Análise para o Payroll – 07/03/2025 Minha projeção para o Payroll baseia-se na dinâmica recente da curva de juros nos Estados Unidos:
1. Curto prazo: A curva de juros de curto prazo está fortemente invertida desde 31/12/2024, sugerindo uma possível desaceleração econômica no curto prazo.
2. Médio prazo: A curva de juros de médio prazo começou a perder força de expansão em 14/01/2025 e inverteu efetivamente em 25/02/2025, acompanhando a tendência da curva de curto prazo.
3. Longo prazo (10 anos): Em expansão desde 02/12/2024, a curva atingiu seu pico em 14/02/2025 e, desde então, iniciou um movimento de desaceleração até 26/02/2025.
Resumo:
A inversão simultânea das curvas de curto e médio prazo, aliada à desaceleração da curva de longo prazo, indica um enfraquecimento econômico. Apesar da curva de longo prazo ainda estar em expansão, sua perda de fôlego reforça o cenário de ajuste nas expectativas.
Expectativas para o Payroll:
1. Redução nas contratações (queda no Payroll)
2. Taxa de desemprego estável ou em alta
3. Aumento das horas trabalhadas devido à menor oferta de mão de obra
4. Queda no emprego privado
O comportamento das curvas sugere um mercado de trabalho menos aquecido, refletindo os sinais de desaceleração econômica.
Expectativa para o DOLFUT:
Caso os dados venham conforme nossa análise, o Dólar deve inicialmente apresentar um movimento de queda brusca (Downside), e em seguida, há uma tendência de recuperação (Upside), refletindo um cenário de possível "stagflação" com as expectativas de inflação elevadas e sinais de fraqueza no mercado de trabalho.
Esse contexto pode levar a uma busca por proteção nos mercados globais, ativando um movimento de "Risk Off", onde os investidores migram para ativos mais seguros.
Ideias de negociação de US02Y
Curva de Juros AmericanaO que é a Curva de Juros?
A curva de juros mostra o rendimento (yield) dos títulos do Tesouro em diferentes prazos, desde curto até longo prazo. O rendimento reflete a taxa de retorno que os investidores exigem para emprestar dinheiro ao governo por determinado período. A forma da curva revela as expectativas do mercado sobre crescimento econômico, inflação e decisões futuras de política monetária.
Curva Ascendente: Normalmente, quanto mais longo o prazo, maior o rendimento. Isso reflete a incerteza e o risco associados a prazos maiores. Uma curva ascendente sugere expectativas de crescimento econômico e inflação no futuro.
Curva Invertida: Ocorre quando os títulos de curto prazo têm rendimentos maiores que os de longo prazo. Isso é visto como um sinal de alerta para recessão, pois os investidores esperam uma desaceleração econômica e que o Fed reduza as taxas de juros no futuro.
Títulos de 2 anos e 10 anos: Por que são importantes?
1. Treasury de 2 anos:
- O rendimento dos títulos de 2 anos está intimamente ligado às expectativas sobre as ações do Federal Reserve em relação às taxas de juros de curto prazo. É o mais sensível às mudanças nas decisões do Fed, já que reflete as expectativas de mercado sobre as condições econômicas e inflação para os próximos anos.
- Impacto das taxas do Fed: Quando o Fed aumenta ou sinaliza que aumentará as taxas de juros de curto prazo (como a Fed Funds Rate), o rendimento dos títulos de 2 anos tende a subir rapidamente. Isso reflete a expectativa de taxas de juros mais altas no curto prazo.
2. Treasury de 10 anos:
- Termômetro da economia e inflação de longo prazo: O rendimento dos títulos de 10 anos reflete as expectativas de crescimento econômico e inflação para um horizonte de tempo mais longo. Ele é amplamente utilizado como referência para definir as taxas de hipotecas, empréstimos de longo prazo e investimentos.
- Sinal de expectativas de crescimento: Se o rendimento dos títulos de 10 anos está subindo, isso indica que os investidores esperam crescimento econômico e, possivelmente, maior inflação no longo prazo. Se o rendimento cai, pode sinalizar expectativas de crescimento fraco ou recessão futura.
Curva 10 anos x 2 anos: A relação entre o rendimento dos títulos de 10 anos e de 2 anos é usada para prever recessões. Se o rendimento de 2 anos ultrapassa o de 10 anos (curva invertida), o mercado está indicando que espera uma recessão e cortes de juros no futuro.
Como acompanhar e interpretar os rendimentos dos títulos de 2 e 10 anos?
1. Diferença entre o rendimento de 2 anos e 10 anos (Spread 2s10s):
O diferencial entre os rendimentos dos títulos de 2 anos e 10 anos é um importante indicador de confiança na economia.
Spread positivo (Curva normal): Quando o rendimento de 10 anos é maior que o de 2 anos, isso reflete expectativas de crescimento econômico estável ou inflacionário no longo prazo.
Spread negativo (Curva invertida): Quando o rendimento de 2 anos é maior que o de 10 anos, isso sinaliza que os investidores esperam uma desaceleração econômica no curto prazo, possivelmente uma recessão, levando a possíveis cortes de juros.
2. O que afeta os rendimentos dos títulos?
Expectativas de inflação: Quando os investidores esperam que a inflação suba, eles exigem rendimentos mais altos para compensar a perda de valor do dinheiro ao longo do tempo.
Crescimento econômico: Em tempos de crescimento forte, os rendimentos tendem a subir, pois há maior demanda por capital e maiores expectativas de inflação.
Ações do Fed: Decisões de política monetária, como aumentos ou cortes de juros, têm impacto direto nos rendimentos dos títulos, especialmente nos de curto prazo como o de 2 anos.
Fluxos de capital global: A demanda por títulos dos EUA como investimento seguro pode aumentar ou diminuir os rendimentos, conforme os investidores globais buscam proteção em momentos de incerteza.
3. Inversão da Curva de Juros:
A curva invertida entre os títulos de 2 e 10 anos (quando o rendimento de 2 anos é maior) é um indicador amplamente monitorado, pois historicamente tem sido um forte prenúncio de recessões nos EUA. Quando a curva inverte, o mercado acredita que o Fed precisará cortar juros no futuro devido a um crescimento econômico mais fraco.
"#US02Y perto da máxima de 17 anos""#US02Y perto da máxima de 17 anos"
O titulo americano de 2 anos está perto da máxima de 17 anos , em 1989 este mesmo titulo chegou a trabalhar a 9,91 , mas são outros tempos.
Penso agora no investidor que comprou este papel em meados de 2021 e inicio de 2022, o prejuízo é absurdo.
QUAIS AS SAÍDAS PARA A CRISE FINANCEIRA ATUAL?Muitos se perguntam quais foram os motivos que levaram dois dos maiores mercados mundiais (EUA e Europa) a enfrentarem os atuais problemas bancários nas últimas semanas. E uma das principais respostas para tal pergunta são as consequências recentes dos aumentos mais rápidos das taxas de juros desde o início da década de 80.
Esse aumento excessivo das taxas bancárias evidenciaram de forma muito clara a fragilidade financeira atual, com a expectativa dos bancos centrais cortarem as taxas para socorrer o mercado, como fizeram em passados recentes. Mas será que essa atitude trará o efeito esperado?
Um ponto que muitos analistas estão levando em consideração é que os Bancos Centrais precisam continuar sua luta contra a inflação elevada atual, recorrendo para outras ferramentas a fim de buscar a estabilidade financeira de suas economias. Um exemplo claro disto foi a atitude do Banco Central Europeu que aumentou as taxas em 0,5% na semana passada, mesmo com todos os problemas vivenciado pelo Credit Suisse.
Agora a tarde, o FED manteve o aumento previsto de 0,25% da taxa de juros dos Estados Unidos, buscando assim manter o controle de uma inflação que já é considerada alta e persistente na maior potência do mundo. Diante tudo isso, chegamos a uma conclusão importante: os investidores precisam ficar mais atentos e ágeis neste novo regime de mercado atual.
Todas as tensões bancárias que abalaram os mercados ao longo dos anos são bem diferentes umas das outras, mas o que todas elas têm em comum é que os mercados agora estão examinando e percebendo as vulnerabilidades bancárias através das altas taxas de juros impostas pelos bancos. Os problemas surgidos recentemente pelos bancos são conhecidos há muito tempo, e a regulamentação bancária estão cada vez mais rígidos.
Diante tudo isto só nos resta uma pergunta: quais ferramentas podem ser utilizadas em busca de estabilidade financeira? A resposta para esta pergunta são as chamadas reservas de valores, como as terras agriculturáveis, o ouro e o Bitcoin. A reserva de valor é uma estratégia fundamental para todos aqueles que desejam proteger o seu dinheiro da desvalorização ao longo do tempo. Ao escolher a forma de investimento mais adequada, você garante que o seu patrimônio mantenha o seu valor real e esteja disponível quando for necessário.
Yelds de 2 anos Americanos aguardando novas instruçõesO titulo do tesouro americano de 2 anos teve uma movimentação exagerada após o dia 03/02/2023 se afastando da média de 21 períodos precificando naquele momento apenas a elevação dos juros por causa dos dados da economia americana que estavam fortes. Fez topo no dia 09 de Março .
No final da semana passada começaram a aparecer os problemas bancários que fizeram com que houvesse a perda desta "gordura adquirida". Desidratou tudo que tinha ganhado e agora está repousando na média de 200 aguardando novas instruções.
O socorro prestado pelo FED as instituições foi rápida para estancar o que poderia vir. Por ultimo veio o Credit Suisse e outro pequeno banco americano , este ultimo sendo salvo pelos parceiros.
Sendo assim o mercado sabe do problema da inflação nos Estado Unidos , mas o FED tem um problema grave nas mãos.
Se continuar muito firme nos juros o sistema bancário e outros podem colapsar e jogar todo o trabalho feito pelo ralo. Mas e a inflação , o que fazer?
GRÁFICO DA CURVA DE JUROS PODE ESTAR ANUNCIANDO UMA RECESSÃO Que o mercado financeiro funciona em ciclos isso não é nenhuma novidade. Mas porque será que muitas pessoas são pegas de surpresa neste mercado? A resposta para essa pergunta é bem mais simples do que possamos imaginar. Normalmente as pessoas prendem seu foco no futuro, para o que vai acontecer, querendo prever os movimentos que virão, esquecendo de analisar o passado. E é exatamente o passado que nos mostra o que pode acontecer no futuro a partir de uma análise de repetição de ciclos.
É exatamente o que o gráfico da Inversão da Curva de Juros está nos mostrando. Esta inversão acontece todas as vezes que o gráfico cruza ou toca a linha divisória do gráfico, momento este que os juros dos títulos de curto prazo (até 2 anos) acabam pagando mais do que os títulos de longo prazo (até 10 anos). E por que essa inversão é tão importante? Quando essa inversão acontece, historicamente enfrentamos recessões após esses acontecimentos. Analisando o gráfico olhando para o passado, podemos identificar um histórico de inversões ao longo dos anos:
1980 – Aconteceu um inversão da curva de juros, gerando uma recessão entre 1982 e 1983.
1988 – Outra inversão na curva de juros, gerando a recessão do início dos anos 90.
2000 – Mais uma inversão da curva de juros, provocando uma recessão entre 2001 e 2003.
2007 – Nova inversão da curva de juros, causando a recessão de 2008 e 2009.
2022 – Nós estamos agora em uma zona de inversão da curva de juros muito acentuada, o que pode estar prevendo uma forte recessão para o ano de 2023.
Todo o mercado financeiro mundial está acompanhando de forma preocupada esta repetição de tendência, tendência a qual pode estar nos indicando de forma antecipada uma possível recessão mundial. Devido este cenário, os especialistas do mercado indicam que as principais economias do planeta precisam cortar seus juros o mais rápido possível para não agravar essa realidade, evitando assim uma recessão mais severa.
Outros dados econômicos que aumentam o grau de alerta para este cenário são vistos nas mais diversas áreas do mercado, como: o Black-Friday de 2022 foi muito abaixo do esperado pelos principais especialistas do mercado, onde o volume de vendas foi bem menor em comparação com os anos anteriores. O preço do petróleo vem caindo de forma rápida, com o preço do barril do petróleo Brent sendo negociado a aproximadamente US$ 84. O comércio varejista ao redor do mundo vem sofrendo com o excesso de estoque, resultado de dois anos de cadeias de suprimentos irregulares, onde para não ficar sem mercadoria devido todas as incertezas do mercado nos últimos meses, acabaram comprando mais do que de costume. E para resolver esse problema, ou o varejo baixa os preços, ou não conseguirão vender as suas mercadorias.
Os consumidores estão cada vez mais gastando suas economias em serviços pessoais e refeições do que em produtos mais duráveis como móveis e eletrônicos, reflexo do maior controle financeiro causado pela crise do COVID que acabou atingindo todo o planeta. E por último, os valores dos aluguéis e de carros usados começam a apresentar queda, gerando uma grande oferta no mercado.
Devido todos esses pontos, os analistas do mercado alertam para que caso não haja uma queda nos juros, os mercados não irão conseguir suportar muito tempo esse cenário, gerando menos capital devido a queda dos preços (como foi apresentado alguns exemplos acima) e pagando juros cada vez mais altos, o que pode provocar uma grande quebradeira nos mercados.
Custo Da Dívida Americana DisparaCom a elevação da inflação ao maior nível dos últimos 40 anos e a consequente subida dos juros o custo nominal da dívida americana disparou 18% desde a mínima relativa em maio de 2021, atingindo a máxima histórica.
Em termos comparativos com o GDP (o PIB americano) americano ainda está longe da máxima mas considerando que o déficit orçamentário americano em 2021 foi -16% (!) essa subida pode significar um aumento ainda maior na dívida americana que já está em 120% do GDP.
Agora considere que os dados de custo de dívida são de abril e que de lá pra cá a inflação só subiu os yields de 2 anos saltaram mais de 1%. Se a subida de juros continuar, onde a dívida americana pode parar? E se houver recessão? Teremos uma Dívida/PIB americana de 150%? Como isso afeta a posição dos Estados Unidos como devedor mais confiável do mundo?
Inversão na curva de juros curtos AmericanosHistoricamente, uma recessão nunca aconteceu sem uma inversão na curva de juros. Semelhante à última inversão em 2019, tem aumentado a preocupação de que o aperto da política do Fed reduzirá os gastos do consumidor e a atividade empresarial. Agora o banco central dos EUA está lutando contra as taxas de inflação mais altas em uma geração, o que está alimentando especulações de que as circunstâncias exigirão um ajuste mais drástico nas taxas de juros, com consequências mais dolorosas.
Porque a sinalização de inversão nos Juros é importante?
Os rendimentos de curto prazo que são mais altos do que os rendimentos de longo prazo são considerados anormais pois sinalizam que é improvável que altos níveis de rendimentos de curto prazo sejam sustentados à medida que o crescimento desacelera.
Todavia, o presidente do FED, Jerome Powell, disse na semana passada que está focado nos rendimentos do Tesouro até 18 meses, que não mostram esses sinais de alerta. Analistas especialistas e Traders de Futuros dizem que a compra maciça de títulos do Tesouro pelo FED nos últimos dois anos — suas participações totalizam cerca de US$ 5,8 trilhões — distorceu qualquer sinal dos níveis de rendimento, o que poderia explicar essa sinalização como falsa.
Esse é um sinal importante sobre a saúde do mercado global, e pode dar horizontes econômicos para 2023 e 2024.
No gráfico estou subtraindo o T2 pelo T10, e o valor 0% é o exato momento em que a inversão acontece de fato.