OS TROUXAS DO IPOMuitas empresas estão fazendo ou querendo fazer o chamado IPO (oferta pública de ações), para ter suas ações cotadas na bolsa de valores. Algumas pesquisas mostram que os ``booms" de IPO ocorrem em fases de euforia, que antecedem bolhas financeiras.
Somado a isto, outro fator que é ainda mais importante, é o fato de muitas dessas empresas escolherem o IPO como uma espécie de salvação. Para isso, os balanços contábeis são inflacionados e muitas brechas legais são exploradas, a fim de fazer com que a empresa pareça melhor do que realmente é.
A contabilidade empresarial é regida por um número enorme de leis e normas que criam uma burocracia enorme, que gera uma falsa sensação de segurança jurídica, enquanto seu intuito verdadeiro é permitir a corrupção.
Determinado empréstimo, por ter características específicas sobre alguns elementos normativos subjetivos, podem ser lançados como créditos, sobre a égide de determinadas formas de registro e por aí vaí.
Não entendeu o parágrafo anterior ? Nem os contadores e advogados entendem. A burocracia permite o uso da argumentação para determinados fins. Como sei disso ? Sou advogado.
Portanto, caros amigos e amigas que me leem neste momento: não faça a burrice de entrar em IPO. É como ficar tentando pegar uma reversão de tendência, sem confirmação de pivô nenhum.
Em outras palavras: muitos ficam tentando a sorte, achando que os preços das ações no IPO serão os mais baratos, e que após as negociações começarem, eles se valorizarão. O contrário é verdadeiro, ou seja, os preços lançados nos IPOs são inflados.
Existem determinadas aplicações que não compensam. Deixe a empresa entrar na bolsa de valores, começar a publicar seus balanços, enfrentar o mercado, mostrar qual seu ciclo, e aí sim, com tais informações, se monta uma posição inteligente, lucrativa e íntegra.
Não seja um trouxa do IPO.
Renan Antunes
Bolha
VAMOS FICAR RICOS COM DOGECOIN? Lição para traders iniciantes!Nos pediram para analisar a criptomoeda DOGE/BTC, diante de uma possível perspectiva de continuação de alta.
Porém, ao iniciarmos nossa análise de tendências a partir do gráfico mensal, dando zoom para os gráficos menores, como de praxe, para entendermos em qual ciclo de tendências estamos. Vimos que, durante um longo período de tempo, não tínhamos volume de negociações consideráveis, para sustentar uma liquidez mínima de uma criptomoeda "projetada" para ser uma moeda virtual.
Visto isso, como nada explicava esse pump, começamos a procurar por algum tipo de notícia minimamente relevante no Twitter.
E encontramos!
Eis que um usuário do TikTok chamado James Galante, fez um vídeo que viralizou na rede, incitando um verdadeiro frenesi de compras, sem nenhum fundamento técnico, na criptomoeda DOGECOIN, provocando uma euforia desenfreada, gerando o famoso FOMO, elevando o preço a um nível sem sentido.
Padrões como estes são vistos no que chamamos de bolhas financeiras.
Dois exemplos bem didáticos que normalmente usamos para explicar o que são bolhas financeiras, são o caso das "tulipas holandesas" e a "bolha dotcom", ou "bolha da internet", nos anos 2000.
A PRÓXIMA BOLHA - PARTE 2Dando continuidade sobre o assunto iniciado no texto de ontem, um fato que ocorreu hoje foi em direção à minha tese. Hoje, dia 11.12.2019, o Banco Central do Brasil, aliás, o COPOM (Conselho de Política Monetária) baixou novamente os juros.
Agora, a taxa Selic passa a ser de 4,5% ao ano. Um recorde histórico dentro da Economia Brasileira. Claro que o Presidente do Banco Central e os Conselheiros não estão fazendo estapafúrdias no Sistema Econômico. Ter os juros baixos é um elemento que impulsiona a Economia.
Mas, todo remédio tem seus efeitos colaterais que dependendo do organismo do paciente pode ser pior ou mais ameno. Abaixar os juros é ótimo. Mas tem seus efeitos.
Um dos principais são os reajustes contratuais. Como o histórico da política de juros no Brasil sempre foi alta, estamos acostumados que toda correção monetária e reajuste se dê com aumento.
Talvez, pela primeira vez na história, iremos ver reajustes extremamente baixos. Se os juros continuarem diminuindo podemos chegar a reajustes negativos.
Você adquire um bem pagando sobre ele impostos e juros caso pague a prestação. Se o empréstimo dura anos e é estabelecido em contrato o reajuste de acordo com a Selic, ao invés das suas prestações aumentarem, elas irão estagnar ou diminuir, afinal, os juros que você pagava eram maiores no momento da compra, agora são bem menores.
Um Banco emprestou para um cidadão e contava com a incidência de juros ao menos 6% ao ano. Logo após, o Banco faz um novo empréstimo sobre o valor que ele acha que vai receber do primeiro tomador. Mas nem o primeiro irá pagar o valor estimado quanto o segundo.
A alavancagem dos Bancos causará uma explosão na Economia quando os mesmos tiverem que suprir todas as dívidas.
Serão rebaixados tudo que se atrela aos juros. Valor de imóveis, aluguel, juros decorrentes de empréstimos, prestação de serviços, contratos de Obras, etc.
O caos surgirá quando os lucros estimados se tornarem na realidade custos e prejuízos. O problema das bolhas financeiras é que elas são invisíveis e silenciosas. Quando se dão conta que explodiram já aconteceu a tempos e só resta recolher os cacos.
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A PRÓXIMA BOLHAO que vou dizer baseia-se única e exclusivamente em minha opinião. É uma impressão que venho tendo já há alguns anos e é baseado em minhas observações. Desde o ano de 2014 vejo que o número de imóveis à venda ou para alugar vem crescendo vertiginosamente. Em minha vizinhança tem apartamento que está a quatro anos sem ser alugado.
Também venho observando a construção de prédios novos a cada mês. Não sei como as Construtoras não estão enxergando que há uma demanda reprimida e elas ainda insistem em aumentá-la ainda mais.
Se isso para mim já é algo suficientemente ruim, outro fator tem piorado a situação. Como os juros no Brasil estão baixos, e vão abaixar ainda mais colocando o juros real negativos, as pessoas que estavam em renda fixa estão se movendo para os Fundos Imobiliários.
Mas o que ninguém está enxergando é que a DEMANDA POR IMÓVEIS ESTÁ ABSURDAMENTE PEQUENA EM RELAÇÃO À OFERTA. MILHARES DE IMÓVEIS ESTÃO À VENDA OU PARA ALUGUÉL E NÃO ESTÃO SENDO COMPRADOS OU ALUGADOS.
A relação entre demanda e oferta é o pilar básico da Economia. E se a balança que sustenta ambos for desequilibrada uma bolha pode ocorrer e afetar os bolsos de todo mundo.
A especulação imobiliária está alta mesmo diante de tanta oferta. Se os preços dos materiais de construção estão baixos, isso é mais um fator de risco que está incentivando o crescimento da BOLHA IMOBILIÁRIA QUE ESTÁ SENDO INFLADA CADA VEZ MAIS NO BRASIL.
Quando essa bolha vai estourar eu não sei. Talvez venha quando os juros estiverem ainda mais baixos e os Fundos Imobiliários estiverem entupidos de investidores.
Mas quando ela explodir, não apenas levará os preços dos imóveis nas mínimas históricas, mas também afetará os grandes Bancos gerando uma avalanche sem precedentes na Economia Brasileira.
O valor do empréstimo será muito mais alto que o valor real dos imóveis. Só que o valor que os Bancos emprestaram não mudou e já saíram de seus cofres. Com juros lá embaixo e imóveis aos montes, o sistema bancário sofrerá enormes perdas patrimoniais quando as pessoas lutarem por pagar o valor real dos imóveis.
Como dizia Jesus Cristo: “quem tem ouvidos para ouvir, ouça.”
Renan Antunes
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