUTRA alvo em R$25;
- ÁGORA, o preço-alvo para as ações da companhia era de R$ 22 em 13 Set 2021. Passou recomendação de compra para neutra e preço alvo R$24;
- BRADESCO BBI em 23 mai. 2021 recomendação COMPRA alvo em R$25;
- CREDIT SUISSE em 21 abr. 2021 recomendação COMPRA alvo em R$26;
- JP MORGAN em 28 set. 2021 recomendação NEUTRA alvo em R$25,50;
- ITAÚ em 11 mai. 2021 recomendação COMPRA alvo em R$26;
- XP INVESTIMENTOS 21 mai. 2021 recomendação COMPRA alvo em R$24;
- ELEVEN FINANCIAL em 12 mai. 2021 recomendação COMPRA alvo em R$24;
- CITI em 14 set. 2021 recomendação NEUTRO alvo em R$24;
- BARCLAYS 10 jun. 2021 recomendação COMPRA alvo em R$22;
- GENIAL 01 out. 2021 recomendação VENDA alvo em R$20;
- BANCO DO BRASIL 14 ago. 2020 recomendação NEUTRO alvo em R$19;
ATIVO ACUMULA VARIAÇÃO em 03/ 10/2021:
- Semana 13,86%
- Mês 0,55%
- Últimos 3 Meses 0,55%
- Últimos 6 Meses 57,77%
- Últimos 12 Meses 85,22%
- 2021 91,48%
- Volatilidade Histórica 87,11
AT:
Vídeo explicativo
PRÓXIMA DIVULGAÇÃO DE RESULTADOS DA EMPRESA:
- 10 Novembro 3T2021;
ATIVOS DE MESMO SETOR OU SEMELHANTE PARA COMPARAÇÃO:
- BRF3
- JBSS3
- BEEF3
ESTRUTURA:
- Marcos Antônio Molina dos Santos detém 50% e Marcia Aparecida Pascoal Marçal dos Santos detém os outros 50% da MMS Participações Ltda. A MMS por fim detém 49,67% da Marfrig Global Foods S.A.
SENSIBILIDADE DOS RATINGS
PONTOS POSITIVOS:
- Presença em cerca de 100 países o que diminui risco. Uma operação concentrada está diretamente ligada aos resultados e previsões daquele único país. Já uma empresa com operação não tão concentrada diminui seu risco;
- Segundo trimestre de 2021 (2T21), a receita líquida em dólares representou 90% da receita total da Companhia, Dólar segue com perspectiva de alta e isso costuma ser positivo na receita do ativo;
- Estados Unidos foram os responsáveis por 69% das vendas no 2T21, seguidos pela China e Hong Kong (9%) e pelo Brasil (7%)
- No segundo trimestre de 2021 (2T21), a Marfrig reportou lucro líquido recorde de R$1,7 bilhão, alta de 9% em relação ao mesmo período do ano anterior. O desempenho foi impulsionado pela forte demanda de carne bovina dos Estados Unidos
- A receita líquida consolidada também obteve recorde, somando R$20,6 bilhões. A expansão de 9% contra o 2T20 é consequência do aumento da receita da operação América do Sul (+14,1% ante o 2T20) e da operação América do Norte (+7,4% frente ao 2T20, quando mensurada em reais)
- Redirecionamento estratégico para foco em bovinos, tornando a Marfrig uma das maiores produtoras de carne bovina do mundo (em capacidade de abate);
- Presença na produção e comercialização de itens à base de proteína vegetal, favorecendo a diversificação do seu portfólio de produtos. Tendência que vem se tornando cada vez mais relevante para as novas gerações;
- Recentemente, autoridades chinesas comunicaram que a peste suína ainda não está controlada no País. Portanto o Brasil deve ser um forte suporte de fornecimento de proteína;
- Avanço na adoção de critérios ESG (Environmental, Social and Corporate Governance, em inglês);
- Estratégia da Empresa de reduzir o custo da dívida favorece suas margens. Ao final do 2T21, a Companhia detinha dívida líquida em dólares de US$2,9 bilhões (-7,7% ante o 1T21), refletindo a forte geração de caixa durante o período, sobretudo na operação América do Norte. Em reais, a dívida líquida totalizou R$14,4 bilhões (-19% versus o 1T21);
- O índice de alavancagem, calculado pela relação entre dívida líquida/EBITDA ajustado UDM (últimos 12 meses) proforma, alcançou o patamar de 1,55x em dólares, abaixo dos 1,69x registrados no 1T21;
- Focada em produtos de maior valor agregado;
PONTOS NEUTROS:
- Recentemente, a Marfrig anunciou a aquisição de participação acionária passiva relevante na BRF (BRFS3). A movimentação integra a estratégia da Empresa de diversificar seus investimentos em segmentos que possuem complementaridade com a operação da Companhia. Os investidores ficaram divididos sobre esta questão. Porém a maioria dos especialistas viram como um “trade” positivo.
PONTOS NEGATIVOS:
- Fatores de risco relacionados à oscilação do preço da cabeça de gado impactam diretamente seus custos;
-EBITDA ajustado totalizou R$3,9 bilhões. Uma queda de -3,6% na comparação com o 2T20. Isso reflete a performance da operação América do Norte positiva, que compensou a redução do volume de abate e do volume de vendas da operação América do Sul, mas não foi suficiente para trazer um crescimento no indicador;
- Riscos associados a barreiras sanitárias ao mercado brasileiro: em caso de embargos às exportações, a Empresa pode sofrer com perda de receita e simultânea redução no valor de seus produtos no mercado interno. Primeiramente por conta dos problemas sanitários e em segundo pela expansão da oferta já que o mercado fica inundado de carne que não pode ser exportada;
- Na América do Sul, a operação Brasil foi impactada pela pressão dos custos de matérias-primas durante o 2T21, além da lenta recuperação apresentada pela demanda doméstica;
- Fatores climáticos podem afetar o custo médio da produção;
- Os custos da Empresa são afetados pelo crescimento dos preços das matérias-primas. No trimestre, o custo do produto vendido (CPV) registrou avanço 12,2% em relação ao 2T20;
- Preço do ativo é muito sensível ao preço de commodities;
- Nova investigação da Global Witness revela a extensão do desmatamento ilegal ligado à JBS, Marfrig e Minerva, possibilitado pelos bancos e auditores internacionais (matéria de Dez 2020);
OPERAÇÃO:
- 20 Unidades de abates de bovinos
- 12 Unidades de processamento
- 10 Centros de distribuição
- Capacidade de abate de 30 mil cabeças de gado por dia
- 222 mil Toneladas de hambúrguer por ano
- 209 mil Toneladas ano de outros produtos processados
- Mantém operações nos Estados Unidos, Brasil, Uruguai, Argentina e Chile
- Cerca de 30 mil Colaboradores
INFORMAÇÕES GERAIS:
- A Marfrig é líder global na produção de hambúrgueres e uma das maiores empresas de proteína bovina do mundo, em capacidade. Dedica-se à produção de alimentos de alto valor agregado à base de proteína animal, basicamente bovina, e de opções variadas, prontas para o consumo, como vegetais congelados, ovinos, peixes e molhos.
Fundada em 2000, é uma das companhias brasileiras de alimentos mais internacionalizadas e diversificadas, seus produtos estão presentes em mais de 100 países.
Outra frente na qual a Marfrig se destaca é na produção e comercialização de itens à base de proteína vegetal, a partir do Brasil. É a primeira empresa no país a atuar nesse nicho em escala comercial para o food service. Nessa atividade, mantém acordo exclusivo com a norte-americana Archer Daniels Midland Company (ADM), que inclusive deu origem à PlantPlus Foods, criada em 2020. Resultado de joint venture entre as duas companhias, a PlantPlus produz e comercializa alimentos de base vegetal por meio de canais de varejo e das redes food service nas Américas do Sul e do Norte.
- Câmbio favorável para exportação. Valorização do Dólar frente ao Real impacta positivamente empresas exportadoras e também a remuneração das mesmas quando a maior parte da sua receita está exposta ao Dólar. É importante ficar atento se a dívida da empresa está exposta ao dólar ou se pode vir a ficar;
- Ciclo da cabeça de gado leva em torno de 1 a 4 anos de maturação, tempo que leva para ajustar oferta e demanda;
FONTES DE PESQUISA:
- RI da empresa;
- InfoMoney;
- Investing;
- Toro Investimentos;
- Stock Pickers (canal youtube ligado a InfoMoney);
- Fernado Ulrich (Liberta) (Almoço Grátis), faz parte da equipe do Stormer;
- StoneX Brasil, Relatórios de Mercados Agrícolas;
- Página do Fundamentei
- Trading View
- Plataforma ProfitChart