Ouro Sobe com Tensões Geopolíticas e Antes da Decisão da Fed
Os preços do ouro subiram durante a manhã de terça-feira, tocando brevemente um máximo de duas semanas. A procura pelo metal precioso mantém-se forte, uma vez que os investidores continuam inquietos com as políticas tarifárias erráticas dos Estados Unidos e com os receios persistentes de que a guerra comercial entre Washington e Pequim possa desencadear uma desaceleração económica global. A sustentar os preços do ouro estão também as tensões geopolíticas persistentes e o enfraquecimento contínuo do dólar norte-americano. Até agora, esta semana, o dólar perdeu ainda mais terreno face às principais moedas, apesar da divulgação de dados positivos do índice PMI dos serviços dos EUA na segunda-feira. A desvalorização do dólar — que tende a favorecer os preços do ouro, devido à correlação inversa entre os dois ativos — resulta da contínua redução, por parte dos investidores globais, da sua exposição a ativos denominados em dólares. Neste contexto, todas as atenções estarão voltadas para a decisão da taxa de juro da Reserva Federal, marcada para amanhã, e para a declaração de política monetária que a acompanha, seguida da habitual conferência de imprensa de Jerome Powell. Apesar de ser amplamente esperado que o banco central mantenha as taxas inalteradas, os investidores estarão atentos a quaisquer sinais sobre o possível percurso de cortes nas taxas por parte da Fed — pistas que poderão influenciar tanto o dólar como o preço do ouro.
Ricardo Evangelista - ActivTrades
EUA
Petróleo WTI recua com perspetivas económicas em deterioração
Os preços do petróleo WTI caíram na abertura do mercado, sendo negociados abaixo dos 56 dólares por barril. O crude tem sido pressionado pelo agravamento das perspetivas para a economia global, em grande parte devido às disputas comerciais iniciadas pelo Presidente Trump, que levaram a uma revisão em baixa das expectativas de procura. Neste contexto, o anúncio por parte da OPEP+ de um aumento planeado da produção exerceu uma pressão adicional sobre os preços. Aumentar a oferta numa altura em que se espera uma quebra da procura conduz, normalmente, a uma descida dos preços — e é precisamente isso que estamos a observar hoje. Por outro lado, a turbulência geopolítica no Médio Oriente — que voltou a intensificar-se no fim de semana, quando rebeldes Houthi no Iémen, apoiados pelo Irão, lançaram um míssil em direção a Israel — poderá levar a uma nova escalada e limitar as perdas no preço do petróleo.
Ricardo Evangelista - ActivTrades
Petróleo Reage a Sinais de Retoma nas Relações Comerciais
Os preços do crude WTI subiram no início da sessão de sexta-feira, aproximando-se da marca dos 60 dólares por barril.
O mercado do petróleo tem estado sob pressão nas últimas semanas, à medida que os investidores começaram a incorporar nos preços os efeitos das políticas comerciais dos Estados Unidos e do agravamento do conflito comercial com a China — uma disputa que se prevê venha a travar a atividade económica e, consequentemente, a reduzir a procura por petróleo.
Simultaneamente, há também pressão do lado da oferta, com especulações de que a OPEP+ poderá antecipar os aumentos de produção previamente planeados.
Neste contexto, não surpreende que os preços estejam a recuperar dos mínimos recentes, impulsionados por um crescente optimismo em torno de uma possível resolução do conflito comercial entre os Estados Unidos e a China. Sendo os dois maiores consumidores de petróleo do mundo, qualquer abrandamento das tensões entre ambos deverá melhorar as perspetivas para a procura global de crude e poderá abrir caminho para novas subidas nos preços.
Ricardo Evangelista – ActivTrades
Ouro Estável Antes da Publicação de Dados Importantes dos EUA
O preço do ouro recuou nas primeiras horas de negociação desta terça-feira, mantendo-se dentro do intervalo estreito observado nas últimas sessões, com suportes em torno dos 3.320 dólares e resistências nos 3.350 dólares. A evolução do preço do metal precioso está a ser impulsionada pelo otimismo em relação a uma possível desaceleração na guerra comercial em curso entre a China e os Estados Unidos, bem como por um ligeiro fortalecimento do dólar norte-americano face às principais moedas, o que pressiona o valor do ouro. Por outro lado, a imprevisibilidade da administração norte-americana acrescenta uma dose significativa de incerteza às perspetivas de longo prazo para a economia global. Esta dinâmica é ainda agravada pela instabilidade geopolítica persistente e pela possibilidade de cortes nas taxas de juro por parte da Reserva Federal, fatores que, em conjunto, dão apoio ao preço do ouro. Neste contexto, a divulgação dos dados de inflação PCE e do PIB dos EUA, marcada para amanhã, assim como os números do mercado laboral, agendados para sexta-feira, serão acompanhados de perto pelos investidores em ouro, já que poderão fornecer indicações mais claras sobre o rumo da política monetária da Reserva Federal.
Ricardo Evangelista – ActivTrades
Recuo dos EUA Nas Tarifas Impulsiona o Ouro
O preço do ouro registou uma ligeira valorização com a abertura da sessão europeia, recuperando parte das perdas da véspera — um movimento que reforça a zona de suporte em torno dos 3.300 dólares. As perdas do dia anterior seguiram-se a uma mudança abrupta de posição por parte de Washington, com os Estados Unidos a recuarem em algumas tarifas aplicadas à China e o Presidente Trump a voltar atrás nas declarações que foram interpretadas como uma ameaça à independência da Reserva Federal — desenvolvimentos que anteriormente haviam agitado os mercados. Esta inversão repentina levou a uma rápida reorientação dos investidores para ativos de maior risco, impulsionando uma forte recuperação dos principais índices bolsistas a nível global. Com o regresso do apetite pelo risco, os ativos tradicionais de refúgio, como o ouro, foram penalizados, tendo muitos investidores aproveitado para realizar mais-valias. Contudo, a queda abaixo dos 3.300 dólares foi de curta duração. No início da sessão de quinta-feira, o ouro recuperou terreno, com os investidores a interpretarem o recuo como uma oportunidade de compra. O apelo do metal precioso enquanto valor-refúgio continua a atrair investidores, num ambiente de negociação dominado pela incerteza. As mudanças rápidas e imprevisíveis na política dos EUA dificultam o planeamento económico de longo prazo, contribuindo para um clima de maior cautela nos mercados e inclinando os riscos para o preço do ouro no sentido ascendente.
Ricardo Evangelista – ActivTrades
Ouro Cai 6% Após Máximos com Retorno do Apetite pelo Risco
O preço do ouro recuou nas primeiras horas da sessão europeia, à medida que o apetite pelo risco voltou a ganhar força nos mercados. Depois de atingir um novo máximo histórico e testar a importante barreira psicológica dos 3.500 dólares, o metal precioso caiu momentaneamente abaixo dos 3.300 dólares esta manhã — uma descida de 6% desde o pico registado ontem até ao mínimo de hoje. O atual clima de incerteza tem provocado uma acentuada volatilidade nos mercados, impulsionada por decisões erráticas e reviravoltas inesperadas na política da administração norte-americana. As duas últimas sessões ilustram bem esta dinâmica. Na véspera, os investidores reagiram com nervosismo às declarações do Presidente Trump, que foram interpretadas como uma ameaça à independência da Reserva Federal, minando a confiança nos ativos norte-americanos. Em resposta, registou-se uma venda generalizada de ações, obrigações do Tesouro e dólares, com os fluxos de capital a dirigirem-se para o ouro. Contudo, mais tarde nesse mesmo dia, Trump recuou, negando publicamente qualquer intenção de demitir o presidente da Fed. Esta declaração, aliada aos comentários do Secretário do Tesouro dos EUA, que colocou em causa a lógica da guerra comercial com a China, contribuiu para restaurar a confiança dos investidores. A inversão do sentimento deu origem a uma recuperação dos ativos de risco, enquanto a realização de mais-valias pressionou o preço do ouro em baixa. Num contexto de crescente pessimismo económico e incerteza, o nível dos 3.300 dólares começa agora a afirmar-se como uma zona de suporte relevante — com potencial para desencadear movimentos de compra sempre que os preços recuam abaixo desse patamar.
Ricardo Evangelista – ActivTrades
Ouro atinge novo recorde com incertezas políticas nos EUAO preço do ouro atingiu um novo máximo histórico no início da sessão de terça-feira, mantendo-se agora ligeiramente abaixo dos 3.500 dólares. O apelo de valor-refúgio do metal precioso continua a atrair investidores inquietos com as políticas comerciais erráticas da administração norte-americana e, mais recentemente, com as tentativas de interferência na independência da Reserva Federal — incluindo a pressão para cortes imediatos nas taxas de juro e alegadas discussões sobre a possível substituição do presidente do banco central. Um dos principais motivos pelos quais os ativos norte-americanos têm dominado os mercados financeiros globais nas últimas décadas é a perceção de estabilidade e boa governança. No entanto, os acontecimentos recentes começaram a desgastar essa reputação, levando a uma saída de capitais dos EUA. Num contexto de enfraquecimento do dólar — que, curiosamente, ocorre em paralelo com a descida dos rendimentos das obrigações do Tesouro — e de incerteza económica e geopolítica, não surpreende que o preço do ouro esteja a subir. Apesar de tecnicamente parecer sobrecomprado, poucos traders se atreveriam a apostar contra o ouro no atual ambiente de elevada incerteza e perda de confiança nos ativos norte-americanos — o que sugere que poderá ainda haver margem para novas valorizações.
Ricardo Evangelista – Analista Sénior, ActivTrades
Ouro Ultrapassa os 3.300 Dólares com Fuga Global ao Risco
Os preços do ouro subiram ligeiramente nas primeiras negociações na Europa, mantendo-se em torno do nível dos 3.220 dólares. O metal precioso continua a encontrar apoio face à persistente incerteza em torno das tarifas comerciais globais. O mais recente desenvolvimento — com o Presidente dos EUA a sinalizar um possível alívio temporário nas tarifas de importação, desta vez com foco na indústria automóvel — acrescenta uma nova camada de complexidade à situação. Normalmente, este tipo de notícia tenderia a aumentar o apetite pelo risco e a desviar o interesse do ouro. No entanto, neste caso, parece apenas estar a limitar o seu potencial de valorização, com o ouro a continuar a atrair investidores devido às preocupações persistentes em torno do conflito comercial entre os EUA e a China.
Entretanto, as expectativas de cortes nas taxas de juro por parte da Reserva Federal estão a alimentar a fraqueza do dólar norte-americano. Este cenário, aliado a uma queda nas yields das obrigações do Tesouro após a dinâmica atípica dos mercados na semana passada, está a sustentar o valor do metal precioso, que não oferece rendimento. Neste contexto, a perspetiva para os preços do ouro continua a ser de valorização, com os investidores a concentrarem agora a sua atenção na divulgação dos dados de vendas a retalho nos EUA, prevista para amanhã. Estes dados poderão oferecer mais pistas sobre a saúde da economia norte-americana e ajudar a moldar as expectativas do mercado quanto ao futuro da política monetária da Fed.
Ricardo Evangelista – Analista Sénior, ActivTrades
Cenário Macroeconómico Continua a Favorecer o Ouro
Os preços do ouro subiram ligeiramente nas primeiras negociações na Europa, mantendo-se em torno do nível dos 3.220 dólares. O metal precioso continua a encontrar apoio face à persistente incerteza em torno das tarifas comerciais globais. O mais recente desenvolvimento — com o Presidente dos EUA a sinalizar um possível alívio temporário nas tarifas de importação, desta vez com foco na indústria automóvel — acrescenta uma nova camada de complexidade à situação. Normalmente, este tipo de notícia tenderia a aumentar o apetite pelo risco e a desviar o interesse do ouro. No entanto, neste caso, parece apenas estar a limitar o seu potencial de valorização, com o ouro a continuar a atrair investidores devido às preocupações persistentes em torno do conflito comercial entre os EUA e a China.
Entretanto, as expectativas de cortes nas taxas de juro por parte da Reserva Federal estão a alimentar a fraqueza do dólar norte-americano. Este cenário, aliado a uma queda nas yields das obrigações do Tesouro após a dinâmica atípica dos mercados na semana passada, está a sustentar o valor do metal precioso, que não oferece rendimento. Neste contexto, a perspetiva para os preços do ouro continua a ser de valorização, com os investidores a concentrarem agora a sua atenção na divulgação dos dados de vendas a retalho nos EUA, prevista para amanhã. Estes dados poderão oferecer mais pistas sobre a saúde da economia norte-americana e ajudar a moldar as expectativas do mercado quanto ao futuro da política monetária da Fed.
Ricardo Evangelista – Analista Sénior, ActivTrades
Tensões Globais Sustentam Recuperação do Ouro
Os preços do ouro subiram no início desta quarta-feira, atingindo o nível mais alto da última semana perto dos $3.050. Os ganhos do metal precioso refletem o aumento da turbulência nos mercados acionistas, que está a reduzir o apetite pelo risco e a impulsionar a procura por ativos de refúgio. A desvalorização do dólar norte-americano durante a noite também contribuiu para esta valorização. Devido à correlação inversa entre o ouro e o dólar, a queda da moeda norte-americana continua a favorecer o metal. A volatilidade observada esta semana deverá prolongar-se no curto prazo. A guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo — que pode alargar-se a outras nações ainda sem resposta às tarifas unilaterais impostas pelos EUA — cria um cenário de elevada incerteza. É difícil prever uma resolução ou antecipar resultados. Os traders continuarão a reagir rapidamente às manchetes, que continuam a moldar o sentimento do mercado. Neste contexto, com a Reserva Federal sob pressão e os receios de recessão a aumentar nos EUA — onde se antecipam quatro cortes nas taxas de juro — a procura pelo ouro como refúgio deverá manter-se firme. Do ponto de vista técnico, a próxima resistência está em torno dos $3.055. Uma quebra acima deste nível poderá abrir caminho para uma subida até aos $3.100.
Ricardo Evangelista – Analista Sénior, ActivTrades
Ouro Recupera Terreno com Queda do Dólar e Crescente Incerteza
Os preços do ouro recuperaram o patamar dos 3.000 dólares nas primeiras negociações de terça-feira, enquanto os investidores continuam inquietos com a guerra comercial em curso e reagem à queda do dólar durante a noite. Crescem os receios de uma recessão nos EUA, o que está a levar os mercados a antecipar cortes nas taxas de juro por parte da Reserva Federal mais agressivos do que os inicialmente previstos. Muitos já esperam quatro cortes de 25 pontos base ao longo do ano, uma perspetiva que está a pressionar o dólar. Após duas sessões de valorização, o dólar perdeu terreno esta manhã, o que acabou por apoiar os preços do ouro, dada a correlação inversa entre os dois ativos. A pressão anterior sobre o ouro resultou da necessidade de alguns gestores de carteiras liquidarem posições longas em ouro para cobrir chamadas de margem nas suas posições em ações. No entanto, com alguma estabilização nos mercados acionistas, essas vendas forçadas abrandaram. Com a incerteza a continuar a dominar os mercados financeiros e as opções de política monetária da Reserva Federal a tornarem-se cada vez mais limitadas, o metal precioso poderá ter margem para continuar a subir.
Ricardo Evangelista – Analista Sénior, ActivTrades
Trump Ameaça Mais Tarifas à China e Pressiona Fed a Cortar JurosA crise comercial que se desenrola entre os Estados Unidos e a China ganhou novos contornos quando o presidente norte-americano, Donald Trump, ameaçou adicionar mais 50% às tarifas já impostas sobre produtos chineses. Caso o governo de Pequim não reverta o recente aumento de 34% até 8 de abril de 2025, as tarifas dos EUA atingiriam um total de 104%, uma cifra capaz de agravar ainda mais o conflito entre as duas maiores economias do planeta. Em meio a esse cenário de tensão, a Casa Branca foi obrigada a desmentir o rumor de uma trégua de 90 dias nas taxações, classificando a informação como “Fake News” e reafirmando que não pretende conceder qualquer suspensão temporária.
Enquanto o mercado absorvia as incertezas, a União Europeia procurou oferecer uma saída ao propor a eliminação mútua de tarifas para bens industriais, inspirada em negociações anteriores que não avançaram. Porém, a ameaça de uma nova escalada tarifária gerou instabilidade em Wall Street, com os índices acionários vacilando entre altas e quedas impulsionadas por especulações sobre uma possível renegociação ou mesmo recuos pontuais. Num movimento de alerta, grandes bancos internacionais passaram a promover discussões emergenciais, preocupados com a volatilidade e a possibilidade de uma crise econômica mais profunda.
Em paralelo, vozes do setor empresarial também se manifestaram. Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase, advertiu que qualquer aumento significativo de tarifas pode pressionar ainda mais a inflação, encarecendo não só os bens importados como também os produzidos localmente, cujo custo de insumos tende a subir. Ele enfatizou a fragilidade da economia norte-americana, destacando que a desaceleração do crescimento, já presente em alguns indicadores, tende a se agravar. Nesse mesmo clima de cautela, corporações de vários segmentos adotaram estratégias de proteção. A Apple, por exemplo, avalia expandir a fabricação de iPhones na Índia para reduzir a dependência da China, ao passo que a montadora Stellantis promete amparar financeiramente seus fornecedores impactados pelas oscilações de custos.
A movimentação não se restringe aos setores de tecnologia e automotivo: empresas aéreas e de logística seguem acompanhando de perto as possíveis ramificações de uma taxação acentuada, sobretudo depois de a Boeing firmar um acordo para evitar o julgamento civil sobre o acidente envolvendo a Ethiopian Airlines. Essa resolução, embora não esteja ligada diretamente às tarifas, reflete o anseio por maior estabilidade num momento em que cada novo fator de risco pode abalar o equilíbrio dos mercados.
Até o momento, não há consenso sobre uma solução definitiva para o embate. Os Estados Unidos mantêm a postura firme de elevar as barreiras sobre produtos chineses se o governo de Pequim não recuar, enquanto a União Europeia busca diálogo para atenuar o embate e evitar uma reação em cadeia que prejudique as trocas comerciais globais. De um lado, cresce a incerteza nos mercados, que oscilam a cada novo anúncio ou boato sobre tarifas e negociações; de outro, empresas e bancos correm para realinhar suas estratégias, buscando saídas que lhes permitam contornar eventuais aumentos de custos e manter a confiança de investidores.
Em última análise, todos os envolvidos no comércio internacional estão atentos aos próximos passos de Trump e ao desenrolar dos diálogos entre Pequim e Washington. Com a possibilidade de uma taxação que beira os 104%, a tensão paira no ar, enquanto grandes instituições buscam sinais de que, no fim das contas, prevalecerá algum tipo de consenso diplomático. Seja como for, a conjuntura se mostra especialmente desafiadora e pede que governos, companhias e investidores mantenham flexibilidade e preparo para atuar em meio a uma tempestade comercial que parece longe de se dissipar.
Ouro Recua Quase 4% Apesar da Fuga ao Risco
Os preços do ouro estão a pairar ligeiramente acima da marca dos 3.000 dólares, recuperando de uma queda durante a sessão asiática, que fez o metal precioso cair abaixo deste nível psicológico chave. As crescentes preocupações sobre o aumento das tensões comerciais afetaram significativamente o sentimento dos investidores, levando a uma venda generalizada de ativos de risco. Isto resultou em perdas em todos os mercados acionistas, com o índice tecnológico Nasdaq a cair mais de 20% desde os máximos, entrando oficialmente em território de ‘bear market’. Ao mesmo tempo, o dólar dos EUA desvalorizou face aos seus principais pares, à medida que os investidores ajustam as suas expectativas, antecipando que a Fed corte os juros de forma mais profunda e rápida do que o previsto, para tentar evitar uma possível recessão nos Estados Unidos. Apesar deste ambiente—tipicamente favorável ao ouro, dado a fuga ao risco e o dólar mais fraco—o metal precioso perdeu quase 4% desde que Donald Trump anunciou a última ronda de tarifas na quarta-feira. Esta queda deve-se principalmente ao facto de gestores de carteiras terem sido forçados a liquidar posições em ouro para cumprir exigências de margem sobre as suas ações. Os mercados estão agora a preparar-se para as consequências de novas medidas retaliatórias contra as tarifas unilaterais dos EUA. A União Europeia deverá responder em seguida, após as contra-medidas assertivas da China anunciadas na sexta-feira.
Ricardo Evangelista – Analista Sénior, ActivTrades
Euro em Alta com Tarifas e Perspetiva de Estímulos na Europa
O euro disparou para máximos de vários meses face ao dólar dos EUA no início desta quinta-feira, com ganhos de aproximadamente 1,3%. A valorização da moeda única segue-se ao anúncio de Donald Trump sobre um pacote abrangente de tarifas sobre importações de uma extensa lista de países. As tarifas, descritas como recíprocas, incluem uma taxa de 20% sobre bens da UE, que será implementada em duas fases — um primeiro aumento de 10% a 5 de abril, seguido pela aplicação total das taxas recíprocas a 9 de abril. O enfraquecimento do dólar após este anúncio sugere que os investidores veem um risco de crescimento mais significativo para os EUA do que anteriormente antecipado, o que poderá forçar a Reserva Federal a cortar as taxas de juro de forma mais agressiva do que o previsto. Trata-se de uma mudança importante, indicando que os investidores percecionam a principal consequência negativa destas tarifas para os EUA como um crescimento económico mais lento, em vez de uma inflação mais elevada. Entretanto, do outro lado do Atlântico, a perspetiva é diferente. Os traders esperam um aumento dos estímulos fiscais na Europa, o que está a proporcionar apoio adicional à moeda única. Neste contexto, espera-se uma maior volatilidade nos mercados cambiais à medida que as tarifas completas entrem em vigor a 9 de abril, com negociações significativas — e possivelmente novos desenvolvimentos — previstos até à sua implementação.
Ricardo Evangelista – Analista Sénior, ActivTrades
Dólar em Compasso de Espera Antes das Novas Medidas dos EUA
O Índice do Dólar dos EUA está a negociar de forma estável no início da sessão europeia, mantendo-se dentro da faixa de preços observada na semana passada. O índice, que mede o desempenho do dólar face a um conjunto de principais moedas, reflete o atual sentimento do mercado – antecipação e cautela. Hoje assinala-se o aguardado Dia da Libertação, quando Donald Trump deverá anunciar um vasto pacote de tarifas que afetará todos os parceiros comerciais dos EUA, segundo a crescente especulação. Além disso, os dados do emprego da ADP nos EUA serão divulgados hoje. Neste contexto, é razoável esperar que, a esta hora amanhã, as condições de mercado possam estar bastante diferentes. Espera-se um aumento da volatilidade do dólar dos EUA à medida que os investidores digerem os detalhes do anúncio de Trump. Os pares de moeda que envolvem o dólar deverão registar movimentos, com a severidade das medidas a ser um fator crucial na reação do mercado. Quanto mais drásticas forem as tarifas, maior a probabilidade de o dólar enfraquecer, uma vez que os investidores poderão antecipar um crescimento mais lento nos EUA, potencialmente forçando a Reserva Federal a cortar as taxas de juro mais rapidamente do que o previsto.
Ricardo Evangelista – Analista Sénior, ActivTrades
Preços do Petróleo WTI Estáveis Após Valorização de 3%
Os preços do petróleo WTI estão estáveis no início das negociações de terça-feira, mantendo-se acima dos 71 dólares, após terem valorizado quase 3% na sessão anterior. A recente subida do crude foi impulsionada pela percepção de um maior risco de disrupções no abastecimento, depois de Trump ter ameaçado impor tarifas secundárias aos compradores de petróleo russo e iraniano. No entanto, a subida de ontem parece ter perdido força. Para já, as interrupções no abastecimento permanecem apenas teóricas e, até que as tarifas entrem em vigor, países como a China e a Índia deverão continuar a comprar petróleo à Rússia e ao Irão. Além disso, os traders estão a aguardar com expectativa o “Dia da Libertação”, quando os EUA se preparam para impor uma vaga de tarifas aos seus parceiros comerciais — uma medida amplamente vista como uma ameaça ao crescimento económico global e que poderá afetar a futura procura de petróleo.
Ricardo Evangelista – Analista Sénior, ActivTrades
Ouro Renova Máximos Históricos com Aversão ao Risco nos Mercados
Os preços do ouro atingiram um novo máximo histórico no início desta segunda-feira, à medida que os mercados reabrem com o mesmo espírito com que encerraram na sexta-feira — marcado por uma mudança significativa para ativos de refúgio. Os investidores estão cada vez mais preocupados com o potencial impacto das tarifas de Donald Trump, temendo que estas políticas conduzam a um crescimento fraco, maior inflação, redução do comércio internacional e um ambiente global menos previsível. Como resultado, os ativos de risco, como as ações, têm vindo a sofrer, com os investidores a encerrar posições e a procurar refúgio em instrumentos como o ouro. Ao mesmo tempo, o dólar dos EUA permanece sob pressão, dado que os receios de uma desaceleração económica nos EUA alimentam as expectativas de que a Reserva Federal volte a cortar as taxas de juro em breve. Esta dinâmica oferece um suporte adicional ao preço do ouro, devido à correlação inversa entre os dois ativos. Neste contexto, a perspetiva de curto prazo para o metal precioso mantém-se positiva.
Ricardo Evangelista – Analista Sénior, ActivTrades
S&P 500 em 2025: O Que Está Por Trás dos Movimentos RecentesO S&P 500 é, sem dúvida, o termômetro mais usado para medir a saúde dos mercados financeiros dos Estados Unidos — e, por tabela, do mundo. Composto por 500 das maiores empresas listadas nas bolsas americanas, ele concentra gigantes como Apple, Microsoft, Amazon e muitas outras.
Mas o que está acontecendo por trás das recentes oscilações do S&P 500? Como a economia, os lucros corporativos e o comportamento dos investidores estão moldando o futuro do índice? E, principalmente, o que esperar daqui para frente?
Neste artigo, vamos responder a essas perguntas com uma análise aprofundada, mas acessível, baseada nos dados e visões mais atuais do mercado.
A inflação está desacelerando — mas não está vencida
Depois de anos de inflação acelerada, os preços começam a dar sinais de alívio nos Estados Unidos. Ainda assim, o índice segue acima da meta de 2% do Federal Reserve (Fed). Esse "meio-termo" exige cautela: ainda não há espaço para comemorar, mas também não se fala mais em novas altas de juros.
Os juros podem cair — mas só se a economia deixar
O Fed pausou o ciclo de alta e está de olho nos próximos dados. Se a inflação continuar caindo, cortes de juros são esperados ainda em 2025. Isso anima o mercado de ações, já que juros mais baixos geralmente valorizam ativos de risco. Mas, se a economia mostrar fraqueza ou a inflação voltar a subir, tudo pode mudar.
Os Estados Unidos ainda não entraram em recessão, mas o ritmo da economia está mais lento. Novas tarifas comerciais e cortes nos gastos públicos adicionam risco ao crescimento. O tão desejado “pouso suave” parece possível, mas está longe de ser garantido.
Lucros ainda crescem, mas a confiança diminuiu
As empresas do S&P 500 fecharam 2024 com bons resultados. Mas para 2025, os analistas já começaram a revisar para baixo suas projeções. Os lucros devem crescer, mas a um ritmo mais moderado, especialmente com custos maiores à vista.
Embora ainda estejam em níveis altos, as margens de lucro enfrentam desafios: tarifas, custos trabalhistas e crédito caro. Empresas mais eficientes vão sobreviver melhor. Outras podem ver sua rentabilidade escorrer entre os dedos.
O S&P 500 está caro. O índice é negociado com múltiplos de lucro bem acima da média histórica. Isso não quer dizer que ele vá cair — mas significa que há pouco espaço para erro. Qualquer decepção pode ser suficiente para acionar uma correção.
Menos euforia, mais espera
A empolgação dos últimos anos deu lugar a uma postura mais conservadora. Investidores estão preferindo manter dinheiro em caixa ou alocar em ativos mais defensivos, como ações de setores básicos e fundos de renda fixa.
Perspectivas para o S&P 500: O Que Vem Pela Frente?
O que vai acontecer com o S&P 500 em 2025? A resposta vai depender da combinação entre política monetária, lucros corporativos e confiança do investidor. Com base nas análises mais recentes, podemos imaginar três cenários:
1. Otimista: o “pouso suave” funciona
Inflação recua, juros caem e os lucros continuam subindo. O índice poderia renovar máximas, com potencial de valorização de até 10% ao longo do ano.
2. Neutro: mercado anda de lado
A economia desacelera sem grandes sustos. Os lucros crescem pouco, e o S&P 500 fica em um intervalo estreito, sem grandes altas ou quedas.
3. Pessimista: tarifa demais, crescimento de menos
Um cenário de recessão leve ou prolongada pode surgir se tarifas se espalharem, o consumo cair e os lucros derreterem. Nesse caso, quedas acima de 20% não estariam fora do radar.
Para os investidores, especialmente os pequenos, o recado é simples: prepare-se para a volatilidade, mas não abandone o mercado. Aproveite para estudar, rever sua carteira e diversificar. A melhor estratégia em tempos de incerteza é manter a disciplina e o foco no longo prazo.
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Disclaimer:
As informações contidas neste artigo têm caráter exclusivamente educacional e não constituem recomendação de compra ou venda de ativos. O mercado financeiro envolve riscos, e cada investidor deve tomar suas decisões com base em seu próprio perfil, objetivos e, preferencialmente, com orientação de um profissional qualificado.
Ouro Atinge Novos Máximos com Anúncio de Novas Tarifas
Os preços do ouro atingiram novos máximos nas primeiras negociações de sexta-feira, impulsionados pela crescente procura por ativos de refúgio, à medida que os ativos de risco, como as ações tecnológicas dos EUA, anularam os modestos ganhos registados no início da semana. A rotação para o ouro foi desencadeada pelo ressurgimento das tensões comerciais, depois de a administração dos EUA anunciar, na quarta-feira, tarifas de 25% sobre todas as importações de automóveis. Caso se confirme, esta medida poderá ter um impacto significativo na economia global, agravando as perspetivas de crescimento e reforçando a atratividade de ativos de refúgio, como o ouro.
Neste contexto, o dólar dos EUA desvalorizou face às principais moedas, com os mercados a desconsiderarem os dados positivos do PIB divulgados na quinta-feira e a concentrarem-se nas incertezas geradas pela política comercial da Casa Branca.
Este cenário intensificou a especulação de que a Reserva Federal terá pouca alternativa senão retomar os cortes nas taxas de juro em breve — uma dinâmica reforça o apoio aos preços do ouro, devido à sua correlação inversa com o dólar.
Ricardo Evangelista – Analista Sénior, ActivTrades
Ouro Segue em Alta com Anúncio de Novas Tarifas Comerciais
Os preços do ouro subiram ligeiramente no arranque da sessão europeia, mantendo-se próximos dos máximos semanais. Os ganhos foram impulsionados por renovadas preocupações sobre o impacto económico das políticas comerciais da administração dos EUA, aumentando o apelo do ouro como ativo de refúgio. As expectativas de que a Reserva Federal retome os cortes nas taxas de juro no início do verão, juntamente com o recuo do dólar dos EUA dos máximos de várias semanas, deram um apoio adicional ao metal precioso. No entanto, a valorização permanece limitada, uma vez que o compromisso de Pequim em introduzir estímulos ao crescimento fomenta um maior apetite pelo risco, enquanto a subida dos rendimentos das obrigações do Tesouro dos EUA pesa sobre o ouro, que não gera juros. Neste contexto, é provável que os preços do ouro permaneçam dentro de um intervalo, com suporte acima do nível psicológico dos 3.000 dólares e resistência nos máximos históricos atingidos na semana passada. Os traders já estão focados na divulgação dos dados PCE dos EUA amanhã, o principal indicador de inflação da Fed, que poderá influenciar as expectativas em torno da política monetária do banco central e impactar os preços do ouro.
Ricardo Evangelista – Analista Sénior, ActivTrades
Mercado Petrolífero Avalia Acordo no Mar Negro e Tarifas
Os preços do petróleo bruto mantêm-se estáveis no início da sessão europeia, oscilando ligeiramente abaixo dos 70 dólares por barril. Após ganhos acentuados nas últimas sessões, o mercado encontrou resistência. A notícia de um acordo de não-agressão no Mar Negro entre a Rússia e a Ucrânia, combinado com o apoio dos EUA ao levantamento parcial de sanções sobre as exportações russas, abriu espaço para a retoma da oferta de petróleo russo. No entanto, esse potencial aumento de fornecimento não provocou uma queda significativa nos preços. A ameaça dos EUA de impor tarifas de 25% aos países que comprem petróleo da Venezuela gerou receios de disrupção no abastecimento global, num momento em que a oferta se prepara para recuar em 200.000 barris por dia, devido à interrupção das operações da Chevron no país sul-americano no final de maio.
Ricardo Evangelista – Analista Sénior, ActivTrades
Conjuntura Mantém-se Favorável para os Preços do Ouro
Os preços do ouro subiram ligeiramente no início desta terça-feira e espera-se que se mantenham acima do nível psicológico dos 3.000 dólares, com os traders a verem qualquer queda de preços como uma oportunidade de compra, mas com o potencial de valorização limitado por um aumento no apetite pelo risco, criando resistência em torno dos recentes máximos de 3.056 dólares. Expectativas de novos cortes nas taxas de juros pela Fed e as preocupações com uma desaceleração económica nos EUA continuam a sustentar os preços. Ao mesmo tempo, as esperanças de tarifas comerciais menos assertivas dos EUA, o otimismo sobre um possível acordo de paz entre a Ucrânia e a Rússia e os novos planos de estímulo da China estão a fomentar um maior apetite pelo risco, pressionando os preços do ouro. Embora uma queda abaixo dos 3.000 dólares seja improvável no curto prazo, essa dinâmica de suporte e resistência deverá manter os preços do ouro dentro de uma faixa relativamente estreita.
Ricardo Evangelista – Analista Sénior, ActivTrades
Política Monetária dos EUA em Foco: FOMCApós o FOMC manter os juros inalterados, o Fed reforçou o tom vigilante sobre a inflação, indicando que o ciclo de aperto pode já ter terminado, mas não confirmou cortes no curto prazo. Isso reforça um cenário de incerteza e consolidação nos mercados.
🌍 Fundamentos em Detalhe
Dados recentes mostram que:
A atividade econômica nos EUA segue aquecida, com o GDP e os PMIs sinalizando crescimento estável, embora em desaceleração.
O consumidor americano ainda mostra força, com dados de Retail Sales e Personal Spending positivos, sustentando o consumo — base da economia americana.
Já o mercado de trabalho, apesar de um leve enfraquecimento no ritmo de contratações, segue resiliente, com NFP, Unemployment Rate e Average Hourly Earnings ainda dentro de um patamar forte o suficiente para manter o Fed atento.
📌 Com isso, o cenário continua sendo de juros elevados por mais tempo, o que fortalece o dólar e limita os avanços do euro — ainda mais em um ambiente de crescimento frágil na Europa.
📐 Técnica: Triângulo Ascendente com Alvo e Invalidação Definidos
O gráfico de 1H mostra o EUR/USD dentro de um triângulo ascendente ainda em formação, com resistência marcada na região de 1.08515 (Fibonacci 1.618). A estrutura sugere acúmulo de pressão — mas sem confirmação de rompimento até agora.
📌 Invalidação do padrão: caso o preço perca a zona de 1.07899 (Fibo 2.618) com força, o triângulo será invalidado — abrindo espaço para movimento de continuação da tendência de baixa.
📉 Nesse cenário, o próximo alvo técnico seria a projeção de 4.236, em 1.06909, região que coincide com zona de suporte e pode atrair compradores institucionais.
💡 Esse tipo de consolidação gráfica costuma preceder movimentos explosivos — e, nesse caso, o gatilho pode vir de novos dados macroeconômicos ou de discursos do Fed e BCE nos próximos dias.
⚠️ Disclaimer:
Este conteúdo tem fins exclusivamente educacionais e não constitui recomendação de compra ou venda de ativos. Operar no mercado financeiro envolve riscos. Sempre avalie seu perfil e consulte profissionais autorizados antes de tomar decisões.






















