Quando lemos a respeito dos perfis acadêmicos da maioria dos Gestores e Analistas do mercado financeiro, há uma ênfase muito grande em cursos na área de exatas como Engenharia e outros como Administração e Economia.
Eu me formei em Direito antes de decidir vir para o Mercado Financeiro e me tornar um trader profissional. Meu emprego anterior ao mercado me preparou psicologicamente para me tornar um trader sem que eu soubesse.
Trabalhei na área de Gerenciamento de Contratos Públicos. Mas o cargo na qual eu fui convidado era na área de Controle Interno e assim que entrei fiz um curso a respeito. Só que eu acabei resolvendo problemas de toda ordem e fui parar nos quadros do próprio setor.
Ao invés de me tornar Controlador Interno, eu fui admitido como Coordenador Administrativo, mas, como havia estudado sobre as regras não pude deixar de enxergar as coisas erradas que aconteciam.
Na verdade na prática eu fui controlador. Inclusive, por iniciativa própria, comecei a analisar centenas e centenas de papéis e documentos técnicos e descobri ilegalidades monstruosas.
Foi aí que veio meu preparo para a bolsa. Eu manifestei o que estava errado e achei que os Advogados iriam me apoiar. Ledo engano. Nenhum advogado (na verdade as chefes eram mulheres, logo foram dezenas de advogadas) não me apoiaram. Pelo contrário.
Fui humilhado em diversas reuniões. Fui chamado de incompetente. Tive relatório e parecer rasgado. Fui proibido de me manifestar por escrito. Era eu contra mais de 30 (trinta) pessoas. Eu senti na pele o que é nadar contra a corrente.
Eu decidi defender a verdade e acabei demitido. Isso tem alguns anos, e até hoje no setor que trabalhei não há ninguém que faça o que eu fazia. O Tribunal de Contas é apelidado como Tribunal de Faz de Contas. Eu consigo provar que esse apelido ainda é carinhoso.
Eu aprendi a ser forte e nadar contra a corrente (o que é necessário fazer para ter sucesso).
Os gestores que não me ouviram estão respondendo por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. O fronte de batalha que enfrentei foi diferente do de hoje.
Mas sei como vencer e hoje eu treino soldados para a batalha.
Renan Antunes
Revista Grafistas
Eu me formei em Direito antes de decidir vir para o Mercado Financeiro e me tornar um trader profissional. Meu emprego anterior ao mercado me preparou psicologicamente para me tornar um trader sem que eu soubesse.
Trabalhei na área de Gerenciamento de Contratos Públicos. Mas o cargo na qual eu fui convidado era na área de Controle Interno e assim que entrei fiz um curso a respeito. Só que eu acabei resolvendo problemas de toda ordem e fui parar nos quadros do próprio setor.
Ao invés de me tornar Controlador Interno, eu fui admitido como Coordenador Administrativo, mas, como havia estudado sobre as regras não pude deixar de enxergar as coisas erradas que aconteciam.
Na verdade na prática eu fui controlador. Inclusive, por iniciativa própria, comecei a analisar centenas e centenas de papéis e documentos técnicos e descobri ilegalidades monstruosas.
Foi aí que veio meu preparo para a bolsa. Eu manifestei o que estava errado e achei que os Advogados iriam me apoiar. Ledo engano. Nenhum advogado (na verdade as chefes eram mulheres, logo foram dezenas de advogadas) não me apoiaram. Pelo contrário.
Fui humilhado em diversas reuniões. Fui chamado de incompetente. Tive relatório e parecer rasgado. Fui proibido de me manifestar por escrito. Era eu contra mais de 30 (trinta) pessoas. Eu senti na pele o que é nadar contra a corrente.
Eu decidi defender a verdade e acabei demitido. Isso tem alguns anos, e até hoje no setor que trabalhei não há ninguém que faça o que eu fazia. O Tribunal de Contas é apelidado como Tribunal de Faz de Contas. Eu consigo provar que esse apelido ainda é carinhoso.
Eu aprendi a ser forte e nadar contra a corrente (o que é necessário fazer para ter sucesso).
Os gestores que não me ouviram estão respondendo por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. O fronte de batalha que enfrentei foi diferente do de hoje.
Mas sei como vencer e hoje eu treino soldados para a batalha.
Renan Antunes
Revista Grafistas