Os preços do petróleo continuam a cair, tendo chegado a atingir os 68 dólares por barril na abertura dos mercados europeus. Esta tendência de baixa desafia dois sinais altistas significativos: a OPEP+ estendeu os cortes voluntários de produção até abril de 2025, e as tensões geopolíticas permanecem elevadas. Em circunstâncias normais, estes desenvolvimentos aumentariam os receios em relação à oferta e levariam a uma subida dos preços. No entanto, os traders estão mais atentos aos sinais de enfraquecimento da procura, particularmente na China, e na perspetiva de um dólar mais forte. Este cenário é sustentado pela resiliência da economia dos EUA e pela provável necessidade de a Reserva Federal manter as taxas de juro elevadas por um período prolongado. A acrescentar a esta dinâmica está o plano da próxima administração dos EUA de aumentar as tarifas de importação, uma medida que se antevê fazer aumentar a inflação e limitar ainda mais a capacidade da Fed de reduzir as taxas. Estes fatores fortalecem o dólar, o que, por sua vez, exerce pressão descendente sobre os preços do petróleo, denominados em dólares. Neste contexto, a publicação de dados do emprego dos EUA hoje é o foco princial para os traders. Um resultado mais forte do que o esperado provavelmente impulsionará o dólar e pressionará os preços do petróleo, enquanto um relatório mais fraco poderá ter o efeito oposto.
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