Ouro Recua com Aumento do Apetite pelo Risco
O preço do ouro caiu nas primeiras negociações desta sexta-feira, situando-se agora no nível mais baixo registado em junho, abaixo dos 3.300 dólares. O sentimento do mercado tornou-se mais optimista após o anúncio de um cessar-fogo no conflito entre Israel e o Irão. Este clima de maior apetite pelo risco impulsionou os principais índices bolsistas para máximos históricos, ao mesmo tempo que reduziu a procura por ativos de refúgio, como o ouro.
Neste contexto, os investidores estarão atentos à divulgação, ainda hoje, dos dados sobre o Índice de Despesas com Consumo Pessoal (PCE) nos EUA — o indicador de inflação preferido da Reserva Federal. O consenso entre os analistas aponta para uma ligeira subida nos dados de maio, face à leitura anterior, cenário que se considera já refletido nos preços de mercado. No entanto, uma divergência significativa em relação a estas expectativas poderá alterar as previsões quanto à trajetória das taxas de juro da Fed, com impacto no valor do dólar e, por consequência, nos preços do ouro, dada a correlação inversa entre os dois ativos.
Ricardo Evangelista – ActivTrades
Análise Fundamentalista
Índice do Dólar Afunda com Receios Sobre a Independência da Fed
O índice do dólar caiu para o nível mais baixo dos últimos três anos nas primeiras horas da sessão de quinta-feira. Este índice, que mede o desempenho da moeda norte-americana face a um cabaz de seis principais divisas, acumula uma perda superior a 10% desde o início do ano — reflexo do enfraquecimento da principal moeda de reserva mundial face aos seus pares. A mais recente queda ocorreu após o testemunho de Jerome Powell perante o Congresso dos EUA, durante o qual o presidente da Reserva Federal afastou a hipótese de um corte nas taxas já em julho. No entanto, reconheceu que o impacto inflacionista das tarifas impostas pela administração norte-americana poderá ser de curta duração — comentário que aumentou as apostas dos mercados num eventual corte de juros ainda durante o verão. Em paralelo, cresce a especulação em torno do desagrado de Donald Trump relativamente a Powell e da possibilidade de o substituir por alguém cujas posições sobre política monetária estejam mais alinhadas com as do Presidente. Um cenário deste tipo comprometeria a credibilidade do banco central, levantando dúvidas sobre a sua independência — uma dinâmica que poderá provocar nova desvalorização do dólar, à medida que os mercados ajustam expectativas a uma Fed mais “submissa” e dovish, e a um enfraquecimento da confiança institucional.
Ricardo Evangelista – ActivTrades
A AMD está prestes a redefinir o futuro da IA e da computação?A Advanced Micro Devices (AMD) está consolidando rapidamente sua posição no mercado, conquistando até mesmo analistas céticos de Wall Street. Recentemente, a Melius Research, por meio do analista Ben Reitzes, elevou a classificação das ações da AMD de “manter” para “comprar”, ajustando o preço-alvo de US$ 110 para US$ 175. Essa mudança reflete o progresso significativo da empresa em chips de inteligência artificial (IA) e sistemas de computação de alto desempenho. A perspectiva otimista é impulsionada pela crescente demanda de provedores de nuvem em larga escala e entidades governamentais, além do grande potencial de receita em cargas de trabalho de inferência de IA. Outra atualização, desta vez da CFRA para “compra forte”, reforça essa mudança de percepção, destacando os novos produtos da AMD e sua base de clientes em expansão, que inclui grandes nomes como Oracle e OpenAI, utilizando sua tecnologia de aceleradores de IA e o software ROCm, cada vez mais maduro.
Os avanços da AMD no mercado de aceleradores de IA são particularmente notáveis. A série MI300, incluindo o MI300X com 192GB de memória HBM3 — líder no setor —, e a recém-anunciada série MI350 foram projetadas para oferecer vantagens significativas em preço e desempenho em comparação com concorrentes como o H100 da Nvidia. No evento “Advancing AI 2025”, realizado em 12 de junho, a AMD demonstrou que o MI350 pode proporcionar até 38 vezes mais eficiência energética em treinamentos de IA e apresentou os sistemas integrados “Helios”. Essas soluções completas, que utilizam GPUs da futura série MI400 e CPUs EPYC “Venice” baseadas na arquitetura Zen 6, posicionam a AMD para competir diretamente por contratos lucrativos com operadores de nuvem em larga escala. Como as cargas de trabalho de inferência devem representar 58% dos orçamentos de IA, o foco da AMD em plataformas de IA eficientes e escaláveis a coloca em uma posição privilegiada no mercado de data centers de IA, que cresce rapidamente.
Além da IA, a AMD está expandindo os limites da computação de alto desempenho com os próximos processadores Ryzen baseados na arquitetura Zen 6, que, segundo rumores, alcançarão velocidades de clock excepcionalmente altas, entre 6.4 e 6.5 GHz. Construída com o processo de fabricação de 2nm da TSMC, a arquitetura Zen 6 — desenvolvida pela mesma equipe responsável pelo bem-sucedido Zen 4 — promete melhorias significativas na arquitetura e um aumento substancial no desempenho por ciclo. Embora sejam metas baseadas em vazamentos, o histórico comprovado de design da AMD, aliado à tecnologia de ponta da TSMC, torna essas velocidades ambiciosas bastante plausíveis. Essa estratégia agressiva visa oferecer ganhos impressionantes de desempenho para entusiastas de PC e usuários corporativos, consolidando a posição da AMD frente aos futuros processadores Nova Lake da Intel, esperados para 2026, com design modular e até 52 núcleos.
WTI Recupera Ligeiramente, mas Ainda Perto das Mínimas Recentes
Os preços do petróleo WTI registaram uma ligeira recuperação nas primeiras horas da sessão de quarta-feira, mantendo-se, no entanto, próximos dos mínimos de várias semanas atingidos na sessão anterior. O preço do barril caiu mais de 15% face ao máximo de 78 dólares registado na segunda-feira, à medida que os receios em torno da oferta se foram dissipando, impulsionados pela crescente esperança de um fim ao confronto armado entre Israel e o Irão. Durante mais de uma semana, os preços do crude subiram devido à incorporação de um prémio de risco, motivado pelo receio de que o Irão encerrasse o Estreito de Ormuz — uma passagem estratégica por onde circula cerca de 25% do transporte marítimo mundial de petróleo. Com esse cenário a parecer cada vez mais improvável, os mercados respiraram de alívio, levando os preços a recuar para um valor ligeiramente acima dos 65 dólares — praticamente o mesmo nível registado antes do ataque de Israel ao Irão, a 13 de junho. Com os receios relativos à oferta a esmorecerem, os operadores voltam agora a focar-se na conjuntura económica global, procurando antecipar os níveis de procura futura. O impacto das tarifas na inflação e no crescimento económico mundial permanece incerto, o que dificulta a previsão da procura. Neste contexto, o testemunho de Jerome Powell, presidente da Reserva Federal, perante o Congresso dos EUA, deixou a impressão de que o banco central norte-americano não deverá cortar as taxas de juro em julho. Esta perceção penalizou as expectativas de procura e, consequentemente, pressionou em baixa o preço do barril.
Ricardo Evangelista – ActivTrades
Por que ações da CrowdStrike disparam com caos cibernético?O cenário digital está cada vez mais repleto de ameaças cibernéticas sofisticadas, transformando a cibersegurança de um simples custo de TI em uma necessidade estratégica essencial. Com os custos globais do cibercrime projetados para alcançar US$ 10,5 trilhões anuais até 2025, as organizações enfrentam pesadas penalidades financeiras, interrupções operacionais e danos reputacionais decorrentes de violações de dados e ataques de ransomware. Esse ambiente de ameaças crescentes gerou uma demanda urgente e inflexível por defesas digitais robustas, posicionando empresas líderes em cibersegurança, como a CrowdStrike, como pilares fundamentais da estabilidade e do crescimento econômico.
A ascensão notável da CrowdStrike está diretamente ligada a essa demanda crescente, impulsionada por tendências como a transformação digital generalizada, a ampla adoção de soluções em nuvem e a expansão dos modelos de trabalho híbrido. Essas mudanças ampliaram significativamente as superfícies de ataque, exigindo soluções de segurança nativas da nuvem capazes de proteger diversos endpoints e cargas de trabalho na nuvem. As organizações estão priorizando cada vez mais a resiliência cibernética, buscando plataformas integradas com capacidades de detecção proativa e resposta rápida. A plataforma Falcon da CrowdStrike, com sua arquitetura baseada em IA e agente único, atende eficazmente a essas necessidades, oferecendo inteligência de ameaças em tempo real e permitindo uma expansão fluida entre diversos módulos de segurança, o que resulta em alta retenção de clientes e significativas oportunidades de upsell.
O forte desempenho financeiro da empresa reforça sua liderança de mercado e eficiência operacional. A CrowdStrike reporta consistentemente um crescimento expressivo na Receita Recorrente Anual (ARR), margens operacionais saudáveis (non-GAAP) e uma robusta geração de fluxo de caixa livre, evidenciando um modelo de negócios lucrativo e sustentável. Essa solidez financeira, aliada à inovação contínua e a parcerias estratégicas, posiciona a CrowdStrike para um crescimento sustentado a longo prazo. À medida que as empresas buscam consolidar fornecedores de segurança e simplificar operações complexas, a plataforma abrangente da CrowdStrike está idealmente posicionada para capturar uma fatia ainda maior dos gastos globais em cibersegurança, solidificando seu papel como alicerce da economia digital e um investimento atraente em um ambiente de alto risco.
Ouro Cai com Aumento do Apetite pelo Risco
O preço do ouro caiu nas primeiras negociações na Europa, aproximando-se do nível dos 3.320 dólares, à medida que o apetite pelo risco aumentou nos mercados financeiros. O otimismo em torno da possibilidade de um cessar-fogo e de uma solução permanente para o conflito entre Israel, Irão e EUA — que reduziria o risco de uma escalada adicional — impulsionou ganhos generalizados nos mercados bolsistas e penalizou os ativos de refúgio, como o ouro, cuja procura está agora a diminuir. Neste contexto, é possível que o metal precioso registe novas perdas caso o otimismo se mantenha elevado, sendo que o nível dos 3.300 dólares surge como o próximo suporte significativo. No entanto, o potencial de queda é limitado pela persistente incerteza em torno do possível impacto estagflacionário das tarifas sobre a economia global, pelas compras contínuas de ouro por parte dos bancos centrais, pela turbulência geopolítica na Europa de Leste e pela expectativa de que a Reserva Federal poderá iniciar em breve cortes nas taxas de juro. Os investidores estarão atentos ao testemunho de Jerome Powell no Congresso dos EUA, mais tarde hoje, em busca de pistas sobre a trajetória futura da política monetária da Fed. Caso Powell adopte um tom mais dovish, aumentarão as probabilidades de um corte nas taxas já em Julho — o que poderá enfraquecer ainda mais o dólar e oferecer suporte ao preço do ouro, dada a correlação inversa entre os dois ativos.
Ricardo Evangelista – ActivTrades
A Geopolítica Pode Impulsionar a Ascensão da Tecnologia?O índice Nasdaq registrou recentemente uma forte alta, impulsionada em grande parte por uma inesperada redução das tensões entre Israel e Irã. Após um fim de semana em que forças americanas teriam supostamente atacado instalações nucleares iranianas, os investidores antecipavam um início de semana volátil. No entanto, a resposta moderada do Irã – um ataque com mísseis a uma base dos EUA no Catar, sem vítimas ou danos significativos – sinalizou claramente a intenção de evitar uma escalada maior. Esse momento culminou com o anúncio do presidente Trump de um "CESSAR-FOGO COMPLETO E TOTAL" na Truth Social, o que imediatamente elevou os futuros das ações americanas, incluindo o Nasdaq. Essa rápida transição de uma escalada geopolítica para uma trégua declarada alterou profundamente a percepção de risco, aliviando as preocupações imediatas que pressionavam os mercados globais.
Essa distensão geopolítica beneficiou especialmente o Nasdaq, um índice fortemente concentrado em ações de tecnologia e crescimento. Essas empresas, frequentemente com cadeias de suprimento globais e dependentes de mercados internacionais estáveis, prosperam em ambientes de menor incerteza. Diferentemente de setores ligados a commodities, as empresas de tecnologia derivam seu valor de inovação, dados e ativos de software – menos suscetíveis a choques geopolíticos diretos quando as tensões se dissipam. A aparente desescalada do conflito não apenas aumentou a confiança dos investidores nessas empresas voltadas para o crescimento, mas também pode ter reduzido a pressão sobre o Federal Reserve em relação à futura política monetária – um fator que influencia significativamente o custo de financiamento e as avaliações de empresas de tecnologia de alto crescimento.
Além do alívio imediato no cenário geopolítico, outros fatores cruciais moldam a trajetória do mercado. O depoimento iminente do presidente do Fed, Jerome Powell, ao Comitê de Serviços Financeiros da Câmara, onde ele discutirá a política monetária, está no centro das atenções. Os investidores examinam minuciosamente suas declarações em busca de indícios sobre possíveis ajustes nas taxas de juros, especialmente com as expectativas de cortes em 2025. Além disso, relatórios de lucros relevantes de empresas como Carnival Corporation (CCL), FedEx (FDX) e BlackBerry (BB) serão divulgados em breve. Esses resultados fornecerão insights valiosos sobre a saúde de diversos setores, oferecendo uma visão mais clara sobre consumo, logística global e segurança de software – influenciando diretamente o sentimento do mercado e o desempenho contínuo do Nasdaq.
Energia vs Tecnologia: Gráfico que Pode Definir a Próxima DécadaNos mercados, a questão mais importante é sempre identificar a liderança. Na última década, a resposta foi clara: Tecnologia. Mas os mercados se movem em grandes ciclos, e o gráfico que melhor ilustra a batalha pela futura liderança é a relação direta entre Energia (XLE) e Tecnologia (XLK).
A História Contada pelo Gráfico
Primeiro Ciclo - O Superciclo de Commodities (2000-2008): Uma era de ouro para os ativos reais, onde a Energia teve uma performance espetacular sobre uma combalida Tecnologia pós-bolha ".com".
Segundo Ciclo - A Década Tecnológica (2008-2020): Com juros próximos de zero e inovação disruptiva, a Tecnologia esmagou a Energia de forma implacável, levando o ratio a mínimas históricas em 2020.
Terceiro Ciclo - O Ponto de Virada (2020-Hoje): Após o fundo, vimos o primeiro grande impulso de alta da Energia em mais de 10 anos, seguido por uma longa fase de consolidação – que é exatamente onde estamos agora.
A Tese e o Ponto de Decisão Atual
A longa consolidação desde o pico de 2022 formou um padrão técnico clássico (uma bandeira de alta ou cunha descendente). Acredito que este movimento não é uma reversão à dominância da tecnologia, mas sim uma pausa antes da próxima grande onda de valorização da energia. A tese para essa virada se apoia em dois pilares:
O Pilar Fundamental: É estrutural. Vivenciamos uma década de subinvestimento em energia que criou uma oferta restrita; as tensões geopolíticas globais e um cenário político nos EUA com potencial para ser mais favorável à energia tradicional adicionam um prêmio de risco constante; e, de forma irônica, a própria revolução da IA irá requerer uma demanda energética massiva para sustentar seus data centers.
O Pilar de Mercado e Técnico: A exuberância com as gigantes de tecnologia esticou seus múltiplos a patamares historicamente elevados. Como consequência direta, o ratio XLE/XLK foi empurrado para testar seu suporte mais importante desde 2020, formando um padrão de consolidação exatamente sobre essa zona de defesa histórica.
Portanto, a batalha de médio prazo (força do XLK) está testando a estrutura da guerra de longo prazo (potencial do XLE). O ratio XLE/XLK encontra-se em seu ponto de inflexão mais importante em anos.
A importância de se atentar a este momento fica evidente ao observarmos a magnitude dos ciclos passados neste mesmo gráfico: cada mudança de ciclo no passado representou uma oportunidade para lucros expressivos ou a necessidade de se proteger de desvalorizações prolongadas.
A resolução do padrão técnico atual tem o potencial de ser o gatilho para o próximo desses grandes movimentos, podendo não apenas definir a nova liderança do mercado, mas confirmar o início de um novo regime econômico focado em ativos reais, onde quem souber se posicionar poderá surfar um grande ciclo de mercado.
A Geopolítica Pode Redefinir o Risco de Mercado?O Índice de Volatilidade da Cboe (VIX), conhecido como o “índice do medo”, tem atraído significativa atenção nos mercados financeiros globais. Seu recente aumento reflete uma profunda incerteza, impulsionada principalmente pela escalada das tensões geopolíticas no Oriente Médio. Embora o VIX quantifique as expectativas do mercado sobre a volatilidade futura, sua elevação atual vai além do mero sentimento. Ela representa uma reprecificação complexa do risco sistêmico, capturando a probabilidade implícita de grandes disrupções no mercado. Os investidores consideram o VIX uma ferramenta essencial para navegar em períodos de turbulência.
A transformação do conflito indireto entre Irã e Israel em uma confrontação direta, agora envolvendo os Estados Unidos, alimenta diretamente essa volatilidade elevada. Os ataques aéreos israelenses contra instalações militares e nucleares iranianas em 13 de junho de 2025 provocaram uma retaliação imediata do Irã. Em 22 de junho, os EUA lançaram a “Operação Martelo da Meia-Noite”, realizando ataques de precisão contra locais nucleares iranianos estratégicos. O ministro das Relações Exteriores do Irã declarou o fim da diplomacia, responsabilizando os EUA pelas “consequências graves” e prometendo novas “operações de retaliação”, incluindo a possível interrupção do Estreito de Ormuz.
Essa intervenção militar direta dos EUA, com o uso de munições especializadas contra instalações nucleares, altera fundamentalmente o perfil de risco do conflito. O que era uma guerra por procuração agora se transforma em uma confrontação com implicações potencialmente existenciais para o Irã. A ameaça explícita de interrupção do Estreito de Ormuz, um ponto crucial para o fornecimento global de petróleo, gera enorme incerteza nos mercados de energia e na economia global. Embora picos anteriores do VIX causados por eventos geopolíticos tenham sido transitórios, as características únicas da situação atual introduzem um grau mais elevado de risco sistêmico e imprevisibilidade. O Índice Cboe VVIX, que mede a volatilidade esperada do próprio VIX, também atingiu o extremo superior de sua faixa, sinalizando uma incerteza profunda sobre a trajetória futura do risco.
O cenário atual exige uma transição da gestão estática de portfólios para uma abordagem dinâmica e adaptável. Os investidores devem reavaliar a construção de seus portfólios, considerando posições longas em volatilidade por meio de instrumentos baseados no VIX como proteção e aumentando alocações em ativos de refúgio, como títulos do Tesouro dos EUA e ouro. O elevado VVIX indica que até mesmo a previsibilidade da volatilidade está comprometida, exigindo uma estratégia de gestão de risco em múltiplas camadas. Essa confluência de eventos pode marcar uma ruptura com os padrões históricos de impactos geopolíticos de curto prazo nos mercados, sugerindo que o risco geopolítico pode se tornar um fator mais persistente e estrutural na precificação de ativos. Vigilância e estratégias ágeis são indispensáveis para navegar nesse ambiente imprevisível.
Compra de petróleo em pânico após ataques ao Irão?O presidente Donald Trump confirmou que os EUA, em coordenação com Israel, realizaram três ataques contra instalações nucleares Iranianas.
Haverá Pânico na compra do WTI e do Brent a céu aberto?
Em resposta, o Parlamento Iraniano aprovou uma proposta para fechar o Estreito de Ormuz, uma importante rota global de transporte de petróleo. A decisão final cabe ao Supremo Conselho de Segurança Nacional do Irão e ao Líder Supremo aiatolá Ali Khamenei.
Se for aplicado um bloqueio, os preços do petróleo poderão subir acentuadamente. A ClearView Energy Partners estima que um fechamento de curto prazo poderia adicionar entre US $8 e US $31 por barril. O JP Morgan sugeriu que um conflito em grande escala e uma paralisação completa poderiam levar os preços a US $130.
RADL3- PONTO DE TROPEÇO E ATENÇÃO!!!**21 de junho de 2025**
**RADL3 – A farmácia que está montando um sistema de saúde paralelo**
**Por Rafael Lagosta**
Vamos direto ao ponto. A Raia Drogasil não é apenas uma rede de farmácias com layout bonitinho e atendimento padronizado. Ela é, hoje, uma das maiores operadoras do que chamo de infraestrutura privada da saúde de acesso rápido no Brasil. E mais: entendeu como poucas que o jogo da farmácia mudou. Não se trata mais de vender Dipirona no caixa. Trata-se de controlar dados, se posicionar como elo estratégico entre indústria farmacêutica, planos de saúde, corporações e consumidor final.
A RADL3 está enfiada até o pescoço em acordos. Mas não acordos quaisquer. Estou falando de acordos de fidelização com grandes empresas, parcerias com operadoras de saúde, contratos com indústrias farmacêuticas e integração com plataformas de dados de saúde, além de experimentações com inteligência artificial e serviços clínicos internos. Não é à toa que o valuation dela continua esticado – e quem olha só a margem EBITDA acha que está caro, sem entender o que está por trás da cortina.
Quer saber onde a Raia Drogasil se envolve hoje?
Ela tem parcerias diretas com gigantes da indústria farmacêutica, como Sanofi, Pfizer, EMS e Eurofarma. Mas não é só para comprar remédio com desconto em escala. É para coletar dados de consumo, prever padrões epidemiológicos e até direcionar campanhas de vacinação e lançamento de produtos. Cada receituário digital é um micro-relatório de mercado. A Raia virou um Google Trends farmacêutico com prateleira física.
Outro ponto são os acordos corporativos com grandes empresas e RHs de multinacionais. Ela fornece medicamentos com desconto direto na folha, via convênios com Ambev, Nestlé, Santander, Correios e Petrobras. Resultado: fluxo garantido, previsibilidade de receita e acesso à base de dados de saúde dos colaboradores. Isso é ouro puro.
A empresa está também presente em convênios com operadoras de planos de saúde, colocando a farmácia como ponto de apoio para serviços clínicos de baixa complexidade: testes, aplicação de vacinas, acompanhamento de crônicos. A Raia está se posicionando como mini laboratório de acompanhamento. E isso é vantajoso para as operadoras.
Com o avanço do RD Saúde, ela começa a oferecer assinaturas de medicamentos recorrentes, entrega domiciliar e acordos com startups de telemedicina. Consulta online, receita digital e entrega em casa. O cliente nunca sai do funil. Verticalização total.
E aqui entra o Cartão de Todos. Um plano popular que já atende milhões por valores entre 25 e 40 reais por mês. Ele oferece consultas, exames, descontos em farmácias e mais. O público? Classe C e D – exatamente quem sustenta o giro da RD. Estima-se que mais de 70 por cento da base ativa da RD esteja nesse segmento.
Não existe contrato oficial entre RD e Cartão de Todos. Mas os bastidores estão quentes. A RD já oferece plataforma própria que espelha o modelo: telemedicina, CRM integrado, aplicativo com rastreamento de tratamento, histórico de medicamentos e ofertas personalizadas por inteligência artificial. Ela já é, na prática, um plano de saúde digital mascarado.
A leitura é clara: a RD vai liderar esse movimento. Pode integrar, adquirir ou verticalizar sozinha. O objetivo é o cliente fiel e recorrente. E quando isso acontecer, o mercado vai recalcular o lifetime value de cada cliente. Isso muda tudo.
Por trás disso, figuras técnicas e jurídicas já montam os bastidores da verticalização. Com conexões em holdings, conselhos e redes jurídicas ligadas a farmacêuticas e planos, o projeto avança em sigilo, mas com precisão.
Outro detalhe: médicos populares são muitas vezes induzidos a recomendar parceiros. Quem não entra na cartilha, sai da rota. O paciente entra pela consulta barata e sai com a receita vinculada à farmácia. Venda casada implícita. Difícil de mapear, mas potente.
Nos acordos com startups de tecnologia, a Raia investe via seu corporate venture capital, testando inteligência artificial, estoques automatizados e CRM integrado ao sistema nacional. O foco é prever demanda, evitar ruptura de estoque e atender surtos antes que eles explodam. Quem acerta o dado, domina o mercado.
Em acordos com governos e secretarias de saúde, participa da logística do SUS, ajudando na distribuição de medicamentos de alto custo. Em troca, recebe incentivos, participa de licitações e ganha espaço em novos programas.
Acordos com bancos e fintechs também são destaque. Cartão Raia, cashback, parcelamentos. O cliente parcela antibiótico como se fosse calçado. Pode parecer absurdo, mas é o que garante o tratamento para muita gente. Isso gera recorrência e fideliza.
Na frente ESG, parcerias com ONGs e instituições de impacto social reforçam a imagem da farmácia do bem. E isso tem retorno real sobre o investimento. Onde há laço emocional, há ticket médio mais alto.
E o gráfico?
BMFBOVESPA:RADL3 está negociada a 14 reais, com candle de reversão em cima da projeção de 1,272 de Fibonacci (14,05). Se perder 13,88, abre para 11,43 (nível de 1,618). A resistência imediata é 14,70. Passando dali, o próximo alvo técnico seria 16,52. Mas só acima disso, com volume convincente, teríamos uma reversão sólida. Até lá, é pullback técnico, não tendência.
Com fundos como Capital Research Global Investors aumentando participação para mais de 5,5 por cento, o recado está dado: o mercado internacional já aposta que a RD será o equivalente a um Netflix da saúde.
Se isso se consolidar, pequenas redes não terão chance. A RD tem tudo: capilaridade, logística, dados, motor de recomendação e acesso a milhões.
Mesmo que apenas 10 por cento dessa base migre para um plano digital, o impacto no EBITDA é direto. Receita previsível, margem maior e múltiplo reprecificado.
Hoje o gráfico mostra medo. Mas quem está olhando o backstage está acumulando. Cada candle de dúvida é um convite ao investidor visionário.
Porque nesse jogo, quem integra primeiro, ganha. E a Raia Drogasil já está com um pé dentro. O outro é questão de tempo.
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Petróleo Recua na Abertura da Sessão Europeia
Os preços do petróleo WTI recuaram com a abertura da sessão europeia desta quarta-feira, corrigindo parte dos ganhos registados na véspera, quando atingiram máximos de várias semanas. A queda deveu-se à reação dos investidores a um anúncio da administração norte-americana, que indicou um prazo de duas semanas para tomar uma decisão sobre uma eventual intervenção dos Estados Unidos no conflito em curso entre Israel e o Irão. Este adiamento por parte da Casa Branca faz lembrar episódios anteriores durante a presidência de Donald Trump, em que as pressões dos mercados influenciaram decisões de política tarifária — fenómeno que alguns apelidaram de “TACO”. Uma intervenção militar direta dos EUA neste conflito teria consequências geopolíticas imprevisíveis e poderia perturbar gravemente o fornecimento de petróleo a partir do Golfo Pérsico. Um cenário desse tipo provocaria, muito provavelmente, uma fuga acentuada de ativos de risco, levando a quedas nos mercados acionistas e podendo impulsionar o preço do petróleo para níveis acima dos 100 dólares por barril. Apesar da subida superior a 20% nos preços do WTI desde o início de junho, os mercados ainda não incorporaram totalmente o risco de uma intervenção americana ou de uma guerra regional alargada. Neste contexto, espera-se volatilidade no mercado petrolífero, à medida que os investidores acompanham de perto os acontecimentos — em especial quaisquer sinais provenientes de Washington sobre a posição da administração relativamente a uma eventual ação militar.
Ricardo Evangelista – ActivTrades
Oriente Médio pode elevar preços do gás no inverno?O mercado global de gás natural está atualmente atravessando um período de profunda volatilidade, com os preços disparando e contrariando as tendências sazonais típicas. Esse movimento significativo de alta é impulsionado principalmente pelas crescentes tensões geopolíticas no Oriente Médio, especificamente o conflito intensificado entre Irã e Israel, juntamente com a possível intervenção militar direta dos EUA. Essa complexa interação de fatores está reformulando as percepções sobre o fornecimento global de energia e influenciando o sentimento dos investidores, empurrando os preços do gás natural em direção a níveis psicológicos e técnicos importantes.
Os ataques militares diretos à infraestrutura de energia do Irã, incluindo o maior campo de gás do mundo, o South Pars, introduziram uma ameaça tangível ao fornecimento de gás. Isso é agravado pela vulnerabilidade estratégica do Estreito de Ormuz, um gargalo marítimo vital por onde transita grande parte do gás natural liquefeito (GNL) mundial. Apesar de o Irã possuir as segundas maiores reservas de gás natural do mundo e ser o terceiro maior produtor, sanções internacionais e alto consumo interno limitam severamente sua capacidade de exportação, tornando seus volumes de exportação, ainda que modestos, altamente sensíveis a interrupções.
A Europa, tendo passado a depender de importações de GNL após a redução do gás por dutos russos, vê agora sua segurança energética cada vez mais amarrada à estabilidade das rotas de fornecimento do Oriente Médio. Um conflito prolongado, especialmente se estender aos meses críticos de inverno, exigiria volumes substanciais de GNL para cumprir as metas de armazenamento, intensificando a competição e potencialmente elevando ainda mais os preços do gás na Europa. Esse ambiente de risco elevado e volatilidade também atrai operações especulativas, que podem amplificar os movimentos de preços além das dinâmicas fundamentais de oferta e demanda, incorporando um prêmio de risco geopolítico significativo nas avaliações atuais do mercado.
Essa confluência de ameaças diretas à infraestrutura, riscos em gargalos críticos e a dependência estrutural da Europa dos fluxos globais de GNL cria um mercado altamente sensível. A trajetória dos preços do gás natural permanece inextricavelmente ligada aos desdobramentos geopolíticos, com potencial para novos aumentos substanciais em um cenário de escalada, ou quedas acentuadas caso ocorra desescalada. Navegar por esse panorama requer um entendimento apurado tanto dos fundamentos energéticos quanto das dinâmicas complexas - e muitas vezes imprevisíveis - das relações internacionais.
PACIÊNCIA E PERSISTÊNCIA!O segredo do sucesso está em uma total ação e disciplina, sem jamais procrastinar. O processo é doloroso e duvidante, com muitas pedras no caminho, mas a peça chave é a dedicação e persistência. Faça tudo com perfeição que os resultados serão consequências de um belo trabalho. Bons traders a todos.
simple direction, don't fall into traps, everything repeats itseIn a moment of political tension in the Middle East, such as the current war between Iran and Israel, we all know the direction that gold is going, which will be towards historic highs, trade safely, the market is volatile, but the direction will be upward to make new highs, those who were in the market during the last Trump administration know what the threats of attacks on Iran alone did to the price of gold and at this moment it is much worse and the market is falsely pulling it down, do not fall into traps, buy gold until the historic high is renewed....
Quem impulsiona silenciosamente a revolução da IA?Enquanto os holofotes frequentemente se voltam para gigantes da IA, como Nvidia e OpenAI, um ator menos conhecido, porém igualmente crucial, a CoreWeave, está rapidamente se consolidando como uma força essencial no cenário da inteligência artificial. Esse provedor especializado em computação em nuvem para IA não está apenas acompanhando o boom da IA; ele está construindo a infraestrutura fundamental que o sustenta. O modelo inovador da CoreWeave permite que empresas "aluguem" Unidades de Processamento Gráfico (GPUs) de alto desempenho em sua nuvem dedicada, democratizando o acesso ao imenso poder computacional necessário para o desenvolvimento avançado de IA. Essa abordagem estratégica posicionou a CoreWeave para um crescimento expressivo, evidenciado por um aumento de 420% na receita ano a ano no primeiro trimestre de 2025 e por uma carteira de contratos futuros superior a US$ 25 bilhões.
O papel central da CoreWeave ficou ainda mais evidente com a recente parceria entre o Google Cloud e a OpenAI. Embora pareça uma conquista exclusiva dos gigantes da tecnologia, é a CoreWeave que fornece a potência computacional crítica que o Google revende à OpenAI. Esse envolvimento indireto, mas indispensável, posiciona a CoreWeave no centro das colaborações mais significativas da revolução da IA, validando seu modelo de negócios e sua capacidade de atender às exigentes demandas computacionais dos principais inovadores em IA. Além de oferecer poder computacional bruto, a CoreWeave também está inovando no campo do software. Após a aquisição da plataforma de desenvolvimento de IA Weights & Biases em maio de 2025, a CoreWeave lançou novos produtos de software em nuvem para IA, projetados para otimizar o desenvolvimento, a implementação e a iteração de soluções de IA, consolidando ainda mais sua posição como uma fornecedora abrangente de ecossistemas de IA.
Apesar da rápida valorização de suas ações e de algumas preocupações de analistas sobre sua avaliação, os fundamentos da CoreWeave permanecem sólidos. Sua parceria estratégica com a Nvidia — incluindo a participação acionária da Nvidia e a adoção antecipada da arquitetura Blackwell de ponta — garante acesso às GPUs mais avançadas e procuradas. Embora atualmente esteja em uma fase intensiva de investimentos, esses gastos impulsionam diretamente a expansão de sua capacidade para atender a uma demanda crescente e insaciável. À medida que a IA avança de forma implacável, a necessidade por infraestrutura computacional especializada e de alto desempenho só aumenta. Ao se posicionar como o “hiperescalador de IA”, a CoreWeave não está apenas acompanhando essa revolução; ela está ativamente viabilizando-a.
REVERSAO DO PRECOApos uma analise minuciosa do preço NQ1, a verificação do VIÉS diário e a correlação de outros pares, mudei a ordem de venda para uma compra, atendendo e considerando que as quartas-feiras são geralmente dias de reversão do preço e continuação da tendencia que ja e' de alta a bastante tempo.
Os FVGs estão alinhados com a tendencia e a abertura da sessa-o de NY também se mostra otimista, para alem da confirmação vista no 1H que para mim e' bem confluente com o candle diário e as noticias que se avizinham.
Preços do Petróleo WTI Aliviam após Fortes Ganhos
Após uma valorização superior a 6% na sessão anterior, os preços do petróleo WTI recuaram ligeiramente nas primeiras horas da sessão de quarta-feira, fixando-se um pouco acima dos 74 dólares por barril. As atenções do mercado continuam centradas no conflito em curso entre Israel e o Irão, que poderá vir a comprometer o fornecimento de petróleo a partir do Golfo Pérsico. Este risco para a oferta tem sido um dos principais impulsionadores da recente subida dos preços — uma dinâmica que poderá agravar-se em caso de nova escalada, especialmente se as exportações de petróleo e gás através do Estreito de Ormuz forem interrompidas. Ainda assim, tendo em conta a gravidade do conflito, a reação dos mercados tem sido, até agora, relativamente contida. Uma possível explicação reside nas previsões de abrandamento da economia global, que estão a pesar sobre as expectativas de procura por petróleo. Outro fator em destaque é a política monetária dos Estados Unidos. A decisão de hoje sobre as taxas de juro por parte da Reserva Federal, bem como a intervenção pública de Jerome Powell que se seguirá, deverão ser acompanhadas de perto pelos operadores de petróleo. Caso o banco central adote um tom mais cauteloso e dovish face aos recentes desenvolvimentos geopolíticos — sinalizando maior predisposição para cortar juros — tal poderá impulsionar as expectativas de crescimento, melhorar as perspetivas para a procura de petróleo e oferecer suporte adicional aos preços.
Ricardo Evangelista – ActivTrades
Por que o Aumento Súbito nos Preços do Óleo de Soja?Os recentes aumentos expressivos nos preços do óleo de soja em Chicago refletem uma confluência de fatores globais e domésticos dinâmicos. As tensões geopolíticas, especialmente aquelas que impactam os mercados de petróleo bruto, desempenham um papel significativo, como evidenciado pela recente alta nos contratos futuros do Brent após eventos no Oriente Médio. Essa volatilidade no complexo energético influencia diretamente os custos e o valor estratégico dos combustíveis alternativos, posicionando o óleo de soja na vanguarda dessa transformação de mercado.
Um dos principais impulsionadores desse aumento são as iniciativas transformadoras da Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA). As propostas da EPA para os volumes do Padrão de Combustíveis Renováveis (RFS) de 2026 e 2027 representam um esforço ambicioso para expandir a produção doméstica de biocombustíveis. Essas metas, que superam significativamente os objetivos anteriores, buscam fortalecer a segurança energética dos EUA e apoiar substancialmente a agricultura americana, aumentando a demanda por soja e seus derivados. Alterações importantes, como a adoção de equivalentes de RINs e a redução dos custos de RINs para importações, visam incentivar o consumo doméstico e remodelar a dinâmica do mercado.
Essa demanda impulsionada por políticas públicas reconfigura fundamentalmente o mercado de óleo de soja nos EUA, fazendo com que os contratos futuros da Bolsa de Chicago reflitam cada vez mais forças internas americanas, em vez de tendências globais. Isso requer uma mudança de foco por parte dos negociantes, que agora devem acompanhar os preços do mercado físico em outras regiões para obter insights internacionais. O mercado reagiu rapidamente, com aumentos significativos nos preços futuros, crescimento no interesse aberto e volumes recordes de negociação, sinalizando forte confiança dos investidores no papel do óleo de soja nesse novo cenário. Além disso, os novos mandatos intensificam a pressão sobre matérias-primas importadas de biocombustíveis, reforçando o foco na produção doméstica.
Em última análise, a alta nos preços do óleo de soja vai além da mera especulação de mercado; ela sinaliza uma transformação estrutural. O óleo de soja consolida-se como uma commodity essencial na estratégia de independência energética dos EUA, onde a robusta demanda doméstica, moldada por políticas visionárias, emerge como a força predominante. Essa transição evidencia a profunda interconexão entre os mercados agrícolas, os objetivos energéticos nacionais e a estabilidade geopolítica global.
Goldman e BofA concordam: o dólar está a perder a sua vantagemO Goldman Sachs espera agora que o EUR/USD atinja 1,20 até ao final do ano. Embora esta previsão faça comparações com o rali de 2017 no par, o Goldman observa uma diferença fundamental. Desta vez, os preços reflectem pessimismo no dólar americano, em vez de optimismo no euro.
O Bank of America aparentemente concorda e adverte que mesmo uma trama de pontos "hawkish" na reunião do FOMC desta semana, onde as autoridades do Fed sinalizam menos cortes nas taxas, só pode causar um breve surto de fraqueza do euro em relação ao dólar.
O EUR / USD rompeu recentemente um padrão de triângulo descendente de longo prazo, que limitou a ação dos preços de meados de abril até o início de junho, alinhando-se com a visão do Goldman Sachs e do BofA de uma ampla fraqueza do EUR/ USD.
Este recuo recente para a área de 1,1480 é um novo teste da resistência anterior que se tornou suporte, sugerindo um padrão de continuação potencial se os compradores defenderem este nível.