Ola traders e afins...
Com base no comunicado ao mercado da Vibra Energia S.A. em 30 de novembro de 2023, algumas informações importantes sobre a terminação da parceria com a Americanas S.A. no segmento de conveniência são destacadas:
Data e Resolução de Encerramento:
O encerramento da parceria foi concluído em 30 de novembro de 2023.
A decisão de encerramento está em conformidade com a Resolução da CVM nº 44, de 23 de agosto de 2021.
Histórico da Parceria:
O comunicado menciona um Fato Relevante de 23 de janeiro de 2023, que provavelmente anunciou a joint venture com a Americanas S.A.
Um Comunicado ao Mercado foi divulgado em 23 de agosto de 2023, informando sobre o Termo de Encerramento da Parceria.
Desfazimento da Parceria:
A separação completa dos negócios de conveniência foi implementada, com as lojas de pequeno varejo retornando aos sócios originários.
Dois novos negócios foram formados: Lojas Local (pertencente 100% à Americanas S.A.) e BR Mania (agora Vem Conveniência S.A., cujas ações são integralmente detidas pela Vibra).
A diferença no valor dos negócios levou ao pagamento de R$192.000.000,00 pela Vibra Energia S.A. para a Americanas S.A.
Perspectivas Futuras:
A Vibra Energia S.A. expressa a intenção de continuar o crescimento do negócio de conveniência, destacando-o como parte essencial de sua proposta de valor para revendedores e consumidores de sua rede de postos.
Compromisso de Informação:
A empresa reitera seu compromisso de manter acionistas e o mercado em geral informados de maneira oportuna sobre desenvolvimentos futuros.
O comunicado foi assinado por Augusto Ribeiro Junior, Vice-Presidente Executivo de Finanças, Compras e Relações com Investidores (CFO/IRO) da Vibra Energia S.A.
Ações da Vibra (VBBR3) caem firme mesmo com perspectiva de que fusão com Eneva (ENEV3) destrave crescimento
O banco destaca que a Eneva pode estar vendo a Vibra como uma boa forma de atrair clientes para as grandes reservas de gás da empresa
Por Allan Ravagnani, Valor Investe — São Paulo
Após a Eneva (ENEV3) confirmar na noite deste domingo, por meio de fato relevante ao mercado, a proposta de fusão à Vibra Energia (VBBR3) , as ações da ex-BR Distribuidora recuaram 2,43%, a R$ 21,69. Já os papéis da Eneva caíram 2,52%, a R$ 12,74.
O Valor adiantou a existência da proposta, que as companhias vão deter 50% cada uma da empresa resultante.
Segundo a Eneva, trata-se de “uma oportunidade ímpar para as empresas e seus acionistas, tendo um sólido racional estratégico”.
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A Eneva informa que não há ainda qualquer acordo assinado para a fusão, e que manterá o mercado informado sobre as negociações.
Para o BB Investimentos, a proposta da Eneva para fusão de negócios com a Vibra Energia traz potenciais sinergias e oportunidades, mas também riscos “consideráveis” para os acionistas minoritários. O banco observa em relatório que a fusão é proposta como uma troca de ações de 50% e 50%, mas a Vibra tem um valor de mercado 23% superior ao da Eneva.
A Eneva enviou uma carta ao conselho de administração da Vibra, propondo uma fusão dos negócios por meio da troca de ações, operação conhecida como “merger of equals”, com os acionistas de cada companhia tendo 50% da base acionária da empresa criada.
“Em nossos cálculos, isso significa que para manter a proporção atual dos minoritários da Vibra na nova empresa, que tem valor de mercado R$ 4,7 bilhões superior ao da Eneva, deveria haver diferença positiva de R$ 2,01 por cada ação da Vibra, para que fosse mantido um valor de mercado proporcional, considerado o preço de fechamento de sexta-feira (24)”, observa o analista Daniel Cobucci, que assina o relatório do BB Investimentos.
Por outro lado, Cobucci pondera que, se concretizada, a operação pode resultar na terceira maior companhia energética do país em valor de mercado, com forte atuação na transição energética, possibilitando que as amplas reservas de gás da Eneva cheguem aos clientes industriais, outras empresas e consumidores finais da Vibra.
O BB Investimentos mantém a recomendação de compra para as ações da Vibra, com preço-alvo de R$ 27,50 por ativo.
Citi
Na visão do Citi, a proposta de fusão da é capaz de reduzir a alavancagem e acelerar o crescimento das duas empresas, além do bom aproveitamento de sinergias entre elas.
“A fusão seria naturalmente acompanhada por uma maior complexidade do grupo empresarial integrado. O negócio solar Futura da Eneva poderia se beneficiar da experiência gerencial da Comerc (braço renovável da Vibra)”, diz o relatório assinado por Antonio Junqueira e equipe.
Segundo o relatório, a Eneva também pode estar vendo a Vibra como uma boa forma de atrair clientes para as grandes reservas de gás da empresa.
“Em 2017, quando a Eneva fez um novo IPO, o seu principal desafio era encontrar mais gás para os seus contratos existentes. Agora, o desafio é o oposto, encontrar procura para a quantidade de gás que descobriu com sucesso. E a Vibra pode desempenhar um papel importante”, completa.
De acordo com a carta, o BTG (caso a fusão seja aprovada) tem a intenção de oferecer seus ativos térmicos à entidade combinada em termos a serem definidos futuramente. O BTG estima que seus ativos térmicos valham R$ 2,5 bilhões.
Entre os maiores desafios da fusão, na opinião dos analistas, estão a governança ESG e a construção de um consenso sobre os méritos operacionais e de crescimento da incorporação para os acionistas da Vibra.
“Uma eventual fusão com a Eneva significaria trocar o conforto dos dividendos de curto prazo pelas oportunidades (e riscos) de alocação de capital”, finalizou.
Este conteúdo foi publicado originalmente no Valor PRO.
Um grande beijo do Lagosta!