US TREASURY BONDS - ALERTA !" Economia:
Ao longo da história, em momentos de crise, para estimular a economia, o FED derrubava a taxa de juros e deixava em um nível mais baixo que o anterior por um período até a economia ter se recuperado de fato.
Entre 2010 e 2016 tivemos o maior período de taxas de juros baixas, pois o crescimento da economia americana continuava aquém do esperado, principalmente por conta da queda histórica nos salários, pois as empresas, com a globalização passaram a buscar mão-de-obra mais barata, principalmente na China e Índia.
A partir de 2016, com a alta dos empregos nos Estados Unidos e expectativas de crescimento da economia o FED passou a subir a taxa de juros gradualmente e, os yields das Treasuries de 10 anos também, acompanhando a expectativa de sucessivos aumentos nas taxas de juros.
Atualmente, acontece algo parecido.
Apesar do mundo ainda não ter se imunizado totalmente da COVID-19 e nem de seus efeitos, há motivos para que o mercado acredite na possibilidade de aumento na taxa de juros por parte do FED.
Dólares e commodities:
A despejada de dólares na economia americana, fez com que as commodities que são cotadas em dólar tenham apreciação de seu valor, isso inclui petróleo, grãos, proteína animal, minério de ferro, cobre e outros. Além disso, a retomada do crescimento da economia chinesa acaba sendo um fator adicional. Todas essas commodities são matérias primas de muitos bens e se o preço delas sobem, acabam gerando inflação.
Quanto aos mercados de ações, o avanço dos yields dos Treasuries é negativo, pois aos investidores buscarem tais ativos, os mais seguros do mundo, há o chamado “fly to quality” (voando para qualidade), isto é, vendo que os ativos de risco precisam melhorar o seu desempenho para compensar o que o rendimento do título livre de risco está a proporcionar, muitos investidores preferem buscar a “qualidade” do título americano sem correr risco em detrimento do mercado de ações. Por isso as bolsas globais tendem a cair em situações assim.
Yields e a Bolsa
Ainda falando de bolsa de valores, atualmente, há um parênteses a ser feito. Durante a pandemia, as grandes empresas de tecnologia eram uma espécie de substituto para as Treasuries uma vez que com a economia mundial parada e somente as companhias intensivas em tecnologia ou que se utilizavam muito dela para ofertar seus produtos tinham menor risco, como foi o caso de Amazon, Facebook, Apple, Zoom e outras. Mas, com a volta de perspectiva de aumento do crescimento econômico e da inflação, os agentes se voltam para os títulos da dívida da maior economia do mundo.
Como ponte de ajuste, a alta da rentabilidade desses títulos, como são americanos, podem compensar a desvalorização do dólar, uma vez que os investidores podem sair de mercados emergentes que são mais arriscados e buscarem tais títulos, impactando as bolsas de valores de países como o Brasil.
As expectativas do mercado em relação às variáveis Macroeconômicas são muito importantes, pois geram impactos importantes nos seus investimentos. "
Atenção a Janeiro/Fevereiro 2022
Bons Estudos !
Abraço
US10Y
Análise Fundamental + Técnica 15/09Esta é uma mistura entre os dados econômicos mais importantes do dia de hoje em conjunto com as movimentações do mercado internacional e qual o impacto que isso pode ter nas criptomoedas.
Espero que tenham gostado e não esqueçam de deixar o like, feedback e compartilhar
US10Y - Títulos Americanos 10 AnosJerome Powell Presidente do FED e sua política Monetária com Juros Baixos, ignorando a Inflação Americana associado a política expansionista de Joe Biden, trazem incertezas ao Mercado Financeiro e Dúvidas aos gestores brasileiros.
Hoje tivemos um belo movimento de queda na Taxa, em cima da região de 61,8% Fibonacci, será que teremos um novo teste até em 50% ?
Só o Mercado com a Equipe: FED + Juros Baixos + Inflação + Política Expansionista dos EUA que dirão, sigamos acompanhando...
Muito Obrigado
André Felipe
Bitcoin e todo o contexto e mercados que o afetamBoa noite traders! O mercado não está bonito e grita por uma queda depois que os fundamentos mudaram e enquanto o mercado de treasuries não esperava uma resposta do FED aos dados de inflação. De qualquer modo, assistam a análise e é apenas uma análise não uma recomenação de compra ou venda
A economia do vírusAquilo que se está a passar na economia, não é sem dúvida, normal. Não é uma típica crise de ciclo económico em que se começa por observar uma diminuição do crescimento do produto e eventualmente da sua redução, levando então a uma recessão. Esta epidemia começa por ser um choque do lado da oferta e da sua cadeia valor tendo também muito potencial para arrastar a procura atrás. À partida, a sua duração será curta e a recuperação possivelmente rápida, no entanto a magnitude dos seus efeitos negativos são ainda imprevisíveis.
Em qualquer crise, as políticas monetárias e fiscais tendem a ser as armas a usar para atenuar as suas potenciais consequências. No entanto, quanto maior for o clima de incerteza relativamente ao futuro, menor é o seu potencial efeito.
Vários bancos centrais já reduziram as suas taxas de juro diretoras, mas sem o seu desejado resultado. Apesar destas medidas terem o potencial de aumentar a procura agregada da economia, estas iniciativas políticas foram interpretadas como um sinal de “alarme” nos mercados. Certamente que determinadas empresas irão beneficiar da redução dos juros – tanto aquelas que têm atualmente empréstimos com uma taxa variável como outras que não tenham empréstimos contraídos e necessitem de o fazer, poderão fazê-lo agora a taxas mais baixas. O grande problema aqui é que as taxas serão pouco mais baixas do que são atualmente! O impacto positivo destes estímulos monetários é muito reduzido e como consequência, o ânimo que trouxe aos mercados teve a duração de pouco mais de uma hora.
Do lado da procura, à medida que os países tomam medidas como o fecho de escolas ou o cancelamento e a limitação de eventos empresariais e desportivos e em que as pessoas, manipuladas pela incerteza que se vive, começarem a deixar de viajar, a reduzir o seu consumo e a ter maior dificuldade em pagar os seus empréstimos; torna-se cada vez mais urgente uma ajuda fiscal por parte dos governos.
Todas estas medidas não serão ser suficientes para impedir um impacto económico negativo do vírus, mas poderão certamente ajudar a atrasar e a mitigar o seu potencial efeito.
No que toca aos mercados financeiros, aquilo que é possível observar até à data são duas semanas sangrentas e quedas agregadas dos principais índices acionistas de cerca de 20%. Apesar de existirem setores específicos que estão a ser mais afetados (como o da aviação ou o energético), todos são penalizados – a prova disso mesmo é que o dinheiro tem saído de todos os Exchange Traded Funds (ETFs). As possíveis falências que poderão existir podem ser tanto por problemas de solvência (e.g. consequência da redução do preço do barril) como de falta de liquidez (e.g. redução substancial da procura).
É interessante olharmos para o mercado de dívida na medida em que se pode compreender aquilo que nos pode esperar no futuro. Em particular, nos Estados Unidos a yield das obrigações do tesouro a 30 anos está pela primeira vez abaixo de 1% e já chegou também ao nível a que estava a yield da dívida a 2 anos há cerca de duas semanas atrás. Já em Portugal, o mesmo não se tem passado e o declive da curva das suas yields tem-se tornado mais ingreme desde as últimas duas semanas.
A expansão da política monetária americana já não só contribui para a diminuição dos juros da dívida a curto-prazo, mas para toda a queda da curva. Do lado europeu, será interessante observar se o mesmo se passará com a possível intervenção do Banco Central Europeu (BCE).
Apesar de tudo, a curva das yields da maior parte dos países tem caído em todas as maturidades e isto indica-nos que estamos mais próximos de uma recessão ou pelo menos de um longo período de estagnação económica.