Inflation
O QUE NOS TROUXE ATÉ AQUISe há muita quantidade de dinheiro circulando na economia, o preço de todas as coisas tende a subir, provocando a chamada inflação. Para tentar controlar isso, o governo aumenta a taxa de juros.
A alta dos juros é um efeito de um desbalanceamento entre oferta e demanda. É uma ação atrasada, e por isso, provoca efeitos colaterais ruins para a economia. É um termômetro de que as coisas não vão bem.
O governo pega dinheiro emprestado através dos títulos do tesouro. O rendimento desses títulos é atrelado aos juros. Logo, se o governo aumenta os juros, ele se obriga a pagar mais para pegar dinheiro emprestado.
O governo nunca paga suas dívidas. Ele faz a rolagem da dívida, que na prática se trata de pegar mais dinheiro emprestado. É uma bola de neve que corre o risco de ganhar um tamanho incontrolável.
Enquanto o governo está pagando os rendimentos dos títulos que estão vencendo hoje, ele está, ao mesmo tempo, pegando mais dinheiro emprestado com os títulos que emite com vencimentos longos.
Uma das consequências é a migração dos investimentos da renda variável para a renda fixa. O dinheiro investido nas empresas vai para render juros através dos empréstimos ao governo.
Sem dinheiro, as empresas não aumentam seu maquinário, não contratam mais mão de obra e consequentemente não produzem maiores quantidades. O desemprego aumenta justamente no período em que as coisas estão mais caras.
Este é o cenário de uma recessão econômica que já é realidade, tanto no Brasil, quanto nos Estados Unidos. Basta ir ao supermercado e ver como tudo está mais caro.
Somado a isto, com a Guerra na Ucrânia, as commodities sofreram uma alta considerável, pois afetou a produção de alguns produtos agrícolas e acesso a fontes de energia como gás e petróleo.
Outro fator que ajudou a criar esse quadro, foi a imensa impressão de dinheiro por parte dos governos, principalmente os USA, quando a crise da pandemia se instalou em Março de 2020.
Reiteradas decisões erradas nos trouxeram para uma crise que ainda está em seu início.
Renan Antunes
Alvo de fibonacci em PETROLEO WTI#PETROLEOWTI rompeu uma resistência importante (linha amarela em $120,85) e ao mesmo tempo confirmou o pivô de alta no gráfico de H1, onde, próximo alvo de fibonacci se encontra em $123,74. Agora, preços estão alinhados, em tendência de alta, nos gráficos de H1, diário e semanal. Portanto, há alinhamento total dos principais prazos e é neste momento que o potencial de alta se dá de maneira mais eficiente. Petróleo vem sofrendo movimentos laterais nos últimos meses, mas se recuperou e agora demonstra muita força compradora, o que é ruim para a economia global, pois petróleo está na base da matriz energética do mundo, e como todos os navios e caminhões que transportam nossas mercadorias usam combustíveis derivados do petróleo, a inflação vai subir ainda mais e com isso, os juros no mercado americano, que já vem subindo e impactando negativamente a economia mundial.
PETR4 BARATANo grafico laranja está plotada a ação deflacionada,isto é REAL, na área laranja; a linha mas grossa laranja é a inflaçao do periodo, do qual o ativo foi descontado a titulo de ilustração.
No grafico azul, embaixo, temos a PETR4 em seu valor nominal sem descontos, ou seja, NOMINAL.
Podemos ver a informação valiosa que temos quando observamos o impacto negativo de uma alta na inflação no preço nominal do ativo. Vemos uma queda acentuada no valor nominal da ação desde Setembro de 2021. Quando ela se tornou barata em relação aos patamares do Crash da COVID e teve uma alta vertiginosa desde então. Isso reforça os fundamentos que a alta na inflação é boa para os acionistas, que então reforçaram suas compras.
US10Y - Ativo importantíssimo da saúde do mercado em geral!Assunto da pauta de 2022 é a inflação e o risco do FED e até o BCE estarem "atrás da curva". Acompanhar US10Y nunca foi tão fundamental para percebermos a "saúde" geral dos mercados. No racional demonstro dois canais de baixa traçados no mensal de décadas que o treasury vem trabalhando. Também tem o desenho do diário, sugerindo que o bond tem construído uma trajetória de alta no médio prazo (fibo se encaixou bem no desenho).
Inflação é o hot-topic de 2022Aproveitei muito minhas férias e meus dias fora do mercado, sabendo que teria pouca liquidez e seria um tanto difícil encontrar boas oportunidades, procurei ficar longe do intra-day mas me mantive informado. Entre viagens, passeios e The Witcher 3, também usei o tempo pra estudar o mercado vindouro, e temos aqui um dos principais tópicos que carregou 2021 e ainda não está resolvido para 2022, a inflação no mundo.
A inflação não é um assunto localizado no Brasil, mas sim um problema mundial e os motivos da inflação são diversos, que foram engatilhados e escalados pela crise do COVID.
Nos EUA e mundo
Temos um dado histórico para os EUA onde o país tem a leitura de Índice de Preço ao Consumidor com maior alta em mais de 30 anos, marcando fortemente a geração e os excessos que estamos vivendo. Dentre os principais motivadores da alta, então os preços dos combustíveis, os preços de carne de boi e aves e a falta de produtos genéricos nas prateleira, muito agravada pela crise dos microchips e principalmente a crise dos containers.
Essa altas nos preços é uma bola de neve, a comida afeta o bolso diretamente das pessoas, causando uma percepção de perda de valor na moeda de forma imediata, ainda mais quando se tratam de artigos de consumo básicos. Já o combustível, não só afeta o consumidor final, mas também afeta a indústria que acaba encarecendo na ponta final outros produtos manufaturado não relacionados ao setor de alimentação ou transporte, contribuindo para a inflação em de outros bens de consumo.
Os saltos nos dados de IPC são de níveis superiores ao da Crise de 2008 e podem ser mais difíceis de conter. Vale ressaltar que ainda temos faltas de semicondutores nas industrias e que a demanda não foi 100% suprida dentro dos níveis normais. Ao mesmo passo que a entrega de produtos também fica reduzida com os problemas de carregamento de containers nos portos e as filas de descarregamento.
Em certa medida esses problemas na cadeia de produção ajudam e pioram a inflação ao mesmo tempo. Ajudam no que tange a redução da produção e consequentemente as vendas de produtos acabados, diminuindo o consumo e forçadamente diminuído a inflação. Ao mesmo passo que piora o cenário uma vez que os produtos básicos serão cada vez mais demandados com uma oferta menor, e você já sabe onde vai parar essa história.
Para finalizar
Para 2022 eu vejo uma bolsa bem menos acalorada, com ganhos menores e mais dias de realizações, talvez se mantendo nos níveis recordes. O mercado confia muito no FED e tem plena clareza na política de Powell, está ciente da retirada de estímulos e tem um mapa claro para a subida de juros sabendo que não vai ter surpresas no meio do caminho. O mercado gosta é de previsibilidade. Porém trago à atenção o balanço do FED que segue em alta quando mesmo com o tapering aumentando, isso pode causar um certo desconforto nos grandes investidores sinalizando que mesmo retirando estímulos o FED ainda acumula muitos ativos (podres).
O mercado já espera o aumento dos juros que deve iniciar após o fim do Tapering, muitos dos membros do FED se mostram um tanto Hawkish (a fim de tomar medidas duras), que eu até diria que podemos ter mais que 3 altas nesse ano, ainda mais se o IPC continuar apertando. Novamente, o mercado espera por isso, então a bolsa já está precificada.
Quanto a inflação recorde, ela deve ser contornada, e os dados de emprego, PPI e CPI são de algo valor para 2022, pois são eles que vão "caguetar" a eficiência do trabalho do FED. Do oposto, veremos um grande caos e novas regras no jogo. Nessa versão acredito que a bolsa não tem um final feliz.
Versão Brasileira
Muito do que falei acima se aplica aqui, principalmente no que refere-se a inflação no combustível, transportes e alimentos. A única maneira do Banco Central contornar a inflação é subindo os juros acima de 10% e segurando firme, porque a recessão já é garantida.
Brasil vai sofrer muito com a alta de juros Americana nos próximos 3 anos, o movimento de saída de capital estrangeiro para ativos de maior segurança até que nosso país de recupere um pouco, projeções para 2023 são um pouco mais animadoras, porém agora é olhar para 2022;
Relatório FOCUS hoje segue com o desânimo que acabou 2021, nada mudou para 2022, cambio alto (5,65), PIB (com sorte) positivo e SELIC dois dígitos (11,5).
Vale mencionar que temos um ano eleitoral, e isso significa volatilidade. Não da pra esperar uma bolsa muito estável, tampouco o cambio. Vai ser um ano muito especulativo e com 0 resoluções políticas. O que foi feito nos últimos 3 anos está feito e é isso, esse ano é morto para a política e será investido em campanha eleitoral. Prestem muita a atenção no jogo político, nas pesquisas e entendam o que mercado acha bom e ruim e sobretudo, aproveitem!
S&P500 com movimentos obscuros e vamos sofrer por isso!S&P500 com movimentos obscuros
Atualmente existe uma complexidade de fatores envolvendo o mercado financeiro num todo.
Quando olhamos para o mercado dos EUA, temos no horizonte a questão do crescimento da inflação e ao mesmo tempo a incerteza sobre o impacto na nova variante viral.
Analisando o gráfico diário do S&P500, nos deparamos com dois padrões de ruptura das bandas de bollinger.
Esse padrão é comum em movimentos de intraday quando o mercado está armando um pivot de baixa monstruoso.
Pelo visto já podemos falar de monstros, porque a situação é obscura. O problema se intensifica quando a bolsa dos EUA estava no topo e por outro lado o IBOV, nesse mesmo período, estava renovando fundos.
A situação do IBOV é muito, mas muito ruim. Dá para ver nos comentários de gestores que eles estão perdidos, talvez eles sempre estiveram perdidos, mas como a bolsa estava subindo eles achavam que estavam certos em tudo.
Lembro que em determinado período alguns debochavam dos estrangeiros que estavam com fluxo vendedor no ápice das altas do IBOV. No entanto, agora são os estrangeiros que estão comprando um IBOV 23% abaixo do topo histórico.
É nítido que acabou o fôlego até mesmo da alavancagem. Fundos com benckmarq no IBOV estão com péssimos resultados. Quem é novo no mercado, ou seja, quem entrou nos últimos quatro anos está trocando B3 pelo mercado de criptomoedas. Inclusive acredito que essa postura se tornará mais rentável do que aportar capital no mercado com tantas nuances problemáticas. Também é importante lembrar que 2022 é ano de eleição no Brasil.
Não estou querendo te assustar, já era para você estar assustado!
Se situação se complicar nos EUA, por aqui em terra tupiniquim sofreremos exponencialmente mais.
Recomendo que vejam a minha publicação "Cinco Sinais para Tirar o Sono de Qualquer Investidor"
ICON x Varejo FarmacêuticoEstudo sobre Setor Farmacêutico e os players listados na B3 x Índice de Consumo (que inclui o setor de Saúde)
Uma boa opção para proteger patrimônio / manter retornos maiores que a Inflação (em renda variável), uma vez que, apesar dos preços dos medicamentos serem reajustados apenas 1x ao ano (em Abril) não sofre retração setorial significativa caso o País venha a entrar em estagnação econômica.
Muito Obrigado,
André Felipe
US10Y - Títulos Americanos 10 AnosJerome Powell Presidente do FED e sua política Monetária com Juros Baixos, ignorando a Inflação Americana associado a política expansionista de Joe Biden, trazem incertezas ao Mercado Financeiro e Dúvidas aos gestores brasileiros.
Hoje tivemos um belo movimento de queda na Taxa, em cima da região de 61,8% Fibonacci, será que teremos um novo teste até em 50% ?
Só o Mercado com a Equipe: FED + Juros Baixos + Inflação + Política Expansionista dos EUA que dirão, sigamos acompanhando...
Muito Obrigado
André Felipe
Short de curto prazo em OURODepois de dias esticados na alta e um certo otimismo surgindo pela recuperação na economia americana, espero uma realização de lucros no preço do OURO nas próximas horas. Não acredito em correções muito fortes devido a forte demanda pela commoditie por preocupações a respeito da alta inflacionária americana no longo prazo, obstáculos no setor de emprego, e em outro aspecto, a continua queda no preço do BITCOIN e demais criptomoedas, que por sua vez, transfere o fluxo comprador para o OURO como HEDGE, segundo o banco americano JPMorgan.
Nova resistência ou nova tendênciaO que vem para o EURUSD é um tanto que incerto nos próximos 3 meses, possivelmente veremos uma nova tendência de valorização, mas isso só deve acontecer se o pacote emergencial americano for aprovado e nada lá na europa acontecer, aí sim, muitos papeis vão se beneficiar da inflação e se o EUR renovar a tendência vamos precisar entender melhor essa desvalorização do USD, olhar contratos de commodity e moedas de reserva de valor como Ouro e Bitcoin.
Dolar Comercial e inflação IPCA 12 mesesQual o impacto do Câmbio sobre a Inflação?
Gráfico mostra a variação do USDBRL (em candles) e da inflação acumulada de 12 meses nos últimos 16 anos. A correlação é altíssima. Agora tivemos uma disparada do dólar e um aparente descolamento com a inflação que apresentou até decréscimo no mês de julho, talvez segurada pela incerteza da eleição que tira o pé do acelerador do investidor e até do consumidor. No entanto, essa tendência não deve se manter e provavelmente veremos uma disparada do IPCA nos próximos meses. Isso impacta a todos, consumidores,investidores renda fixa e variável. Em especial parece ser uma boa ideia apostar em títulos pós-fixados.