O Carboneto de Silício Pode Salvar uma Gigante de Chips Falida?O dramático aumento de 60% nas ações da Wolfspeed após a aprovação judicial de seu plano de reestruturação do Capítulo 11 sinaliza um ponto de virada potencial para a cambaleante empresa de semicondutores. A resolução da falência elimina 70% da dívida de US$ 6,5 bilhões da Wolfspeed e reduz as obrigações de juros em 60%, liberando bilhões em fluxo de caixa para operações e novas instalações de fabricação. Com o apoio de 97% dos credores ao plano, os investidores parecem confiantes de que o problema financeiro foi resolvido, posicionando a empresa para uma saída mais limpa da falência.
As perspectivas de recuperação da empresa são reforçadas por sua posição de liderança na tecnologia de carboneto de silício (SiC), um componente crítico para veículos elétricos e sistemas de energia renovável. A capacidade única da Wolfspeed de produzir wafers de SiC de 200 mm em escala, combinada com sua cadeia de suprimentos verticalmente integrada e um portfólio substancial de patentes, oferece vantagens competitivas em um mercado em rápido crescimento. As vendas globais de VEs superaram 17 milhões de unidades em 2024, com projeções de crescimento anual de 20-30%, enquanto cada novo veículo elétrico requer mais chips de SiC para maior eficiência e capacidades de carregamento mais rápidas.
Fatores geopolíticos fortalecem ainda mais a posição estratégica da Wolfspeed, com a Lei CHIPS dos EUA fornecendo até US$ 750 milhões em financiamento para a capacidade de fabricação doméstica de SiC. Como o governo dos EUA classifica o carboneto de silício como crítico para a segurança nacional e a energia limpa, a cadeia de suprimentos totalmente doméstica da Wolfspeed torna-se cada vez mais valiosa em meio a crescentes controles de exportação e preocupações com segurança cibernética. No entanto, a empresa enfrenta uma concorrência cada vez maior de rivais chineses bem financiados, incluindo uma nova instalação em Wuhan capaz de produzir 360.000 wafers de SiC anualmente.
Apesar desses ventos favoráveis, riscos significativos permanecem e podem descarrilar a recuperação. Os acionistas atuais enfrentam uma diluição severa, retendo apenas 3-5% do patrimônio reestruturado, enquanto os desafios de execução em torno do aumento da nova tecnologia de fabricação de 200 mm persistem. A empresa continua operando com prejuízo e com um alto valor de empresa em relação ao desempenho financeiro atual, e a expansão da capacidade global de SiC por concorrentes ameaça pressionar os preços e a participação de mercado. A virada da Wolfspeed representa uma aposta de alto risco sobre se a liderança tecnológica e o apoio governamental estratégico podem superar os desafios de reestruturação financeira em um mercado competitivo.
Análise Fundamentalista
USDCAD — Estrutura Técnica, Cenário Macroeconômico e Rompimento.O par USDCAD mantém uma configuração altista no gráfico semanal (1S), operando dentro de um canal ascendente iniciado em 2021.
O preço encontra-se atualmente em uma região de consolidação, com suporte sólido na base do canal e resistência crítica na máxima histórica de 1,46744. O movimento recente sugere preparação para um novo teste desse nível.
1. Estrutura Técnica Atual
Tendência primária: Altista, sustentada por um canal de alta bem definido desde março de 2021.
Suporte primário: 1,3600 – 1,3650, alinhado à base do canal.
Suporte secundário: 1,3350, região de liquidez anterior.
Resistência principal: 1,46744, máxima histórica recente e ponto decisivo para continuidade da tendência.
Resistência estendida: 1,5000, alvo técnico caso haja rompimento consistente.
O preço encontra-se entre o suporte dinâmico do canal e a resistência histórica, configurando um padrão de compressão que tende a resultar em um movimento direcional expressivo.
2. Cenários Técnicos Prováveis
2.1. Cenário Altista (Favorável ao Dólar)
Confirmação: Rompimento da resistência 1,46744 com fechamento semanal acima desse nível.
Alvos projetados:
1,5000 — projeção conservadora baseada na amplitude do canal.
1,5200 – 1,5400 — extensão técnica de longo prazo.
Justificativa técnica: Continuidade do fluxo comprador dentro do canal ascendente, sustentada por demanda institucional.
2.2. Cenário Baixista (Favorável ao Dólar Canadense)
Confirmação: Perda do suporte em 1,3600 com aumento de volume vendedor.
Alvos projetados:
1,3350 — suporte intermediário e região de maior liquidez.
1,3000 — base psicológica e fundo anterior relevante.
Justificativa técnica: Invalidação parcial da estrutura altista e possível mudança no controle de fluxo.
3. Indicadores Técnicos Relevantes
Médias móveis exponenciais (EMA 50 e EMA 200): Alinhamento positivo, reforçando a tendência altista de médio prazo.
Volume: Aumento gradual nas regiões de teste de resistência, indicando presença de players institucionais.
RSI (14): Próximo da zona neutra, atualmente em 56 pontos, sugerindo espaço para aceleração altista sem risco imediato de sobrecompra.
Volatilidade implícita: Em crescimento moderado, sinalizando possível aproximação de um movimento expansivo.
4. Contexto Macroeconômico
O desempenho do USDCAD está diretamente relacionado à dinâmica entre política monetária e mercado de commodities:
Política monetária do Federal Reserve (Fed): Expectativas de manutenção de juros elevados fortalecem o dólar e sustentam a pressão compradora no par.
Banco do Canadá (BoC): O ritmo de cortes de juros impacta diretamente a atratividade do CAD. Uma política mais dovish pode acelerar a valorização do USD.
Preço do petróleo (WTI): Como o Canadá é um grande exportador de petróleo, oscilações significativas na commodity influenciam diretamente o CAD. Quedas no petróleo costumam favorecer o USD.
5. Estratégias Operacionais
5.1. Cenário Direcional (Comprado)
Entrada: Acima de 1,4675 (confirmação de rompimento).
Alvos: 1,5000 e 1,5200.
Gestão de risco: Stop loss abaixo de 1,4400.
5.2. Cenário Direcional (Vendido)
Entrada: Abaixo de 1,3600.
Alvos: 1,3350 e 1,3000.
Gestão de risco: Stop acima de 1,3800.
5.3. Estratégias com Opções
Para investidores institucionais, a atual compressão de preços pode favorecer a montagem de estratégias de volatilidade, como straddles ou strangles, visando capturar o movimento pós-rompimento.
6. Conclusão
O USDCAD está em uma zona decisiva, operando próximo ao limite superior do canal de alta iniciado em 2021. Um rompimento consistente de 1,46744 pode abrir espaço para novas máximas históricas, enquanto a perda de 1,3600 sinalizaria potencial reversão para um ciclo corretivo mais profundo.
O acompanhamento do petróleo, da política monetária entre Fed e BoC e dos fluxos institucionais será determinante para validar os próximos movimentos.
USD/JPY — Estrutura Técnica, Confluências Gráficas.O par USD/JPY apresenta um comportamento técnico relevante no gráfico diário, consolidando um movimento de compressão de volatilidade dentro de uma formação triangular ampla.
A estrutura atual sugere um ponto de decisão crítica, com potencial para um movimento direcional expressivo nos próximos meses.
1. Estrutura Técnica Atual
No gráfico diário, identificamos um padrão de consolidação delimitado por duas zonas principais:
Suporte estrutural: Região próxima de JPY 146.500 – JPY 147.000, reforçada pela linha de tendência de alta (LTA) de longo prazo.
Resistência dinâmica: Linha de tendência descendente iniciada em outubro/2022, atualmente na região de JPY 152.800 – JPY 153.000.
Canal de alta histórico: Apesar da consolidação recente, o par mantém-se dentro de um canal ascendente iniciado em 2021, com base de suporte em JPY 140.000 e teto projetado próximo a JPY 170.000.
A convergência das linhas de tendência sugere que o mercado está se aproximando de uma zona de decisão técnica, onde um rompimento consistente poderá definir a direção predominante para o médio prazo.
2. Cenários Prováveis
2.1. Cenário Altista (Favorável ao Dólar)
Confirmação: Rompimento da resistência em JPY 153.000 com aumento de volume comprador.
Próximos alvos:
JPY 156.800 (máxima intermediária de 2022)
JPY 161.000 (topo histórico recente)
JPY 169.000 (projeção do canal superior).
Justificativa técnica: Retomada da tendência principal dentro do canal de alta iniciado em 2021.
2.2. Cenário Baixista (Favorável ao Iene)
Confirmação: Perda consistente da região de JPY 146.500 com fechamento diário abaixo desse nível.
Próximos suportes:
JPY 144.000 (mínima de suporte local).
JPY 140.000 (base do canal ascendente).
Justificativa técnica: Retorno à faixa inferior do canal e possível desaceleração do ciclo de alta iniciado em 2021.
3. Indicadores Técnicos Relevantes
Médias Móveis (EMA 50 e EMA 200): Configuração neutra, sem cruzamentos relevantes no momento, reforçando o cenário de consolidação.
Volume: Mantém-se abaixo da média, sinalizando baixa participação institucional recente e reforçando o caráter de compressão de volatilidade.
RSI (14): Próximo da zona neutra (50 pontos), indicando equilíbrio entre compradores e vendedores.
Volatilidade implícita: Redução progressiva, coerente com a aproximação do vértice do triângulo.
4. Contexto Macroeconômico
O comportamento do USD/JPY permanece fortemente atrelado às expectativas de política monetária entre Federal Reserve (Fed) e Bank of Japan (BoJ):
Fed: Qualquer sinalização de manutenção de taxas elevadas tende a favorecer o dólar, pressionando o par para cima.
BoJ: Intervenções cambiais e ajustes na política de controle de curva de juros podem introduzir volatilidade adicional.
Fluxo global de capitais: Em períodos de aversão a risco, o iene tende a se fortalecer como ativo de proteção, podendo pressionar o par para baixo.
5. Considerações Operacionais
Operações direcionais:
Posições compradas: Entrada acima de JPY 153.000, com alvo inicial em JPY 156.800 e stop abaixo de JPY 150.000.
Posições vendidas: Entrada somente abaixo de JPY 146.500, com alvo em JPY 144.000 e stop acima de JPY 148.500.
Estratégias alternativas:
Para gestores de portfólio, posições estruturadas com opções podem ser viáveis, explorando a baixa volatilidade atual para montar spreads de rompimento (“straddles” ou “strangles”), visando capturar o movimento direcional após o breakout.
6. Conclusão
O USD/JPY aproxima-se de um ponto de inflexão relevante. O padrão de consolidação sugere que a volatilidade tende a aumentar nas próximas semanas, com forte potencial para um movimento direcional robusto.
Um rompimento da resistência em JPY 153.000 favorece continuidade da tendência altista iniciada em 2021.
A perda da região de suporte em JPY 146.500 pode sinalizar início de uma correção mais profunda.
XAU/USD — Estrutura Técnica, Contexto Macroeconômico.O ouro (XAU/USD) mantém um comportamento altista no curto prazo, refletindo uma dinâmica favorável no fluxo comprador.
A estrutura gráfica em períodos intradiários, notadamente no intervalo de 15 minutos, demonstra uma sequência de topos e fundos ascendentes, consolidando a tendência de alta após a superação de zonas relevantes de liquidez.
1. Estrutura Técnica
Tendência primária (intraday): Altista
Nível de suporte imediato: US$ 3.620,00
Nível de suporte secundário: US$ 3.596,00
Resistência primária: US$ 3.660,00
Resistência estendida: US$ 3.690,00
Alvo técnico projetado: US$ 3.720,00
Configuração atual: Continuação de tendência, com forte presença compradora no rompimento das resistências anteriores.
O rompimento de US$ 3.660,00 com confirmação de volume tende a validar a continuidade do movimento altista, projetando o preço para a região de US$ 3.690,00 – US$ 3.720,00. Por outro lado, a perda consistente de US$ 3.620,00 poderia indicar um recuo técnico em direção a US$ 3.596,00.
2. Indicadores Técnicos
EMA 9/21: Em configuração de alinhamento altista, favorecendo entradas compradas.
Volume: Gradual aumento da participação institucional, confirmando a força dos rompimentos.
Price Action: Consolidação acima das zonas de liquidez prévias, reforçando o viés comprador.
3. Cenário Macroeconômico
O comportamento recente do ouro é influenciado por variáveis macroeconômicas que reforçam o viés altista:
Política monetária dos EUA: Expectativa de cortes futuros nas taxas de juros aumenta o apetite por ativos de proteção.
Dólar index (DXY): A desvalorização relativa do dólar sustenta o movimento de valorização do XAU/USD.
Fluxo institucional: Fundos globais e investidores institucionais têm elevado a exposição ao ouro como instrumento de hedge diante de riscos macroeconômicos e geopolíticos.
4. Estratégias Operacionais
4.1. Cenário Direcional (Comprador)
Ponto de entrada: Acima de US$ 3.660,00 (confirmação de rompimento).
Alvos: US$ 3.690,00 e US$ 3.720,00.
Gestão de risco: Stop loss abaixo de US$ 3.620,00.
4.2. Cenário de Correção (Vendido)
Ponto de entrada: Perda confirmada de US$ 3.620,00 com volume vendedor.
Alvo primário: US$ 3.596,00.
Gestão de risco: Stop acima de US$ 3.640,00.
5. Considerações Finais
A estrutura técnica permanece construtiva para o ouro no curto prazo, sustentada pelo contexto macroeconômico e pela leitura de volume institucional. A superação de resistências críticas, aliada à manutenção do fluxo comprador, pode favorecer a continuidade do movimento altista. Entretanto, recomenda-se acompanhamento contínuo dos dados de inflação nos EUA e das declarações do Federal Reserve, que podem alterar significativamente a dinâmica de preços.
Goldman apresenta os argumentos a favor do ouro a US$ 5.000 –...Goldman apresenta os argumentos a favor do ouro a US$ 5.000 – eis como isso pode acontecer
A Goldman Sachs alertou que os preços do ouro podem subir para US$ 5.000/onça se o governo Trump conseguir minar a independência do Federal Reserve dos EUA.
Considera-se provável que um Fed politizado reduza as taxas de forma extremamente agressiva (o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e Trump pediram uma taxa de juros de 1,5% e 1,0%, respectivamente) para estimular o crescimento a curto prazo, aumentando o risco de uma inflação mais elevada.
Tal medida poderia afastar os investidores de refúgios tradicionais, como o dólar americano e os títulos do governo. Em um relatório divulgado esta semana, a Goldman observou que, se apenas 1% do mercado privado de títulos do Tesouro dos EUA mudasse para o ouro, os preços poderiam subir cerca de 40% em relação aos níveis atuais.
Preço do Ouro Rompe $3.650 em Continuação de Rally
O preço do ouro ultrapassou os 3.650 dólares, atingindo um novo máximo histórico nas primeiras negociações de terça-feira. O metal precioso prolongou o impressionante rally iniciado na sexta-feira, após a divulgação de dados dececionantes do mercado de trabalho norte-americano, que aumentaram as apostas num corte das taxas da Reserva Federal ainda este mês. A perda de dinamismo no mercado laboral dos EUA é vista como um sinal de abrandamento económico e essa perceção poderá acentuar-se mais esta tarde, com a publicação da revisão das estatísticas laborais. Caso os números confirmem a tendência recente de revisões em baixa, as expectativas de uma política monetária mais dovish por parte da Fed deverão intensificar-se, pressionando o dólar e as yields dos Treasuries, e criando potencial para novas valorizações do ouro. Neste contexto — e com a persistente incerteza no comércio global, a turbulência geopolítica e os receios de interferência política na Reserva Federal a alimentarem a procura por ativos de refúgio — a perspetiva para o ouro mantém-se positiva, com margem para ganhos adicionais.
Ricardo Evangelista – ActivTrades
As informações fornecidas não constituem pesquisa de investimento. Este material não foi elaborado de acordo com os requisitos legais destinados a promover a independência da pesquisa de investimento e, como tal, deve ser considerado uma comunicação de marketing.
Todas as informações foram preparadas pela ActivTrades (“AT”). As informações não contêm um registro dos preços da AT, nem constituem uma oferta ou solicitação para a realização de qualquer transação com instrumento financeiro. Nenhuma declaração ou garantia é feita quanto à exatidão ou integridade dessas informações.
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Previsões não são garantias. As taxas podem mudar. O risco político é imprevisível. As ações dos bancos centrais podem variar. As ferramentas das plataformas não garantem sucesso.
Quando a Destruição Cria Oportunidade de Trilhões?A notável ascensão de mercado da Tetra Tech representa uma confluência de inovação tecnológica e oportunidade geopolítica que posiciona a empresa de engenharia sediada em Pasadena no epicentro dos esforços de reconstrução global. A empresa se destacou por meio de participações substanciais em propriedade intelectual — mais de 500 patentes globais em infraestruturas e tecnologias ambientais — e capacidades de ponta, incluindo um laboratório de inovação em IA focado em robótica, migração para nuvem e sistemas cognitivos que automatizam fluxos de trabalho de engenharia complexos. Essa base tecnológica se traduziu em desempenho financeiro impressionante, com a empresa relatando aproximadamente 11% de crescimento de receita ano a ano no terceiro trimestre de 2025 e mantendo um backlog recorde de US$ 4,15 bilhões, enquanto recebe classificações "Compra Moderada" de analistas com metas de preço na casa dos US$ 40 baixos.
A proposição de valor estratégico se estende muito além dos serviços de engenharia tradicionais para o reino da reconstrução de zonas de conflito, onde as quatro décadas de experiência da Tetra Tech em regiões devastadas pela guerra a posicionam de forma única para oportunidades emergentes. A empresa já mantém contratos da USAID em áreas de conflito, incluindo um projeto de US$ 47 milhões na Cisjordânia e em Gaza, e demonstrou capacidades críticas na Ucrânia por meio de implantação de geradores, restauração de rede elétrica e operações de remoção de munições explosivas. Essas competências se alinham precisamente com os conjuntos de habilidades necessários para esforços de reconstrução em grande escala, desde remoção de detritos e reparo de tubulações até a engenharia de sistemas de infraestrutura essenciais, incluindo estradas, usinas de energia e instalações de tratamento de água.
A reconstrução de Gaza representa uma oportunidade de negócios potencialmente transformadora que poderia alterar fundamentalmente a trajetória da Tetra Tech. Estimativas conservadoras colocam as necessidades de reconstrução de infraestrutura de Gaza em US$ 18-50 bilhões ao longo de aproximadamente 14 anos, com prioridades imediatas incluindo estradas, pontes, geração de energia, sistemas de tratamento de água e até reconstrução de aeroporto. Um contrato importante nessa faixa — potencialmente US$ 10-20 bilhões — eclipsaria a capitalização de mercado atual da Tetra Tech de aproximadamente US$ 9,4 bilhões e poderia aumentar significativamente a receita anual da empresa. A importância estratégica é amplificada por iniciativas geopolíticas mais amplas, incluindo corredores comerciais propostos em Gaza ligando Ásia e Europa como parte de planos de estabilidade liderados pelos EUA que vislumbram Gaza como um hub comercial revivido.
Investidores institucionais reconheceram esse potencial, com 93,9% das ações detidas por proprietários institucionais e aumentos substanciais recentes de posições por firmas como Paradoxiom Capital, que adquiriu 140.955 ações no valor de US$ 4,1 milhões no primeiro trimestre de 2025. A convergência da demanda global por infraestrutura — estimada em US$ 64 trilhões nos próximos 25 anos — com a expertise comprovada da Tetra Tech em projetos de reconstrução de alto risco cria uma tese de investimento convincente. A combinação da empresa de capacidades tecnológicas avançadas, portfólio extenso de patentes e sucesso demonstrado em ambientes geopolíticos complexos a posiciona como beneficiária principal da interseção entre instabilidade global e a implantação maciça de capital necessária para a reconstrução pós-conflito.
O euro se fortalece mesmo com o colapso do governo francês O EURUSD está atingindo máximas de vários meses e se estendendo em direção à próxima meta de alta em 1,1769 (máxima de 27 de julho).
Os indicadores de momentum também estão apoiando o movimento. O RSI no gráfico horário entrou em território de alta sem ainda estar sobrevalorizado, deixando espaço para novos ganhos. Uma sequência de mínimas mais altas se formando reforça potencialmente a tendência de alta.
O preço também está sendo negociado firmemente acima de suas médias móveis de curto prazo, com a média de 20 horas atuando como um suporte dinâmico potencial desde a quebra em 7 de setembro.
Tudo isso está ocorrendo enquanto o primeiro-ministro francês François Bayrou e seu governo minoritário centrista foram destituídos em uma votação de confiança na Assembleia Nacional da França na segunda-feira. A França é a segunda maior economia da zona do euro, depois da Alemanha.
Ouro Ultrapassa $3.600 com Apostas em Cortes Agressivos da Fed
O preço do ouro subiu na abertura do mercado de segunda-feira, ultrapassando os 3.600 dólares pela primeira vez. A subida seguiu-se à divulgação, na sexta-feira, de dados fracos do emprego nos Estados Unidos, que evidenciaram uma desaceleração na maior economia do mundo. Este cenário provocou uma desvalorização do dólar e uma queda generalizada dos rendimentos das obrigações do Tesouro, à medida que os investidores ajustaram as suas expectativas e aumentaram as apostas em cortes das taxas da Reserva Federal — havendo já quem antecipe uma redução de 50 pontos base na reunião do FOMC da próxima semana. Em simultâneo, a procura por ouro enquanto ativo de refúgio mantém-se elevada, alimentada por receios de interferência política na Reserva Federal, que poderá comprometer a independência do banco central, e pela persistente turbulência geopolítica global. Neste enquadramento, a perspetiva para o metal precioso mantém-se positiva, com a divulgação dos números da inflação nos EUA, ainda esta semana, e a revisão dos dados laborais de amanhã a surgirem como fatores de risco relevantes. Caso a confirmação dos números do emprego siga a tendência recente de revisões em baixa, e a inflação continue a dar sinais de abrandamento, aumentarão as expectativas de um corte “jumbo” das taxas por parte da Fed, criando margem adicional para perdas fraqueza do dólar e para novas valorizações do ouro, dada a correlação inversa entre os dois ativos.
Ricardo Evangelista – ActivTrades
As informações fornecidas não constituem pesquisa de investimento. Este material não foi elaborado de acordo com os requisitos legais destinados a promover a independência da pesquisa de investimento e, como tal, deve ser considerado uma comunicação de marketing.
Todas as informações foram preparadas pela ActivTrades (“AT”). As informações não contêm um registro dos preços da AT, nem constituem uma oferta ou solicitação para a realização de qualquer transação com instrumento financeiro. Nenhuma declaração ou garantia é feita quanto à exatidão ou integridade dessas informações.
Qualquer material fornecido não leva em consideração os objetivos de investimento específicos nem a situação financeira de qualquer pessoa que o receba. O desempenho passado não é um indicador confiável de desempenho futuro. A AT oferece apenas um serviço de execução de ordens. Consequentemente, qualquer pessoa que atue com base nas informações fornecidas o faz por sua própria conta e risco.
Previsões não são garantias. As taxas podem mudar. O risco político é imprevisível. As ações dos bancos centrais podem variar. As ferramentas das plataformas não garantem sucesso.
A inovação pode sobreviver ao desvio estratégico?As ações da Lululemon Athletica despencaram 18% no pré-mercado em 5 de setembro de 2025, após uma redução dramática na projeção anual de vendas e lucros - a segunda revisão para baixo no ano. As ações da empresa já caíram 54,9% no acumulado do ano, resultando em uma capitalização de mercado de US$ 20,1 bilhões. A queda reflete a reação dos investidores aos decepcionantes resultados do 2º trimestre, que mostraram crescimento de receita de apenas 7%, alcançando US$ 2,53 bilhões. Além disso, houve uma preocupante queda de 3% nas vendas comparáveis nas Américas, apesar de um forte crescimento internacional de 15%.
A “tempestade perfeita” que atinge a Lululemon resulta de múltiplas forças convergentes. Em 29 de agosto de 2025, o governo Trump removeu a isenção de minimis para remessas abaixo de US$ 800, eliminando o tratamento livre de tarifas. Isso gerou um impacto imediato de US$ 240 milhões no lucro bruto em 2025 e uma projeção de US$ 320 milhões no impacto da margem operacional até 2026. Essa mudança prejudicou especialmente a estratégia de cadeia de suprimentos da Lululemon, que anteriormente atendia dois terços dos pedidos de e-commerce dos EUA a partir de centros de distribuição no Canadá, além de depender fortemente do Vietnã (40% da produção) e da China (28% dos tecidos).
Além das pressões geopolíticas, a empresa enfrenta falhas estratégicas internas que agravaram os ventos contrários externos. O CEO Calvin McDonald reconheceu que a empresa se tornou “previsível demais com nossas ofertas casuais” e “perdeu oportunidades de criar novas tendências”, o que levou a ciclos de vida de produtos mais longos, especialmente em roupas casuais e de lounge, que representam 40% das vendas. A companhia também enfrenta uma concorrência crescente de marcas emergentes como Alo Yoga e Vuori no segmento premium, além de pressão de imitações de marca própria que oferecem tecnologia semelhante a preços muito mais baixos.
Apesar de manter um portfólio impressionante de 925 patentes em nível global, protegendo misturas exclusivas de tecidos e investindo em materiais de próxima geração à base de biotecnologia por meio de parcerias com empresas como a ZymoChem, o grande desafio da Lululemon está no descompasso entre sua forte capacidade de inovação e propriedade intelectual e sua dificuldade em transformá-las em produtos líderes de tendência no tempo certo. A estratégia futura da companhia exige ações decisivas em três áreas principais: renovação dos produtos, implementação de preços estratégicos para mitigar os custos das tarifas e otimização da cadeia de suprimentos. Tudo isso deve ser feito em um ambiente macroeconômico desafiador, em que os consumidores americanos estão mais cautelosos e os consumidores chineses cada vez mais optam por marcas locais em vez de alternativas estrangeiras premium.
O caos político no Japão colide com configurações importantes...O caos político no Japão colide com configurações importantes do gráfico
O momentum do iene reverteu drasticamente na sexta-feira, talvez antecipando as notícias do fim de semana. O primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, anunciou sua renúncia após crescente pressão dentro de seu partido para que assumisse a responsabilidade pela histórica perda de poder nas eleições deste ano.
Com o início da nova semana de negociações, as perspectivas para o iene continuam frágeis. A menos que a volatilidade dos títulos do governo japonês diminua, o USD/JPY, o EUR/JPY e o GBP/JPY parecem potencialmente inclinados para cima.
O calendário doméstico desta semana também chamará a atenção, com o PIB final do segundo trimestre, a inflação ao produtor de agosto, os pedidos de máquinas-ferramentas, os resultados do Reuters Tankan e as principais pesquisas de confiança do setor manufatureiro em foco.
SP500 | FAKE E? A estrutura Wyckoff do SP500 avançou com força: rompimento do Creek, entrada no mSOS e parcial feita! Amém?!
Maaaas os dados do Payroll de agosto jogaram pressão no mercado.
Resumo dos dados:
• Empregos: 22K (vs 75K esperado)
• Desemprego: 4,3%
• U6: 8,1%
• Setores cíclicos (manufatura, construção, governo, serviços) destruindo vagas
Macro vira o jogo:
• Tese de soft landing enfraquece — hard landing no radar
• Tese de soft landing enfraquece — hard landing no radar
P.S. O BLS (Bureau of Labor Statistics) está prestes a revisar os dados de criação de empregos dos 12 meses encerrados em março de 2025;
• A revisão preliminar deve indicar uma redução de até -950 mil empregos, conforme projeção do Goldman Sachs;
• Essa seria a maior revisão negativa desde 2010;
Títulos americanos — deve ser daqui para baixoO mercado americano começa esse setembro no ritmo de corte de juros com dados macroeconômicos justificando o corte, e com um certo cenário de softlanding, olhando para a foto de hoje - minha opinião, e a confirmação disso está no preço do Título do Tesouro de 10 anos que atingiu o seu menor valor desde o liberation day (2 de Abril).
Para recapitular, quando o Trump veio a púpito mostrar quais seriam as tarifas, o mercado pirou. Nos primeiros dois dias após 2 de abril, 3 e 4, o mercado de títulos caiu, mas na fatídica segunda-feira 07, os treasuries subiram para ficar um bom tempo em preços altos. Neste dia, o T10 particularmente subiu 5% em variação diária, o que é bem expressivo para um ativo de segurança.
Isso é importante lembrar porque agora o título de 10 anos voltou ao mesmo nível de preço do dia 2 de abril - 6 meses depois.
Corte em setembro é base. Futuros de Fed funds apontam corte de 25 bps como cenário principal, com chance não nula de 50 bps após o payroll fraco. O preço do ouro já denuncia uma antecipação desse corte, reiterando mais ainda o embasamento do corte.
Mais de um corte em 2025 está no preço implícito (casas como BofA falam em dois cortes). Isso é consistente com a queda das taxas longas. Por isso, inclusive, devemos agora olhar mais para os cortes de outubro e dezembro.
A queda nos títulos reflete início de ciclo de afrouxamento + desaceleração de atividade; 30 anos carrega prêmio de prazo >10 anos (emissão/supply e incerteza de inflação de mais longo prazo).
O título de 30 anos não perdeu a região relevante de 4,75% (ainda) pois carrega toda a incerteza de longo prazo, bem como o peso das tarifas que ainda têm uma precificação incerta, se será derrubada ou se ficar em vigor.
Sobretudo, o que é importante vermos aqui é que olhando para a curva longa (10 e 30), o 10 está precificando mais rápido o otimismo, e o sinal do título de 30 anos reflete um otimismo real e duradouro. Isso quer dizer que por enquanto o investidor grande está cautelosamente otimista.
GOLD | Pronto para Romper Novas Máximas?📍 Leitura técnica:
• O padrão sugere acumulação de energia compradora — topos horizontais na faixa dos 3.480–3.500 e fundos ascendentes desde abril/25.
• Essa configuração geralmente é bullish, com potencial de rompimento para cima.
• O alvo clássico de rompimento projeta extensão de ~300 a 400 dólares, colocando o ouro em direção a 3.700–3.800.
• Suporte relevante está em 3.300–3.320, zona onde os compradores têm defendido.
📊 Macro em foco para o ouro:
• DXY fraco + juros americanos em queda → combustível para o rompimento do triângulo.
• Fluxo de risk-off (geopolítica, desaceleração global, stress no crédito) → aumenta a busca por ouro como hedge.
• Se os dados dos EUA (Payroll, PCE, ISM) vierem fracos, a precificação de cortes do Fed pode acelerar → reforçando o cenário de ouro acima dos 3.500.
• Por outro lado, se o dólar se recuperar e yields subirem, pode haver nova defesa dos 3.500 e recuo para 3.300.
💡 Cenários possíveis:
• Bullish case: rompimento confirmado de 3.500 → alvo em 3.700–3.800.
• Bearish case: rejeição em 3.480–3.500 + dólar forte → correção até 3.320.
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🔎 Resumo prático:
O ouro está em fase decisiva de compressão. Se romper os 3.500, abre espaço para novas máximas históricas; se falhar, ainda segue em tendência primária de alta, mas com chance de correção antes de nova tentativa.
$BMFBOVESPA:VALE3 caia agora ou suba para sempreO recente desaquecimento do mercado de trabalho nos EUA reforça sinais de perda de tração da economia americana. Embora esse movimento aumente as apostas em cortes de juros pelo Federal Reserve, ele também indica redução na atividade industrial global e, consequentemente, menor demanda por commodities metálicas.
🔎 Impactos para a Vale ( BMFBOVESPA:VALE3 VALE3)
🌍 Menor demanda global por minério de ferro → a desaceleração nos EUA tende a se somar à já existente fragilidade da economia chinesa, principal consumidora da commodity.
⛏️ Pressão sobre os preços do minério → retração da demanda pode intensificar movimentos de correção no preço do insumo, afetando diretamente a receita da companhia.
💸 Fluxo de capitais → em cenários de aversão ao risco, investidores internacionais costumam reduzir exposição em ativos ligados a commodities, o que adiciona pressão vendedora.
⚠️ Conclusão Operacional
Diante desse contexto, VALE3 encontra-se em posição vulnerável. A combinação de:
sinais de desaquecimento nos EUA,
incertezas na recuperação chinesa,
e possível correção no preço do minério,
abre espaço para um movimento de venda estratégica do ativo, seja para proteção de portfólio ou para operações short direcionais, em direção ao suporte de R$50 reais no curtissimo prazo
Ouro Consolida Acima dos 3.500 Dólares Antes do NFP
O preço do ouro apresenta-se estável no início da sessão europeia, mantendo a consolidação acima dos 3.500 dólares, após a correção de ontem que chegou a aproximar-se desse importante nível psicológico de suporte. A perspetiva para o metal precioso mantém-se positiva, sustentada pelas expectativas de cortes nas taxas de juro da Reserva Federal, que pressionam o dólar, bem como por uma procura acrescida de ativos de refúgio, alimentada pela incerteza em torno das tarifas, pelos receios de interferência política na Reserva Federal e pela persistente turbulência geopolítica. Neste contexto, os investidores estarão atentos à divulgação desta sexta-feira dos dados do emprego nos Estados Unidos, que deverão situar-se próximo dos 73 mil registados em julho, confirmando a desaceleração da atividade económica na maior economia do mundo e reforçando as expectativas de cortes de taxas, criando margem para novas valorizações do ouro.
Ricardo Evangelista – ActivTrades
As informações fornecidas não constituem pesquisa de investimento. Este material não foi elaborado de acordo com os requisitos legais destinados a promover a independência da pesquisa de investimento e, como tal, deve ser considerado uma comunicação de marketing.
Todas as informações foram preparadas pela ActivTrades (“AT”). As informações não contêm um registro dos preços da AT, nem constituem uma oferta ou solicitação para a realização de qualquer transação com instrumento financeiro. Nenhuma declaração ou garantia é feita quanto à exatidão ou integridade dessas informações.
Qualquer material fornecido não leva em consideração os objetivos de investimento específicos nem a situação financeira de qualquer pessoa que o receba. O desempenho passado não é um indicador confiável de desempenho futuro. A AT oferece apenas um serviço de execução de ordens. Consequentemente, qualquer pessoa que atue com base nas informações fornecidas o faz por sua própria conta e risco.
Previsões não são garantias. As taxas podem mudar. O risco político é imprevisível. As ações dos bancos centrais podem variar. As ferramentas das plataformas não garantem sucesso.
SP500 | In Wyckoff We Thrust Again?A contagem Wyckoff volta ao centro do radar com um possível cenário de reacumulação no gráfico de 4H do SP500.
Já seguimos a trilha dessa estrutura em outras oportunidades ( veja aqui ) e mais uma vez a metodologia nos coloca frente a uma encruzilhada técnica e macro: após um Shakeout clássico na Fase C, o ativo reagiu com uma sequência de LPSs e mSOS, sugerindo início da Fase D — ponto onde normalmente os grandes players voltam a carregar.
🔍 Mas será que dessa vez vai?
O pano de fundo macroeconômico ajuda a dar mais peso ao argumento:
• PMIs mistos , mas com viés de desaceleração em setores-chave;
• Mercado de trabalho com sinais de alívio , preparando o palco para o dado mais importante da semana: Payroll (06/09).
• E o mais importante: 96,6% de probabilidade de corte de juros pelo Fed na reunião de 17 de setembro, segundo o CME FedWatch .
📌 Por outro lado, a inflação segue estacionada acima da meta de 2% , o que mantém o Fed em um dilema: ceder aos sinais de fraqueza cíclica ou manter o discurso duro para domar a inflação de serviços?
👉 Enquanto isso, o preço está nos contando uma história clara.
Se o Payroll vier abaixo do esperado, o cenário de reacumulação rumo a novos topos históricos ganha tração . Caso contrário, podemos ver o mercado frustrar o otimismo técnico — como já vimos em outras fases D incompletas.
As chances de corte do Fed atingiram 97% antes do relatório d...As chances de corte do Fed atingiram 97% antes do relatório de empregos de sexta-feira
Os mercados aguardam o relatório de empregos NFP dos EUA de sexta-feira, que pode influenciar fortemente a próxima decisão do Federal Reserve sobre as taxas de juros.
Os traders querem um resultado que apoie o argumento a favor de cortes nas taxas, mas que não levante temores de um enfraquecimento da economia. O relatório ADP sobre empregos no setor privado mostrou 54.000 novos empregos em agosto. As ações subiram com a notícia, já que Wall Street considerou o número fraco o suficiente para que o Fed corte as taxas em setembro, mas não tão fraco a ponto de sinalizar uma recessão.
De acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group, agora há 97% de chance de o Fed reduzir as taxas quando se reunir em duas semanas.
Ouro Faz Pausa Após Máximo Histórico, Mas Continua Positivo
O preço do ouro recuou nas primeiras negociações desta quinta-feira, mas mantém-se acima dos 3.500 dólares, consolidando-se em torno deste importante nível psicológico e deixando margem para novas subidas. Depois de atingir um máximo histórico na sessão anterior, a subida do metal precioso fez uma pausa, refletindo condições mais calmas no mercado obrigacionista, que reduziram a procura por ativos de refúgio e incentivaram tomadas de lucro. Apesar desta pausa, a perspetiva para o ouro mantém-se positiva. As expectativas de um corte de taxas pela Reserva Federal em setembro estão a limitar o potencial de valorização do dólar norte-americano, oferecendo suporte ao ouro. Paralelamente, a turbulência geopolítica, a incerteza relacionada com tarifas e os receios de interferência política na Reserva Federal continuam a reforçar o apelo do metal como ativo de refúgio. Neste contexto, os investidores aguardam agora a divulgação do PMI de serviços nos EUA ainda hoje e os números do emprego (Non-Farm Payrolls) de sexta-feira. Ambos os indicadores poderão influenciar as expetativas sobre a economia norte-americana e, caso revelem sinais de fraqueza, poderão acelerar o ritmo de ganhos do ouro.
Ricardo Evangelista – ActivTrades
As informações fornecidas não constituem pesquisa de investimento. Este material não foi elaborado de acordo com os requisitos legais destinados a promover a independência da pesquisa de investimento e, como tal, deve ser considerado uma comunicação de marketing.
Todas as informações foram preparadas pela ActivTrades (“AT”). As informações não contêm um registro dos preços da AT, nem constituem uma oferta ou solicitação para a realização de qualquer transação com instrumento financeiro. Nenhuma declaração ou garantia é feita quanto à exatidão ou integridade dessas informações.
Qualquer material fornecido não leva em consideração os objetivos de investimento específicos nem a situação financeira de qualquer pessoa que o receba. O desempenho passado não é um indicador confiável de desempenho futuro. A AT oferece apenas um serviço de execução de ordens. Consequentemente, qualquer pessoa que atue com base nas informações fornecidas o faz por sua própria conta e risco.
Previsões não são garantias. As taxas podem mudar. O risco político é imprevisível. As ações dos bancos centrais podem variar. As ferramentas das plataformas não garantem sucesso.
Boas e más notícias para o ouro, que atinge níveis recordesÀ medida que o ouro continua a subir para máximos históricos (~$3600), existem dois riscos importantes que podem afetar o seu impulso — um potencialmente positivo e outro negativo.
A potencial remoção das tarifas de Trump
Um tribunal federal de apelação decidiu recentemente que as tarifas de Trump, impostas ao abrigo da Lei de Poderes Económicos de Emergência Internacional, eram ilegais. Como resultado, as empresas americanas pagaram mais de 210 mil milhões de dólares em tarifas que agora são consideradas ilegais.
O governo Trump está preparando um recurso ao Supremo Tribunal Federal e, se as tarifas forem revertidas, isso poderá reduzir a receita do Tesouro. Isso poderia levar a um aumento dos empréstimos, potencialmente pressionando os preços do ouro para baixo.
Preocupações com a independência do Fed
As preocupações com a independência do Federal Reserve também representam um risco para o ouro. Se essas preocupações aumentarem, os mercados podem precificar um prêmio de risco mais alto em relação ao dólar, o que poderia aumentar o apelo do ouro.
Ajudando a moderar essas preocupações, pelo menos por enquanto, dois senadores republicanos anunciaram recentemente que bloqueariam qualquer substituto para a governadora do Fed, Lisa Cook, até que sua ação judicial sobre sua demissão fosse resolvida.
AMBEV - ABEV3 pode escorregar ainda para R$11,08📉 AMBEV - ABEV3 pode escorregar ainda para R$11,08 ⚠️💸
Relatório de Análise: A Desvalorização das Ações da Ambev (ABEV3) no Contexto de Seus Resultados e do Cenário Setorial
Sumário Executivo
A queda das ações da Ambev (ABEV3) no dia 3 de setembro de 2025, embora menos acentuada do que o movimento inicial após a divulgação de seu balanço, é uma manifestação contínua de um sentimento de mercado persistentemente negativo. Este sentimento foi catalisado pela divulgação de resultados do segundo trimestre de 2025 (2T25), que foram percebidos como mistos. A companhia conseguiu impulsionar sua rentabilidade por meio de aumentos de preços, mas sofreu uma retração significativa no volume de vendas, especialmente no Brasil, frustrando as expectativas de analistas e revelando vulnerabilidades estratégicas da empresa.
As causas principais da desvalorização se concentram na retração de volumes em um cenário macroeconômico adverso, na intensificação da concorrência e nas pressões de custo decorrentes da inflação e da volatilidade cambial. As perspectivas futuras dependem diretamente da capacidade da Ambev de reverter a tendência de queda de volumes em um ambiente competitivo cada vez mais acirrado, ao mesmo tempo em que gerencia as pressões sobre suas margens. A análise evidencia a importância da sustentabilidade do poder de precificação da companhia e sua capacidade de defender a participação de mercado no Brasil para justificar sua avaliação a longo prazo.
1. A Dinâmica da Ação (ABEV3): Cronologia e Contexto de Mercado
1.1. O Movimento da Cotação “Hoje” e a Reação do Mercado
A pesquisa do usuário questiona a queda "forte hoje" das ações da Ambev (ABEV3). Em 3 de setembro de 2025, a variação da cotação foi de -2,96%, com o preço de fechamento em R$ 1,80. Este movimento, contudo, é uma continuação de uma reação de mercado muito mais intensa e significativa que ocorreu em 31 de julho de 2025. Naquela data, a Ambev divulgou seus resultados do segundo trimestre, e a reação do mercado foi imediata e severa. As ações da companhia chegaram a cair 5,4%, liderando as perdas do Ibovespa , e fecharam o dia com uma desvalorização de 5,25% a R$ 12,46. A queda no dia 3 de setembro, portanto, reflete a persistência do sentimento de cautela e pessimismo que se estabeleceu no mercado após a divulgação do balanço, e não um novo evento de impacto comparável.
1.2. Contexto Macroeconômico e de Setor
O desempenho da ABEV3 se destaca por sua dissociação em relação ao mercado de ações e à economia brasileira em geral. Enquanto o Ibovespa alcançava um patamar recorde de 141,5 mil pontos no final de agosto e a economia mostrava sinais de robustez com a taxa de desemprego atingindo um mínimo histórico de 5,8% no segundo trimestre , as ações da Ambev continuavam a sofrer. Esse cenário indica que os problemas da empresa não são um reflexo de uma crise generalizada no mercado de capitais ou na economia brasileira, mas sim de desafios operacionais e competitivos específicos à companhia.
Essa leitura é corroborada por dados do setor de bebidas, que registrou uma queda de 2,2% na produção em julho, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 3 de setembro de 2025. O fraco desempenho do setor, que já acumulava um comportamento predominantemente negativo desde abril, reforça a tese de que a desvalorização da Ambev é um reflexo de questões intrínsecas, superando os ventos favoráveis da economia mais ampla.
2. O Catalisador Principal: Análise dos Resultados do 2º Trimestre de 2025 (2T25)
2.1. O Ponto de Controvérsia: O Paradoxo de Lucro vs. Volume
O principal ponto de controvérsia que gerou a reação negativa do mercado foi o paradoxo entre o crescimento do lucro e a queda de volumes de venda. A Ambev reportou um lucro líquido de R$ 2,79 bilhões no 2T25, um aumento de 13,8% em relação ao mesmo período de 2024. O Ebitda ajustado também cresceu 7,6%, atingindo R$ 6,15 bilhões. Apesar desses números aparentemente sólidos de rentabilidade, a principal preocupação do mercado, e o cerne da desvalorização, foi a queda acentuada nos volumes.
Os volumes totais da empresa caíram 4,5% no trimestre, enquanto o volume de cerveja no Brasil, seu mercado mais estratégico, recuou 6,5%. Analistas do Goldman Sachs e do JPMorgan apontaram quedas ainda mais fortes, de 9% e 8,9%, respectivamente, no volume de cerveja no Brasil, em contraste com as projeções dos bancos.
Uma análise aprofundada revela a estratégia da Ambev por trás desse paradoxo. A companhia conseguiu aumentar a rentabilidade (com margem Ebitda de 30,6%, 1,6 ponto percentual acima do 2T24 ) apesar da queda de volumes, principalmente por meio do crescimento da receita por hectolitro (ROL/hl), que avançou 8,4%. A empresa demonstrou uma prioridade clara na gestão de receita e na "premiumização" de suas marcas para proteger suas margens de lucro no curto prazo, mesmo à custa de um recuo nas vendas. Embora essa abordagem tenha gerado um resultado líquido positivo, o mercado questiona a sustentabilidade de uma estratégia que sacrifica o volume. Essa preocupação se manifesta na desconfiança do mercado de que a perda de volumes possa ser um sinal de perda de participação de mercado para concorrentes em um ambiente cada vez mais competitivo, o que poderia comprometer sua capacidade de crescimento e seu poder de precificação a longo prazo.
2.2. A Retração de Volumes em Detalhes
A Ambev atribuiu a queda de volumes, em parte, a condições climáticas desfavoráveis, citando temperaturas mais baixas no Brasil, especialmente em junho. O presidente da companhia, Carlos Eduardo Lisboa, tentou tranquilizar o mercado afirmando que julho “não se parece de maneira nenhuma com junho em termos de condições climáticas” e que a empresa se mantinha “confiante”.
Entretanto, a justificativa da companhia é vista por muitos analistas como uma explicação simplista para um problema mais complexo. A análise de mercado aponta para fatores mais estruturais e fundamentais, como a maturidade da indústria de bebidas no Brasil , que registrou um crescimento anual de apenas 1,2% em 2024 e uma queda de 3,1% em dezembro. Além disso, a redução da acessibilidade do consumidor e o cenário competitivo acirrado são apontados como as verdadeiras causas da retração. O mercado avalia que o impacto negativo do clima é temporário, enquanto os desafios estruturais e competitivos representam ameaças de mais longa duração.
3. A Leitura do Mercado: Avaliações e Rebaixamentos de Analistas
3.1. Síntese das Análises Institucionais
A divulgação dos resultados do 2T25 gerou uma reação unânime de cautela entre as principais casas de análise, que rebaixaram a recomendação das ações ou reiteraram suas posturas conservadoras. A seguir, um resumo das avaliações:
Instituição Data da Análise Recomendação Preço-Alvo Justificativa Principal
Goldman Sachs 31 de julho de 2025 Venda (Reiterada) R$ 11,70
Queda de 9% no volume de cerveja no Brasil; lucro líquido 7% abaixo do consenso; aumento da concorrência e pressões de custo.
JPMorgan 31 de julho de 2025 N/A N/A
Receita líquida 4,6% abaixo da estimativa e forte queda de 8,9% no volume de cerveja no Brasil.
BB Investimentos 31 de julho de 2025 Neutra (Rebaixada) R$ 16,00
Preocupação com a retração de volumes, especialmente no Brasil, e com a capacidade de combinar crescimento e rentabilidade no curto prazo.
XP Investimentos 21 de julho de 2025 Neutra (Reiterada) R$ 13,90
Potencial limitado de crescimento do lucro, custos mais altos em 2025 e concorrência mais acirrada.
3.2. Os Fatores que Justificam a Cautela dos Analistas
A convergência das análises institucionais em relação à cautela reflete preocupações subjacentes que vão além do desempenho do último trimestre. Os principais fatores de preocupação são:
Pressões de Custo e Inflação: O aumento do custo dos produtos vendidos por hectolitro (CPV/hl) é um fator-chave. Analistas apontam para a depreciação do Real e o aumento dos preços das commodities, como o alumínio e o trigo , como as principais fontes de pressão futura sobre as margens da companhia.
Concorrência Aumentada: A intensificação da concorrência, principalmente da Heineken, é um tema recorrente nas análises. A menção de que a Heineken está prestes a inaugurar uma nova cervejaria de 5 milhões de hectolitros em 2025 representa uma ameaça tangível e iminente à participação de mercado da Ambev, especialmente em um momento em que a Ambev já enfrenta uma retração de volumes.
Cenário de Consumo Fraco: A percepção de que a indústria de bebidas está em amadurecimento e que a acessibilidade do consumidor para a cerveja pode ser pressionada por um cenário macroeconômico mais desafiador completa o quadro de cautela. A Ambev pode ter dificuldade em manter sua estratégia de precificação agressiva para proteger as margens se o poder de compra do consumidor enfraquecer e a concorrência aumentar.
4. Fatores de Pressão Macroeconômica e Cenário Competitivo
4.1. Ventos Contrários do Ambiente Econômico
A Ambev opera em um ambiente que enfrenta ventos contrários significativos. A depreciação do Real eleva os custos de produção, uma vez que a empresa depende de insumos cotados em moeda estrangeira, como o alumínio. A alta do CPV/hl, que já avançou 5,9% no Brasil , é um reflexo direto dessas pressões. Além disso, a taxa básica de juros (Selic) em 15% , apesar de ser uma ferramenta para combater a inflação, torna o capital mais caro para a empresa e pode desestimular o consumo, impactando diretamente os volumes de venda. A Ambev enfrenta o desafio de repassar esses custos ao consumidor sem perder volume, uma manobra delicada em um mercado com demanda já em retração.
4.2. Ameaça Competitiva e o Mercado de Bebidas no Brasil
A dinâmica do mercado de bebidas no Brasil é um dos fatores mais críticos para a tese de investimento da Ambev. A análise de especialistas indica que a indústria está em amadurecimento, com um crescimento anual modesto. Nesse contexto, a concorrência por participação de mercado se intensifica. A Heineken emerge como uma ameaça cada vez mais relevante, investindo em sua capacidade de produção com a inauguração de uma nova fábrica. A empresa tem como objetivo ganhar volume, o que coloca pressão direta sobre a liderança da Ambev em um momento de volumes em queda. A capacidade da Ambev de defender seu mercado em um cenário de demanda fraca e oferta crescente será um fator determinante para sua performance futura.
5. Conclusão e Perspectivas para a ABEV3
5.1. Síntese dos Fatores Determinantes
A queda das ações da Ambev (ABEV3) no dia 3 de setembro de 2025 é o resultado de uma confluência de fatores, com a divulgação dos resultados do 2T25 atuando como o principal catalisador. A reação negativa do mercado foi impulsionada por três pilares interligados:
A surpresa negativa com o volume do 2T25, que frustrou as expectativas de analistas e gerou desconfiança, mesmo com o lucro em crescimento.
A reação quase unânime dos analistas, que rebaixaram suas recomendações e expressaram preocupação com o futuro da companhia.
A confirmação de um cenário de ventos contrários, que inclui a escalada dos custos de produção (especialmente por commodities como o alumínio), a intensificação da concorrência (com a Heineken) e a desaceleração da indústria de bebidas no Brasil.
5.2. Perspectivas e Pontos de Atenção
Apesar de a Ambev ter demonstrado resiliência em suas operações internacionais e uma capacidade de defender suas margens no curto prazo, a perspectiva para a empresa no mercado doméstico permanece incerta. O mercado deve monitorar a capacidade da Ambev de reverter a tendência de queda nos volumes, a eficácia de sua estratégia de precificação para proteger as margens sem perder participação de mercado, e o impacto da concorrência e do cenário macroeconômico nos próximos balanços. A volatilidade dos preços das commodities e do câmbio, bem como a resposta da empresa à crescente pressão competitiva, serão métricas cruciais para determinar se a empresa conseguirá sustentar seu desempenho financeiro. O ceticismo do mercado, evidenciado pelo rebaixamento das recomendações de compra, reflete uma preocupação genuína com a sustentabilidade do crescimento em um ambiente cada vez mais desafiador.
Juros de Longo Prazo Disparam e Pressionam Bolsas Europeias
Os mercados financeiros iniciaram setembro sob pressão dos títulos de dívida soberana. Os juros de longo prazo voltaram a níveis não vistos desde a crise de 2011, refletindo receios com a sustentabilidade das contas públicas na Europa. A instabilidade política em França foi o catalisador imediato, mas o movimento rapidamente alastrou a outros mercados, incluindo o Reino Unido, onde a yield a 30 anos atingiu 5,74%, o valor mais alto desde 1998. Esta escalada penalizou as bolsas, com o DAX e o IBEX entre os mais afetados a recuar 1.7% e 1.4% respetivamente na terça-feira. A subida dos custos de financiamento expõe a fragilidade da dívida de longo prazo e reforça a perceção de risco num contexto de crescente dependência da emissão de dívida para suportar gastos públicos.
Henrique Valente – ActivTrades
As informações fornecidas não constituem pesquisa de investimento. Este material não foi elaborado de acordo com os requisitos legais destinados a promover a independência da pesquisa de investimento e, como tal, deve ser considerado uma comunicação de marketing.
Todas as informações foram preparadas pela ActivTrades (“AT”). As informações não contêm um registro dos preços da AT, nem constituem uma oferta ou solicitação para a realização de qualquer transação com instrumento financeiro. Nenhuma declaração ou garantia é feita quanto à exatidão ou integridade dessas informações.
Qualquer material fornecido não leva em consideração os objetivos de investimento específicos nem a situação financeira de qualquer pessoa que o receba. O desempenho passado não é um indicador confiável de desempenho futuro. A AT oferece apenas um serviço de execução de ordens. Consequentemente, qualquer pessoa que atue com base nas informações fornecidas o faz por sua própria conta e risco.
Previsões não são garantias. As taxas podem mudar. O risco político é imprevisível. As ações dos bancos centrais podem variar. As ferramentas das plataformas não garantem sucesso.
A Empresa Mais Crítica do Mundo Pode Sobreviver ao Sucesso?A Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) está em uma encruzilhada sem precedentes, comandando 67,6% do mercado global de fundição enquanto enfrenta ameaças existenciais que poderiam reformular todo o ecossistema de tecnologia. O desempenho financeiro da empresa permanece robusto, com receita do segundo trimestre de 2025 alcançando US$ 30,07 bilhões e crescimento de mais de 60% no lucro líquido em relação ao ano anterior. No entanto, essa dominância paradoxalmente a tornou o ponto de falha único mais vulnerável do mundo. A TSMC produz 92% dos chips mais avançados do mundo, criando um risco de concentração onde qualquer interrupção poderia desencadear uma catástrofe econômica global excedendo US$ 1 trilhão em perdas.
A ameaça principal não vem de uma invasão direta chinesa a Taiwan, mas da estratégia "anaconda" de Pequim de coerção econômica e militar gradual. Isso inclui voos militares recordes no espaço aéreo de Taiwan, bloqueios de prática e aproximadamente 2,4 milhões de ciberataques diários em sistemas taiwaneses. Simultaneamente, as políticas dos EUA criam pressões contraditórias — enquanto fornecem bilhões em subsídios do CHIPS Act para incentivar a expansão americana, a administração Trump revogou privilégios de exportação para as operações chinesas da TSMC, forçando reorganização custosa e requisitos de licenciamento individual que poderiam paralisar as instalações da empresa no continente.
Além dos riscos geopolíticos, a TSMC enfrenta uma guerra invisível no ciberespaço, com mais de 19.000 credenciais de funcionários circulando na dark web e ataques sofisticados patrocinados pelo estado visando sua propriedade intelectual. O recente vazamento alegado da tecnologia de processo de 2nm destaca como as restrições de exportação da China mudaram o campo de batalha do acesso a equipamentos para talento e roubo de segredos comerciais. A resposta da TSMC inclui um sistema de proteção IP de dupla via impulsionado por IA, que gerencia mais de 610.000 tecnologias catalogadas e estende estruturas de segurança a fornecedores globais.
A TSMC está construindo ativamente resiliência por meio de uma estratégia de expansão global de US$ 165 bilhões, estabelecendo fábricas avançadas no Arizona, Japão e Alemanha, enquanto mantém sua vantagem tecnológica com rendimentos superiores em nós de ponta. No entanto, essa estratégia de redução de riscos vem com um custo significativo - as operações no Arizona aumentarão os custos das wafers em 10-20% devido a despesas de mão de obra mais altas, e a empresa deve navegar no paradoxo estratégico de diversificar a produção enquanto mantém sua pesquisa e desenvolvimento mais avançada concentrada em Taiwan. A análise conclui que o futuro da TSMC depende não do desempenho financeiro atual, mas da execução bem-sucedida desse ato de equilíbrio complexo entre manter a liderança tecnológica e mitigar riscos geopolíticos sem precedentes em uma ordem global cada vez mais fragmentada.