#AN029: EUA, Fim da Paralisação, Trump Assina o Acordo.
Após 43 dias de paralisação total do governo federal, a mais longa da história dos EUA, o governo está oficialmente de volta aos negócios. Olá, sou Andrea Russo, trader de Forex independente e proprietária, além de autora de "O Código Institucional do Forex: 14 Passos para Ler os Mercados como um Banco", com mais de US$ 200.000 em capital sob gestão. Agradeço antecipadamente pelo seu tempo.
Donald Trump assinou o projeto de lei de financiamento aprovado pelo Congresso, restaurando o financiamento temporário para agências federais e garantindo o pagamento retroativo para funcionários federais.
Mas o mercado sabe: isso não é uma solução, é uma trégua.
🔍 O que foi realmente aprovado?
O pacote assinado por Trump é uma resolução provisória que financia o governo apenas até o final de janeiro.
Nenhuma solução para a questão central — os subsídios da Lei de Acesso à Saúde (Affordable Care Act) — apenas a promessa de uma votação futura.
Em outras palavras: a paralisação acabou, mas a incerteza continua.
📉 Impacto econômico a curto prazo
Estimativas iniciais sugerem um custo entre US$ 10 e US$ 15 bilhões em perda de produtividade, menor consumo e contratos congelados.
A curto prazo, veremos:
- Recuperação técnica do consumo: salários, atrasos e contratos federais estão sendo retomados.
- Retomada dos serviços públicos: TSA, USDA, CDC e NIH estão totalmente operacionais novamente.
- Dados macroeconômicos distorcidos: muitos indicadores econômicos foram adiados e agora serão divulgados de forma concentrada, dificultando a avaliação precisa do verdadeiro ritmo da economia.
O risco?
Outra paralisação em algumas semanas, caso o Congresso não chegue a um acordo real.
Trump
Como usar o indicador BTC Coinbase Premium Index no TradingView1. O que é o Coinbase Premium Index?
O Coinbase Premium Index é uma métrica que mede a diferença de preço entre uma criptomoeda específica listada na Coinbase e o preço do Bitcoin em outras grandes exchanges (especialmente a Binance).
⌨︎ Método de cálculo:
(Preço do BTC na Coinbase - Preço do BTC em outra exchange) / Preço do BTC em outra exchange * 100
Prêmio positivo: ocorre quando o preço na Coinbase é maior do que em outras exchanges.
Prêmio negativo: ocorre quando o preço na Coinbase é menor do que em outras exchanges.
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Continuaremos a publicar diversos conteúdos, como análises gráficas, estratégias de trading e sinais de curto prazo do Bitcoin, então siga-nos.
2. Causas do Coinbase Premium
✔️ As principais causas do Coinbase Premium são as seguintes:
Demanda de investidores institucionais: a Coinbase é uma das maiores exchanges de criptomoedas regulamentadas nos EUA, e muitos investidores institucionais (hedge funds, gestoras de ativos, etc.) compram criptomoedas através dela.
Ordens de compra em larga escala desses investidores podem elevar temporariamente os preços na Coinbase, criando um prêmio.
Entrada de moeda fiduciária: a Coinbase facilita principalmente transações baseadas em USD e é a plataforma mais acessível para investidores norte-americanos.
Quando há nova entrada de capital fiduciário no mercado cripto, fortes fluxos pela Coinbase podem gerar prêmio.
Sentimento e liquidez de mercado: se o sentimento dos investidores dos EUA estiver mais forte do que em outras regiões, ou se a liquidez na Coinbase estiver temporariamente baixa, pode surgir uma diferença de preço.
Restrições na movimentação de fundos: devido às regulamentações de combate à lavagem de dinheiro (AML), podem existir restrições de tempo e custo nas transferências entre exchanges.
Isso limita as oportunidades de arbitragem e ajuda a manter o prêmio.
Congestionamento e taxas de rede: durante períodos de congestionamento da rede de criptomoedas, as transações podem ser mais lentas ou mais caras, tornando a arbitragem rápida entre exchanges mais difícil.
3. Como usar o Coinbase Premium Index nas operações
O Coinbase Premium Index pode ser usado principalmente para prever tendências de mercado de criptomoedas importantes como o Bitcoin (BTC).
📈 Sinal de mercado de alta (prêmio positivo):
Entrada de compras institucionais: um prêmio positivo consistentemente alto pode indicar pressão contínua de compra por parte de investidores institucionais.
Isso pode ser interpretado como um sinal de tendência de alta no mercado geral.
Reversão de tendência: se um prêmio negativo persistir em um mercado de baixa e depois se tornar positivo ou aumentar em magnitude, isso pode indicar que uma reversão de tendência está próxima, acompanhada da entrada de investidores institucionais e melhora no sentimento do mercado.
Oportunidade de compra no fundo: se o preço do Bitcoin estiver caindo e o prêmio da Coinbase começar a subir acima de 0%, e ao mesmo tempo o fluxo líquido diário em ETFs como o BlackRock iShares Bitcoin Trust (IBIT) ou o Fidelity Wise Origin Bitcoin Trust (FBTC) aumentar significativamente, isso pode sinalizar uma forte oportunidade de compra no fundo.
📉 Sinal de mercado de baixa (prêmio negativo):
Pressão de venda institucional ou queda de interesse: um prêmio negativo consistentemente baixo pode indicar forte pressão de venda por parte de investidores institucionais ou diminuição do interesse em Bitcoin.
Isso pode ser interpretado como um sinal de tendência de baixa do mercado.
Sinal de reversão baixista: se um prêmio positivo persistir durante um mercado de alta e depois se tornar negativo ou aumentar fortemente em magnitude, isso pode ser um sinal de topo — indicando que investidores institucionais estão realizando lucros ou que os fluxos de compra estão diminuindo.
Sinal de sobrecompra/correção: por exemplo, se o preço do Bitcoin estiver subindo rapidamente e o prêmio da Coinbase se tornar negativo, e ao mesmo tempo forem observadas grandes saídas líquidas de ETFs como BlackRock IBIT ou Fidelity FBTC, pode-se concluir que o mercado está sobrecomprado ou sujeito a uma correção — momento em que uma posição de venda pode ser considerada.
4. Pontos importantes a observar
🚨 Ao usar o Coinbase Premium Index, preste atenção aos seguintes pontos:
Combinação com outros indicadores: o Coinbase Premium Index é apenas um indicador auxiliar.
Uma análise abrangente deve incluir outros indicadores técnicos como médias móveis, RSI, MACD, volume de negociação, além de dados on-chain e indicadores macroeconômicos.
Importância dos dados de entrada/saída de ETFs: os ETFs spot de Bitcoin de grandes gestoras, como BlackRock e Fidelity, são alguns dos indicadores mais diretos do fluxo real de capital institucional.
Analisar os dados diários de entrada/saída líquida desses ETFs junto com o prêmio da Coinbase pode oferecer uma visão mais precisa da pressão de compra/venda institucional no mercado.
Volatilidade de curto prazo: o prêmio pode flutuar rapidamente devido a pequenas mudanças de curto prazo no mercado.
É importante observar tendências de longo prazo em vez de reagir excessivamente a variações temporárias.
Mudanças nas condições de mercado: o mercado de criptomoedas muda muito rapidamente.
Não há garantia de que padrões válidos no passado continuarão sendo válidos no futuro.
Fatores como o ambiente regulatório, políticas das grandes exchanges e o surgimento de novos participantes podem afetar o prêmio.
Escopo limitado de aplicação: o Coinbase Premium Index tende a refletir a demanda de investidores institucionais principalmente pelo Bitcoin. Sua influência sobre altcoins pode ser limitada.
5. Usando o Coinbase Premium Index no TradingView
O TradingView é uma plataforma popular que oferece diversos indicadores técnicos e ferramentas de análise gráfica.
No TradingView, existem vários indicadores personalizados que permitem monitorar o Coinbase Premium Index em tempo real.
Esses indicadores normalmente calculam a diferença de preço entre os ativos à vista da Coinbase e da Binance (por exemplo, BTCUSD/BTCUSDT) e a exibem em um painel separado na parte inferior do gráfico.
📊 Dicas para usar o indicador no TradingView:
Pesquisar indicadores: clique no botão ‘Indicators’ no gráfico do TradingView e digite palavras-chave como ‘Coinbase premium’ ou ‘Coinbase vs Binance’ na barra de busca para encontrar indicadores relevantes.
Monitoramento em tempo real: esses indicadores coletam dados em tempo real dos preços à vista do Bitcoin na Coinbase e na Binance, calculam o prêmio e o exibem visualmente no gráfico.
Isso permite que os investidores confirmem instantaneamente as diferenças de preço e as incorporem em suas estratégias de trading.
Combinação com outros indicadores: uma grande vantagem do TradingView é a possibilidade de sobrepor múltiplos indicadores em um único gráfico.
Você pode adicionar o indicador Coinbase Premium Index junto com o gráfico do preço do Bitcoin e, se necessário, consultar separadamente os dados de entrada/saída de ETFs da BlackRock e Fidelity para realizar uma análise multifacetada.
Configuração de alertas: use a função de alertas do TradingView para receber notificações quando o prêmio da Coinbase ultrapassar um certo nível ou entrar/sair de uma faixa específica.
Isso ajuda a detectar mudanças de mercado em tempo real e reagir rapidamente.
Em conclusão, o Coinbase Premium Index é um indicador que pode oferecer insights sobre os movimentos dos investidores institucionais no mercado dos EUA, um dos principais atores do espaço das criptomoedas.
Quando combinado com os dados de entrada/saída de ETFs spot de Bitcoin de grandes gestoras, como BlackRock e Fidelity, ele pode ajudar significativamente a compreender com mais clareza o fluxo real de fundos institucionais e avaliar a força do mercado e possíveis reversões de tendência.
No entanto, em vez de confiar cegamente nesse índice, é prudente usá-lo como uma ferramenta complementar para aprimorar uma compreensão abrangente do mercado junto com outros instrumentos de análise.
#AN026: Trump e os EUA como uma superpotência do Bitcoin
Em um discurso recente em Miami, Donald Trump declarou uma mudança radical em sua visão para as criptomoedas, com uma mensagem forte e clara: os Estados Unidos devem se tornar a "superpotência do Bitcoin" e a capital mundial das criptomoedas. Olá, sou Andrea Russo, trader independente de forex e trader proprietária com US$ 200.000 em capital sob gestão, e agradeço antecipadamente pelo seu tempo.
Essa declaração surge após anos de incerteza política e regulamentações federais críticas direcionadas ao setor de criptomoedas. Agora, sob a liderança de Trump, a narrativa parece prestes a mudar, com a valorização do potencial do Bitcoin e de outras criptomoedas.
Em seu discurso, Trump fez uma declaração ousada: "As criptomoedas estavam sob ataque, mas com meu governo, as coisas mudam." O ex-presidente enfatizou que a concorrência global, particularmente da China, poderia ameaçar a posição dominante dos Estados Unidos no mundo das criptomoedas. Em resposta, ele propôs uma visão na qual os Estados Unidos não apenas retomam o controle, mas também se estabelecem como líderes globais em Bitcoin.
Trump sugeriu que uma infraestrutura robusta de criptomoedas poderia ser fundamental para manter a supremacia do dólar, atualmente considerado o meio de troca global mais importante. "Se não agirmos, a China assumirá o controle", alertou ele, referindo-se à crescente influência da nação asiática nos setores de blockchain e criptomoedas.
As palavras de Trump podem marcar um ponto de virada na relação entre o governo e as criptomoedas. Se essas declarações se traduzirem em políticas favoráveis, os Estados Unidos poderão fortalecer ainda mais sua posição no setor de criptomoedas, incentivando a adoção de tecnologias baseadas em blockchain e criando um ambiente regulatório mais claro para as criptomoedas.
No entanto, como acontece com qualquer declaração política, a incerteza permanece. Trump não forneceu detalhes concretos sobre como pretende atingir esses objetivos ou que tipo de legislação poderá ser apresentada. Para os investidores, isso significa que as expectativas do mercado podem oscilar, enquanto os desenvolvimentos concretos podem demorar a acontecer.
A visão de Trump de uma América como uma superpotência das criptomoedas pode representar uma nova fase na evolução das criptomoedas, particularmente para o Bitcoin, que frequentemente está no centro dos debates globais. No entanto, o caminho para concretizar essa visão é incerto e pode depender de diversos fatores econômicos e políticos. Investidores e traders devem permanecer vigilantes, monitorando futuras medidas políticas, que podem impactar significativamente a volatilidade e a adoção de criptomoedas nos Estados Unidos.
Em conclusão, embora o posicionamento de Trump possa ser positivo para o mercado de criptomoedas no curto prazo, o verdadeiro desafio será a capacidade de traduzir palavras em ações concretas, criando um ambiente que fomente a inovação e a expansão no setor de criptomoedas.
USIMINAS-USIM5 QUE PREJUIZO FOI ESTE?USIMINAS-USIM5 QUE PREJUIZO FOI ESTE?
ANÁLISE PROFUNDA DOS RESULTADOS DA USIMINAS NO 3T25: IMPAIRMENT, RISCO REGULATÓRIO E RESILIÊNCIA DE CAIXAI. SÍNTESE EXECUTIVA: O RESULTADO CONTÁBIL VS. A REALIDADE OPERACIONALO terceiro trimestre de 2025 (3T25) da Usiminas – Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A. – foi caracterizado por uma marcante dissociação entre os resultados apresentados na Demonstração do Resultado (DRE) e a performance subjacente operacional e de liquidez da Companhia. Enquanto o balanço e a geração de caixa se fortaleceram significativamente, o Lucro Líquido foi revertido em um prejuízo bilionário, o pior registrado pela Companhia desde 2017.1O Prejuízo Líquido Consolidado atingiu $(R\$3.503)$ milhões no 3T25, revertendo o lucro líquido de R$ 128 milhões apurado no trimestre imediatamente anterior (2T25).2 Este resultado negativo não foi impulsionado por um declínio na performance de curto prazo ou por problemas de liquidez, mas sim pela contabilização de um evento não recorrente de aproximadamente $R\$3.6$ bilhões.1Os componentes desta perda não recorrente são de natureza puramente contábil e não afetam o caixa da empresa no período.1 O valor total do ajuste resultou da soma de uma perda por Impairment (desvalorização) de ativos operacionais no montante de $R\$2.226$ milhões e um ajuste negativo de $R\$1.4$ bilhão referente à avaliação de recuperabilidade de Ativos Fiscais Diferidos.2 Este ajuste é uma manifestação formal da reavaliação de longo prazo sobre a capacidade futura de geração de caixa dos ativos, principalmente na unidade de Siderurgia, frente a um ambiente competitivo estruturalmente deteriorado.Em contraste direto com o prejuízo contábil, a performance operacional recorrente e a gestão financeira demonstraram notável robustez. O EBITDA Ajustado Consolidado foi de $R\$434$ milhões no 3T25, representando um crescimento de 6,4% em relação aos $R\$408$ milhões registrados no 2T25.1 Se o efeito contábil de $R\$3.6$ bilhões fosse excluído, o Lucro Líquido Recorrente (Pro Forma) do trimestre seria positivo, estimado em cerca de $R\$123$ milhões.4Do ponto de vista financeiro, o trimestre foi um destaque de excelência em gestão de capital. A Companhia registrou o maior Fluxo de Caixa Livre (FCF) dos últimos dois anos, totalizando $R\$613$ milhões positivos, impulsionado por uma expressiva redução no Capital de Giro.1 Consequentemente, a Dívida Líquida apresentou uma redução acentuada de 69% em relação ao 2T25, encerrando o período em $R\$327$ milhões. Este resultado levou o índice de alavancagem (Dívida Líquida/EBITDA Ajustado LTM) ao patamar de 0,16x, o mais baixo desde o final de 2023.1O evento contábil bilionário, portanto, não sinaliza uma crise operacional ou de liquidez de curto prazo, mas sim uma formalização do pessimismo quanto ao ambiente de mercado de longo prazo, particularmente a pressão sobre preços e volumes causada pela persistente competição desleal de importações.II. ANATOMIA DO EVENTO NÃO RECORRENTE DE R$ 3,6 BILHÕESO prejuízo líquido reportado no 3T25 é predominantemente um reflexo da aplicação do princípio contábil da recuperabilidade de ativos, conforme estabelecido pelo CPC 01 (Redução ao Valor Recuperável de Ativos) e a norma internacional IAS 36 (Impairment of Assets). A administração foi obrigada a realizar um teste de impairment devido aos indicadores de mercado que sinalizavam a possibilidade de o valor contábil dos ativos exceder seu valor recuperável.5A Aplicação do Teste de Recuperabilidade (Impairment)O gatilho primário para a realização desta reavaliação de longo prazo foi a deterioração acelerada das condições concorrenciais no mercado de aços planos no Brasil.4 A presença contínua de volumes recordes de importações de aço em condições de competição desleal forçou a Companhia a revisar as projeções de fluxo de caixa futuro descontado (Valor em Uso) para suas Unidades Geradoras de Caixa (UGCs).O Impairment de Ativos, totalizando $R\$2.226$ milhões 2, representa a diferença entre o valor contábil dos ativos de longo prazo e seu valor recuperável revisado. Este ajuste reflete que o valor econômico futuro esperado da principal unidade de negócios da Companhia, a Siderurgia, é inferior ao seu custo histórico registrado no balanço.Esta desvalorização é uma admissão formal e auditada de que as premissas de precificação e volume de vendas de longo prazo para os ativos da Siderurgia foram significativamente reduzidas. A perda de valor não está ligada a falhas na gestão operacional corrente – que, como será detalhado, demonstra melhorias – mas sim a um risco externo crônico: a ineficácia regulatória em proteger o mercado local. O impairment funciona como um sinal poderoso para o mercado e os formuladores de políticas de que a capacidade de capitalização e a viabilidade de longo prazo da indústria nacional estão sendo corroídas pela concorrência predatória.Ajuste de Ativos Fiscais Diferidos (AFD)O segundo componente significativo da perda contábil foi o ajuste negativo de $R\$1.4$ bilhão na recuperabilidade dos Ativos Fiscais Diferidos.1Os AFDs representam créditos fiscais que só podem ser realizados se a empresa gerar lucro tributável suficiente no futuro. O Lucro (Prejuízo) Líquido acumulado no período de nove meses encerrado em 30 de setembro de 2025 (9M25) foi de $(R\$3.038.716)$ mil no consolidado.3 Quando a Companhia realiza um impairment em seus ativos operacionais, isso implica uma redução nas projeções de rentabilidade futura (Valor em Uso da UGC). Consequentemente, a probabilidade de realizar integralmente esses créditos fiscais diminui.A baixa dos AFDs segue, portanto, a lógica da desvalorização dos ativos operacionais. Se a projeção de rentabilidade é comprometida pela pressão de mercado, a certeza da realização dos créditos fiscais também deve ser reavaliada para ser conservadora.Performance Recorrente (Pro Forma)É essencial isolar a performance operacional recorrente da Companhia, excluindo estes lançamentos de natureza não monetária.
📊 Resultados 3T25 Simplificados (R$ Milhões)
💰 Receita Líquida: R$ 6.604,2M (estável vs. 2T25 📆)
🧮 Lucro Bruto: R$ 446,5M (leve queda 📉)
⚙️ Lucro Operacional: R$ 156,5M (recuperação após ajustes 🔧)
🚫 Impairment de Ativos: R$ 2.226,3M (ajuste não recorrente 🛠️)
💸 Resultado Financeiro: R$ -89,6M (vs. +R$ 145,4M no 2T25 💱)
🧾 IR e CS (estimado): R$ 54,5M (impacto positivo 💡)
📉 Lucro Líquido: R$ 122,9M (virada positiva 🔄)
📊 EBITDA Ajustado: R$ 434,0M (crescimento consistente 📈)
A análise pro forma demonstra que, desconsiderando os ajustes de desvalorização e impostos diferidos, a Companhia teria reportado um Lucro Líquido de aproximadamente $R\$123$ milhões, um valor que está em linha com o resultado do 2T25 ($R\$128$ milhões) e que reflete a resiliência operacional alcançada no período.2III. AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO OPERACIONAL RECORRENTE (EX-IMPAIRMENT)Apesar dos ventos contrários do mercado e do ajuste contábil, o desempenho operacional medido pelo EBITDA ajustado e pela eficiência de custos demonstrou melhora sequencial no 3T25.Análise Consolidada e de CustosO EBITDA Ajustado Consolidado atingiu $R\$434$ milhões, o que representa um aumento de 6,4% em relação ao trimestre anterior (2T25: $R\$408$ milhões).1 Esta performance positiva foi sustentada por um aumento no volume de vendas em ambos os segmentos de Aço e Minério de Ferro, acompanhado por uma significativa melhoria na eficiência de custos da Siderurgia.3A Companhia conseguiu registrar uma redução de 3% no Custo dos Produtos Vendidos por tonelada (CPV/t).3 Este resultado é crítico, pois indica que os ganhos de eficiência resultantes da reforma e do ramp-up do Alto-Forno 3 em Ipatinga, que estava em andamento desde o final de 2023 3, estão se materializando na estrutura de custos. Os menores preços das matérias-primas também contribuíram para a queda do CPV/t, compensando os efeitos negativos de Preço/Mix de vendas que foram observados.3Segmento SiderurgiaA unidade de Siderurgia, a mais exposta à competição desleal, demonstrou capacidade de sustentar volumes e eficiência. O volume de vendas de aço (1.104 kt) cresceu 2% em relação ao 2T25.3 As vendas no Mercado Interno, segmento mais rentável, alcançaram 991 mil toneladas, um aumento de 2,3% T/T, sinalizando uma demanda resiliente por parte dos clientes da Usiminas.2 A Receita Líquida do segmento manteve-se estável, alcançando $R\$6.6$ bilhões.2O esforço para reduzir o CPV/t na Siderurgia representa a capitalização dos investimentos estratégicos realizados ($R\$2.7$ bilhões no Alto-Forno 3).3 O momento em que a Companhia atinge a eficiência máxima de produção, com custos mais baixos, coincide com a formalização da desvalorização de seus ativos. Esta situação demonstra que a maximização da eficiência interna está sendo neutralizada pela predação de preço no mercado doméstico, transformando o impairment em um custo do ambiente de mercado desprotegido.Segmento Mineração (MUSA)O segmento de Mineração, operado pela Mineração Usiminas S.A. (MUSA), atuou como um fator de estabilidade e crescimento do resultado recorrente. O volume de vendas de Minério de Ferro atingiu 2,5 milhões de toneladas no 3T25, o maior volume trimestral desde o 4T21.3A Receita Líquida/t na Mineração aumentou, impulsionada pelos maiores preços internacionais de referência (IODEX 62% Fe CFR China) e pela aplicação de menores descontos por qualidade.2 O EBITDA Ajustado da Mineração alcançou $R\$130$ milhões, um aumento de 13% em relação ao trimestre anterior (2T25: $R\$115$ milhões), com margem de 14%.2 A Mineração, atuando em um mercado de commodity global, contrasta com a Siderurgia, onde a perda de valor está concentrada nos ativos de transformação expostos à concorrência desleal.IV. CONTEXTO MACRO E RISCO COMPETITIVO: O FUNDAMENTO DO IMPAIRMENTO registro da perda por desvalorização não é um evento isolado, mas sim a manifestação contábil da persistente e crescente crise de competição desleal que afeta a indústria siderúrgica brasileira, atuando como o principal risco estrutural de longo prazo.Escalada da Competição DeslealA Usiminas tem reiterado sua preocupação com o volume excessivo de importações, principalmente de aço de origem chinesa, que chega ao Brasil em condições de dumping e afeta diretamente a precificação e os volumes de venda no mercado interno.4O volume importado de aços planos cresceu 33,1% nos nove primeiros meses de 2025 em comparação com o mesmo período de 2024.4 A Companhia considera que o sistema de cotas-tarifa implementado em junho de 2024 (e renovado em 2025) foi ineficaz em conter o problema.3 O registro do impairment atua como um cálculo formal, inserido no balanço, que incorpora o risco de que os preços futuros do aço no Brasil serão permanentemente pressionados por volumes subsidiados, comprometendo a rentabilidade e o Valor em Uso dos ativos a longo prazo.Reconhecimento Oficial da Prática de DumpingA gravidade do cenário foi formalmente reconhecida através das investigações preliminares de antidumping conduzidas pelo governo brasileiro. Esses relatórios preliminares constataram a prática de dumping com margens significativas, chegando a até BMV:US \$624/t$ para laminados a frio e BMV:US \$575/t$ para revestidos.3Embora a prática e o dano à indústria tenham sido comprovados, a administração observa que a não aplicação preliminar de uma medida efetiva de defesa comercial coloca o Brasil na contramão de outras grandes economias. A Usiminas cita o precedente de mercados como Estados Unidos, Europa e México, que têm implementado medidas robustas para garantir um ambiente competitivo justo.4A decisão de efetuar o impairment reflete, portanto, uma incorporação prudente do risco regulatório futuro. A Companhia está contabilmente refletindo a probabilidade de que, sem uma resposta regulatória eficaz, a rentabilidade esperada para a UGC de Siderurgia será cronicamente baixa, levando à baixa do valor contábil dos ativos fixos. Esta baixa não é apenas um ajuste financeiro, mas sim uma sinalização da destruição de valor imposta pela falta de isonomia competitiva.Impactos Amplos na Cadeia de ValorO risco transcende o setor siderúrgico. Setores chave clientes da Usiminas também são impactados por importações excessivas. Dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) indicaram que o emplacamento de veículos leves importados cresceu 10,8% nos primeiros nove meses de 2025, em comparação com 2024, enquanto os veículos nacionais cresceram apenas 1,6%.4 Da mesma forma, a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ) reportou alta acumulada anual de 9,1% nas importações do setor, com um déficit comercial de BMV:US \$12.9$ bilhões em 2025.4 A pressão sobre a cadeia de valor industrial brasileira agrava o cenário, reduzindo a demanda e a capacidade de repasse de preços para o aço.V. ANÁLISE DE LIQUIDEZ E ESTRUTURA DE CAPITALEm um trimestre dominado pelo prejuízo contábil, a gestão da estrutura de capital e da liquidez da Usiminas destacou-se, demonstrando resiliência financeira que mitiga o impacto da baixa de ativos.Geração de Caixa e FCFO Fluxo de Caixa Livre (FCF) alcançou $R\$613$ milhões positivos, o que representa a maior geração de caixa livre em dois anos.1 Este resultado positivo foi primariamente consequência da eficiente gestão e liberação de Capital de Giro, que totalizou uma redução de $R\$586$ milhões no trimestre.4 O FCF é a métrica fundamental de saúde da Companhia, pois prova que o prejuízo contábil, por ser de natureza não monetária, não afeta a capacidade da Usiminas de honrar compromissos, investir ou fortalecer seu balanço.O investimento (CAPEX) totalizou $R\$327$ milhões no 3T25 3, mantendo-se em níveis compatíveis com a manutenção e a continuidade dos investimentos estratégicos, demonstrando que o foco na eficiência operacional está sendo sustentado.Gestão da Dívida e Alavancagem HistóricaA Companhia executou uma gestão de dívida agressiva e bem-sucedida, focada na desalavancagem e no alongamento do perfil de amortização.3 A Dívida Líquida foi drasticamente reduzida em 69% em relação ao 2T25, encerrando o 3T25 em $R\$327$ milhões.1 Esta redução foi reflexo de:Redução da Dívida Bruta: A Companhia realizou o resgate antecipado dos Bonds remanescentes com vencimento em 2026, no valor de BMV:US \$206$ milhões (equivalente a $R\$1.1$ bilhão), utilizando recursos do caixa proveniente de uma emissão de Bonds realizada no início de 2025.3 Além disso, realizou o resgate antecipado da $1^{a}$ Série da $9^{a}$ Emissão de Debêntures no valor de $R\$160$ milhões.3Aumento da Posição de Caixa: O Caixa e Equivalentes de Caixa permaneceu robusto, totalizando $R\$6.036$ milhões.3A alavancagem financeira, medida pela relação Dívida Líquida/EBITDA Ajustado LTM (últimos doze meses), caiu para 0,16x (vs. 0,50x no 2T25), atingindo o menor patamar desde o final de 2023.1Tabela 2: Indicadores Chave de Estrutura de Capital (Consolidado - R$ Milhões)
📊 Métricas Financeiras – Evolução Trimestral
🗓️ 3T25 (30/09/2025) 💼 Caixa e Aplicações: R$ 6.036M 📉 Dívida Líquida: R$ 327K 💸 Fluxo de Caixa Livre (FCF): R$ 613K 📊 Alavancagem (DL/EBITDA LTM): 0,16x
🗓️ 2T25 (30/06/2025) 💼 Caixa e Aplicações: R$ 6.744M 📉 Dívida Líquida: R$ 1.046K 💸 Fluxo de Caixa Livre (FCF): R$ 281K 📊 Alavancagem: 0,50x
🗓️ 4T24 (31/12/2024) 💼 Caixa e Aplicações: R$ 5.954M 📉 Dívida Líquida: R$ 937K 💸 FCF: N/A 📊 Alavancagem: 0,58x
O forte posicionamento de caixa e a mínima alavancagem demonstram que a Usiminas priorizou a fortificação do balanço para resistir a um cenário de estresse prolongado no mercado de aço. O balanço robusto, sustentado pela disciplina financeira, foi inclusive citado pela Administração como um fator que poderia possibilitar a deliberação de distribuição de dividendos ainda em 2025, apesar do resultado contábil negativo.1VI. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES ESTRATÉGICASO resultado reportado pela Usiminas no 3T25 é uma clara materialização de um risco estratégico e regulatório, e não de uma crise operacional ou de liquidez. O prejuízo líquido de $R\$3.5$ bilhões, impulsionado pelo impairment e pelo ajuste de AFDs (totalizando $R\$3.6$ bilhões), representa um evento não caixa que formaliza a baixa do valor contábil dos ativos de Siderurgia devido à expectativa de rentabilidade futura cronicamente deprimida pela competição desleal e pelo dumping.A análise da performance recorrente, no entanto, revela uma gestão eficiente e resiliente. O EBITDA Ajustado de $R\$434$ milhões (crescimento de 6,4% T/T) e a substancial redução do CPV/t na Siderurgia confirmam que a gestão interna está capitalizando os investimentos estratégicos (exemplo: Alto-Forno 3). O fato de o Lucro Líquido Pro Forma ser positivo ($R\$123$ milhões) evidencia a dissociação entre a contabilidade de longo prazo e a performance de curto prazo.O principal desafio da Companhia permanece no ambiente externo. A Usiminas está atingindo a eficiência máxima de custo em um momento em que essa vantagem é neutralizada pela entrada de aço subsidiado. O impairment atua como um poderoso sinal para os reguladores brasileiros sobre o custo da inação em face do dumping comprovado.3 A confiança da Companhia na aplicação de medidas efetivas de defesa comercial 4 deve ser monitorada, pois a tese de valor de longo prazo da Siderurgia depende intrinsecamente da correção dessas distorções competitivas.Do ponto de vista financeiro, a Usiminas encerrou o 3T25 em uma posição de força defensiva incomparável. O Fluxo de Caixa Livre recorde de $R\$613$ milhões e a alavancagem de 0,16x (Dívida Líquida/EBITDA LTM) 1 asseguram que a Companhia possui a liquidez e a flexibilidade necessárias para atravessar um período prolongado de pressão sobre as margens, mantendo a capacidade de honrar sua dívida e potencialmente remunerar acionistas.Recomenda-se que investidores e analistas mantenham o foco na capacidade de geração de Fluxo de Caixa Operacional e nos indicadores de eficiência de custos (CPV/t), em detrimento do resultado líquido contábil afetado por eventos não recorrentes. A Usiminas está blindada contra o risco de crédito, mas a destrava do valor de longo prazo dos seus ativos de Siderurgia está condicionada à resolução urgente e eficaz do risco regulatório e da competição desleal no mercado brasileiro.
Ouro recua com otimismo renovado nas negociações EUA-China
Os preços do ouro caíram nas primeiras horas de negociação desta segunda-feira, mantendo-se ligeiramente acima dos 4.030 dólares. Após ter atingido um máximo histórico na semana passada, o metal precioso tem enfrentado ventos contrários gerados por um renovado otimismo em torno do comércio internacional. Esse otimismo decorre dos progressos alcançados nas negociações entre os Estados Unidos e a China, que desanuviaram as tensões e, pelo menos por agora, evitaram o pior cenário possível de tarifas superiores a 100% entre as duas maiores economias do mundo. Este sentimento positivo tem sustentado um maior apetite pelo risco nos mercados financeiros, impulsionando as ações — com os futuros do Nasdaq a atingirem um novo máximo histórico esta manhã — e penalizando o ouro, tradicional refúgio de segurança. Ainda assim, o metal precioso encontra um forte suporte nos níveis atuais, acima do importante limiar psicológico dos 4.000 dólares, sendo que eventuais quedas adicionais deverão ser vistas como oportunidades de compra. O enquadramento macroeconómico continua favorável ao ouro, tendo em conta a persistente turbulência geopolítica e a incerteza económica, bem como as expectativas cada vez mais dovish em relação à Reserva Federal, acentuadas pelos números da inflação norte-americana divulgados na semana passada, que ficaram abaixo do esperado.
Ricardo Evangelista – ActivTrades
As informações fornecidas não constituem pesquisa de investimento. Este material não foi elaborado de acordo com os requisitos legais destinados a promover a independência da pesquisa de investimento e, como tal, deve ser considerado uma comunicação de marketing.
Todas as informações foram preparadas pela ActivTrades (“AT”). As informações não contêm um registro dos preços da AT, nem constituem uma oferta ou solicitação para a realização de qualquer transação com instrumento financeiro. Nenhuma declaração ou garantia é feita quanto à exatidão ou integridade dessas informações.
Qualquer material fornecido não leva em consideração os objetivos de investimento específicos nem a situação financeira de qualquer pessoa que o receba. O desempenho passado não é um indicador confiável de desempenho futuro. A AT oferece apenas um serviço de execução de ordens. Consequentemente, qualquer pessoa que atue com base nas informações fornecidas o faz por sua própria conta e risco.
Previsões não são garantias. As taxas podem mudar. O risco político é imprevisível. As ações dos bancos centrais podem variar. As ferramentas das plataformas não garantem sucesso.
Trump encerra negociações com Canadá e agrava tensões comerciais
Durante a noite, Donald Trump anunciou o encerramento imediato das negociações comerciais com o Canadá, depois de ter descoberto um anúncio veiculado pela província de Ontário, que incluía um excerto de Ronald Reagan a criticar o uso de tarifas como instrumento de política económica. O Canadá é o segundo maior parceiro comercial dos EUA. Em março, Trump impôs tarifas de 25% sobre as importações canadianas, às quais Ottawa respondeu com tarifas recíprocas de igual valor sobre bens norte-americanos. Segundo Trump, as medidas visavam pressionar o Canadá a reforçar o controlo fronteiriço e o combate ao tráfico de droga. O episódio agrava as preocupações quanto ao risco de uma nova escalada protecionista, num momento em que os investidores já lidam com um ambiente geopolítico incerto. A divulgação dos dados de hoje será determinante para o sentimento de mercado: uma leitura acima do esperado reforçaria as apostas numa política monetária mais restritiva, enquanto uma surpresa em baixa daria novo fôlego à recente valorização dos ativos de risco.
Henrique Valente – ActivTrades
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Ouro em correção com redução do sentimento de risco
Os preços do ouro tocaram brevemente o nível mais baixo em mais de uma semana nas primeiras horas de negociação desta quarta-feira. A queda, que se seguiu às fortes perdas de ontem, travou pouco acima dos 4.000 dólares, sublinhando este nível psicológico como uma importante zona de suporte. As perdas recentes refletem uma melhoria no sentimento de risco dos mercados após uma diminuição das tensões comerciais entre os EUA e a China. Outro fator de pressão para o metal precioso tem sido o recente fortalecimento do dólar norte-americano, que tende a penalizar o ouro devido à correlação inversa entre os dois ativos. Por fim, os fortes ganhos registados nas últimas semanas colocaram o ouro, do ponto de vista técnico, em território de sobrecompra, levando muitos investidores a encerrar posições e a realizar lucros. Neste contexto, a grande questão é saber se a forte tendência de valorização do ouro chegou ao fim ou se a correção de ontem não passou de uma oportunidade que os investidores poderão encarar como um ponto de reentrada a um preço mais atrativo. Tendo em conta a turbulência geopolítica persistente, a incerteza económica, as expectativas de políticas monetárias mais dovish e as contínuas compras por parte dos bancos centrais — todos fatores de suporte —, será preciso alguma convicção para apostar contra novas subidas do metal precioso.
Ricardo Evangelista – ActivTrades
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Mercados Sobem com Alívio nos Receios de Crédito
Esta manhã, os futuros do S&P 500 estão a negociar a 6.697 pontos, prolongando a recuperação observada no final da semana passada. Os receios relacionados com as empresas de crédito regionais nos EUA, que pressionaram fortemente os mercados nos últimos dias, parecem ter diminuído, com vários analistas a defender que a reação dos investidores foi desproporcionada face à realidade dos riscos. O sentimento geral é o de que os problemas de crédito registados em alguns bancos regionais norte-americanos não representam, por agora, um risco sistémico, o que tem permitido uma recuperação gradual do setor financeiro. Em paralelo, há uma crescente perceção de que as tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China poderão estar a estabilizar, após uma semana marcada por retórica agressiva e escalada de tarifas. A ausência de novos desenvolvimentos negativos durante o fim de semana foi interpretada como um sinal de estabilização, reforçando o apetite pelo risco nos mercados globais.
Henrique Valente – ActivTrades
IBOV-Dia de vencimento de opções no Brasil e nos EUA📉 Hoje: Dia de vencimento de opções no Brasil e nos EUA
🇧🇷 Brasil (B3) 📅 Hoje é a terceira sexta-feira do mês, o que significa vencimento das opções sobre ações. 📈 Traders estão ajustando posições, rolando contratos e encerrando operações — o mercado costuma ter volume elevado e volatilidade intensa. 📊 O Ibovespa tende a oscilar mais, especialmente nos papéis com maior concentração de opções (como Petrobras, Vale, 🏦 bancos).
🇺🇸 Estados Unidos 📅 Também é dia de vencimento de opções mensais, com destaque para ações e ETFs. ⏰ O vencimento ocorre na terceira sexta-feira de cada mês, e em dias como hoje, o mercado americano costuma ter movimentos bruscos, especialmente na última hora de pregão. 📉 Além disso, hoje é um dia de queda nos futuros americanos, refletindo tensões geopolíticas e ajustes técnicos.
🌍 Conflito Trump x China reacende guerra comercial 💥 O presidente Donald Trump anunciou tarifas extras de 100% sobre produtos chineses, válidas a partir de 1º de novembro. ⚙️ A medida foi uma resposta à decisão da China de restringir exportações de terras raras, insumos críticos para tecnologia e energia limpa. 🔥 A China prometeu retaliações severas, reacendendo temores de uma nova guerra comercial. 🌐 Isso está pressionando os mercados globais — especialmente os futuros americanos, que caem agora com receio de impactos na cadeia produtiva e na inflação.
📊 Futuros americanos em queda 📉 O índice EN EU S 100EW GR (ES1) está caindo 1,57% neste momento. ⚠️ A queda reflete o nervosismo com o confronto EUA-China e o vencimento de opções, que amplifica os movimentos de mercado.
Ouro Beneficia da Incerteza e do Estatuto de Refúgio
Os preços do ouro subiram nas primeiras horas de negociação desta quinta-feira, prolongando o que tem sido, até agora, uma semana muito positiva para o metal precioso, com ganhos superiores a 5,7%. Os investidores têm vindo a comprar ouro como ativo de refúgio, conscientes de que tende a ter um bom desempenho em períodos de incerteza — e há bastante disso a dominar as manchetes atualmente. A paralisação em curso do governo dos EUA está a impedir a divulgação de dados económicos, forçando os investidores a navegar, em certa medida, às cegas, enquanto o recente agravamento das tensões comerciais entre os EUA e a China continua a ser motivo de preocupação, lançando dúvidas sobre as perspetivas de crescimento da economia global. Ao mesmo tempo, é cada vez maior a expetativa de que a Reserva Federal mantenha uma postura dovish no médio a longo prazo, criando uma pressão negativa sobre o dólar norte-americano — o que sustenta os preços do ouro devido à correlação inversa entre os dois ativos. Neste contexto, e com investidores, encorajados pelos ganhos recentes, a ignorar os sinais técnicos que apontam para condições de sobrecompra, poderá ainda haver margem para novas subidas nos preços.
Ricardo Evangelista – ActivTrades
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Índices recuperam após choque comercial de sexta-feira
Os futuros do S&P 500 abriram com um gap positivo de 1,60%, depois de as bolsas terem encerrado com uma queda abrupta na sexta-feira, penalizadas por novas tensões comerciais entre os EUA e a China. Donald Trump ameaçou aumentar as tarifas sobre as importações chinesas em resposta à decisão de Pequim de restringir a exportação de minerais críticos. O VIX, o índice que mede a volatilidade do S&P 500 com base no preço das opções, subiu 30%, registando a maior variação desde abril, quando foram anunciadas as primeiras tarifas pelo executivo americano. No domingo, ao estilo clássico de Trump, o presidente procurou acalmar os investidores, afirmando que “não há razão para preocupações” e que “tudo se irá resolver com a China”, o que levou os mercados a recuperarem grande parte das perdas de sexta-feira.
Henrique Valente – ActivTrades
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"IBOV pode lateralizar mas ainda não interrompe a tendência""IBOV 🔻pode lateralizar mas ainda não interrompe a tendência"
A proximidade da temporada de resultados do terceiro trimestre é um momento estratégico no mercado. E os grandes players sabem disso muito bem.
📊 Por que isso importa agora:
Movimentos antecipados: Investidores institucionais costumam se posicionar antes da divulgação dos balanços, apostando em empresas que devem surpreender positivamente.
Volatilidade aumentada: A expectativa de resultados pode gerar oscilações fortes, especialmente em ações com histórico de surpresas ou guidance revisado.
Setores com potencial: Bancos, varejo, energia e tecnologia são setores que tradicionalmente mostram volatilidade nessa época — seja por resultados operacionais ou por sinalizações sobre o fim de ano.
🔍 O que observar:
Margens e guidance: Empresas que mantêm ou elevam projeções para o 4º trimestre tendem a atrair fluxo.
Revisões de analistas: Fique atento às revisões de preço-alvo e recomendação — elas costumam antecipar o movimento dos grandes fundos.
Volume e opções: Aumento de volume e movimentação em derivativos pode indicar posicionamento institucional.
🧭 Cenário geral:
A tensão entre EUA e China, somada à derrota do governo brasileiro na MP do IOF, aumentou a aversão ao risco e pressionou o mercado
qui estão os principais destaques que influenciaram a queda do Ibovespa na sexta-feira, 10 de outubro:
🔻 Setores que mais pesaram:
Saúde: Ações como Hapvida estiveram entre os piores desempenhos do dia.
Siderurgia: Empresas do setor também puxaram o índice para baixo, refletindo preocupações com demanda global e preços de commodities.
📈 Contraponto positivo:
Ambipar e Aura Minerals se destacaram com alta, ajudando a limitar as perdas do índice.
Esses movimentos refletem um cenário de cautela, com investidores reagindo a fatores externos (como queda em Wall Street e no petróleo) e internos (como incertezas fiscais)
Perspectivas Estratégicas: WEG S.A de olho no 3T2025Relatório de Análise e Perspectivas Estratégicas: WEG S.A. (WEGE3) – Uma Avaliação Exaustiva do Desempenho Financeiro e Posicionamento de Mercado (1T24 a 2T25)
1. Resumo Executivo
O presente relatório oferece uma análise aprofundada da performance da WEG S.A. (WEGE3) ao longo de seis trimestres, do 1T24 ao 2T25, com base nos resultados e comunicados oficiais da companhia, bem como em análises de mercado. O período revela uma trajetória robusta de crescimento, contudo, marcada por uma distinção clara entre duas fases distintas. A primeira, de 1T24 a 4T24, foi caracterizada por uma expansão notável de receita e lucro, impulsionada por uma forte demanda global nos negócios de ciclo longo e pela consolidação de aquisições estratégicas. A segunda fase, abrangendo 1T25 e 2T25, sinaliza uma transição para um patamar de crescimento mais estabilizado e uma compressão perceptível das margens operacionais.
A análise detalhada aponta para uma confluência de fatores que explicam essa dinâmica recente, incluindo um mix de produtos temporariamente menos favorável, o aumento de despesas operacionais decorrentes da integração de novas aquisições e a pressão de custos de matérias-primas essenciais. Além disso, o cenário de incertezas geopolíticas, especialmente a ameaça de novas tarifas de importação nos Estados Unidos, introduz um fator de risco que merece atenção. Apesar desses desafios, a WEG demonstra resiliência por meio de sua sólida saúde financeira, evidenciada por um balanço patrimonial em forte expansão e uma gestão de capital disciplinada, que reinveste o caixa gerado nas operações para sustentar o crescimento de longo prazo, ao mesmo tempo que remunera consistentemente seus acionistas. A capacidade da empresa de mitigar os riscos e otimizar a eficiência de suas novas operações será crucial para determinar sua trajetória futura e justificar seu elevado valuation de mercado.
2. Análise da Demonstração de Resultado do Exercício (DRE): Dinâmica de Crescimento e Rentabilidade
A performance financeira da WEG no período de 1T24 a 2T25 pode ser melhor compreendida por meio de uma análise detalhada de seus principais indicadores de rentabilidade, que mostram uma evolução com nuances significativas. A companhia demonstrou a capacidade de crescer sua receita de maneira consistente, embora os trimestres mais recentes revelem desafios na manutenção da rentabilidade.
2.1. Evolução da Receita Operacional Líquida (ROL)
A ROL da WEG apresentou um forte crescimento sequencial, iniciando em R$ 8,033 bilhões no 1T24 e atingindo um pico de R$ 10,822 bilhões no 4T24. O ano de 2025 marcou uma estabilização da receita na casa dos R$ 10 bilhões, com a ROL do 1T25 em R$ 10,078 bilhões e do 2T25 em R$ 10,207 bilhões. Essa estabilização, após o pico do quarto trimestre, não deve ser interpretada como uma desaceleração, mas sim como o estabelecimento de um novo e superior patamar de faturamento. Em uma perspectiva anual, a receita do 2T25 foi 10,1% superior à do 2T24, e o crescimento em relação ao 1T24 foi de 25,5%.
O crescimento da receita foi impulsionado por um desempenho notável no mercado externo, com as vendas crescendo 17,3% no 2T25 em comparação com o mesmo período do ano anterior, refletindo o bom momento das operações em dólar. O mercado interno, por outro lado, demonstrou uma performance mais contida, com crescimento de apenas 1% no 2T25, afetado por uma demanda mais lenta em segmentos como o de geração eólica e um ambiente mais cauteloso para investimentos industriais. A capacidade da WEG de compensar a fraqueza em seu mercado doméstico com a solidez de suas operações internacionais e a variação cambial favorável sublinha sua flexibilidade e o sucesso de sua estratégia de diversificação geográfica.
2.2. Rentabilidade e a Compressão de Margens
Enquanto o crescimento da receita permaneceu uma constante, a rentabilidade da empresa, medida pelas margens, entrou em uma fase de leve compressão. A Margem Bruta manteve-se em um patamar saudável, oscilando entre 32,9% e 34,5% ao longo do período , o que demonstra a capacidade da empresa de manter o controle sobre o custo de seus produtos vendidos. No entanto, a Margem EBITDA, um indicador-chave de eficiência operacional, recuou de um pico de 22,9% no 2T24 para 22,1% no 2T25, ficando abaixo das expectativas do mercado para o trimestre.
Essa compressão de margens é resultado de uma combinação de fatores operacionais e estratégicos. Primeiramente, houve uma alteração no mix de produtos vendidos, com uma concentração de receitas em segmentos de margem inferior, como a geração solar, o que contribuiu para uma "pequena acomodação" na margem bruta, especialmente no 1T25. Em segundo lugar, o aumento das despesas de Vendas, Gerais e Administrativas (VG&A) foi um fator significativo. Essas despesas consolidadas cresceram 20,2% no 2T25 em relação ao mesmo período do ano anterior , impulsionadas pela consolidação dos negócios recém-adquiridos da Marathon, Rotor e Cemp. A administração da WEG reconheceu que essas novas operações ainda não alcançaram o mesmo nível de eficiência das demais unidades da companhia, o que adicionou um fardo sobre as despesas e, consequentemente, sobre as margens. Por fim, o aumento nos custos de matérias-primas, com destaque para o cobre, também adicionou pressão sobre a estrutura de custos da empresa, dificultando a expansão das margens mesmo com o aumento da receita.
A reação do mercado à divulgação dos resultados do 2T25, com uma queda de 7,16% das ações no pregão de 23 de julho, reflete a sensibilidade dos investidores a essa mudança na dinâmica de margens. O mercado, que tradicionalmente precifica a WEG com múltiplos elevados, estava atento para ver se a empresa conseguiria continuar a expandir sua rentabilidade. A compressão, mesmo que leve em termos absolutos, foi percebida como um sinal de que a narrativa de crescimento com expansão de margens pode estar em transição para um patamar de margens mais estáveis, embora ligeiramente menores.
3. Análise da Estrutura de Capital e da Saúde Financeira (Balanço Patrimonial)
A solidez financeira da WEG se reflete em seu balanço patrimonial, que cresceu expressivamente no período analisado. A estrutura de capital da companhia permanece robusta, demonstrando sua capacidade de financiar seu crescimento orgânico e inorgânico sem comprometer sua baixa alavancagem.
3.1. Crescimento do Balanço e Alavancagem
Os ativos totais da WEG cresceram de R$ 31,9 bilhões no 1T24 para R$ 39,3 bilhões no 2T25, representando um aumento de 23%. Esse crescimento é um sintoma direto da execução da estratégia de expansão da empresa, com investimentos substanciais em capacidade produtiva (CAPEX) e a consolidação de aquisições recentes. O patrimônio líquido (PL) acompanhou essa expansão de forma consistente, saltando de R$ 18,0 bilhões para R$ 23,1 bilhões no mesmo período, um crescimento de 28%. Esse aumento no PL é uma clara demonstração da forte capacidade da WEG de gerar e reter valor para seus acionistas, reinvestindo seus lucros na própria operação.
Apesar do aumento do balanço, a empresa mantém uma gestão financeira ultraconservadora. A dívida bruta oscilou, mas a posição de caixa robusta da companhia manteve o endividamento líquido em patamares muito confortáveis. Indicadores como a Dívida Líquida/Patrimônio Líquido permaneceram negativos (-0,14), o que denota uma posição de caixa líquido e uma baixíssima alavancagem financeira.
3.2. Retorno sobre o Capital Investido (ROIC): Análise do Declínio Calculado
O Retorno sobre o Capital Investido (ROIC) da WEG, um indicador de eficiência na alocação de capital, atingiu 32,9% no 2T25. Embora este seja um patamar de rentabilidade elevado, representa uma redução de 4,5 pontos percentuais em relação ao 2T24 e 0,3 p.p. em comparação com o 1T25. A administração da empresa explicou que essa diminuição é, paradoxalmente, um reflexo direto do forte crescimento do capital empregado. A base de cálculo do ROIC cresceu significativamente devido aos investimentos em ativos fixos e intangíveis, bem como à aquisição dos negócios da Marathon, Rotor e Cemp.
A queda do ROIC não significa, portanto, uma perda de rentabilidade intrínseca das operações, mas sim que o retorno sobre os novos investimentos ainda não se materializou por completo nos resultados. A gestão proativa de capital da WEG, reinvestindo agressivamente o caixa gerado para fomentar o crescimento futuro, é a causa subjacente a essa dinâmica. É também importante contextualizar que o ROIC do 1T24 foi positivamente impactado por um incentivo fiscal não recorrente. A normalização do indicador nos trimestres subsequentes é esperada e não necessariamente um sinal de alerta, mas sim um ajuste a um cenário de crescimento sustentável.
4. Análise da Geração e Uso do Fluxo de Caixa
A análise do fluxo de caixa da WEG oferece uma visão clara sobre a capacidade da empresa de gerar valor e como esse valor é realocado para sustentar seu modelo de negócios. A companhia demonstra um ciclo virtuoso, em que o caixa gerado pelas operações é reinvestido em ativos para impulsionar o crescimento futuro.
4.1. Fluxo de Caixa das Operações (FCO)
A WEG manteve uma geração de caixa operacional (FCO) consistente e robusta, totalizando R$ 1,97 bilhão no primeiro semestre de 2025. Esse resultado foi sustentado pelo crescimento da receita e pela manutenção de margens operacionais saudáveis, mesmo em um período que exigiu um aumento na necessidade de capital de giro. Essa consistência na geração de caixa operacional é a base da solidez financeira da empresa e a fonte primária de capital para suas iniciativas estratégicas.
4.2. Fluxo de Caixa de Investimentos (FCI)
O Fluxo de Caixa de Investimentos (FCI) da WEG reflete a agressiva estratégia de reinvestimento da companhia. No primeiro semestre de 2025, o FCI foi de R$ 1,32 bilhão , um valor significativo, mas menor do que os R$ 2,63 bilhões do primeiro semestre de 2024, que incluiu aquisições de maior porte. A alocação de capital da empresa no período foi direcionada para iniciativas de crescimento de longo prazo, incluindo:
Aquisições Estratégicas: A aquisição da americana Heresite Protective Coatings por US$ 9,5 milhões, cujos ativos serão consolidados a partir de maio de 2025. Essa aquisição, embora de pequeno porte (com receita de US$ 8,6 milhões e margem EBITDA de 22% em 2024), visa expandir o portfólio de soluções da WEG no promissor mercado de revestimentos industriais da América do Norte.
CAPEX de Expansão: A companhia anunciou um plano de investimento de R$ 160 milhões para a expansão de sua fábrica em Linhares, no Espírito Santo. O projeto, que inclui a verticalização da produção de fios para motores elétricos, busca aumentar o controle sobre a cadeia de suprimentos e otimizar a eficiência operacional. Além disso, a WEG planeja investir cerca de US$ 62 milhões para expandir sua capacidade de produção na China, com a construção de uma nova fábrica de motores de alta tensão.
O elevado FCI evidencia o compromisso da WEG em reinvestir seu capital para impulsionar o crescimento futuro, sendo a causa direta do aumento de seus ativos e o principal fator por trás da aparente "acomodação" de seu ROIC.
4.3. Fluxo de Caixa de Financiamentos (FCF)
O FCF mostrou um consumo de caixa de R$ 2,74 bilhões no primeiro semestre de 2025, impulsionado principalmente pelo pagamento de R$ 1,8 bilhão em dividendos e Juros sobre Capital Próprio (JCP) aos acionistas. Os substanciais pagamentos de proventos, que totalizaram R$ 719,3 milhões em dividendos intermediários e JCP no primeiro semestre de 2025 , reforçam o compromisso da WEG em remunerar seus acionistas, mesmo em um período de forte reinvestimento. Essa dualidade entre o crescimento via CAPEX e a distribuição de proventos é uma marca da gestão de capital da WEG, que mantém sua atratividade para investidores de longo prazo.
5. Estratégias de Mitigação e Análise Competitiva
A WEG opera em um ambiente global complexo, e sua resiliência é testada não apenas por fatores internos, mas também por riscos externos, como as tensões geopolíticas e a dinâmica competitiva.
5.1. O Desafio Geopolítico: A Tarifa dos EUA
O principal risco externo que se materializou no período foi a iminente aplicação de uma tarifa de 50% sobre as importações brasileiras nos Estados Unidos, com entrada em vigor prevista para 1º de agosto. A WEG é particularmente exposta a esse cenário, uma vez que o mercado norte-americano responde por cerca de 25% de sua receita líquida consolidada, com forte presença em segmentos como motores e transformadores de ciclo curto.
Em resposta, a administração da WEG afirmou que espera mitigar a maior parte dos possíveis impactos por meio de sua estratégia de diversificação geográfica. A empresa possui fábricas em mais de uma dúzia de países, incluindo os próprios Estados Unidos e o México, e pode realocar rotas de exportação para evitar o impacto direto da tarifa. Segundo análise de mercado, um terço da fabricação de produtos destinados aos EUA já ocorre em solo americano, outro terço no México e o restante em outras regiões. Essa flexibilidade operacional permite à WEG aumentar a produção em suas unidades fabris no México (onde possui cinco fábricas ) e nos EUA para compensar as perdas nas exportações a partir do Brasil. No entanto, é importante notar que essa realocação não é isenta de custos. Aumentar a produção em plantas com escala menor pode gerar custos mais elevados no curto prazo e reduzir a eficiência operacional. A capacidade da empresa de gerenciar esse trade-off será um ponto crucial a ser monitorado.
5.2. Análise de Competitividade e Benchmarking
A WEG compete diretamente com gigantes globais como Siemens, ABB e GE Vernova em diversos segmentos de máquinas e equipamentos elétricos. A análise dos resultados de seus concorrentes reforça a tese de que a demanda global por produtos relacionados à transição energética e à infraestrutura de Geração, Transmissão e Distribuição (GTD) permanece robusta.
A ABB, por exemplo, reportou um volume recorde de pedidos de US$ 9,8 bilhões no 2T25, com a receita crescendo 8% e a margem EBITA operacional melhorando para 19,2%.
A GE Vernova, por sua vez, registrou um aumento de 8% em seus pedidos orgânicos no 1T25.
Esses resultados dos concorrentes validam o cenário de forte demanda de mercado e sugerem que os desafios de margem enfrentados pela WEG no período são, em grande parte, específicos de sua execução. As pressões sobre as margens da WEG estão mais ligadas à integração de aquisições e a um mix de produtos desfavorável do que a uma desaceleração generalizada do setor. Esse contexto competitivo positivo sinaliza que as oportunidades de crescimento permanecem abundantes, e a WEG, com sua estratégia verticalizada e sua flexibilidade de produção, está bem posicionada para explorá-las.
6. Conclusão e Perspectivas Futuras
A WEG S.A. demonstrou uma performance amplamente positiva no período analisado, marcada por uma expansão significativa de receita, lucro e balanço patrimonial. A empresa continua a executar com excelência sua estratégia de crescimento e diversificação, reinvestindo ativamente seu capital para construir capacidade produtiva e expandir seu portfólio via aquisições estratégicas.
Apesar da consistência do crescimento, a análise dos trimestres mais recentes (1T25 e 2T25) introduz uma nova fase. A trajetória de expansão de margens dos períodos anteriores foi substituída por um cenário de estabilização e leve compressão, motivado pela integração das aquisições, pela mudança no mix de produtos e pela pressão de custos. O principal desafio futuro é a capacidade da empresa de gerenciar esses fatores internos e externos.
O mercado, que precifica a WEG com múltiplos elevados, estará atento para ver se a companhia consegue reverter a tendência de compressão das margens. A habilidade da WEG de integrar eficientemente os negócios recém-adquiridos, alcançando as sinergias operacionais e de custos, será crucial para a rentabilidade futura. Da mesma forma, a capacidade de navegar pelo cenário tarifário dos EUA e mitigar os impactos de custos por meio de sua flexibilidade operacional será fundamental para preservar seu desempenho em seu principal mercado externo.
As perspectivas para o futuro continuam favoráveis, com a demanda global por soluções de eletrificação e eficiência energética se mantendo robusta. No entanto, o sucesso da WEG dependerá de sua capacidade de traduzir essa demanda em resultados que justifiquem o prêmio de valuation que os investidores lhe conferem.
7. Análise de Valuation e Recomendações Estratégicas
A WEG S.A. é amplamente reconhecida como uma das empresas mais sólidas do Brasil, com um modelo de negócio global e resiliente. No entanto, sua alta qualidade e histórico de performance consistente se refletem em múltiplos de valuation elevados, como um múltiplo de Preço/Lucro (P/L) de aproximadamente 24,55. Esse valuation, que representa um prêmio em relação a empresas comparáveis, demonstra a expectativa do mercado por um crescimento contínuo e rentabilidade superior.
A recomendação de investimento para a WEG deve considerar essa dicotomia. Casas de análise como a Genial Investimentos e o BTG Pactual mantêm a recomendação de compra , apostando na capacidade de longo prazo da empresa de gerar valor e se beneficiar de seu posicionamento estratégico. Outras, como o Safra, adotam uma visão mais neutra, citando a alta precificação e a possibilidade de frustrações levarem a uma correção nos papéis. A vulnerabilidade da cotação a quaisquer resultados abaixo do esperado, como a reação negativa do 2T25, é um risco considerável.
Para um investidor, a decisão de alocação de capital na WEG exige um monitoramento contínuo e criterioso dos seguintes indicadores:
A evolução das despesas de Vendas, Gerais e Administrativas (VG&A) e a eficácia da integração das aquisições.
A efetividade do plano de mitigação tarifária nos EUA e os impactos nos custos de produção.
A capacidade de gerenciar os custos de matérias-primas e de repassá-los aos preços finais, mantendo a competitividade.
O desempenho da WEG no período analisado reforça sua imagem como uma empresa de alta qualidade. Contudo, o mercado agora exige que a WEG não apenas continue a crescer, mas que também demonstre sua capacidade de traduzir esse crescimento em um novo patamar de margens, justificando a confiança e os múltiplos elevados que lhe são atribuídos.
Estamos observando posicionamento de agentes do mercado já para o 3t2025.
"BANCO DO BRASIL- BBAS3 O VILÃO FOI CONFIRMADO""BANCO DO BRASIL 2t2025 deixa preocupações"
Graficamente está em região de resistência e vai depender para qual parte o mercado vai olhar do balanço para impulsiona-lo acima de 20,00 ou devolver para os 18,00 reais .
Análise do Resultado do 2º Trimestre de 2025 (2T25) do Banco do Brasil
3,784 bilhões na tabela detalhada).
Comparativo: Este número representa uma queda massiva de -48,7% em relação ao trimestre anterior (1T25) e de -60,2% em relação ao mesmo período do ano passado (2T24).
Conclusão Imediata: O resultado foi, de fato, extremamente fraco, confirmando o cenário pessimista que o mercado estava precificando.
2. Comparando com a Nossa Simulação
O resultado, embora muito ruim, veio ligeiramente melhor do que o nosso cenário mais pessimista. Isso é um ponto importante. Não foi o "apocalipse total" que alguns poderiam temer, mas ainda assim foi um número que quebrou a sequência de lucros robustos do banco.
Vamos recalcular o P/L com os números.
Conclusão: Com a divulgação do resultado, o P/L do banco, na cotação atual, se ajustou para exatamente 4,00x. Isso mostra que o mercado foi incrivelmente preciso em sua precificação, derrubando o preço da ação até o ponto em que o novo múltiplo refletisse a nova realidade de lucros menores.
3. O "Porquê" do Resultado: O Vilão Confirmado
A análise do relatório confirma nossa tese ponto por ponto:
Causa Raiz: O relatório é explícito ao dizer que a linha foi influenciada "pela continuidade da dinâmica agravada da carteira de agronegócios cuja inadimplência alcançou 3,49%".
Inadimplência Geral (+90 dias): Subiu forte, de 3,86% no 1T25 para 4,21% no 2T25. O problema, centrado no agro, está contaminando o indicador geral.
4. O Fator Mais Importante: O Novo Guidance (Projeções para 2025)
Esta é, talvez, a parte mais crucial do relatório para o investidor. O banco revisou suas projeções para o ano de 2025, e os novos números são um choque de realidade:
Análise do Guidance:
A diretoria do banco está, essencialmente, validando a tese pessimista dos analistas e dos "bancos gringos". O ponto médio da nova projeção de lucro é de R$ 23 bilhões, exatamente o número que usamos em nossa simulação de "bear case".
A incerteza sobre o tamanho do problema para 2025 acabou. O próprio banco colocou um número na mesa.
Síntese Final e O que Esperar Agora
O Pior Já Passou? A grande questão agora é se o 2T25 representou o "fundo do poço" em termos de provisionamento e reconhecimento de perdas. O novo guidance sugere que o segundo semestre ainda terá um Custo de Crédito elevado para atingir a meta anual.
A Tese de Investimento se Transforma: A tese deixa de ser "será que o resultado virá ruim?" e passa a ser "a cotação atual oferece uma margem de segurança suficiente para um ano de lucro baixo, e o banco conseguirá se recuperar em 2026?".
O mercado agora tem a confirmação que precisava. A reação do preço da ação a partir de agora dependerá se os investidores acreditam que todos os problemas já estão no preço ou se a visibilidade ruim para o resto do ano justifica novas quedas.
Análise Detalhada dos Indicadores
Custo do Crédito & Inadimplência:
A tabela mostra a história completa. A Inadimplência subiu de forma consistente, e o Custo do Crédito explodiu para R$ 15,9 bilhões, confirmando ser o principal fator por trás do resultado fraco. Este é o epicentro do problema.
ROE (Rentabilidade):
A consequência direta do aumento das provisões foi adestruição da rentabilidade. O ROE despencou para 8,4%, um patamar muito baixo para um grande banco e bem distante dos +20% que o BB vinha entregando. Isso mostra o quanto o lucro foi impactado.
P/L (Avaliação):
Com a cotação em R$ 19,85, o P/L se ajustou para 4,13x. Este parece ser o novo "ponto de equilíbrio" que o mercado encontrou. Ele reflete o balanço entre:
O negativo:O drástico continua sem fins lucrativos.
O "menos pior": O fato de que o resultado não foi ainda pior e o banco já deu um guidance claro (mesmo que baixo) para o ano.
O mercado não está mais pagando um múltiplo próximo de 5x (como no 1T25), mas também não jogou o múltiplo para a casa de 3x, sugerindo que o pior do pânico pode ter passado, dando lugar a uma análise mais fria da nova realidade.
Índice de Basileia (Solvência):
Este é o dado mais importante do lado positivo. Mesmo com um lucro baixíssimo e provisões gigantescas, o Índice de Basileia permaneceu estável em 14,14%. Isso sinaliza que o banco tem uma posição de capital extremamente sólida e é capaz de absorver o impacto da crise de crédito sem comprometer sua solvência. É a prova de que o banco "aguenta o tranco".
Conclusão
A tabela pinta um quadro muito claro: o Banco do Brasil está no meio de uma crise de crédito cíclica, centrada no agronegócio, que demoliu sua rentabilidade no curto prazo.
No entanto, sua base de capital permanece robusta, e o mercado ajustou seu preço para um múltiplo (P/L de ~4,1x) que agora parece refletir adequadamente este novo cenário de lucros mais baixos, mas sem risco de insolvência. A discussão agora se volta para a velocidade da recuperação a partir de 2026.
A Causa Primária (O Problema): A linha de Inadimplência mostra o problema se agravando trimestre a trimestre.
A Reação (O Remédio Amargo): Para combater o aumento da inadimplência e cumprir as novas regras, o banco foi forçado a aumentar drasticamente o Custo do Crédito (Provisões). A evolução é impressionante.
A Consequência Direta (O Impacto no Lucro):O aumento maciço das provisões teve um impacto direto e devastador na última linha do resultado. Isso é visível na queda brutal doROE, que desabou de 21,6% para apenas 8,4%. A rentabilidade do banco foi sacrificada para fortalecer seu balanço contra calotes.
A Consequência no Mercado (O Impacto no Preço): O mercado, antecipando e depois confirmando essa forte queda na rentabilidade, reajustou o preço da ação para baixo. O P/L caiu de um pico de 4,84x para 4,13x, refletindo que os investidores não estão mais dispostos a pagar um múltiplo alto por um banco com rentabilidade de um dígito.
A Segurança Estrutural (A Solidez): Em meio a toda essa turbulência, o Índice de Basileia permaneceu estável. Este é o atestado de saúde estrutural do banco, mostrando que, apesar da "hemorragia" no resultado causada pelas provisões, sua base de capital é forte o suficiente para suportar o choque sem risco sistêmico.
A inclusão do valor das provisões deixa claro que a queda do lucro e do preço da ação não foi um evento aleatório, mas uma consequência direta e matemática de uma decisão gerencial necessária para lidar com a deterioração da carteira de crédito.
"COMO FICA BBAS3 COM LUCRO LÍQUIDO 2T2025 +- 2,90 B."Análise:
O que Esperar do Mercado Amanhã?
Este número de 4,05x é extremamente revelador. Ele nos diz o seguinte:
O Mercado "Acertou" o Pessimismo: Um P/L de ~4,0x é muito próximo do múltiplo em que o banco negociava no final de 2024 (3,91x). Isso significa que a forte queda no preço da ação foi, neste cenário, um movimento racional e preciso do mercado, que antecipou corretamente a magnitude da deterioração do lucro. A tese de que o mercado vendeu em pânico perde força; ele vendeu com base em uma projeção que se confirmaria.
O Foco do Mercado Muda Imediatamente: Se este número for confirmado, a discussão sobre o resultado do 2T25 acaba na hora. O mercado já o precificou. Toda a atenção se voltará para o futuro. A pergunta-chave deixará de ser "Quão ruim foi o trimestre?" e passará a ser:
"Este é o fundo do poço?"
A Reação do Preço Amanhã Dependerá do "Guidance":
Cenário Negativo (Ação pode cair mais): Se a diretoria, na teleconferência de resultados, sinalizar que a crise do agro continua, que mais provisões serão necessárias no 3T25 e revisar para baixo suas projeções para o ano (o "guidance"), o mercado entenderá que o "L" do P/L vai cair ainda mais. Neste caso, mesmo a R$ 19,24, a ação pode ser considerada "cara" e sofrer novas quedas.
Cenário Positivo (Ação pode estabilizar ou subir): Se a diretoria disser que o 2T25 foi o "pior trimestre", que as maiores provisões já foram feitas e que esperam uma melhora gradual para o segundo semestre, o mercado pode interpretar que o lucro "bateu no fundo". Neste caso, um P/L de 4,05x sobre um lucro que parou de cair pode ser visto como uma grande oportunidade de compra, e o preço poderia encontrar um piso sólido neste patamar ou até iniciar uma recuperação.
Em resumo, um lucro de R$ 2,90 bilhões confirmaria as piores expectativas. A reação da ação a partir daí dependerá 100% da narrativa que a diretoria do banco construir para o futuro. Prepare-se para acompanhar de perto não apenas o número do lucro, mas principalmente os comentários e as projeções da administração na teleconferência de resultados.
Análise da Evolução Trimestral:
Estabilidade em 2024: O ano de 2024 demonstrou uma notável consistência, com o lucro trimestral variando muito pouco, sempre na casa dos R9,3 a 9,6 bilhões. Isso refletiu um período de forte rentabilidade e previsibilidade.
O Ponto de Virada no 1T25: O primeiro trimestre de 2025 marca uma quebra clara nessa tendência, com o lucro caindo para R$ 7,4 bilhões.
*Motivo da Queda: Conforme discutimos, essa redução não se deve apenas a uma piora operacional, mas é fortemente influenciada pela adoção da nova regra contábil (IFRS 9) e pelo aumento preventivo das provisões para perdas no crédito, principalmente no agronegócio.
Índices Europeus Perto dos Máximos Apesar de Lucros Mistos
Os principais índices europeus continuam a negociar perto de máximos históricos, com o DAX a manter-se acima dos 24.100 pontos e o Euro Stoxx 50 a rondar os 5.333. Os mercados europeus subiram depois de o Kremlin anunciar que o Presidente dos EUA, Donald Trump, e Vladimir Putin se irão reunir nos próximos dias. Ao mesmo tempo, os investidores estão a processar os resultados das empresas europeias, que trouxeram resultados mistos.
O destaque vai para o setor bancário, que continua a beneficiar do sentimento positivo, da menor exposição à incerteza tarifária e de fortes lucros trimestrais, com o índice de bancos da Stoxx 600 a subir 2%, alcançando níveis mais elevados desde 2010. Apesar do ambiente construtivo, os resultados corporativos continuam mistos, deixando o mercado vulnerável a correções num contexto geopolítico volátil.
Henrique Valente – ActivTrades
As informações fornecidas não constituem pesquisa de investimento. Este material não foi elaborado de acordo com os requisitos legais destinados a promover a independência da pesquisa de investimento e, como tal, deve ser considerado uma comunicação de marketing.
Todas as informações foram preparadas pela ActivTrades (“AT”). As informações não contêm um registro dos preços da AT, nem constituem uma oferta ou solicitação para a realização de qualquer transação com instrumento financeiro. Nenhuma declaração ou garantia é feita quanto à exatidão ou integridade dessas informações.
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Previsões não são garantias. As taxas podem mudar. O risco político é imprevisível. As ações dos bancos centrais podem variar. As ferramentas das plataformas não garantem sucesso.
Balanço do Santander: Cautela com Provisões Pesa no Lucro Balanço do Santander: Cautela com Provisões Pesa no Lucro Trimestral, mas Melhora na Eficiência e Inadimplência se Destacam.
Análise Completa: Santander (SANB11) Divulga Resultados do 2º Trimestre de 2025 em Meio a Cenário Desafiador
São Paulo, 30 de julho de 2025 – O Santander Brasil (SANB11) abriu a temporada de balanços dos grandes bancos com a divulgação de seus resultados do segundo trimestre de 2025. Em um ambiente macroeconômico marcado por juros elevados e maior seletividade no crédito, o banco apresentou números que, embora demonstrem uma desaceleração em relação ao trimestre anterior, superam o desempenho do mesmo período de 2024 e reforçam a resiliência de sua estratégia.
Com o mercado atento, a ação da companhia (unit SANB11) fechou o pregão de ontem, 29 de julho, cotada a R$ 26,37.
Desempenho do 2º Trimestre de 2025: Lucratividade e Cautela
O banco reportou um lucro líquido gerencial de R$ 3,7 bilhões, representando uma queda de 5,2% em comparação com o primeiro trimestre de 2025, mas um avanço significativo de 9,8% em relação ao segundo trimestre de 2024. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido (ROAE) ajustado atingiu 16,4%, uma retração de 1,1 ponto percentual na comparação trimestral, porém uma melhora de 0,8 ponto percentual na base anual.
Este resultado reflete uma postura mais cautelosa do banco, evidenciada pelo aumento da Provisão para Devedores Duvidosos (PDD), que cresceu tanto na comparação trimestral quanto na anual. Essa movimentação indica uma preparação para um cenário de maior risco de crédito, ainda que o índice de inadimplência acima de 90 dias tenha apresentado uma melhora, caindo para 3,1%.
A margem financeira com clientes foi um dos destaques positivos, com um crescimento de 11,3% em doze meses, impulsionada pela boa gestão de preços e volumes. As receitas de comissões e prestação de serviços também mostraram solidez, alcançando R$ 5,2 bilhões.
Evolução dos Principais Indicadores nos Últimos Trimestres
Para contextualizar o desempenho atual, é fundamental observar a trajetória dos principais indicadores do Santander ao longo dos últimos trimestres:
Indicador 3T24 4T24 1T25 2T25
Lucro Líquido (R$ bi) 3,7 3,9 3,9 3,7
ROE Gerencial 17,0% 17,2% 17,4% 16,4%
Carteira de Crédito (R$ bi) 663,5 682,7 682,3 675,5
Inadimplência (>90 dias) 3,2% 3,2% 3,3% 3,1%
Índice de Eficiência 38,9% 37,4% 37,2% 36,8%
P/L (Preço/Lucro) ~8,0 ~7,4 ~7,07 ~7,05
A tabela evidencia que, após uma recuperação robusta na virada do ano, o segundo trimestre de 2025 representou uma acomodação nos lucros e na rentabilidade. Por outro lado, o banco atingiu seu melhor índice de eficiência (36,8%) dos últimos três anos, sinalizando um controle de custos eficaz e os frutos da sua transformação digital.
Análise de Múltiplos: P/L em Nível Atrativo
Com o fechamento da ação em R$ 26,37 e o lucro acumulado nos últimos doze meses, o múltiplo Preço/Lucro (P/L) do Santander situa-se em aproximadamente 7,05 vezes. Este patamar é inferior ao observado nos trimestres anteriores, indicando que a ação está sendo negociada a um preço mais descontado em relação aos seus lucros. Para investidores de valor, um P/L mais baixo pode sinalizar um ponto de entrada interessante, considerando a solidez e a posição de mercado do banco.
Em suma, o resultado do Santander no segundo trimestre de 2025, embora sem grandes surpresas, confirma a capacidade do banco de navegar em um cenário adverso, mantendo a lucratividade e a solidez de seu balanço. A gestão prudente do risco de crédito e o foco contínuo em eficiência operacional são os pilares que sustentam a estratégia e devem continuar a guiar o desempenho da instituição nos próximos trimestres.
"USIM5- Análise Consolidada de Resultados (2t 2025)"Análise Consolidada de Resultados e Valuation – USIMINAS (USIM5)
Data da Análise: Com base nos relatórios trimestrais do 1T24 ao 2T25.
Referência de Preço para Valuation: R$ 4,28 por ação.
1. Sumário Executivo
A Usiminas apresenta um caso de forte contraste entre sua saúde financeira interna e as severas adversidades do ambiente de mercado. Após uma notável recuperação no primeiro trimestre de 2025 (1T25), a companhia enfrentou uma drástica deterioração em seus indicadores de rentabilidade no segundo trimestre (2T25). A principal causa, apontada enfaticamente pela administração, é o volume recorde de importação de aço subsidiado, que pressionou os preços domésticos e corroeu as margens.
Apesar da queda operacional, a gestão financeira demonstrou resiliência, com redução expressiva da dívida líquida e manutenção de baixa alavancagem. Do ponto de vista de valuation, a cotação atual reflete um profundo pessimismo do mercado, negociando a empresa com múltiplos historicamente baixos, notadamente um P/VPA de apenas 0,20x. A tese de investimento na Usiminas, portanto, se resume a um conflito entre um valuation estatisticamente muito atrativo e um risco setorial e macroeconômico elevado e persistente.
2. Análise da Evolução dos Resultados Trimestrais
A trajetória dos últimos cinco trimestres ilustra a volatilidade do setor e a recente interrupção na recuperação da empresa.
Indicador (R$ milhões) 2T25 1T25 4T24 3T24 2T24
Receita Líquida 6.626 6.858 6.480 6.817 6.350
EBITDA Ajustado 408 733 518 426 247
Margem EBITDA 6,2% 10,7% 8,0% 6,3% 3,9%
Lucro (Prejuízo) Líquido 128 337 (117) 185 (100)
Margem Líquida 1,9% 4,9% N/A 2,7% N/A
Trajetória de Recuperação (Até 1T25): A Usiminas demonstrou uma clara recuperação em "V" do seu ponto mais baixo no 2T24, culminando em um EBITDA de R$ 733 milhões no 1T25, o melhor resultado do período.
A Interrupção no 2T25: O segundo trimestre de 2025 quebrou essa tendência positiva, com uma queda de 44% no EBITDA Ajustado e 62% no Lucro Líquido em relação ao trimestre anterior. A rentabilidade foi a mais afetada, com a margem EBITDA caindo quase pela metade.
3. Análise Qualitativa e Visão da Administração
A comunicação da empresa no 2T25 foi um forte sinal de alerta, focando em três pontos críticos:
A Ameaça Estrutural das Importações: Descrito como o principal fator para a deterioração dos resultados, o volume recorde de importação de aço no Brasil (28% do consumo aparente) mina o poder de precificação da indústria nacional. A administração classifica as medidas de defesa comercial do governo como "ineficazes" e clama por ações antidumping urgentes e concretas.
Cenário Macroeconômico Adverso: Fatores como a manutenção de juros elevados no Brasil e o risco de novas tarifas de exportação pelos EUA sobre a cadeia industrial brasileira adicionam camadas de incerteza sobre a demanda futura por aço.
Foco em Eficiência Interna: Diante do cenário externo hostil, a expectativa para o 3T25 é de uma melhora nas margens e no EBITDA, não por uma recuperação da receita, mas por uma "redução mais significativa do Custo por Tonelada (CPV/t)", fruto da queda no preço de matérias-primas e ganhos de eficiência operacional.
4. Análise Fundamentalista e Múltiplos de Valuation (Base: Cotação de R$ 4,28)
A análise dos múltiplos revela um profundo descasamento entre o valor contábil da empresa e seu valor de mercado.
Indicador Fundamentalista Valor Calculado
Valor Patrimonial por Ação (VPA) R$ 21,23
Lucro por Ação (LPA - U12M) R$ 0,42
Dívida Líquida / EBITDA (U12M) 0,50x
Múltiplo de Valuation Valor Calculado Análise e Comparativo Histórico
P/L (Preço/Lucro) 10,3x Razoável, mas reflete a baixa qualidade do lucro recente.
P/VPA (Preço/Valor Patrimonial) 0,20x Extremamente baixo. Indica que o mercado paga apenas 20 centavos por cada R$ 1 do patrimônio líquido da empresa. Múltiplos abaixo de 1,0x já sugerem subvalorização.
EV/EBITDA 3,1x Historicamente muito atrativo. Múltiplos abaixo de 5,0x para o setor industrial são raros e indicam profundo pessimismo ou uma oportunidade de valor.
5. Tese de Investimento: Otimismo vs. Pessimismo
A decisão de investir na Usiminas se baseia em qual narrativa o investidor acredita ser mais provável.
O Caso Otimista (Bull Case):
Valuation Deprimido: A ação está sendo negociada com um desconto massivo sobre seu valor patrimonial e múltiplos de geração de caixa.
Fortaleza Financeira: A alavancagem é muito baixa (0,50x), e a empresa é geradora de caixa, o que a torna resiliente para atravessar o ciclo de baixa.
Potencial de Reversão à Média: Qualquer melhora no cenário das importações (seja por ação do governo ou por mudanças no mercado global) pode destravar um valor significativo, fazendo os múltiplos convergirem para médias históricas mais altas.
O Caso Pessimista (Bear Case):
Armadilha de Valor ("Value Trap"): O baixo preço reflete riscos reais e estruturais. A empresa pode parecer barata, mas continuará barata (ou ficará mais) enquanto o problema das importações persistir.
Riscos Estruturais: A concorrência com o aço subsidiado não é um problema cíclico, mas sim estrutural, sem solução aparente no curto prazo.
Degradação Contínua: O cenário macroeconômico pode levar a uma queda ainda maior na demanda e nos resultados, tornando os múltiplos atuais uma miragem baseada em resultados passados que não se repetirão.
6. Conclusão Final
A Usiminas se encontra em uma encruzilhada. Por um lado, é uma empresa com balanço sólido, baixa alavancagem e um valuation que grita "oportunidade" sob a ótica da análise fundamentalista clássica. Por outro lado, está inserida em um ambiente de mercado hostil, com uma ameaça competitiva que mina sua capacidade de gerar lucro de forma sustentável.
O investimento na companhia hoje é uma aposta de que os problemas setoriais são temporários ou que o pessimismo do mercado foi exagerado. O risco é que esses problemas se provem estruturais, mantendo a empresa em um ciclo de baixa rentabilidade por um período prolongado.
Tensões Comerciais Levam Ouro a Máximos de 5 Semanas
O preço do ouro atingiu um máximo de cinco semanas nas primeiras horas de negociação desta quarta-feira, apoiado por dois fatores principais. Em primeiro lugar, cresce a ansiedade à medida que se aproxima o prazo imposto pela administração norte-americana para concluir acordos comerciais com parceiros globais — ou aplicar tarifas elevadas — o que está a alimentar a procura por ativos de refúgio. Em segundo lugar, aumentam as preocupações em torno das aparentes tentativas da Casa Branca de interferir na política monetária da Reserva Federal. Esta situação levanta dúvidas sobre a independência do banco central e contribui para uma perda de confiança nos ativos denominados em dólares. Como consequência, o dólar está a enfraquecer face às principais moedas, o que dá suporte adicional ao ouro, devido à correlação inversa entre ambos os ativos. Neste contexto, a atenção dos investidores mantém-se focada nas negociações comerciais em curso, com especial destaque para as conversações entre os Estados Unidos e a União Europeia. O fracasso em alcançar um acordo poderá ter um impacto negativo sobre as perspetivas da economia global. Quanto mais nos aproximarmos da data-limite de 1 de agosto sem progressos, maior será a probabilidade de uma aceleração na procura por ativos de refúgio, como o ouro — criando margem para novas subidas no preço do metal precioso.
Ricardo Evangelista – ActivTrades
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Euro Reverte Ganhos Após Declarações de Trump Sobre Powell
Após uma forte valorização na sequência da notícia de que Donald Trump estaria a considerar o afastamento de Jerome Powell, o par EUR/USD devolveu todos os ganhos registados na sessão anterior e voltou a negociar junto da marca dos 1,16. Os principais índices americanos também recuperam, com o S&P 500 a subir cerca de 0,10% e o Nasdaq a avançar 0,20%, à medida que os investidores reavaliam a probabilidade efetiva de uma intervenção política na Fed. A perspetiva de uma Reserva Federal potencialmente mais acomodativa foi rapidamente substituída por alguma contenção, especialmente depois de Trump ter classificado como “altamente improvável” a demissão de Powell. Em paralelo, os dados económicos robustos nos EUA continuam a dar suporte ao dólar no curto prazo.
Henrique Valente – ActivTrades
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Uma nova OMC ?Em 26 de junho, em conferência da União Europeia realizada em Bruxelas, lideranças europeias debateram sobre a perspectiva de reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC).
A OMC se encontra praticamente paralisada desde 2019, quando, no primeiro mandato do presidente Trump, o governo norte-americano usou o mecanismo de consenso para indicação de juízes da corte de apelação da OMC para trancar a indicação de magistrados.
Grande parte das decisões de comércio internacional se baseia no consenso. A lógica é que se a regra não for justa e boa para todos ela não vingará. No entanto, os EUA, sem a mesma eficiência econômica da década de 1990, não tem tido mais a mesma competitividade no comercio internacional. O neoliberalismo no comércio internacional era um movimento apregoado pelos EUA no passado, como sendo bom para todos os países. Entretanto, a partir de 2019, os EUA decidiram usar mecanismo de consenso como veto, negando a possibilidade de uso da corte recursal do órgão, praticamente paralisando a instituição.
Ainda há alternativas para o impasse criado pelos norte-americanos, como o Multi-Party Interim Appeal Arbitration Arrangement (MPIA) que oferece uma solução de arbitragem, criada por um grupo de países membros da OMC, em abril de 2020, para manter o funcionamento do sistema de resolução de disputas comerciais. Porém, isso é apenas uma solução provisória, não possuindo decisões automaticamente aplicáveis aos países que não aderiram ao MPIA e é um processo lento e burocrático.
Em Bruxelas, o Chanceler alemão, Friedrich Merz, declarou que a OMC não funciona há anos e que um novo tipo de organização comercial poderia substituir gradualmente o que eles não têm mais com a OMC. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apresentou opções de acordos multilaterais, comentando sobre o Acordo Abrangente e Progressivo para a Parceria Transpacífica (CPTPP), a qual tem como membros Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Cingapura e Vietnã e Reino Unido.
Várias dúvidas surgem desse contexto. Estamos no início de um processo de formação de um novo órgão multilateral de comércio internacional? Há condições para isso sem a participação norte-americana? Como se daria o mecanismo de escolha de juízes para as cortes? Não se sabe a resposta para as duas primeiras questões, no entanto há algumas ideias a respeito de um mecanismo para substituição do instrumento de consenso. Talvez uma das mais viáveis seria um procedimento escalonado no qual primeiramente iniciam-se tratativas para formar o consenso por um período determinado, o que seria o melhor caminho. No entanto, caso não fosse alcançado o consenso durante o período, a proposta seria levada a votação para os membros, exigindo-se uma supermaioria (3/4 ou 4/5) dos votos dos membros. A maioria qualificada com percentual alto serviria de modo tentar manter o espírito do consenso quando é impossibilitado.
Outras propostas como maioria simples, sistema “opt out” e arbitragem obrigatória, salvo engano, teriam menos eficácia para implantar um sistema multilateral de comércio, tendo em vista que gerariam a descaracterização da natureza do organismo internacional, resultando respectivamente em decisões influenciadas por potências econômicas, inaplicabilidade das decisões a todos os membros integrantes e lentidão em decisões sem jurisprudência.
Com o retorno recente da imposição de tarifas por meio de decretos do presidente norte-americano, Donald Trump, esse tema provavelmente terá espaço em discussões entre autoridades nos próximos meses.
Lacuna abaixo ... mas a fuga do cobre ainda está em jogoOs mercados de cobre entraram em alta nesta semana após a proposta do Presidente Trump de impor uma tarifa de 50% sobre as importações de cobre. O preço passou de um pouco acima de US $5,20 para quase US $5,80 em uma única vela de 4 horas.
Agora, o cobre pode estar saindo de sua bandeira de alta ou flâmula no período de 4 horas. Se confirmado com uma quebra limpa acima da linha de tendência superior da bandeira - talvez perto de US $5,62-a próxima etapa poderia se projetar em direção à alta anterior perto de US $5,80
Há também uma lacuna abaixo da ação do preço atual, entre US $5,20 e US $5,35, formada durante o movimento explosivo para cima. Embora as lacunas possam funcionar como zonas de apoio, também tendem a ser revisitadas.
Elon Musk não é dono da TeslaMusk foi um visionário e um engenheiro extraordinário para a Tesla quando desempenhou seu papel de CEO e dedicou tempo a empresas que geram sinergia, como X, AI e SpaceX. No entanto, ultimamente temos visto que todo o seu engajamento político vem arruinando sua carreira como CEO e, consequentemente, deixando os investidores da Tesla em uma posição de desconforto, levando-os a questionar os fundamentos da ação. Afinal, os donos da Tesla são os acionistas, e não o CEO, e as intenções políticas do CEO não ajudam em nada na performance da empresa.
O ponto focal da discussão é que Musk tem sido muito vocal contra as medidas de corte de gastos promovidas por Trump, e seu posicionamento tem sido no sentido de "sabotar" as ações do atual presidente. Sem entrar no mérito de se a medida fiscal americana endereça ou não os problemas, a vocalização de Musk colocou os contratos da empresa com o governo em cheque, e Trump já declarou que seria capaz até mesmo de extraditar Musk com suas políticas de controle de fronteiras e revisão de cidadania.
A atenção de Musk não deveria estar em criar um partido político para fazer oposição ao partido atual, mas sim em dedicar seu tempo, que é caro e escasso, para continuar entregando retorno aos acionistas da Tesla.
Já é notável as críticas vindas dos investidores e acredito que o próximo passo é o board da Tesla deve trazer clareza sobre qual será a obrigação de Elon Musk com a empresa ou, caso a ideia de um partido político de oposição siga sendo o principal projeto de Musk, que o board contrate um novo CEO para conduzir a companhia e defender seus interesses.
No momento, a Tesla é uma das maiores perdedoras de 2025, com -24%, muito em decorrência do afastamento do CEO das decisões da empresa.
Mesmo assim, a ação tem fundamentos sólidos, e projetos como o Robotaxi, os Optimus Robots e o EV Modelo Y podem ser impulsionadores do preço da ação. Mas tudo dependerá de como o senhor Musk e o board da Tesla vão se comportar em relação ao capital investido pelos acionistas.
No dia 23/07 teremos no calendário a divulgação do balanço, que pode trazer novidades sobre o que esperar da Tesla até o final do ano.






















