O mundo inteiro acordado eu sem dormir 03/10/2025
O maior tesouro escondido sob a Amazônia — Rafael Lagosta
Eu sempre soube que a Amazônia escondia muito mais do que madeira, minério ou biodiversidade. Agora o planeta descobre o que, para mim, soa como o movimento mais simbólico da história recente: o SAGA, Sistema Aquífero Grande Amazônia. Não é apenas uma mancha azul subterrânea no mapa, é o equivalente a um cofre secreto da Terra que guarda 150 quatrilhões de litros de água doce, suficientes para manter a humanidade viva por pelo menos 250 anos. Quando escuto esse número, a primeira reação é quase filosófica: por que a natureza guardaria tanto, em silêncio, por milênios, justamente embaixo da floresta que já carrega o título de pulmão do mundo?
Esse aquífero não é uma simples reserva estática, é dinâmico. Ele pulsa. Ele alimenta a atmosfera, os rios, os lençóis mais superficiais, os reservatórios que enchem turbinas de hidrelétricas e as plantações que sustentam não só o Brasil, mas o abastecimento global de alimentos. Estima-se que o SAGA despeje 8 trilhões de m³ por ano em transferência hídrica para outras regiões. Se comparo isso a uma conta bancária, é como se fosse um fundo soberano natural, que paga dividendos constantemente em forma de chuva, colheita, eletricidade e equilíbrio climático. Só que, diferente de qualquer banco, esse não aceita calote: ou cuidamos, ou o colapso vem em forma de seca e instabilidade ambiental.
Quando penso no tamanho desse tesouro, não consigo evitar a comparação com o Aquífero Guarani. O Guarani, até então considerado a joia da coroa dos recursos hídricos subterrâneos, parece agora uma bela pedra, mas diante de um diamante bruto ainda maior. O SAGA o supera em 3,5 vezes em volume. E detalhe: ele está debaixo da maior floresta tropical do mundo, a mesma que está sendo desmontada árvore por árvore ao sabor de interesses imediatistas. É como se alguém estivesse arrancando o telhado de uma casa sem perceber que no porão existe um cofre lotado de ouro que pode salvar a família inteira no futuro.
Esse sistema não nasceu por acaso. Ele é resultado de milhões de anos de deposição sedimentar das bacias do Acre, Solimões, Amazonas e Marajó. Cada camada de areia, argila e rocha porosa funciona como uma esponja natural que armazenou e filtrou água ao longo de eras. É quase como um organismo vivo debaixo da terra, respirando devagar. Eu gosto de pensar nisso como a pulsação invisível do planeta, uma corrente vital subterrânea que conecta a floresta com o futuro da humanidade.
Mas como tudo que é valioso, esse tesouro traz riscos imensos. Primeiro, a ignorância humana. A maioria dos poços perfurados até agora atinge apenas 500 metros de profundidade, o que significa que mal arranhamos a superfície desse gigante. Não sabemos ainda a qualidade exata das águas em camadas mais profundas. Qualquer exploração descontrolada, sem estudo e sem limites, pode não só contaminar o aquífero, como comprometer sua capacidade de recarga. É como furar um barril de vinho raro sem entender como ele foi maturado e arriscar perder a safra inteira.
Outro risco é a fronteira. O SAGA não respeita linhas traçadas em mapas políticos. Ele é transfronteiriço. E aí entra o jogo mais perigoso: geopolítica. Água, hoje, já vale mais que petróleo em algumas regiões do planeta. Imagine daqui a 30 anos, quando secas, desertificação e mudanças climáticas empurrarem nações inteiras para guerras por recursos básicos. O Brasil, ao descobrir e confirmar o maior reservatório de água do mundo, passa automaticamente a segurar a chave de um cofre que todo o planeta pode desejar. A questão é: será que teremos maturidade para gerenciar isso sem vender barato, sem entregar de bandeja, sem repetir a mesma história colonial que já vimos com ouro, borracha e petróleo?
Eu vejo o SAGA como uma espécie de seguro existencial para a humanidade. Enquanto rios secam, geleiras desaparecem e lençóis freáticos viram pó em desertos modernos, a Amazônia guarda esse oceano invisível. A floresta não é apenas pulmão, é também coração e agora, com essa descoberta, é rim e fígado do planeta. Ela filtra, bombeia e regula. Sem ela, o ciclo hidrológico entra em colapso. A ironia é cruel: estamos destruindo justamente o ecossistema que protege a entrada desse aquífero. Se a floresta cai, a infiltração da água de chuva diminui, o ciclo de recarga enfraquece, e o grande tesouro começa a virar lenda antes mesmo de ser usado.
Do ponto de vista econômico, não dá para subestimar o peso dessa descoberta. Em um mundo onde fundos soberanos se diversificam em urânio, lítio, petróleo, energia solar e eólica, o Brasil agora apresenta algo que nenhum outro país tem em igual escala: a maior reserva hídrica subterrânea. Isso muda a balança geopolítica. E eu sei que a pergunta inevitável virá: quanto vale esse ativo? Não existe cálculo exato. Se pegarmos a média do valor de um litro de água engarrafada no varejo global, estamos falando de cifras que extrapolam qualquer PIB conhecido. Claro, não se trata de vender água engarrafada, mas de compreender o poder estratégico de ter esse recurso. É como sentar em cima de um arsenal nuclear verde, que ao invés de destruir, pode manter civilizações inteiras de pé.
Só que, diferente de um arsenal, esse recurso é vivo. Ele depende da manutenção da floresta, da proteção do solo, do controle da poluição, da gestão inteligente de uso agrícola. A grande questão é: será que conseguiremos pensar em longo prazo em um país que mal consegue planejar um orçamento anual sem remendos? A tentação de abrir a torneira agora para abastecer mercados internacionais pode ser fatal. Água não é soja, não é minério, não é petróleo. Ela não tem substituto.
Eu vejo essa descoberta como um convite da Terra. Um teste de maturidade para a humanidade. A pergunta é simples: vocês vão usar isso para salvar o planeta ou para destruí-lo ainda mais rápido? A escolha está em nossas mãos, mas a responsabilidade pesa mais sobre o Brasil. E isso, para mim, é quase um fardo histórico. Nós carregamos não só a floresta que regula o oxigênio e o clima, mas agora também o maior oceano subterrâneo de água doce. É como se o destino tivesse decidido colocar o futuro da humanidade nas mãos de um país que ainda briga com o básico: fome, desigualdade, corrupção. Talvez justamente por isso, porque a vida sempre gosta de testar os improváveis.
Quando penso no SAGA, penso em herança. A herança que nunca recebemos, mas que sempre esteve ali. Um testamento silencioso escrito nas rochas sedimentares da Amazônia. Cabe a nós decidir se vamos honrar ou rasgar esse testamento. O tempo, esse sim, é implacável. O aquífero pode durar séculos, mas nossa pressa e ganância podem esgotá-lo em poucas décadas.
Eu... Rafael Lagosta, digo: não há trade mais importante do que esse. É o trade da sobrevivência.
E nesse mercado, não existe stop loss possível. Se errarmos, a perda é definitiva.
Valor
Agora Que Eles Estão Lotados de Bitcoin… O Que Vem a Seguir?🗓️ 09/07/2025
🎯
📓 por Lagosta
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Agora que os grandes players estão abarrotados de Bitcoin, não é mais sobre fazer preço subir no grito. A dinâmica virou outra. O jogo passou de fase.
Antes, o derivativo era a arma. Agora, é posse direta. O ativo mudou de função — deixou de ser instrumento de especulação e virou peça geopolítica, base estrutural do novo sistema financeiro.
Bitcoin agora é território. É infraestrutura.
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🔹 Primeira fase: captação e absorção
O roteiro foi impecável.
Primeiro, montaram a narrativa: ETF spot, segurança institucional, regulação. A promessa de maturidade atraiu até os mais céticos.
Depois, veio a engenharia no derivativo — setups técnicos induzidos, movimento de preço milimetricamente cronometrado.
O objetivo era um só: seduzir o trader com sensação de domínio.
E o fluxo veio.
Varejo entrou com tudo.
Institucional menor também, seguindo o script como se fosse original.
Na outra ponta, os verdadeiros arquitetos da operação ficaram apenas recebendo ordens.
O produto? BTC.
A logística? ETFs, OTCs, trustes, acordos diretos.
O resultado? Acúmulo massivo em mãos que não vendem.
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🔹 Segunda fase: dominância e alavancagem silenciosa
Agora que o ativo já está nas mãos certas, a prioridade não é mais subir o preço com força bruta.
O objetivo é muito mais sutil: construir impérios financeiros silenciosos a partir do colateral.
O derivativo volta pro arsenal, mas não como arma de ataque — agora é engrenagem de estruturas de crédito, arbitragem e engenharia de risco.
Os movimentos mudam de forma:
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🧩 1. Long & Short institucional com BTC como pilar
Com BTC em custódia direta, abrem espaço para uma gama infinita de operações estruturadas:
• Long BTC / Short altcoins com valuation inflado
• Long GBTC / Short PAX, ou o inverso, explorando distorções de fluxo
• BTC shortado contra tokens de camada 1 quando o varejo exagera em hype
Essa turma não opera preço isolado. Opera percepção relativa.
Eles operam dominância.
Eles operam influência.
O Bitcoin é o barômetro e, ao mesmo tempo, o termômetro do mercado — como se o próprio dólar fosse usado como hedge de si mesmo em um mundo em transição.
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🧠 2. Arbitragem de premium e controle de fluxo
Com a posse do ativo, entra o jogo de microestrutura:
• Forçam spreads entre exchanges onshore e offshore
• Criam liquidez artificial pra movimentar preço como querem
• Controlam o spread entre o ETF e o mercado à vista — antecipando ou retardando movimentos com precisão cirúrgica
Não é mais um trade. É coreografia algorítmica.
Eles são os market makers, os detentores do fluxo, os donos da latência.
É como se o mesmo grupo controlasse o ativo, a exchange, o fundo e ainda contratasse o influenciador que diz pra onde vai o próximo movimento.
É uma cadeia completa de captura de percepção e canalização de dinheiro.
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📦 3. Criação de produtos financeiros de terceira e quarta camada
Uma vez que o BTC está todo na mão, surge o próximo passo lógico: fracionar, reembalar e revender.
A inovação financeira aqui não é criar algo novo, mas sim reconceituar o que já existe sob novas embalagens:
• ETFs alavancados — 2x, 3x, até 5x sobre o BTC
• Produtos estruturados com proteção parcial de capital
• Fundos temáticos de "mineração verde", captando na onda ESG
• Renda passiva com BTC: promessas de yield fixo sobre uma base ilíquida, simulando estabilidade artificial
Mais adiante, derivativos sobre derivativos:
• Opções sobre ETFs de BTC
• Swaps baseados em carteiras sintéticas de exposição mista
• Fractais financeiros sem fim, em camadas que apenas os grandes conseguem acessar com custo operacional aceitável
Isso é Wall Street com esteroides: pegam o ativo mais escasso do mundo e transformam em estrutura replicável.
Transformam metal em papel.
Transformam liberdade em contrato.
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🌐 4. Alianças com governos e bancos centrais
Essa é a camada mais invisível e mais perigosa:
O jogo agora se volta para a soberania monetária.
• Swaps internacionais com BTC como colateral oculto
• Linhas de crédito secretas com bancos centrais periféricos
• Programas de inclusão financeira em regiões em crise, usando BTC como lastro disfarçado
• Testes pilotos de CBDCs com parte do balanço espelhado em reservas de Bitcoin
Essa movimentação vai ocorrer no escuro.
Não vai sair na CNBC.
Vai estar nos documentos de memorando, nos bastidores dos ministérios da economia.
Primeiro, domesticam o ativo.
Depois, institucionalizam a cadeia.
Por fim, integram a narrativa com regulação.
E quando se perceber, o Bitcoin deixou de ser o inimigo do sistema para virar a espinha dorsal do novo modelo.
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📉 Reflexão final: o fim da ilusão libertária
Assim como o ouro deixou de circular quando foi absorvido pelos bancos centrais, o BTC está sendo digerido pelo organismo maior.
A pergunta que ninguém se faz:
O que acontece quando o ativo mais descentralizado do mundo é centralizado por custódia institucional?
A resposta está à vista:
• Diminuição da volatilidade extrema
• Crescimento de uma liquidez programada
• Uso como referência de precificação de dívida emergente
• E, acima de tudo: redução de circulação no mercado secundário
O supply de verdade, aquele que gira nas corretoras, vai se tornar irrelevante.
Quem tiver 0.1 BTC vai ser como aquele cidadão do Zimbábue com nota de dólar escondida:
Um sobrevivente. Mas absolutamente vulnerável ao câmbio oficial.
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📌 Tática final:
Bitcoin agora não é pra vender.
É pra ser usado como instrumento.
• Contrato, não transação.
• Estrutura, não hype.
• Âncora de spreads, não catalisador de rally.
Quem ainda enxerga o BTC como o ativo rebelde que "vai a 100k" porque "todo mundo vai comprar", tá 10 anos atrasado.
O BTC virou sistema.
E o sistema não precisa subir em candles de 15%.
Precisa crescer 0,5% por dia — todo dia.
E quem tentar surfar essa onda sem entender a partitura, vai acabar servindo de liquidez pro maestro.
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A música agora é silenciosa.
Não tem mais drop.
Só harmonia milimétrica entre derivativo, fluxo, e posse.
O BTC não é mais moeda.
É instrumento orquestrado de dominação.
E quem ainda tá achando que é “liberdade digital”, precisa urgentemente trocar de fone.
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LAGOSTA..
GOAT11: Entre o Marketing e a Realidade 📅 **20 de maio de 2025**
# **GOAT11: Entre o Marketing e a Realidade – Um Produto de Vitrine para o Varejo Cativo**
Desde o momento em que vi o nome “GOAT11” pipocar nas manchetes, algo me cheirou estranho. Não era o tipo de fundo que surge do nada. Não era o tipo de produto que nasce de um insight técnico ou de uma necessidade urgente do mercado. Era mais como um banner bem desenhado para uma vitrine — chamativo, ambicioso, e com aquele apelo emocional típico de marketing de alto nível. A promessa? Exposição global com simplicidade e custo baixo. A entrega? Bem... é aí que o bicho pega.
E como sempre faço quando vejo um “produto financeiro pronto”, fui abrir a embalagem pra ver o que tinha dentro. A cada camada que eu descascava, mais claro ficava o cenário: o GOAT11 é um projeto desenhado não para resolver um problema do investidor, mas para resolver um problema das gestoras — a necessidade de manter o fluxo de caixa vivo num ciclo de aperto de liquidez.
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## 🌎 Um Produto de Ciclo – E Não de Necessidade
O GOAT11 foi lançado em um timing muito oportuno — para as gestoras, não necessariamente para o investidor. O pano de fundo global é de encolhimento monetário: desde 2022, o Fed vem subtraindo dólares do sistema com o Quantitative Tightening, enquanto os ativos de risco sangram silenciosamente nas carteiras institucionais. Ninguém quer assumir risco puro agora. Os grandes fundos estão operando taticamente, carregando mais caixa, fazendo overlay, rolando posições... mas nada de pisar fundo no acelerador.
É aí que entra o varejo. Sempre atrasado no ciclo, sempre iludido com promessas de diversificação e sofisticação. GOAT11 aparece, então, como uma ponte — ou melhor, como um cano — por onde o varejo transfere sua liquidez lentamente para o mundo institucional que está seco, mas não quer sujar as mãos no risco direto.
Esse produto, nesse ciclo, é um canal. E o investidor comum, infelizmente, é o bombeamento passivo dessa liquidez.
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## 🧠 O Apelo Psicológico: A Promessa de Ser Parte do “Global”
GOAT11 é vendido como um passaporte. Um fundo que coloca o brasileiro, cansado do arroz com feijão do CDI e dos imóveis que pagam R\$0,80 por cota, em contato com o "mundo". Apple, Microsoft, tesouro americano, dívida europeia, dólar, euro, iene… uma sopa de ativos que soa sofisticada. É como oferecer sushi para quem só comeu feijoada.
Mas o fundo não tem personalidade. É um blend automatizado que simula exposição global, baseado no fundo espelho da BlackRock (Global Allocation Fund). É uma “fita cassete” moderna de um fundo da década de 1990, que agora volta como “produto revolucionário”.
E quem vende o sonho é uma indústria que conhece muito bem os gatilhos mentais do varejo: internacionalização, tecnologia, proteção cambial, diversificação — todos esses conceitos são jogados como cebola caramelizada em cima de um hambúrguer congelado. Parece gourmet, mas não é.
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## 📦 A Estrutura Técnica do GOAT11 – O Sanduíche de Taxas
Quando começo a olhar por dentro, vejo a arquitetura típica de produto feito para gerar recorrência de receita pra casa gestora:
1. O ETF é listado na B3, cotado em reais, com taxa de administração própria de 0,6%.
2. Ele espelha um fundo externo — o Global Allocation da BlackRock — que, por sua vez, já cobra suas próprias taxas (estimadas entre 0,9% e 1,5% ao ano).
3. Em cima disso, existe o custo de operação e hedge cambial, somando mais alguns bps (basis points).
Resultado? O investidor comum carrega uma estrutura que já consome cerca de **1,5% a 2% ao ano de forma invisível**, sem contar tracking error e riscos não cobertos pela estrutura passiva.
Comparando com um investidor que abre conta em uma corretora americana, ou mesmo em uma Avenue da vida, os custos caem pela metade. Mas claro: isso exige conhecimento, domínio da língua, familiaridade com sistemas internacionais — coisas que o marketing do GOAT11 sabe que o varejo médio brasileiro não tem.
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## 💰 Um Caso Clássico de Captação com Varejo
Não tem segredo. A estrutura do GOAT11 é financeiramente viável apenas com muito volume. O tíquete médio do varejo é pequeno — de R\$500 a R\$10.000 por investidor — mas no agregado isso dá bilhões em ativos sob gestão.
Vamos a um cálculo simplificado:
* Aporte médio por investidor: R\$5.000
* 100 mil investidores: R\$500 milhões sob gestão
* Taxa de 0,6% a.a. → R\$3 milhões/ano só da XP
* BlackRock leva mais R\$5-7 milhões na ponta externa
* Receita total de até R\$10 milhões/ano sobre um produto passivo
Isso sem contar rebalanceamentos que geram spread de mercado, e sem contar taxa de performance (caso usem em produtos complementares).
É o tipo de produto que nasce não da necessidade do investidor, mas da engenharia da margem da gestora. Precisa girar, precisa manter o barco vivo. E o varejo, como sempre, é a lenha.
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## 🧠 GOAT11 e a Lei de Pareto
Como sempre, 20% dos investidores vão entender o que estão comprando. E 80% vão entrar achando que é um fundo “premium global”. O problema? Esses 80% são os mesmos que sofrem nos momentos de drawdown porque não têm ideia do que estão expostos.
GOAT11 tem volatilidade cambial. Tem exposição a crédito e equities globais. Tem correlação com S\&P, com Nasdaq, com dívida pública americana. Quando o mundo balança, ele balança junto.
Mas é vendido como se fosse um colchão de segurança — o que, pra mim, é quase propaganda enganosa.
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## 🧠 O Que Eu Faria se Estivesse Começando Hoje?
Se eu estivesse hoje com R\$10 mil e buscando alocação internacional, o caminho não seria o GOAT11. Eu abriria uma conta internacional. Usaria um ETF puro lá fora (tipo VT ou VTI) com custo total abaixo de 0,1% ao ano. Se a ideia for exposição diversificada, nada supera esses produtos em custo-benefício.
E mesmo com o câmbio, ainda seria mais barato. E mais transparente.
Claro, isso exige esforço. Não tem storytelling, não tem corretora brasileira te guiando. Mas tem soberania e eficiência.
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## 🔍 O Papel do GOAT11 no Mercado
Apesar de toda crítica, o GOAT11 tem um papel: ele educa parcialmente. Ele abre uma porta que antes estava fechada. Ele expõe o investidor nacional ao “gosto” da diversificação. Mesmo que seja um gosto adoçado artificialmente.
E talvez, por isso, ele tenha algum valor: como porta de entrada.
Mas não pode ser confundido com solução de longo prazo. Porque a estrutura, os custos e a performance líquida não entregam o que prometem no marketing.
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## 🧠 Conclusão – GOAT11 É Um Produto de Vitrine
GOAT11 é como um carro automático oferecido para quem nunca dirigiu. Fácil, acessível, confortável — mas caro, limitado e com margem de lucro embutida até o talo.
Serve pra quem está começando, mas não serve pra quem quer eficiência.
É um “produto para o ciclo”, feito em um momento em que o sistema precisava de liquidez nova. E foi ao varejo buscar, mais uma vez, a gasolina que move a engrenagem institucional.
O nome “GOAT” sugere que é o melhor de todos os tempos. Mas quando você entende como ele foi costurado, o que ele entrega, e quem realmente lucra com ele, percebe que o verdadeiro GOAT da história é quem lançou o produto — e não quem comprou.
E como sempre, no mercado financeiro: entender o que está comprando vale mais do que o que você está comprando.
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Como obter renda passiva com Bitcoin em 2025?Descubra como gerar renda passiva com Bitcoin usando estratégias reais como colateral, liquidez em DeFi, lastro de stablecoins, staking via Stacks e roteamento na Lightning Network com este verdadeiro guia completo para iniciantes.
Se você já investe ou pensa em investir em Bitcoin, talvez já tenha se perguntado:
“Enquanto compro e espero o preço do BITSTAMP:BTCUSD valorizar, dá pra fazer também com que ele trabalhe por mim, me trazendo uma renda passiva?”
A resposta curta é: sim, dá! Mas a resposta completa exige um pouco mais de contexto. E é sobre isso que quero conversar com você neste artigo.
Meu objetivo aqui é te explicar, de forma direta, acessível e responsável, 5 formas sobre como você pode gerar renda passiva com Bitcoin, mesmo que ele não tenha um sistema de staking nativo como outras criptomoedas.
Ao longo dos últimos anos, participei de dezenas de projetos com foco em educação financeira, inovação e desenvolvimento de negócios baseados no universo cripto. E uma coisa que sempre me chama atenção é, como o Bitcoin continua sendo subutilizado por quem o compra .
A maioria esmagadora das pessoas ainda compram BTC, guardam na carteira e esperam que o preço suba. Essa estratégia, conhecida como HODL, funciona especialmente para quem tem visão de longo prazo.
Hoje, você pode usar seus investimentos em BTC de forma ainda mais estratégica, como colateral, fonte de liquidez, lastro ou até mesmo como ativo gerador de renda em protocolos e estruturas confiáveis .
1. Como obter renda passiva usando o Bitcoin como colateral
Se você já ouviu falar em “colocar o imóvel como garantia para conseguir um empréstimo” , você já entendeu a lógica por trás do que chamamos de usar um ativo como colateral.
No mundo financeiro tradicional, colateral é aquilo que você oferece como garantia para acessar um determinado crédito. Pode ser um carro, um imóvel, uma aplicação financeira. Se você não pagar o empréstimo, o banco fica com o bem.
No universo cripto, a lógica é parecida, mas com menos burocracia e mais velocidade. E o que é mais interessante: você pode usar seu próprio Bitcoin como colateral, conseguir um "empréstimo" em dólar ou em stablecoin (como CRYPTOCAP:USDC ou CRYPTOCAP:USDT ), e ainda manter a sua posição comprada em BTC.
Em outras palavras, imagine que você tem 1 BTC e acredita no crescimento de valor dele no longo prazo. Em vez de vender esse BTC para ter liquidez, você o trava como colateral numa plataforma segura e pega emprestado o equivalente a, digamos, 50% do seu valor em dólares.
Com esse capital, você pode aplicar em outras estratégias que gerem rendimento. E se tudo der certo, o BTC valoriza com o tempo, o empréstimo permanece estável e você ainda ganhou rendimento com o capital emprestado.
Com isso, você criou um efeito de renda passiva indireta, sem precisar vender seu Bitcoin. Isso é extremamente poderoso para quem tem visão de longo prazo e entende que liquidez e oportunidade caminham juntas, em uma mente empreendedora.
Existem duas categorias principais onde você pode usar o seu BTC como colateral, onde cada uma tem suas vantagens e seus cuidados:
As plataformas centralizadas, conhecidas como CeF ;
e as descentralizadas, chamadas DeFi .
No universo CeFi, temos opções como a Nexo, a Ledn e a CoinRabbit. São plataformas com uma proposta mais simples e intuitiva, ideais para quem está começando. A maioria oferece interfaces diretas, suporte em tempo real e até aplicativos para celular. Em poucos cliques, você já consegue travar seu BTC e tomar empréstimos em stablecoins.
Já no mundo DeFi, as coisas ficam um pouco mais técnicas. Protocolos como CRYPTOCAP:AAVE (via wBTC), BITSTAMP:COMPUSD e COINBASE:LQTYUSDC funcionam de forma descentralizada, o que significa que você interage direto com contratos inteligentes, usando carteiras como a Metamask. A autonomia aqui é maior, mas exige que você entenda bem sobre taxas de rede, segurança e gerenciamento de risco.
Independente do caminho que você escolher, é importante entender os riscos envolvidos!
Se o preço do BTC cair demais, você pode ter sua posição liquidada. Em plataformas centralizadas, existe o risco da contraparte. E em vias gerais, o ambiente regulatório ainda está debaixo de uma grande área cinzenta, ou seja, não é uma modalidade de investimento regulada, mas também não existe a possibilidade prática de proibir a prática.
Minha sugestão?
Comece pequeno. Teste com valores que não comprometam sua estratégia. E nunca, em hipótese alguma, use 100% do que a plataforma permite como margem, sem que você saiba muito bem o que está fazendo para manejar o risco envolvido. Trabalhe com no máximo 50% da sua alavancagem disponível, para se proteger de oscilações bruscas no mercado.
2. Como gerar renda passiva com BTC em DeFi (liquidez via BTC tokenizado)
Se tem algo que me fascina no universo DeFi é a liberdade que ele proporciona. A ideia de você ser o dono do seu dinheiro e das suas decisões, sem precisar de bancos, instituições ou intermediários, é poderosa. E sim, é possível usar seu Bitcoin nesse ecossistema, mesmo ele não sendo nativamente compatível com contratos inteligentes.
A solução para isso se chama tokenização. Tokens como wBTC ou tBTC permitem que você use seu BTC dentro da rede Ethereum, onde estão os maiores projetos DeFi do mundo.
Quando você fornece liquidez a uma plataforma como BITSTAMP:UNIUSD ou BITSTAMP:CRVUSD , você está colocando seus ativos à disposição da rede, para que outras pessoas possam trocar entre eles. Você vira uma espécie de “posto de câmbio descentralizado” , e em troca, ganha uma fatia das taxas de transação.
Essas estratégias são potentes, no entanto, considero avançadas. Portanto, estude bastante, use valores pequenos e prefira pares com ativos similares ou stablecoins para mitigar riscos.
Exemplo: Você deposita 1 wBTC + o equivalente em OANDA:ETHUSD num pool na Uniswap. Sempre que alguém trocar BTC por ETH, você ganha uma pequena taxa. E isso pode te gerar algo em torno de uns 10% a 25% ao ano, além da própria valorização do ativo.
Mas atenção! Aqui entra o impermanent loss . Se o preço do Bitcoin (BTC) valorizar muito em relação ao preço do Ethereum (ETH), o protocolo reequilibra sua posição automaticamente, e no final você pode acabar com menos BTC do que começou.
3. Como obter renda passiva com Bitcoin servindo como lastro de stablecoins
Agora deixa eu te mostrar uma das formas mais empolgantes e que, sinceramente, representa a essência de tudo que o Bitcoin foi criado para ser, na minha visão .
Estou falando do uso do BTC como lastro para stablecoins descentralizadas.
Pouca gente conhece esse modelo, mas eu acredito que ele é a chave para o futuro da segurança financeira global e pode muito bem ser o que vai consolidar o Bitcoin como o ativo de reserva mais importante do mundo, superando então o ouro.
Na RSK, uma sidechain que se ancora diretamente à blockchain do Bitcoin, existe um protocolo chamado Money on Chain . Lá, você pode travar o seu BTC como garantia, e em troca, o sistema emite uma stablecoin chamada DoC, que mantém paridade com o dólar.
E aqui vem a parte mais interessante, você pode se posicionar como provedor de lastro, o que o protocolo chama de MoC hodler . Fazendo isso, você passa a receber parte das taxas geradas na plataforma. Ou seja, você contribui para dar estabilidade ao ecossistema e ainda é remunerado por isso.
E o melhor, você não está exposto ao impermanent loss , como em outros modelos DeFi. Nesse caso, os seus BTCs seguem travados com segurança e o principal, gerando rendimentos, além da valorização do ativo.
Estamos falando de um modelo que usa o Bitcoin como base monetária de um sistema financeiro alternativo, descentralizado, antifrágil e que, com o tempo, pode se tornar a espinha dorsal de uma nova economia.
Claro, o fator risco ainda é elevado para fomentar investimentos em massa para essa finalidade, o que faz com que a liquidez desses projetos ainda seja relativamente baixa. Por exemplo, o protocolo pode apresentar falhas, ou ataques, entre outros riscos sistêmicos de várias naturezas, principalmente no tocante à confiabilidade e escalabilidade. Nesse caso, por exemplo, seria necessário confiar na estabilidade do DoC.
Uma proposta simplesmente brilhante, são significa o possua aplicabilidade e adoção instantânea. Então, paciência faz parte do jogo. Mas lembre-se também daquele velho ditado: “Quem chega primeiro, é quem bebe a água limpa!”.
Minha sugestão aqui é clara, explore! Comece com pouco, estude e interaja com o protocolo, entenda como ele funciona. Porque se você acredita no potencial do Bitcoin, como eu acredito, essa talvez seja uma das formas mais puras e impactantes de verdadeiramente colocar o seu dinheiro para trabalhar para você.
4. Como obter renda passiva com Bitcoin via Staking em Stacks e RSK
No mundo tradicional, staking é aquele processo de travar seus ativos em uma rede proof-of-stake para ganhar recompensas. E como todos sabemos, o Bitcoin não funciona assim. Ele usa proof-of-work , mais conhecido como mineração, ou em outras palavras, gasto computacional, energia. Mas a grande verdade é que isso não significa que você não possa participar da segurança e do crescimento de redes que se conectam ao BTC.
É aqui que entram projetos como o Stacks (STX) e a RSK. O Stacks criou um modelo chamado Proof of Transfer (PoX) , que permite que você trave STX e receba recompensas em BTC.
Sim, em Bitcoin! A lógica é simples, você contribui com o funcionamento da rede Stacks e, em troca, é recompensado com a moeda mais forte do ecossistema.
Já a RSK tem uma proposta diferente. Ela oferece mecanismos de incentivo para quem opera “nós completos”, desenvolve ou contribui com liquidez na rede. Não é exatamente staking, mas sim uma forma de remuneração descentralizada por participação ativa.
A dica é clara, se você já acredita no potencial do Bitcoin como base monetária sólida, essas redes são ótimas portas de entrada para explorar. Principalmente o Stacks, que combina inovação com retorno direto em BTC.
5. Como obter renda passiva com Bitcoin via Lightning Network
A Lightning Network é, na minha visão, uma das criações mais inteligentes do ecossistema Bitcoin. Uma rede de segunda camada que permite transferências instantâneas, com taxas baixíssimas, e que mantém toda a segurança da blockchain principal.
Na prática, isso significa que você pode abrir canais de pagamento na Lightning e colocar seus BTCs em jogo e, se fizer isso de maneira estratégica, você pode começar a receber microtaxas toda vez que uma transação passar pelo seu canal. É como se você montasse sua própria via expressa digital e cobrasse um pedágio simbólico por isso.
Claro, não é algo tão simples assim. Você precisa compreender tudo isso a fundo, entender como balancear os fluxos, configurar canais, ajustar taxas. Mas é possível. E o melhor, totalmente descentralizado.
Se você quer realmente se aprofundar e aprender sobre o funcionamento interno do Bitcoin, rodar um nó Lightning é quase uma aula prática. Ferramentas como Umbrel, Amboss e Voltage facilitam bastante esse processo. Dá pra rodar de casa, com um Raspberry Pi ou num VPS.
Essa talvez seja a forma mais libertadora de gerar renda com Bitcoin. Porque aqui, ninguém segura seus BTCs, não existe token secundário, não há promessa de marketing. É você, sua máquina e a rede funcionando. E isso, pra mim, é o que é revolução de verdade.
Conclusão
Ao mergulhar no universo da tokenização e suas possibilidades, você passa a entender que o Bitcoin não é só a melhor reserva de valor, pois ele também pode ser um gerador de valor. Basta saber como ativá-lo. E para quem acredita, assim como eu, que estamos atravessando uma 4 revolução industrial , entender sobre esses assuntos pode se tornar uma obrigação daqui a alguns anos, quando já não for mais necessária a mão de obra humana para maior parte das atividades industriais.
Portanto, tenho dito que quando não houver mais com o que se trabalhar, a única alternativa será usar esses tipos de mecanismos financeiros presentes no universo cripto, para sobreviver. Ou, talvez, a alternativa talvez seja se submeter, junto com a maioria esmagadora da humanidade, a uma renda básica universal. Como inclusive já previu Elon Musk, em um podcast com Joe Rogan, como sendo, a tal renda básica universal, a única alternativa para o equilíbrio existencial da humanidade no futuro próximo.
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ABNB está prestes a lançarAirbnb está (ou já conseguiu) levantar 3 bilhões de dólares em seu IPO visando financiar suas atividades para 2021 após ter sobrevivido perseverantemente a crise que afetou principalmente o seu setor de atuação. O IPO para a empresa foi uma grande sacada, aproveitando justamente a grande liquidez do mercado ocasionada pela crise, endossando a fala do Fernando Ulrich em seu vídeo sobre o tema, o ano de 2020 já é o ano com maiores arrecadações em IPO desde 1999.
A empresa inicialmente esperava uma avaliação de US$34bi dadas todas as condições desse ano, mas poder ser avaliada até 42bi uma vez que vem mostrando ser uma empresa muito sólida e séria, e muito popular entre os investidores, vista com bons olhos e com alta especulação, já sendo um dos 5 maiores IPOS de 2020 e podendo ter um preço de ação indicando na casa dos 44~50 dólares, quase 20% acima do esperado.
Dentro dessa amplitude de preço, segundo a Bloomberg, esse evento será muito lucrativo para alguns empregados, transformando os mais longínquos e fiéis em milionários.
A última divulgação publica do IPO pela NASDAQ é que será feita a precificação dia 09/12 (quarta-feira) e o preço estará liberado para negociação dia 10/12 (quinta-feira). Ansioso para ver o que acontece e se teremos BDR dessa tech promissora.
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