Fractal
Possível rompimento de consolidação intensifica reversãoTICKMILL:EURUSD vem há meses em forte movimentação de alta, e no cenário macro, a orientação ainda é mais forte para cima, porém, em gráficos menores como o H1 é possível identificar que topos e fundos anterior encontram-se descendentes.
o cenário atual:
Após uma leve queda recente, o preço encontrou equilíbrio em uma consolidação recente, reforçando um suporte anterior quando o preço ainda caminhava para patamares mais elevados.
o gatilho:
o rompimento das mínimas significa a que a pressão vendedora ainda é predominante e tem potencial para alcançar preços inferiores onde houve trava.
Ao clicar no link abaixo você começa a negociar o TICKMILL:EURUSD e outros ativos internacionais:
bit.ly/4lHlVJv
A Moeda e o Último Refúgio(Israel em momentos ruins)🗓️ 14/07/2025
📉 O Capital Está Correndo de Algo que Ninguém Está Nomeando**
por Lagosta
O movimento atual do par da moeda não é sobre ruído intraday nem sobre padrão técnico isolado. O toque perfeito em 3,28608 foi mais do que técnico — foi simbólico. Um Fibonacci tocado com essa precisão, nesse momento exato de rearranjo global, mostra que o capital grande está falando. Não com palavras, mas com fluxo. Esse ponto virou base da operação e, mais do que suporte, é trincheira. Ele sinaliza que o preço está sendo defendido por gente que sabe o que está por vir. A próxima faixa, 3,43866, é resistência técnica, mas também psicológica. Se esse ponto for rompido com força, temos um gatilho que libera a próxima pernada — e aí não estamos mais discutindo scalp: estamos falando de uma realocação em andamento.
A meta seguinte, 3,70476, já começa a encostar nas zonas onde o capital institucional começa a reorganizar suas carteiras. E 4,08451 é a linha que separa o rebote de curto prazo de uma tendência estruturada. Esse número é divisor de águas porque, ao ser rompido, obriga quem ainda está fora a entrar. O alvo final em 4,73039 não é mais apenas uma projeção — é o destino que o fluxo está apontando, caso a estrutura geopolítica continue nessa rota de distorção.
E essa distorção tem nome: **Israel**. O modelo de inovação israelense, que um dia foi símbolo de agilidade tecnológica, hoje está esfarelado. Não foi a guerra que destruiu o ciclo, ela só revelou o que já estava podre por dentro. O que antes era promessa virou carcaça com valuation. Startups vazias, fuga de cérebros, fundos estrangeiros em retirada, e bolsas tentando manter viva uma narrativa que já morreu. O ETF ITEQ sangra, o TA-35 engana com repiques frágeis. O investidor comum nem sabe que já ficou sozinho num salão vazio. O capital inteligente já saiu — agora só resta a sombra do que um dia foi um polo de inovação.
Enquanto isso, o SPXM nasce nos EUA como um índice ideológico, excluindo empresas com práticas progressistas. Isso obriga uma mudança silenciosa e profunda nos portfólios institucionais. E esse capital, em busca de ativos líquidos e que não estejam ideologicamente “contaminados”, se espalha por novos vetores. A moeda, nesse contexto, vira o corredor silencioso de fuga. Não há discurso ESG que segure um portfólio em pânico por liquidez. Quando os fundos decidem sair, eles precisam de velocidade e profundidade. A moeda oferece os dois.
Esse fluxo técnico é só o reflexo de algo maior. Os grandes fundos estão se posicionando antes da mídia, antes dos analistas e bem antes do investidor de varejo. Estão migrando para longe do risco reputacional, do risco geopolítico, do risco ESG. Estão fugindo de ativos com “identidade” e indo para ativos com função. E a função da moeda, neste momento, é absorver esse pânico institucional de forma limpa, sem ruído. O toque em Fibonacci só foi a confirmação matemática de algo que os gestores já decidiram: **não dá mais para ficar onde estamos**.
Então não é só uma compra técnica. É um deslocamento sistêmico. O rompimento de 3,43866 abre a trilha para essa migração virar avalanche. E o 4,08451 é onde o sistema vai ser forçado a reagir. Não porque quer, mas porque não tem escolha. A narrativa vai ser reconstruída, os relatórios vão ser reescritos, e os gestores que perderem esse movimento vão ser expostos.
E não é só Israel. É o mundo inteiro que é afetado. O investidor brasileiro que comprou uma cota de fundo local, que por sua vez investe em fundos globais, que por sua vez seguem índices americanos, já está indiretamente exposto a tudo isso. Se o dinheiro está saindo de fundos baseados no S\&P500 tradicional e migrando para índices como o SPXM, há uma onda silenciosa de vendas técnicas em ativos “antigos” e uma pressão de compra artificial em ativos “aceitáveis”. Isso bagunça o mercado global e, inevitavelmente, respinga em quem nem sabe que está envolvido.
Esse movimento de moeda é a superfície de um oceano que está se movendo. E quem ficar só olhando os gráficos, sem escutar o que o fluxo diz, vai afundar com o casco. A moeda aqui é só o barômetro. Mas o furacão já começou.
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Quais os Nomes, Empresas e Contratos Envolvidos?🗓️ 09/07/2025
🎯 Agora Que Eles Estão Lotados de Bitcoin…
📓 por Lagosta
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Agora é hora de tirar o véu e mostrar quem está tocando essa orquestra.
Sem mistério, sem teoria da conspiração. Tudo registrado, protocolado e público — só que ninguém presta atenção porque estão ocupados olhando o candle de 15 minutos.
Vamos desdobrar em camadas: empresas, produtos, contratos, acordos e movimentos diretos.
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🔹 CAMADA 1: Os Detentores do BTC via ETF Spot
Esses são os generais do novo exército financeiro. Estão com a mão no ativo. Possuem os Bitcoins. Literalmente.
📦 ETFs Spot BTC (EUA)
Empresa Ticker(s) BTC sob gestão (estimado) Estrutura
BlackRock NASDAQ:IBIT +310.000 BTC ETF Spot
Fidelity CBOE:FBTC +170.000 BTC ETF Spot
Ark/21Shares CBOE:ARKB +60.000 BTC ETF Spot
Bitwise AMEX:BITB +50.000 BTC ETF Spot
VanEck CSE:HODL +40.000 BTC ETF Spot
Grayscale AMEX:GBTC (migrou de trust) ~280.000 BTC (em queda) Trust convertido em ETF
Invesco/Galaxy CBOE:BTCO ~30.000 BTC ETF Spot
Franklin Templeton CBOE:EZBC ~10.000 BTC ETF Spot
> 📌 Essência: Esses ETFs são canais diretos de absorção de BTC do mercado secundário para custodiante institucional (geralmente Coinbase Custody, Fidelity Digital ou BitGo).
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🔹 CAMADA 2: As Custodiantes e Corretoras
Quem guarda os Bitcoins desses ETFs?
Quem intermedia os negócios OTC?
Quem enxerga o fluxo antes de você pensar em clicar no mouse?
🔐 Custodiantes principais:
Coinbase Custody – guarda o BTC da BlackRock, Bitwise, e ARKB
Fidelity Digital Assets – guarda o BTC da própria Fidelity
BitGo – usado por alguns fundos menores, e em muitas transações OTC
Bakkt – estrutura secundária ligada à ICE (dona da NYSE), envolvida em infra para derivativos futuros com entrega física
📊 Exchanges chave:
Coinbase Prime – maior centro de OTC institucional dos EUA
Binance (mesmo com pressão regulatória) – segue como ponto-chave offshore para movimentações de arbitragem
Kraken & Bitstamp – pontos de conexão fiat/crypto na Europa e América do Norte
OKX e Bybit – usados para alavancagem e derivativos asiáticos, controle de funding e indexação offshore
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🔹 CAMADA 3: Contratos, Fundos e Produtos Derivativos
É aqui que a coisa fica interessante: a engenharia sobre o ativo.
🎯 Produtos estruturados já existentes:
BTC Options sobre ETFs – listadas na CBOE e CME
CME Micro Futures BTC – utilizado para hedge institucional sem afetar o mercado à vista
Grayscale Trusts com produtos alavancados – inclusive com spreads de premium negativos
ETFs alavancados em trâmite na SEC – pedidos da Direxion, Volatility Shares e Valkyrie
📑 Exemplo de estruturas reais:
1. Long GBTC / Short BTC CME Future
Para explorar o desconto do GBTC versus spot — e sair na frente quando o spread converge.
2. Long IBIT / Short ETH Futures CME
Para travar dominância relativa entre os dois ativos e capturar descorrelação macro.
3. Swaps OTC lastreados em BTC
– contratados via Galaxy Digital, Jump Crypto ou Cumberland DRW
– utilizados por family offices e tesourarias institucionais para levantar dólar com BTC em garantia
4. Criação de notas estruturadas com yield fixo
– vendidas por bancos como Nomura, JPMorgan, Goldman Sachs
– oferecem 6-8% ao ano com “baixa volatilidade”, mas ocultam exposição em derivativos complexos (delta hedge sobre calls + bonds)
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🔹 CAMADA 4: Alianças e Movimentações Governamentais Discretas
🏛️ Bancos Centrais em interação com o ecossistema cripto:
País Movimento Fonte oficial/extraoficial
El Salvador BTC como moeda oficial Documentado – governo Bukele
Argentina (Milei) Planos de dolarização via cripto Em estudo – fontes políticas
Brasil (BCB) DREX com testes de interoperabilidade com BTC Discretamente documentado
Nigéria CBDC em falência sendo testada com stablecoins pareadas Relatórios da IMF e BIS
Hong Kong Integração entre custódia BTC e bancos locais Documentado em abril/maio de 2025
💼 Parcerias institucionais em andamento:
IMF & World Bank com estudos sobre “stable collaterals” – onde BTC surge como ativo neutro em zonas de crise
Galaxy Digital + governo da Colômbia – projeto de infraestrutura blockchain com lastro BTC não oficializado
Fidelity + Cingapura – desenvolvimento de linha de crédito institucional com BTC como colateral base
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🔹 CAMADA 5: Movimentos Diretos que Já Ocorreram (ou estão ocorrendo)
1. BlackRock fez recompra técnica de NASDAQ:IBIT com prêmio em relação ao spot
– Indicando que aceita pagar mais por BTC que permanece na estrutura
2. Fidelity reduziu liquidez de retirada em alguns fundos de BTC
– Estratégia clássica de blindagem de ativo escasso
3. Ark Invest aumentou exposição a derivativos, mesmo com ETF em mãos
– Indicando uso de alavancagem cruzada via estrutura dupla: spot + options
4. ETF de BTC da VanEck agora é usado como base de produtos de yield sintético na Europa
– Criação de contratos complexos com lastro indireto em BTC real
5. Cumberland (DRW) vem ofertando crédito institucional lastreado em BTC com taxas abaixo do mercado bancário
– Transformando BTC em colateral para cashflow em dólar
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🔹 CAMADA 6: Narrativa e Influência
Quem molda a opinião do mercado não são os analistas técnicos do Twitter. São os controladores da narrativa macroeconômica.
📣 Veículos de influência:
Bloomberg, Barron’s, WSJ – todos com colunas específicas de cripto, patrocinadas por grupos ligados a ETFs
Larry Fink (CEO da BlackRock) – de crítico a “entusiasta institucional do BTC” em dois anos
Cathie Wood (Ark Invest) – influenciadora de narrativa com retórica “evangelista institucional”
Michael Saylor (MicroStrategy) – não apenas comprou, mas pivotou o discurso de liberdade para colateralidade
Eles não só compraram o ativo.
Compraram também a narrativa.
Controlam o discurso de risco, segurança, volatilidade e futuro monetário.
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🔚 Conclusão: O BTC Foi Integrado ao Sistema por Etapas
1. Narrativa institucional
2. Absorção via ETFs e trustes
3. Uso como colateral e infraestrutura de crédito
4. Construção de derivativos e produtos reembalados
5. Acordos silenciosos com governos e instituições financeiras globais
6. Domínio narrativo e algorítmico
Agora não se trata mais de se o Bitcoin vai subir.
É se ele vai continuar servindo como o alicerce do novo Bretton Woods digital.
O preço importa menos.
O uso importa mais.
A dominância está na engenharia, não no candle.
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Agora Que Eles Estão Lotados de Bitcoin… O Que Vem a Seguir?🗓️ 09/07/2025
🎯
📓 por Lagosta
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Agora que os grandes players estão abarrotados de Bitcoin, não é mais sobre fazer preço subir no grito. A dinâmica virou outra. O jogo passou de fase.
Antes, o derivativo era a arma. Agora, é posse direta. O ativo mudou de função — deixou de ser instrumento de especulação e virou peça geopolítica, base estrutural do novo sistema financeiro.
Bitcoin agora é território. É infraestrutura.
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🔹 Primeira fase: captação e absorção
O roteiro foi impecável.
Primeiro, montaram a narrativa: ETF spot, segurança institucional, regulação. A promessa de maturidade atraiu até os mais céticos.
Depois, veio a engenharia no derivativo — setups técnicos induzidos, movimento de preço milimetricamente cronometrado.
O objetivo era um só: seduzir o trader com sensação de domínio.
E o fluxo veio.
Varejo entrou com tudo.
Institucional menor também, seguindo o script como se fosse original.
Na outra ponta, os verdadeiros arquitetos da operação ficaram apenas recebendo ordens.
O produto? BTC.
A logística? ETFs, OTCs, trustes, acordos diretos.
O resultado? Acúmulo massivo em mãos que não vendem.
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🔹 Segunda fase: dominância e alavancagem silenciosa
Agora que o ativo já está nas mãos certas, a prioridade não é mais subir o preço com força bruta.
O objetivo é muito mais sutil: construir impérios financeiros silenciosos a partir do colateral.
O derivativo volta pro arsenal, mas não como arma de ataque — agora é engrenagem de estruturas de crédito, arbitragem e engenharia de risco.
Os movimentos mudam de forma:
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🧩 1. Long & Short institucional com BTC como pilar
Com BTC em custódia direta, abrem espaço para uma gama infinita de operações estruturadas:
• Long BTC / Short altcoins com valuation inflado
• Long GBTC / Short PAX, ou o inverso, explorando distorções de fluxo
• BTC shortado contra tokens de camada 1 quando o varejo exagera em hype
Essa turma não opera preço isolado. Opera percepção relativa.
Eles operam dominância.
Eles operam influência.
O Bitcoin é o barômetro e, ao mesmo tempo, o termômetro do mercado — como se o próprio dólar fosse usado como hedge de si mesmo em um mundo em transição.
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🧠 2. Arbitragem de premium e controle de fluxo
Com a posse do ativo, entra o jogo de microestrutura:
• Forçam spreads entre exchanges onshore e offshore
• Criam liquidez artificial pra movimentar preço como querem
• Controlam o spread entre o ETF e o mercado à vista — antecipando ou retardando movimentos com precisão cirúrgica
Não é mais um trade. É coreografia algorítmica.
Eles são os market makers, os detentores do fluxo, os donos da latência.
É como se o mesmo grupo controlasse o ativo, a exchange, o fundo e ainda contratasse o influenciador que diz pra onde vai o próximo movimento.
É uma cadeia completa de captura de percepção e canalização de dinheiro.
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📦 3. Criação de produtos financeiros de terceira e quarta camada
Uma vez que o BTC está todo na mão, surge o próximo passo lógico: fracionar, reembalar e revender.
A inovação financeira aqui não é criar algo novo, mas sim reconceituar o que já existe sob novas embalagens:
• ETFs alavancados — 2x, 3x, até 5x sobre o BTC
• Produtos estruturados com proteção parcial de capital
• Fundos temáticos de "mineração verde", captando na onda ESG
• Renda passiva com BTC: promessas de yield fixo sobre uma base ilíquida, simulando estabilidade artificial
Mais adiante, derivativos sobre derivativos:
• Opções sobre ETFs de BTC
• Swaps baseados em carteiras sintéticas de exposição mista
• Fractais financeiros sem fim, em camadas que apenas os grandes conseguem acessar com custo operacional aceitável
Isso é Wall Street com esteroides: pegam o ativo mais escasso do mundo e transformam em estrutura replicável.
Transformam metal em papel.
Transformam liberdade em contrato.
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🌐 4. Alianças com governos e bancos centrais
Essa é a camada mais invisível e mais perigosa:
O jogo agora se volta para a soberania monetária.
• Swaps internacionais com BTC como colateral oculto
• Linhas de crédito secretas com bancos centrais periféricos
• Programas de inclusão financeira em regiões em crise, usando BTC como lastro disfarçado
• Testes pilotos de CBDCs com parte do balanço espelhado em reservas de Bitcoin
Essa movimentação vai ocorrer no escuro.
Não vai sair na CNBC.
Vai estar nos documentos de memorando, nos bastidores dos ministérios da economia.
Primeiro, domesticam o ativo.
Depois, institucionalizam a cadeia.
Por fim, integram a narrativa com regulação.
E quando se perceber, o Bitcoin deixou de ser o inimigo do sistema para virar a espinha dorsal do novo modelo.
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📉 Reflexão final: o fim da ilusão libertária
Assim como o ouro deixou de circular quando foi absorvido pelos bancos centrais, o BTC está sendo digerido pelo organismo maior.
A pergunta que ninguém se faz:
O que acontece quando o ativo mais descentralizado do mundo é centralizado por custódia institucional?
A resposta está à vista:
• Diminuição da volatilidade extrema
• Crescimento de uma liquidez programada
• Uso como referência de precificação de dívida emergente
• E, acima de tudo: redução de circulação no mercado secundário
O supply de verdade, aquele que gira nas corretoras, vai se tornar irrelevante.
Quem tiver 0.1 BTC vai ser como aquele cidadão do Zimbábue com nota de dólar escondida:
Um sobrevivente. Mas absolutamente vulnerável ao câmbio oficial.
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📌 Tática final:
Bitcoin agora não é pra vender.
É pra ser usado como instrumento.
• Contrato, não transação.
• Estrutura, não hype.
• Âncora de spreads, não catalisador de rally.
Quem ainda enxerga o BTC como o ativo rebelde que "vai a 100k" porque "todo mundo vai comprar", tá 10 anos atrasado.
O BTC virou sistema.
E o sistema não precisa subir em candles de 15%.
Precisa crescer 0,5% por dia — todo dia.
E quem tentar surfar essa onda sem entender a partitura, vai acabar servindo de liquidez pro maestro.
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A música agora é silenciosa.
Não tem mais drop.
Só harmonia milimétrica entre derivativo, fluxo, e posse.
O BTC não é mais moeda.
É instrumento orquestrado de dominação.
E quem ainda tá achando que é “liberdade digital”, precisa urgentemente trocar de fone.
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LAGOSTA..
**O Despertar Asiático e o Xadrez Econômico Global****07/07/2025**
**— Rafael Lagosta**
Eu vi isso tudo lá atrás, em janeiro de 2025. Estava mergulhado nos relatórios, nos fluxos de capital, nas reuniões de bastidor com empresários da Ásia e numa sequência de sinais de mercado que gritavam uma só coisa: *“O próximo palco da guerra econômica e da nova geração de riqueza será no Sudeste Asiático.”* Mas claro, como sempre, quando eu falo antes da hora, muitos torcem o nariz. Agora, graças à movimentação do Trump — que usou sua cartada defensiva com as taxas para reposicionar o radar global — finalmente estão começando a ver o óbvio. A Malásia, meu amigo, não é mais só aquele destino turístico exótico com mesquitas douradas. É o novo cérebro econômico do Oriente.
A ascensão da Malásia não é uma teoria conspiratória ou um chute de risco. É matemática de fluxo, é análise de políticas públicas, é visão geopolítica no tempo certo. O país tem uma localização privilegiada, entre os dois maiores centros comerciais marítimos do mundo — o estreito de Malaca e a rota Indo-Pacífico. Quem domina essa região controla logística, cadeias de suprimento e, por consequência, o comércio global. E a Malásia está fazendo isso com discrição, sem pirotecnia, mas com uma eficiência absurda.
Enquanto os investidores ocidentais estavam discutindo se o FED ia subir ou descer 0,25%, a Malásia já estava soltando pacotes de incentivo fiscal pra atrair empresas de semicondutores, blockchain e inteligência artificial. Em janeiro eu vi a chegada de dezenas de fundos soberanos criando braços locais em Kuala Lumpur. Eles sabiam que os EUA, com sua estrutura inchada, já não tinham mais elasticidade operacional pra segurar esse novo ciclo. A Malásia tinha tudo: mão de obra barata e qualificada, um governo ágil, zero instabilidade política e uma cultura naturalmente digital.
É claro que Singapura sempre esteve ali, brilhando como o hub financeiro asiático. Mas a Malásia oferece algo que Singapura já não consegue mais entregar: escala. A mesma lógica que tirou a Apple da Califórnia e levou pra Índia é a que tá empurrando o capital estrangeiro pra Malásia. Não dá mais pra ignorar. E o detalhe mais suculento disso tudo? A Malásia tá fazendo esse movimento de forma mais barata, mais rápida e mais adaptável que os Estados Unidos fizeram nos anos 50.
Os caras entenderam antes de todo mundo que o novo petróleo é o dado. Então estão investindo pesado em infraestrutura 5G, centros de dados, e interligação com o ecossistema financeiro de blockchain. Enquanto muito americano médio ainda tá brigando sobre política de gênero e bandeira, os malasianos estão rodando smart contracts pra regular exportação de commodities e operar transações em tempo real com Japão e Coreia. A parte que ninguém fala: eles tão fazendo isso com dinheiro islâmico, o que significa que tem uma bomba de liquidez vindo do Oriente Médio junto. O *sharia-compliant* virou sinônimo de investimento limpo e de longo prazo.
Mas eu não vi só a Malásia não. Vi a engrenagem inteira girando. Singapura jogando como sempre: pequena, ágil, tecnológica. Indonésia entrando com força absurda nos setores de mobilidade, finanças digitais e produção energética. Vietnã, com seu modelo de fábrica flexível, oferecendo o que a China já não consegue mais: entrega rápida com estabilidade. Isso tudo sendo costurado pelo RCEP — o maior acordo comercial do mundo que inclui Japão, China, Austrália e toda a Ásia-Pacífico. Não é papo de livro de economia: é jogo bruto de trilhão em movimento.
E sabe o que me chamou mais atenção? A adaptação silenciosa ao modelo defensivo americano. O Trump, mesmo com toda a polêmica que carrega, fez um favor ao mundo: ao reforçar a ideia de independência produtiva e autonomia estratégica, ele empurrou as grandes empresas globais a diversificarem seus centros de produção. Isso jogou luz sobre o Sudeste Asiático, e principalmente sobre a Malásia, que entrou no radar como plano B de todo mundo... e agora virou plano A. Ele não fez isso pensando neles, claro, mas funcionou como uma vacina geoeconômica.
Empresas como Grab, GoTo (fusão do Go-Jek com Tokopedia), estão virando conglomerados regionais com potencial global. São os novos Alibaba, mas com foco em mobilidade, serviços financeiros, delivery, crédito e até logística. Estão criando seus próprios ecossistemas de pagamento. Isso quer dizer o quê? Quer dizer que eles não vão mais depender de Visa, Mastercard e bancos ocidentais pra escalar suas operações. Vão usar stablecoins locais, DeFi e redes privadas de blockchain. Isso muda o jogo.
Eu lembro de ver, em janeiro, o movimento da Foxconn deslocando parte da produção pro Vietnã e Malásia. Isso não é ajuste tático. Isso é reposicionamento estratégico global. A Apple, inclusive, já tinha dado pistas disso desde 2022, mas agora a mudança se consolidou. TSMC também ensaiou a mesma coisa. E por quê? Porque o custo de fazer um chip em Taiwan, hoje, já começa a se aproximar do custo nos EUA. Mas na Malásia? Ainda tá com margem de lucro operacional de dois dígitos. Isso é ouro puro pra quem trabalha com volume.
O que mais me espanta é que tem gente ainda achando que o Sudeste Asiático vai ser apenas “o novo lugar das fábricas”. Não entenderam nada. Lá não é só mão de obra. Lá é cérebro, é cultura digital, é blockchain, é machine learning. Eles não estão apenas montando produto, estão criando *frameworks* de operação que serão copiados pelo resto do mundo. A Indústria 4.0 é o agora. Mas a Malásia já tá metida até o pescoço na Indústria 5.0, que é o casamento de automação com inteligência emocional e humana. Isso vai desde fábricas inteligentes até sistemas de saúde com IA aplicada.
E o que dizer das energias renováveis? A Indonésia, com seu arquipélago imenso, virou um paraíso pra teste de baterias de armazenamento solar, eólica e marítima. E como essa galera não tem apegos ideológicos, estão misturando energia renovável com energia nuclear modular e soluções descentralizadas. Já entenderam que o futuro energético não será centralizado — e que quem controlar a microenergia vai controlar o futuro da moeda.
Nesse quebra-cabeça, a Malásia está colocando as peças com uma precisão cirúrgica. Estão criando zonas econômicas de inovação, oferecendo isenção tributária, contratando talentos do mundo inteiro. E a galera tá indo, viu? Já vi engenheiro americano largando o Vale do Silício e indo pra Penang. Vi chinês saindo de Xangai pra Kuala Lumpur. Vi até startup brasileira buscando parceiro malaio pra escalar projeto de IA.
A ficha tá caindo. O capital já entendeu. Os governos agora estão tentando correr atrás. Mas quem entendeu em janeiro, quem se posicionou antes da festa começar, agora tá tomando champagne enquanto os outros ainda estão imprimindo os convites.
Eu avisei. Mas agora tá no radar de todo mundo. Graças ao velho Trump e suas manobras comerciais, as luzes se acenderam. E a Malásia, antes um player discreto, virou protagonista. O mundo não será mais multipolar. Vai ser fractal. E quem estiver plugado nesse novo eixo — Malásia, Vietnã, Indonésia, Tailândia, Singapura — vai operar com um fuso horário à frente... e uma década de vantagem.
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RCSL4 — Recrusul SA: O começo de uma jornada promissora04 de julho de 2025
Rafael Lagosta aqui, direto na veia para destrinchar a história por trás de RCSL4, papel que peguei a 0,96 com o olhar atento de quem sabe que o mercado fala nas entrelinhas.
Recrusul é uma empresa que carrega o Brasil nas costas. Fabrica carrocerias de caminhões, containers refrigerados, implementos rodoviários — um setor que vive do suor da logística e do agronegócio, duas engrenagens que não param nem com tempestade. Só isso já cria um pano de fundo robusto para o papel.
Mas o que interessa é o jogo que o preço conta. Por muito tempo, RCSL4 ficou escondido, quieto, quase esquecido. Nessa calmaria, quem teve olhos viu uma base firme se formar por volta de 0,90. Quando o papel tocou 0,96, para mim, era sinal claro: a maré começava a virar.
O mercado é um animal de hábitos. Para correr, ele precisa romper as amarras, e o preço 1,08 é essa corda que prende o bicho. Ultrapassar essa marca não é só um número no gráfico, é o momento em que o mercado ganha fôlego e acelera — o ganso sai voando e não para até o próximo pouso.
Os alvos intermediários de 1,54 e 1,78 são esses pousos estratégicos onde o mercado respira, confere a paisagem e decide se vale continuar a subida. A minha leitura? Se o mercado mostrar força aqui, o caminho até 2,92 abre-se claro, como estrada asfaltada em dia de sol.
Chegar a 2,92 não é utopia, é consequência natural de um cenário onde a empresa mantém seus resultados, o agronegócio não dá trancos, e a logística brasileira segue demandando equipamentos. É a soma do que já vem acontecendo com a esperança de que o jogo continue a nosso favor.
Não tem atalho. O mercado é pedra e vento, às vezes tropeça. Mas entrar em 0,96, com os olhos no 2,92, é enxergar além da poeira, é entender que um passo atrás muitas vezes é só o impulso para o salto.
Essa é a narrativa que gosto de contar: um ativo subestimado, que começa a despertar, com o mercado preparando o terreno para uma corrida que promete. Aguardemos os sinais — o rompimento do 1,08 será o grito da largada.
— Lagosta