Toda crise financeira gera algum aprendizado. Para quem leu a respeito da Crise do Subprime de 2008, viu que os Bancos e as Instituições Financeiras tiveram várias legislações alteradas para evitar que ocorra novamente as falhas vivenciadas.
Regras para alavancagem foram alteradas e passou-se a exigir valores maiores de margem e não é possível alavancar tanto quanto era como antes. Os instrumentos financeiros que protagonizaram outras crises também foram alterados.
O Sistema econômico-financeiro mundial é complexo, frágil e possui diversas ineficiências. Embora a Economia se valide muito da matemática, ela mesma não é uma ciência exata e possui várias doutrinas e maneiras diferentes de proposições.
Os juros, câmbio, regras tributárias, tarifas internacionais de comércio, impressão de moeda são alguns instrumentos que as autoridades financeiras alteram no grande jogo de interesses.
A questão é que cada um quer garantir um belo pedaço do bolo mundial. E acabam conflitando as diferentes maneiras de gerenciar a Economia de cada país. Porém ninguém é autossuficiente a ponto de poder negligenciar qualquer relação comercial.
Cada país é rico em determinadas matérias primas e dominam diferentes ciências e tecnologias, que num mundo cada vez mais globalizado se tornaram essenciais para cada Nação.
O Sistema Financeiro começou um processo de degradação da Economia quando surgiram os instrumentos chamados “derivativos”.
Alguns podem argumentar que são essenciais para o equilíbrio de diversas relações, como a possibilidade de algum Pecuarista fazer hedge negociando Boi Gordo no mercado futuro.
O problema é que o mercado de derivativos está atualmente precificado na casa das centenas e centenas de trilhões de dólares. Se todos esses instrumentos fossem executados, não existe quantidade de dinheiro no mundo que sustente.
Finanças mundiais é um grande castelo de cartas que a todo momento possui o risco de desabar. A crise do Coronavírus infelizmente não proporcionará todos os ensinamentos necessários para impedir uma nova crise financeira.
O segredo é saber jogar gerenciando o risco de maneira que vislumbre a possibilidade de um cenário catastrófico surgir.
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