Cesta ChinaPara quem acompanha mais a macroeconomia sabe que o Brasil tem um de seus maiores clientes a China, a maior importadora de commodities do mundo, e a maior produtora e exportadora de bens do mundo.
Pois bem, resumindo os fatos desde Novembro de 2022 temos o seguinte cenário se desenhando. A China vem de dois anos de desaceleração por conta do Covid e suas políticas restritivas. O PIB da China cresceu apenas 1,8% em 2020 e impressionantes 9,4% em 2021 e agora retraiu para 3,2% em 2022, mostrando que, apesar do baixo cresciemnto em 2020, o ano de 2021 compensou pela alta demanda pós lockdown no mundo mas sua política restritiva penalizou o seu país no ano de 2022. Uma das principais metas do presidente Xi é reaquecer a economia e reacelerar a China.
Tudo começou com o início dos estímulos em meados de Novembro de 2022 com o afrouxamento do Covid-0 para indústrias exportadoras, além de algumas indicações de crédito para estimular o setor imobiliário. Nessa época o Ferro já iniciou um rally que perdura até o momento e deve seguir durante a política de aceleração da China.
E o que isso tem a ver com o Brasil?
O Brasil é um dos maiores exportadores de minério de ferro, commodities agrícolas, proteína animal e petróleo, em sua maioria para a China. Embora o Brasil esteja no momento em uma situação de inflação alta causada pelo câmbio e cadeias de suprimentos pós pandemia, temos uma posição ímpar para a reaceleração da China, podendo nos beneficiar muito além do que projetamos.
No gráfico está a cesta das principais ações exportadoras de commodities na bolsa e o principal insight aqui é o quanto elas estão descontadas em relação ao potencial de crescimento para o ano.
Grande destaque para empresas como MFRG3, BRF3 e JBSS3, exportadoras de proteína animal que estão com valores muito descontados desde novembro do ano passado.
Atenção também para empresas que já estão bem acima com precificação alta, como CMIN3, CSNA3 e VALE3.
Também é importante prestar a atenção para PETR4 que pode sofrer com interferências do governo, atrapalhando o desempenho da exportadora.