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Sinalização política e econômica ajudam

Viés de baixa
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BMFBOVESPA:DI1F2024   One-day Interbank Deposit Futures
Tivemos essa semana declarações vindas da Ministra Simone Tebet e do Ministro Fernando Haddad sobre o planejamento de gastos e do orçamento para 2023 em diante. Os juros são especialmente reativos a declarações políticas da Fazenda, Orçamento, Fiscal e Bancário.

O fato da Tebet declarar que os gastos serão rigorosamente controlados animou e muito o mercado essa semana, jogando as perspectivas de juros futuros curtos e longos para baixo, mesmo em uma semana conturbada com diversas manchetes políticas que colocaram em cheque a democracia.

Essa sinalização é muito positiva, pois demonstra que a curva de juros está naturalmente, pela força do mercado ou percepção de risco, convergindo para prêmios menores. Além disso, isso também pode sinalizar entrada de capital no Brasil sob diversas motivações. O grigo trás dinheiro para o país emergente e precisa deixar um hedge em ativos como dólar ou juros ou bolsa, dependendo do seu objetivo de investimento.

Vale ressaltar também a ótima leitura de inflação nos EUA hoje, que vieram em linha ao esperado, mostrando que os EUA está atingindo o pico de inflação, retirando a pressão inflacionária sobre as decisões do FOMC. Para o Brasil, isso é ótimo ainda mais com o juro real que estamos pagando.

E expectativa para 2023 é que as curvas de juros retornem aos meados de 12~11%, dependendo da saúde econômica, é claro.
Comentário:
O Banco Central deve manter a política monetária austera na maior parte deste ano para, em um segundo momento, ser mais agressivo com os cortes da Selic, que poderia cair a 8,5% em 2024, disse Gino Olivares, economista chefe da gestora Azimut, em entrevista à Bloomberg. Ele acredita que o BC só deve começar a cortar o juro no último trimestre deste ano, mas terá espaço para reduzir a taxa mais rapidamente, à medida que a Selic elevada e a valorização do real, com o Fed perto de encerrar o aperto, ajudarão a reduzir a inflação.

Olivares avalia que Roberto Campos Neto tende a repetir política adotada pelo seu antecessor, Ilan Goldfajn, que recebeu críticas ao manter a Selic em 14,25% em 2016, mas depois promoveu rápido processo de corte que levou a taxa a 7% no final de 2017. “Não vai ser um cenário sem ruído. O Ilan foi muito criticado e não vai ser diferente com Campos Neto.”

Olivares diz ser normal que o mercado cobre prêmio pelas incertezas fiscais, mas considera excessivo o pessimismo. “A incerteza está exagerada. O ajuste fiscal vai ocorrer do lado das receitas. Não é o melhor ajuste, mas é um ajuste.”

Fonte BDM

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