Por que as ações da 3M subiram apesar das ameaças tarifárias?As ações da gigante industrial 3M Co. registraram um aumento significativo após a divulgação dos resultados financeiros do primeiro trimestre de 2025. O salto foi impulsionado principalmente pelo fato de a empresa ter reportado lucros ajustados e receita líquida total acima das expectativas de Wall Street. Esse desempenho demonstrou uma posição operacional mais robusta do que os analistas previam.
Os resultados positivos derivam de vários fatores-chave destacados no relatório. A 3M apresentou um crescimento orgânico sólido das vendas e obteve uma notável expansão da margem operacional ajustada. Essa melhoria nas margens reflete a eficácia das iniciativas contínuas de redução de custos da gestão e o foco estratégico na eficiência operacional, contribuindo diretamente para o crescimento de dois dígitos no lucro por ação durante o trimestre.
Embora a empresa tenha alertado sobre possíveis impactos futuros no lucro de 2025 devido ao aumento das tensões comerciais globais e ameaças tarifárias, a gestão também detalhou estratégias proativas para mitigar esses riscos. Os planos incluem ajustes na cadeia de suprimentos, ações de precificação e a utilização de sua rede global de manufatura, com potencial aumento da produção nos EUA. A empresa manteve sua projeção de lucro ajustado para o ano inteiro, destacando que essa perspectiva já incorpora os impactos tarifários esperados. Os investidores provavelmente reagiram positivamente à combinação de um desempenho trimestral robusto e medidas claras para superar os desafios identificados.
Tarrifs
Ouro Mantém Impulso e Aproxima-se de Recorde Histórico
Os preços do ouro subiram ligeiramente no início desta quarta-feira, dando continuidade ao impulso da sessão anterior, quando o metal precioso valorizou mais de 1,5% e ficou a um passo do recorde histórico atingido na semana passada. A procura por ouro tem aumentado recentemente devido à crescente preocupação com a agenda protecionista da administração Trump e o seu possível impacto no crescimento económico global, reforçando o apelo de ativos de refúgio como o ouro. As tensões geopolíticas persistentes reforçaram ainda mais esta dinâmica.
No entanto, esta valorização continua limitada pelo otimismo moderado de que a retórica da administração Trump sobre tarifas seja, acima de tudo, uma tática de negociação e de que o conflito entre a Rússia e a Ucrânia esteja agora mais próximo de uma resolução diplomática. Neste contexto, a publicação das atas mais recentes do FOMC poderá trazer maior clareza e influenciar a evolução dos preços do metal precioso no curto prazo. Sinais mais expansionistas por parte dos responsáveis da Reserva Federal, refletindo preocupações com o crescimento e o emprego, podem pressionar os yields, enfraquecer o dólar dos EUA e reforçar a atratividade do ouro, um ativo sem rendimento. Pelo contrário, um foco na inflação e sinais de taxas de juro mais elevadas por mais tempo poderão ter o efeito oposto, pesando sobre os preços do ouro.
Ricardo Evangelista – Analista Sénior, ActivTrades
Correção do Dólar Reforça Ganhos do Ouro
Os preços do ouro subiram nas negociações de sexta-feira de manhã, aproximando-se do recorde histórico alcançado no final de outubro. Os principais fatores que impulsionaram estes ganhos foram os rendimentos menores das obrigações do Tesouro e o enfraquecimento do dólar norte-americano, após os comentários do novo Presidente dos EUA sobre tarifas. Donald Trump continua a alternar entre uma retórica agressiva e conciliadora em relação às tarifas. Mais recentemente, afirmou que prefere evitar a imposição de tarifas à China. Estas declarações aliviaram as preocupações dos investidores que temiam que tarifas de importação elevadas pudessem reacender a inflação. Esta mudança no sentimento refletiu-se na queda dos rendimentos das obrigações do Tesouro e no enfraquecimento do dólar, com o índice que mede o desempenho do dólar face a um conjunto de moedas principais a atingir mínimos de cinco semanas, aumentando o apelo do ouro, um metal precioso que não gera rendimento.
Ricardo Evangelista – Analista Sénior, ActivTrades
Dólar Demonstra Resiliência Após Tomada de Posse nos EUA
O dólar norte-americano valorizou ligeiramente no início da negociação de quinta-feira, consolidando os ganhos da sessão anterior e aparentemente recuperou o seu ímpeto, revertendo parte das perdas registadas após a tomada de posse da nova administração dos EUA. Os mercados têm estado algo instáveis devido a declarações contraditórias da administração. A omissão inicial de tarifas no discurso inaugural provocou uma queda no dólar, uma vez que as tarifas estão normalmente associadas a uma inflação mais elevada. No entanto, declarações subsequentes acerca de impostos sobre as importações, levaram a uma recuperação parcial das perdas iniciais. Apesar da atual incerteza e especulação em torno das políticas comerciais da nova administração, os fundamentos para o dólar permanecem positivos. A economia dos EUA continua a demonstrar resiliência, superando outras economias desenvolvidas. Neste contexto, independentemente das decisões de política comercial em Washington, é provável que o dólar norte-americano continue a valorizar em relação a outras moedas principais, refletindo a força relativa da economia americana.
Ricardo Evangelista – Analista Sénior, ActivTrades
Dólar Recua Ligeiramente Antes dos Dados de Inflação
O Índice do Dólar dos EUA, que acompanha o desempenho da moeda norte-americana face a um conjunto de outras principais moedas, registou uma queda no início das negociações de terça-feira. Relatos na imprensa sugerem que a nova administração Trump está a considerar uma implementação gradual das tarifas comerciais para mitigar o seu potencial impacto inflacionário. Se confirmado, esta seria uma notícia positiva para aqueles que temem que a agenda protecionista possa aumentar a inflação e forçar a Reserva Federal a adotar medidas cada vez mais restritivas, elevando as yields das obrigações do Tesouro e fortalecendo o dólar. Além disso, os investidores parecem ter liquidado posições longas no dólar para assegurar ganhos antes da publicação dos dados da inflação nos EUA, com os dados de PPI previstos para hoje e os do IPC para amanhã. Ambos os indicadores de inflação deverão mostrar um aumento em dezembro em comparação com novembro. Se confirmado, este cenário poderá favorecer uma valorização do dólar norte-americano.
Ricardo Evangelista – Analista Sénior, ActivTrades