Inversão na curva de juros curtos AmericanosHistoricamente, uma recessão nunca aconteceu sem uma inversão na curva de juros. Semelhante à última inversão em 2019, tem aumentado a preocupação de que o aperto da política do Fed reduzirá os gastos do consumidor e a atividade empresarial. Agora o banco central dos EUA está lutando contra as taxas de inflação mais altas em uma geração, o que está alimentando especulações de que as circunstâncias exigirão um ajuste mais drástico nas taxas de juros, com consequências mais dolorosas.
Porque a sinalização de inversão nos Juros é importante?
Os rendimentos de curto prazo que são mais altos do que os rendimentos de longo prazo são considerados anormais pois sinalizam que é improvável que altos níveis de rendimentos de curto prazo sejam sustentados à medida que o crescimento desacelera.
Todavia, o presidente do FED, Jerome Powell, disse na semana passada que está focado nos rendimentos do Tesouro até 18 meses, que não mostram esses sinais de alerta. Analistas especialistas e Traders de Futuros dizem que a compra maciça de títulos do Tesouro pelo FED nos últimos dois anos — suas participações totalizam cerca de US$ 5,8 trilhões — distorceu qualquer sinal dos níveis de rendimento, o que poderia explicar essa sinalização como falsa.
Esse é um sinal importante sobre a saúde do mercado global, e pode dar horizontes econômicos para 2023 e 2024.
No gráfico estou subtraindo o T2 pelo T10, e o valor 0% é o exato momento em que a inversão acontece de fato.
T-notes
Inversão da curva dos juros americanos? Recessão encomendada?Analisando a relação entre os rendimentos de 2 e 5 anos dos respectivos títulos americanos, percebe-se uma correlação entre inversão da curva (quando o rendimento do 2 anos é maior que o de 5 anos) e inflexões do mercado de ações. Deixo claro que é uma análise considerada macro, que não deve ser usada para ponderar entradas e saídas de curto e curtíssimo prazos.