Evergrande, chegou a hora de se mostrar Grande!- Funda em 1996 pelo empresário Hui Ka Yan, a Evergrande tornou-se rapidamente a segunda maior incorporadora imobiliária da China. Apesar de atuar no ramo da construção civil, a empresa também se dedica em outros projetos, como fabricação de carros elétricos, a fabricação de alimentos e bebidas, a administração de grandes fortunas, além de ser dona do maior time de futebol da China, o Guangzhou FC.
- Para se tornar um dos maiores conglomerados da China, o Grupo Evergrande teve que se alavancar contraindo diversos empréstimos, que chegam a ordem de $ 300 BI de dólares.
- Com as dificuldades vindo à tona, a Evergrande teve que vender suas propriedades com grandes descontos para garantir o pagamento dos empréstimos, fazendo com que suas margens deteriorassem, levando a empresa ao atual cenário.
- Com dificuldades para pagar até o juros dos empréstimos, essa notícia contribuiu fortemente para a derrocada das bolsas mundo afora, e o papel da empresa despencou cerca de 85%, afinal, se a empresa realmente vir a dar calote, diversas empresas da “cadeia de valor” (bancos, fornecedores e os próprios clientes que a Evergrande participa) irão sofrer as consequências, por conta disso, o governo Chinês terá que tomar uma decisão o quanto antes, para que isso não contamine ainda mais os mercados e interrompam momentaneamente seus planos de focar no crescimento interno e na sua autossuficiência.
- ** Só uma nota de meus pensamentos mirabolantes: “Deve ser por isso que o governo Chinês se opôs a abertura de capital das suas empresas de tecnologia, pois terá que arcar com um grande montante para salvar uma empresa e parte do seu mercado de um verdadeiro colapso interno” e com certeza, o governo tinha ciência do que se passava com a Evergrande, afinal, na China, tudo é controlado pelo governo. ”**
# Vamos de Gráfico #
- O papel vinha trabalhando abaixo da média longa (linha preta) a bastante tempo, para ser mais preciso, desde maio de 2019, o que contribui de cara para uma dose extra de cautela.
- Com o avanço da COVID em 2020, o papel derreteu abruptamente, bem como todos os demais papeis mundo afora, onde, naquele momento não haviam precedentes para desconfianças quanto ao potencial da empresa, visto que a China era um único país a sofrer quase pouco com essa hecatombe global, trazendo os holofotes de crescimento e investimentos para o país, tornando-o a bola da vez.
- Outra coisa que chama atenção, é o fato dos preços (salvo o período pós pandemia, compreendidos entre maio de 2020 e julho de 2020) nunca terem conseguido trabalhar acima das médias curtas (linhas vermelha e azul), o que abre novo precedente de cautela para o perspicaz e bom investidor.
- Infelizmente por hora, a decisão de salvar ou não a empresa estará nas mãos do governo chinês, e dependendo da sua decisão, muito de seus planos podem ser adiados, e o sonho do país em se tornar a maior potência mundial ficará em segundo plano.
- Façam vossas analises e bons negócios.
- Seja consciente, Se comprar, Use Stop!