Tesla agora manda no setor de Consumo e é o novo defrator do índice NASDAQ, IXIC.
Composição
Na última composição da NASDAQ, observamos que o setor de Consumo Discricionário representa 18,20% do total do índice. No entanto, é evidente que não é possível competir com o tamanho total do setor de Tecnologia, que tem um peso de 59,7%. Ainda assim, é notável que o setor de Consumo, especialmente a Tesla, esteja atuando como o principal fator de desaceleração no movimento futuro.
Fonte: indexes.nasdaqomx.com
Dentro da composição do ETF SPDR XLY, a Tesla é a segunda ação mais relevante, com peso de 15%, ficando atrás apenas da Amazon, que representa 23% da composição do ETF. Naturalmente, esses pesos e medidas mudam com o tempo, conforme a percepção de mercado e o interesse em um benchmark relevante, de acordo com a SPDR.
Fonte: www.sectorspdrs.com
Descolamento
No gráfico abaixo, podemos ver as duas ações mais relevantes em laranja e preto, sendo Amazon e Tesla, respectivamente, e o índice de composição do setor de consumo discricionário em verde, mostrando como opera na média entre o desempenho das duas ações. Porém, é notável que, nos últimos dias, o XLY foi impulsionado substancialmente pela Tesla.
Quando comparamos a performance relativa do índice de tecnologia da NASDAQ, IXCO, com o XLY nos últimos dias, percebemos que o setor de tecnologia foi deixado de lado. O resultado é o índice de composição IXIC sendo freado pelo movimento da Tesla e do XLY como um todo. Seria este o momento em que o protagonismo da NVIDIA é desbancado pela Tesla? Apenas o tempo dirá.
O fato é que a Nasdaq está sendo muito afetada pela dinâmica que a Tesla vem proporcionando ao mercado, e isso merece atenção fundamental.
Mas por que agora?
A Tesla ganhou força com a eleição de Trump e com seu CEO, Elon Musk, sendo um apoiador vocal do eleito rpesidente. Entre 2023 e 2024, vimos Musk criticar a política comercial chinesa de subsídios para carros elétricos e relatar dificuldades em competir com esse mercado. Como Trump tende a ser protecionista e promete tarifar a China, os carros da Tesla voltam a ser a melhor opção, o que traz uma perspectiva positiva para a ação. Obviamente, os fundamentos das ações seguem fortes, o que deve sustentar um crescimento contínuo a partir de 2025.
Além disso, a indústria de microchips ainda enfrenta muitas incertezas quanto à sua produção e aos impactos nas novas tecnologias de inteligência artificial. Estaríamos observando um " midcycle " para as Techs?