VIX - Índice do MEDO - Olá amigos do TradingView tudo bem com vocês ?
- Hoje eu venho trazer um estudo sobre o TVC:VIX o índice do medo ou medidor de medo:
- O TVC:VIX tem sua origem na pesquisa de economia financeira de Menachem Brenner e Dan Galai. Em uma série de trabalhos iniciados em 1989, Brenner e Galai propuseram a criação de uma série de índices de volatilidade, começando com um índice sobre a volatilidade do mercado de ações e passando para a volatilidade da taxa de juros e da taxa de câmbio.
- Em seus artigos, Brenner e Galai propuseram que "o índice de volatilidade, a ser chamado de 'Sigma Index', seria atualizado com frequência e usado como ativo subjacente para futuros e opções... Um índice de volatilidade desempenharia o mesmo papel que o índice de mercado desempenha para opções e futuros no índice."
- Em 1992, o CBOE contratou o consultor Bob Whaley para calcular os valores da volatilidade do mercado de ações com base neste trabalho teórico.
- Whaley utilizou séries de dados no mercado de opções de índices e forneceu ao CBOE cálculos para níveis diários de VIX de janeiro de 1986 a maio de 1992.s do índice S&P 500. Ele é calculado e divulgado em tempo real pelo CBOE.
O que é o índice TVC:VIX ?
O VIX (sigla para volatility index) é um índice de volatilidade, calculado pela Bolsa de Valores de Chicago. Esse indicador reflete o desempenho das ações das empresas que compõem o S&P 500 por 30 dias seguidos.
Por sua vez, o S&P 500 é um dos principais índices do mercado acionário dos Estados Unidos e do mundo. Isso porque ele é composto pelas ações das 500 maiores empresas do mundo listadas nesse país: NYSE e Nasdaq. A função do S&P 500 é representar as gigantes de seus setores de atuação. Por isso, ele também é considerado a métrica padrão do desempenho do mercado acionário norte-americano.
Para que ele serve?
O objetivo do VIX é medir as oscilações dos preços das opções de ações que formam o índice S&P 500. Nesse sentido, o período considerado para medir a alta e a baixa dessas ações é de 30 dias. Por isso, ele é uma ferramenta importante para investidores e traders que operam no curto prazo nas bolsas.
Além de servir como base para as negociações de curto prazo, o VIX também é uma importante medida de risco. Como vimos, ele demonstra a intensidade e a velocidade com a qual uma ação se valoriza ou se desvaloriza. Dessa forma, quanto maior for essa oscilação (ou volatilidade), maior também será o risco que a ação oferece ao investidor.
Interpretando a volatilidade:
Para compreender a importância do VIX no mercado financeiro, é preciso assimilar o conceito de volatilidade:
- Quando falamos em volatilidade, estamos nos referindo à intensidade, frequência e velocidade com a qual variam os preços de uma ação, derivativo ou outro ativo financeiro. Quando essas variações são expressivas, dizemos que a volatilidade do ativo ou derivativo é alta.
- Em outras palavras, o preço pode subir ou cair a qualquer momento e de forma intensa quando existe grande volatilidade. Portanto, quanto maior a volatilidade, maior também será o risco de um investimento.
Vários fatores influenciam na volatilidade dos ativos financeiros, como questões econômicas e políticas do país, por exemplo. Por sua vez, analisar esses fatores ajuda a projetar cenários e tendências de performance de preços. É por isso que esse conceito é muito importante para os investimentos e para o mercado financeiro de forma geral.
Qual motivo do TVC:VIX ser chamado de “Índice do Medo”?
Para responder a essa pergunta, é importante entendermos o que são e para que servem as opções:
Como o nome sugere, as opções são um tipo de derivativos que oferecem o direito (ou a “opção”) de negociar determinado ativo. Isso significa que elas não são um ativo em si, mas sim um contrato que representa o direito de comprar ou vender o ativo ao qual estão relacionadas as opções.
Por exemplo: imagine que, acompanhando o mercado acionário, você acredite que uma ação estará mais cara daqui a 30 dias. Nesse caso, se você comprar uma opção de compra (também chamada call), terá o direito de comprar essa ação daqui a 30 dias pelo preço que ela custa hoje.
Ou seja, se as suas previsões se confirmarem e a ação realmente subir, você ganhará na compra, pois pagará um preço mais barato por ela.
Agora imagine a situação contrária. Você analisou o contexto e os fundamentos da ação e acredita que o seu preço pode cair em 30 dias. Nessa situação, você também pode lucrar, e a forma de fazer isso é adquirindo uma opção de venda (ou put) dessa ação.
Se, daqui a 30 dias, essa ação realmente estiver mais barata do que hoje, você terá lucro quando exercer a opção. Isso porque venderá a ação pelo preço que ela custava quando você comprou a put, mais alto do que o atual.
Esse é apenas um breve resumo sobre como funcionam as opções, essas operações são bem mais complexas e, por isso, indicadas para investidores mais experientes e com bons conhecimentos no mercado de derivativos.
Em relação ao VIX, já vimos que ele demonstra os momentos de elevada incerteza do mercado. E é justamente nesses momentos que os investidores ficam mais inseguros, o que os leva a buscar proteção para os seus ativos via opções. Por isso, nessas horas o VIX tende a disparar, pois os preços das opções sobem de forma muito rápida, e isso faz com que ele seja também chamado de “Índice do Medo” no mercado financeiro.
Cálculo e interpretação do TVC:VIX :
O VIX é resultado de um cálculo totalmente automatizado, gerado a partir de fórmulas complexas. Basicamente, são utilizados vários dados sobre o mercado acionário, como volume de negociações, preços médios, variações percentuais, entre outros.
Por exemplo, se na data de hoje o índice VIX está em 15%, isso significa que a oscilação esperada para as ações do S&P 500 nos próximos 30 dias é de 15%, para cima ou para baixo.
De forma geral, o mercado considera três faixas para classificar o VIX. Quando o índice está abaixo dos 20 pontos, isso mostra mais disposição do investidor para tomar risco, pois há menos turbulências no mercado. Já uma pontuação entre 20 e 30 significa média volatilidade, ou risco de mercado moderado. Por fim, um VIX acima de 30 pontos sinaliza oscilações mais fortes nos preços dos ativos. Teoricamente, a partir dos 30 pontos inicia a faixa de maior risco para os investidores.
Picos históricos do Índice TVC:VIX :
A crise do subprime foi o resultado do estouro de uma bolha de investimentos massivos em hipotecas nos EUA que cresceram ao longo dos anos 2000. As hipotecas são uma forma de financiamento imobiliário comum nos EUA, em que o imóvel é dado como garantia ao banco caso o tomador não consiga pagar as dívidas.
Já o nome “subprime” refere-se a empréstimos concedidos a pessoas com alto risco de crédito, isto é, com pouca estabilidade financeira e credibilidade para pagar contas.
Por natureza, empréstimos subprime são investimentos extremamente arriscados e com altíssima chance de default — termo financeiro para o universalmente conhecido “calote”.
Em linhas gerais, a bolha surgiu porque o crescente interesse por rendimentos de hipotecas deu origem a uma imensa estrutura financeira para negociar esses ativos no mercado.
A alta demanda incentivou as instituições de crédito a ampliar sua “produção” e oferecer hipotecas com grande risco de calote — as famigeradas hipotecas subprime.
Quando muitos tomadores de hipotecas deixaram de pagar as contas, o mercado imobiliário foi inundado por imóveis desvalorizados e a estrutura entrou em colapso, levando à crise.
- Exemplos do que aconteceu com as maiores ações do SP500 após o TVC:VIX estar muito acima do normal, isso em 2008 após a crise do subprime:
Walt Disney Company - NYSE - Gráfico Diário com queda de 56%:
Apple Inc. - NASDAQ - Gráfico Diário com queda de 59%:
Nike Inc. - NYSE - Gráfico Diário com queda de 43%:
-Outro pico histórico que o VIX teve foi a da Pandemia, COVID 19:
Outros exemplos também das maiores ações do SP500 após o TVC:VIX estar muito acima do seu normal, isso logo após a pandemia:
JP Morgan Chase - NYSE - Gráfico Diário com queda de 45%:
Tesla, Inc. - NASDAQ - Gráfico de 4 Horas com queda de 63%:
Meta Platforms, Inc. - NASDAQ - Gráfico Diário com queda de 38%:
O índice TVC:VIX impacta o Ibovespa?
Até agora, você entendeu que o VIX reflete as oscilações das ações que formam o S&P 500. Por isso, pode estar se perguntando: se esse índice é baseado no mercado norte-americano, por que ele influenciaria o Ibovespa?
O motivo é simples: mesmo que o VIX não reflita diretamente o mercado brasileiro, tudo o que acontece na economia e na bolsa dos EUA é extremamente importante para o resto do mundo. Basicamente, todos os movimentos da economia norte-americana (inflação, alta de juros e assim por diante) trazem reflexos para outras economias. E, no caso de países emergentes como o Brasil, isso é ainda mais acentuado.
Por exemplo, uma alta de juros nos EUA pode desencadear a saída de dólares de países menos seguros para investir. Ou então, a alta das principais commodities mundiais (que são dolarizadas) também mexem com as bolsas no mundo inteiro.
Por todos esses motivos, o VIX impacta não somente o Ibovespa, mas todas as negociações do mercado acionário mundial.
Por fim, por ser considerado o “Índice do Medo” do mercado financeiro, o TVC:VIX é uma importante ferramenta que ajuda a mapear riscos e crises no mercado financeiro.
Como vimos, uma pontuação alta para o índice significa maior temor por parte dos investidores. Ao passo que um VIX baixo (geralmente inferior a 20 pontos) sinaliza expectativa de risco baixo e, consequentemente, mais confiança por parte do mercado.
De forma geral, investidores e traders buscam estabilidade ao alocar recursos. Isso faz com que escolham ações com baixo VIX, justamente para minimizar riscos e obter valorização dos papéis. Mesmo que não se relacione diretamente ao mercado brasileiro, o VIX impacta os preços das opções, contratos futuros e até ETFs (fundos de índices). Em relação a esses fundos, um VIX baixo faz a sua rentabilidade subir, e vice-versa.
- Agradeço a todos que leram até aqui e qualquer dúvida é só comentar aqui em baixo que terei o prazer em responde-los.
- Abraços a todos e fiquem com Deus!
Subprime
Crise Subprime - Impactos no S&P500A crise do subprime de 2007-2008 ainda ecoa como um dos eventos mais marcantes da história financeira moderna. Ela deixou cicatrizes profundas nos mercados globais, e um dos indicadores mais afetados foi o S&P 500, que representa as 500 maiores empresas dos Estados Unidos. Neste artigo, mergulhamos em um estudo sobre como essa crise abalou o S&P 500 e o que causou a extrema volatilidade que marcou esse período turbulento.
A Queda Acentuada do S&P 500
Durante a crise, o S&P 500 enfrentou uma queda acentuada em seu valor de mercado. Iniciada em 2007, essa queda atingiu seu ponto mais baixo em março de 2009, resultando em uma perda de mais de 50% de seu valor durante esse período.
Um dos principais fatores que contribuiu para esse declínio vertiginoso do S&P 500 foi a sua composição, que englobava empresas do setor financeiro, como bancos e seguradoras. Estas entidades estavam diretamente ligadas a produtos financeiros problemáticos, nomeadamente as hipotecas de alto risco, conhecidas como subprime. Nesse contexto, muitas delas se encontraram à beira da falência, sendo socorridas por intervenções governamentais.
A crise do subprime não apenas minou a confiança dos investidores, mas também fomentou um clima de medo e aversão ao risco, o que desencadeou uma avalanche de vendas de ações. Nesse cenário de incerteza, a pergunta que pairava no ar era: até que ponto essa crise se estenderia?
A Volatilidade Extrema
Durante a turbulenta crise financeira, os mercados foram palco de uma volatilidade intensa que refletia a incerteza e o risco que permeavam o cenário financeiro. Essa volatilidade se manifestou de diversas maneiras, incluindo:
• Grandes Flutuações nos Preços das Ações: Os investidores reagiram com nervosismo extremo, desencadeando grandes oscilações nos preços das ações em intervalos de tempo notavelmente curtos. Essa dinâmica gerou uma verdadeira montanha-russa de volatilidade nos mercados de ações.
• Implementação de Circuit Breakers: Devido à volatilidade excepcionalmente alta, várias bolsas de valores ativaram os chamados "circuit breakers" como medida de contenção. Essas interrupções automáticas foram implementadas para acalmar os ânimos nos mercados e oferecer aos investidores a oportunidade de assimilar informações sem ceder ao pânico generalizado.
• Intervenções Governamentais: Para estabilizar o sistema financeiro global, governos e bancos centrais ao redor do mundo adotaram uma série de medidas emergenciais. Isso incluiu a injeção de capital em instituições financeiras e cortes nas taxas de juros. Embora essas ações tenham contribuído para atenuar parte da volatilidade, a incerteza persistiu por um período significativo.
• Pânico nos Mercados: A crise desencadeou preocupações generalizadas sobre a solidez do sistema financeiro, levando a uma reação de pânico entre os investidores. O medo e a apreensão se espalharam rapidamente, influenciando as decisões de investimento e a dinâmica dos mercados.
• Pressões de Venda em Massa: Grandes investidores, incluindo fundos de hedge e instituições financeiras, optaram por liquidar grandes volumes de ativos financeiros. Essa avalanche de vendas agravou ainda mais os movimentos de preços, intensificando a volatilidade já existente.
Lições Aprendidas e Resiliência Financeira
Apesar das cicatrizes profundas deixadas pela crise do subprime de 2007-2008, o mercado financeiro global demonstrou sua resiliência ao longo dos anos. À medida que os mercados se estabilizaram e se recuperaram gradualmente após esse período turbulento, surgiram valiosas lições que reforçaram a importância da gestão de riscos e da supervisão regulatória. Além disso, a capacidade de adaptação e a determinação dos investidores e das instituições financeiras foram postas à prova, resultando em uma maior conscientização sobre os perigos da excessiva complacência nos mercados.
A crise do subprime e a subsequente volatilidade nos mercados financeiros representaram um capítulo sombrio na história econômica. No entanto, esses eventos desafiadores também catalisaram uma busca por soluções mais robustas e aprimoraram os mecanismos de segurança e governança nos mercados globais. À medida que refletimos sobre essa época marcante, lembramo-nos das lições aprendidas e da resiliência demonstrada, servindo como um lembrete constante da necessidade contínua de vigilância e precaução nos mercados financeiros em constante evolução.
Até quando dura essa bolha?Alguns defendem a tese de que ainda vivemos os reflexos da crie do Subprime, de 2008, já que, desde então, o FED vem injetando liquidez nos mercados, como nunca.
Esse será o novo normal ou terá um fim?
No fechamento do gráfico mensal do Dow Jones, em outubro de 2020, é possível ver uma clara divergência no IFR (ÍNDICE DE FORÇA RELATIVA), desde 2017, sugerindo que, apesar do mercado em alta, compradores estão perdendo força.
Historicamente, meses depois do IFR do Dow Jones mensal romper os 50% do IRF, inicia-se anos ou décadas de alta.
Por outro lado, se após esse rompimento da linha dos 50% do IFR, o mercado formar um topo abaixo dessa linha poderá sugerir uma longa tendência de baixa, de alguns meses ou anos.