NÃO É UMA RECESSÃO, É UM COLAPSORay Dalio, Gestor do maior Hedge Fund do mundo, é o autor da frase acima, ao se referir sobre a crise que estamos sofrendo por conta do impacto do novo Coronavírus no mundo.
A ciência na qual Dalio se debruça para entender o futuro busca compreender o passado: História. Ele investigou a decadência de alguns impérios e procurou padrões que se repetiram.
O que ele encontrou foi:
1) Altos níveis de endividamento e taxas de juros extremamente baixas, o que limita os poderes dos Bancos Centrais de estimular a Economia;
2) Má distribuição de riqueza e polarização política, o que leva ao aumento de conflitos sociais;
3) Uma potência mundial em ascensão (hoje, a China) desafiando a potência mundial existente (os EUA), que causa conflitos externos.
Dalio teme vivenciarmos o que foi a Grande Depressão entre os anos de 1930 e 1945, evento este que antecedeu a Segunda Guerra Mundial.
Para ele, o Dólar está com os dias contados. Usando a expressão “cash is trash” (dinheiro é lixo) acredita que com o endividamento dos EUA a relação de oferta e demanda da moeda pode se equiparar e com isso enfraquecer a moeda americana.
Ele também não acredita que a reestruturação pós-crise não irá aumentar o que ele chama de torta e com isso haver a divisão com todos que necessitarão. O tecido social sofrerá consequências que podem desencadear diversos conflitos.
A solução para ele está em diversificar em ações, que com essa crise tiveram os balanços prejudicados mas sobreviverão. Ele não diz quais os papéis que está colocando sua confiança, mas ressalta ser esse o melhor caminho.
Dalio confessa que durante toda sua carreira errou mais do que acertou. E que as palavras dele podem não ser levadas as mesmas decisões, mas que possam servir de alerta para que as pessoas reflitam mais sobre o que estamos a enfrentar.
Se o homem que administra a maior quantidade de dinheiro no mundo está pessimista, quem somos nós para pensar o contrário. Cautela nunca é demais.
Renan Antunes
Revista Grafistas