O preço do ouro registou uma queda nas primeiras horas da sessão de sexta-feira e, com a abertura dos mercados europeus, mantinha-se ligeiramente acima dos 3.200 dólares. A redução das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China — a par de uma postura americana menos agressiva face a outros parceiros comerciais — tem vindo a aumentar o apetite pelo risco nos mercados financeiros, penalizando o estatuto do ouro como ativo de refúgio. Paralelamente, a expectativa de um possível acordo entre os EUA e o Irão está a alimentar esperanças de uma menor turbulência no Médio Oriente. As negociações em curso entre a Rússia e a Ucrânia, embora ainda sem progressos significativos, também contribuem para uma pressão descendente sobre o metal precioso. Por outro lado, dados económicos norte-americanos abaixo do esperado reforçaram as apostas numa redução das taxas de juro por parte da Reserva Federal, levando a uma desvalorização do dólar e a uma descida dos rendimentos da dívida pública — fatores que tendem a favorecer ativos sem rendimento, como é o caso do ouro. Apanhado entre estas forças opostas, o preço do ouro poderá continuar a enfrentar obstáculos. Ainda assim, é pouco provável que caia muito abaixo dos níveis atuais, já que, apesar do tom mais positivo da administração norte-americana em relação ao comércio e das perspetivas de menor tensão geopolítica, a incerteza continua a ser a palavra-chave para os investidores.
Ricardo Evangelista – ActivTrades
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