Choque eleitoral francês: o que dirão os mercados cambiais? Choque eleitoral francês: o que dirão os mercados cambiais?
A França está à beira de um parlamento suspenso, com a coligação de esquerda a conquistar o maior número de lugares, numa reviravolta impressionante sobre o comício Nacional de Marine Le Pen.
Obviamente, os mercados forex estão fechados no fim de semana. Assim, será interessante ver a reacção a estes chocantes resultados eleitorais em França sobre o EUR / USD e o EUR/GBP quando o mercado abrir. Independentemente de o mercado considerar que esta reviravolta é boa para a França ou para a zona euro como um todo, isso pode ser superado pela sua antipatia por surpresas.
A aliança de esquerda, projetada para ganhar entre 180 e 215 assentos na Assembleia Nacional de 577 assentos, superou o bloco liberal do presidente Macron, que deverá garantir 150-180 assentos. O comício Nacional de extrema-direita, liderado por Le Pen, e seus aliados devem ocupar de 120 a 150 lugares.
O comício Nacional de Le Pen liderou o primeiro turno da semana passada e teve como objetivo alcançar uma maioria histórica. No entanto, a votação estratégica e as alianças entre partidos de esquerda frustraram os seus esforços. Os laços de Le Pen com a Rússia, incluindo a oposição passada às sanções da UE, também podem ter prejudicado a sua campanha. No fim de semana, Le Pen prometeu cancelar a permissão para Kiev usar armas de longo alcance fornecidas pela França contra alvos na Rússia.
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Esta semana deverá ser crucial para os mercados globais, com acontecimentos económicos e políticos significativos em ambos os lados do Atlântico.
Nos Estados Unidos, os holofotes estarão nas folhas de pagamento não agrícolas no final da semana, com a economia prevista para ter adicionado 180.000 Empregos em junho. Isso marcaria uma desaceleração em relação aos 272.000 empregos adicionados em Maio e sinalizaria um resfriamento do mercado de trabalho.
Do outro lado do Atlântico, é provável que a evolução política em França e no Reino Unido domine os movimentos do mercado.
Eleições parlamentares em França:
A França realizou a primeira volta das suas eleições parlamentares no domingo. O partido de extrema-direita comício Nacional, liderado por Marine Le Pen e Jordan Bardella, subiu para o primeiro lugar, garantindo 33,5% dos votos de acordo com pesquisas recentes. A segunda volta de votação está marcada para 7 de julho.
A dissolução da Assembleia Nacional pelo presidente Emmanuel Macron no início deste mês já causou volatilidade nas ações Francesas. No entanto, alguns vêem isso como uma oportunidade de compra. Eden Bradfield, da BlackBull Research, comentou: "nossa lista de preferências inclui Kering, LVMH, Richemont, Brunello e Hermes pelo preço certo."Saiba Mais.
Somando-se à movimentada semana, o Banco Central Europeu (BCE) sediará o seu fórum anual em Sintra de segunda a quarta-feira. O evento reunirá governadores de bancos centrais, incluindo Jerome Powell, do Federal Reserve dos EUA, Roberto Campos Neto, do Banco Central do Brasil, Andrew Bailey, do Banco da Inglaterra, e Christine Lagarde, do BCE.
Na frente económica, os relatórios do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) para a zona euro e a Alemanha devem ser publicados esta semana. Prevê-se que estes relatórios mostrem um ligeiro abrandamento da inflação, que será acompanhado de perto por investidores e decisores políticos.
Eleições gerais do Reino Unido:
No Reino Unido, prevê-se uma grande mudança política em 4 de julho. Pesquisas sugerem uma vitória esmagadora para o Partido Trabalhista de Keir Starmer e uma grande derrota para os conservadores de Rishi Sunak, que estão no poder há 14 anos.
Para saber a data e a hora exactas destes grandes acontecimentos económicos, importe o calendário económico da BlackBull Markets para receber alertas directamente na sua caixa de correio electrónico.
Eleição e Ibovespa - 2014 para Entender 2018Infográfico mostrando os principais eventos e como a bolsa reagiu. Está plotado também a volatilidade histórica. Como seria de se esperar, o pico de volatilidade do período foi entre o o primeiro e segundo turno.
20/03/2014 - Nova pesquisa Ibope mostra Dilma com 40% das intenções de voto e vitória no 1º turno contra Aécio, com 13%.
13/08/2014 - Queda do avião e morte do candidato Eduardo Campos.
29/08/2014 - O IBGE divulga que a economia brasileira encolhe 0,6% no 2º trimestre. Datafolha mostra Dilma e Marina
empatadas com 34%; Aécio tem 15%. Risco de segundo turno "esquerda x esquerda" derruba a bolsa.
02/10/2014 - Faltando 3 dias para a eleição, cai a diferença de Marina para Aécio no Ibope e no Datafolha. Dilma não aparece com chances de ganhar no 1º turno. Rali causado pela recuperação de Aécio, visto como melhor opção pelo mercado.
Volatilidade histórica atinge os níveis de máximo no período avaliado entre o primeiro e segundo turno. Até o dia da votação de segundo turno, todas as pequisas davam vitória a Dilma sobre Aécio. Bolsa despenca.
26/10/2018 - Com 51,64% dos votos, Dilma Rousseff (PT) é reeleita presidente do Brasil.
27/11/2014 - Dilma reeleita anuncia Joaquim Levy Ministro
da Fazenda. Bolsa cai forte no período a medida que o problema do déficit orçamentário se escancarava. Lava-Jato atinge um auge no período.
Ps.: Fonte dos eventos g1.globo.com
USDBRL Dolar/Real -Análise Ano EleitoralAnálise USDBRL durante o ano eleitoral em 2014
Pode-se observar alguns padrões com alguma ou muita semelhança entre ambos os gráficos, a média móvel de 21 dias no gráfico 1D deve ser acompanhada com muita atenção, podendo apresentar boas oportunidades para entrada na moeda.
O momento me parece bastante favorável para entrada na moeda americana, levando em conta a quebra da MM 21 e esgotamento do RSI e Stoch RSI no gráfico 1D. Caso a baixa se mantenha novas entradas podem ser feitas nas casas de 3,64 - 3,60. Acho muito pouco provável menores níveis durante os próximos 6 meses!
Em uma análise econômica, acredito que temos um cenário ainda mais favorável em 2018 para forte alta do dólar, levando em conta a lamentável situação do país (tumultuado cenário político) e as políticas econômicas externas adotadas pelo governo norte americano + as que ainda devem acontecer, "pré anunciadas".
As ações adotadas pelo Banco Central me parecem um tanto quanto atabalhoadas, sem muita estratégia (parecem que foram pegos de surpresa com a "repentina" forte alta da moeda americana). Não acredito que swaps e outros movimentos serão o suficiente para um país fragilizado conseguir conter o que pode ser a maior alta do Dólar diante do Real.
Ainda nem entramos de verdade na corrida eleitoral, quando isso acontecer a coisa deve piorar!
Só acredito em uma reversão deste cenário caso algum fator externo extremamente relevante venha a afetar profundamente a moeda americana.
Se seguirmos alguns números apresentados em 2014, podemos facilmente falar de cotações entre R$4,25 - R$5 - cotação comercial.
Tanto para long trade ou para dólar papel visando férias no final de ano, minha posição neste momento é de compra moderada - forte.