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Como obter renda passiva com Bitcoin em 2025?

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Descubra como gerar renda passiva com Bitcoin usando estratégias reais como colateral, liquidez em DeFi, lastro de stablecoins, staking via Stacks e roteamento na Lightning Network com este verdadeiro guia completo para iniciantes.

Se você já investe ou pensa em investir em Bitcoin, talvez já tenha se perguntado:
“Enquanto compro e espero o preço do BTCUSD valorizar, dá pra fazer também com que ele trabalhe por mim, me trazendo uma renda passiva?”

A resposta curta é: sim, dá! Mas a resposta completa exige um pouco mais de contexto. E é sobre isso que quero conversar com você neste artigo.

Meu objetivo aqui é te explicar, de forma direta, acessível e responsável, 5 formas sobre como você pode gerar renda passiva com Bitcoin, mesmo que ele não tenha um sistema de staking nativo como outras criptomoedas.

Ao longo dos últimos anos, participei de dezenas de projetos com foco em educação financeira, inovação e desenvolvimento de negócios baseados no universo cripto. E uma coisa que sempre me chama atenção é, como o Bitcoin continua sendo subutilizado por quem o compra.

A maioria esmagadora das pessoas ainda compram BTC, guardam na carteira e esperam que o preço suba. Essa estratégia, conhecida como HODL, funciona especialmente para quem tem visão de longo prazo.

Hoje, você pode usar seus investimentos em BTC de forma ainda mais estratégica, como colateral, fonte de liquidez, lastro ou até mesmo como ativo gerador de renda em protocolos e estruturas confiáveis.

1. Como obter renda passiva usando o Bitcoin como colateral

Se você já ouviu falar em “colocar o imóvel como garantia para conseguir um empréstimo”, você já entendeu a lógica por trás do que chamamos de usar um ativo como colateral.

No mundo financeiro tradicional, colateral é aquilo que você oferece como garantia para acessar um determinado crédito. Pode ser um carro, um imóvel, uma aplicação financeira. Se você não pagar o empréstimo, o banco fica com o bem.

No universo cripto, a lógica é parecida, mas com menos burocracia e mais velocidade. E o que é mais interessante: você pode usar seu próprio Bitcoin como colateral, conseguir um "empréstimo" em dólar ou em stablecoin (como USDC ou USDT), e ainda manter a sua posição comprada em BTC.

Em outras palavras, imagine que você tem 1 BTC e acredita no crescimento de valor dele no longo prazo. Em vez de vender esse BTC para ter liquidez, você o trava como colateral numa plataforma segura e pega emprestado o equivalente a, digamos, 50% do seu valor em dólares.

Com esse capital, você pode aplicar em outras estratégias que gerem rendimento. E se tudo der certo, o BTC valoriza com o tempo, o empréstimo permanece estável e você ainda ganhou rendimento com o capital emprestado.

Com isso, você criou um efeito de renda passiva indireta, sem precisar vender seu Bitcoin. Isso é extremamente poderoso para quem tem visão de longo prazo e entende que liquidez e oportunidade caminham juntas, em uma mente empreendedora.

Existem duas categorias principais onde você pode usar o seu BTC como colateral, onde cada uma tem suas vantagens e seus cuidados:

  1. As plataformas centralizadas, conhecidas como CeF;

  2. e as descentralizadas, chamadas DeFi.


No universo CeFi, temos opções como a Nexo, a Ledn e a CoinRabbit. São plataformas com uma proposta mais simples e intuitiva, ideais para quem está começando. A maioria oferece interfaces diretas, suporte em tempo real e até aplicativos para celular. Em poucos cliques, você já consegue travar seu BTC e tomar empréstimos em stablecoins.

Já no mundo DeFi, as coisas ficam um pouco mais técnicas. Protocolos como AAVE (via wBTC), COMPUSD e LQTYUSDC funcionam de forma descentralizada, o que significa que você interage direto com contratos inteligentes, usando carteiras como a Metamask. A autonomia aqui é maior, mas exige que você entenda bem sobre taxas de rede, segurança e gerenciamento de risco.

Independente do caminho que você escolher, é importante entender os riscos envolvidos!

Se o preço do BTC cair demais, você pode ter sua posição liquidada. Em plataformas centralizadas, existe o risco da contraparte. E em vias gerais, o ambiente regulatório ainda está debaixo de uma grande área cinzenta, ou seja, não é uma modalidade de investimento regulada, mas também não existe a possibilidade prática de proibir a prática.

Minha sugestão?

Comece pequeno. Teste com valores que não comprometam sua estratégia. E nunca, em hipótese alguma, use 100% do que a plataforma permite como margem, sem que você saiba muito bem o que está fazendo para manejar o risco envolvido. Trabalhe com no máximo 50% da sua alavancagem disponível, para se proteger de oscilações bruscas no mercado.

2. Como gerar renda passiva com BTC em DeFi (liquidez via BTC tokenizado)

Se tem algo que me fascina no universo DeFi é a liberdade que ele proporciona. A ideia de você ser o dono do seu dinheiro e das suas decisões, sem precisar de bancos, instituições ou intermediários, é poderosa. E sim, é possível usar seu Bitcoin nesse ecossistema, mesmo ele não sendo nativamente compatível com contratos inteligentes.

A solução para isso se chama tokenização. Tokens como wBTC ou tBTC permitem que você use seu BTC dentro da rede Ethereum, onde estão os maiores projetos DeFi do mundo.

Quando você fornece liquidez a uma plataforma como UNIUSD ou CRVUSD, você está colocando seus ativos à disposição da rede, para que outras pessoas possam trocar entre eles. Você vira uma espécie de “posto de câmbio descentralizado”, e em troca, ganha uma fatia das taxas de transação.

Essas estratégias são potentes, no entanto, considero avançadas. Portanto, estude bastante, use valores pequenos e prefira pares com ativos similares ou stablecoins para mitigar riscos.

Exemplo: Você deposita 1 wBTC + o equivalente em ETHUSD num pool na Uniswap. Sempre que alguém trocar BTC por ETH, você ganha uma pequena taxa. E isso pode te gerar algo em torno de uns 10% a 25% ao ano, além da própria valorização do ativo.

Mas atenção! Aqui entra o impermanent loss. Se o preço do Bitcoin (BTC) valorizar muito em relação ao preço do Ethereum (ETH), o protocolo reequilibra sua posição automaticamente, e no final você pode acabar com menos BTC do que começou.

3. Como obter renda passiva com Bitcoin servindo como lastro de stablecoins

Agora deixa eu te mostrar uma das formas mais empolgantes e que, sinceramente, representa a essência de tudo que o Bitcoin foi criado para ser, na minha visão.

Estou falando do uso do BTC como lastro para stablecoins descentralizadas.

Pouca gente conhece esse modelo, mas eu acredito que ele é a chave para o futuro da segurança financeira global e pode muito bem ser o que vai consolidar o Bitcoin como o ativo de reserva mais importante do mundo, superando então o ouro.

Na RSK, uma sidechain que se ancora diretamente à blockchain do Bitcoin, existe um protocolo chamado Money on Chain. Lá, você pode travar o seu BTC como garantia, e em troca, o sistema emite uma stablecoin chamada DoC, que mantém paridade com o dólar.

E aqui vem a parte mais interessante, você pode se posicionar como provedor de lastro, o que o protocolo chama de MoC hodler. Fazendo isso, você passa a receber parte das taxas geradas na plataforma. Ou seja, você contribui para dar estabilidade ao ecossistema e ainda é remunerado por isso.

E o melhor, você não está exposto ao impermanent loss, como em outros modelos DeFi. Nesse caso, os seus BTCs seguem travados com segurança e o principal, gerando rendimentos, além da valorização do ativo.

Estamos falando de um modelo que usa o Bitcoin como base monetária de um sistema financeiro alternativo, descentralizado, antifrágil e que, com o tempo, pode se tornar a espinha dorsal de uma nova economia.

Claro, o fator risco ainda é elevado para fomentar investimentos em massa para essa finalidade, o que faz com que a liquidez desses projetos ainda seja relativamente baixa. Por exemplo, o protocolo pode apresentar falhas, ou ataques, entre outros riscos sistêmicos de várias naturezas, principalmente no tocante à confiabilidade e escalabilidade. Nesse caso, por exemplo, seria necessário confiar na estabilidade do DoC.

Uma proposta simplesmente brilhante, são significa o possua aplicabilidade e adoção instantânea. Então, paciência faz parte do jogo. Mas lembre-se também daquele velho ditado: “Quem chega primeiro, é quem bebe a água limpa!”.

Minha sugestão aqui é clara, explore! Comece com pouco, estude e interaja com o protocolo, entenda como ele funciona. Porque se você acredita no potencial do Bitcoin, como eu acredito, essa talvez seja uma das formas mais puras e impactantes de verdadeiramente colocar o seu dinheiro para trabalhar para você.

4. Como obter renda passiva com Bitcoin via Staking em Stacks e RSK

No mundo tradicional, staking é aquele processo de travar seus ativos em uma rede proof-of-stake para ganhar recompensas. E como todos sabemos, o Bitcoin não funciona assim. Ele usa proof-of-work, mais conhecido como mineração, ou em outras palavras, gasto computacional, energia. Mas a grande verdade é que isso não significa que você não possa participar da segurança e do crescimento de redes que se conectam ao BTC.

É aqui que entram projetos como o Stacks (STX) e a RSK. O Stacks criou um modelo chamado Proof of Transfer (PoX), que permite que você trave STX e receba recompensas em BTC.

Sim, em Bitcoin! A lógica é simples, você contribui com o funcionamento da rede Stacks e, em troca, é recompensado com a moeda mais forte do ecossistema.

Já a RSK tem uma proposta diferente. Ela oferece mecanismos de incentivo para quem opera “nós completos”, desenvolve ou contribui com liquidez na rede. Não é exatamente staking, mas sim uma forma de remuneração descentralizada por participação ativa.

A dica é clara, se você já acredita no potencial do Bitcoin como base monetária sólida, essas redes são ótimas portas de entrada para explorar. Principalmente o Stacks, que combina inovação com retorno direto em BTC.

5. Como obter renda passiva com Bitcoin via Lightning Network

A Lightning Network é, na minha visão, uma das criações mais inteligentes do ecossistema Bitcoin. Uma rede de segunda camada que permite transferências instantâneas, com taxas baixíssimas, e que mantém toda a segurança da blockchain principal.

Na prática, isso significa que você pode abrir canais de pagamento na Lightning e colocar seus BTCs em jogo e, se fizer isso de maneira estratégica, você pode começar a receber microtaxas toda vez que uma transação passar pelo seu canal. É como se você montasse sua própria via expressa digital e cobrasse um pedágio simbólico por isso.

Claro, não é algo tão simples assim. Você precisa compreender tudo isso a fundo, entender como balancear os fluxos, configurar canais, ajustar taxas. Mas é possível. E o melhor, totalmente descentralizado.

Se você quer realmente se aprofundar e aprender sobre o funcionamento interno do Bitcoin, rodar um nó Lightning é quase uma aula prática. Ferramentas como Umbrel, Amboss e Voltage facilitam bastante esse processo. Dá pra rodar de casa, com um Raspberry Pi ou num VPS.

Essa talvez seja a forma mais libertadora de gerar renda com Bitcoin. Porque aqui, ninguém segura seus BTCs, não existe token secundário, não há promessa de marketing. É você, sua máquina e a rede funcionando. E isso, pra mim, é o que é revolução de verdade.

Conclusão

Ao mergulhar no universo da tokenização e suas possibilidades, você passa a entender que o Bitcoin não é só a melhor reserva de valor, pois ele também pode ser um gerador de valor. Basta saber como ativá-lo. E para quem acredita, assim como eu, que estamos atravessando uma 4 revolução industrial, entender sobre esses assuntos pode se tornar uma obrigação daqui a alguns anos, quando já não for mais necessária a mão de obra humana para maior parte das atividades industriais.

Portanto, tenho dito que quando não houver mais com o que se trabalhar, a única alternativa será usar esses tipos de mecanismos financeiros presentes no universo cripto, para sobreviver. Ou, talvez, a alternativa talvez seja se submeter, junto com a maioria esmagadora da humanidade, a uma renda básica universal. Como inclusive já previu Elon Musk, em um podcast com Joe Rogan, como sendo, a tal renda básica universal, a única alternativa para o equilíbrio existencial da humanidade no futuro próximo.

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