Sobre o mercado de minério de ferro na China, podemos destacar o que o economista VanDyck Silveira falou ao BMC News. Ele apontou os principais fatores que podem levar a uma crise imobiliária na China:
Exposição Financeira Elevada: O total de exposição financeira na China ultrapassa os 600 bilhões de dólares, indicando um alto nível de endividamento no setor imobiliário.
Propriedade Imobiliária: 90% da população chinesa possui casa, e uma grande parte dessa população, apesar de ser considerada de baixa renda, possui imóveis. Cerca de 20% da população tem mais de duas casas.
Incorporadoras em Dificuldades: Das 50 maiores incorporadoras da China, 34 já estão em default no mercado internacional, sinalizando problemas significativos de liquidez e solvência no setor.
Dependência do PIB: Cerca de 30% do PIB chinês depende do setor imobiliário, o que torna a economia extremamente vulnerável a choques neste setor.
Investimento das Famílias: Aproximadamente 70% do patrimônio das famílias chinesas está investido em imóveis, o que aumenta o risco de perdas significativas de riqueza em caso de correção do mercado.
Consumo e Deflação: A crise imobiliária afeta diretamente o consumo, que é um motor importante da economia. A China enfrenta deflação, indicando que as pessoas estão adiando compras devido à percepção de queda no valor de seus ativos imobiliários.
Mudança de Foco do Governo: O governo chinês tem tentado redirecionar os investimentos do setor imobiliário para outros setores, como a produção de carros elétricos e baterias, o que pode ter impactos desestabilizadores no curto prazo para o setor imobiliário.
Dumping de Carros Elétricos: A estratégia do governo chinês de investir em carros elétricos e vendê-los a preços muito baixos no mercado internacional é vista como uma tentativa de encontrar novos nichos de mercado, mas também reflete o redirecionamento de recursos que anteriormente poderiam ter sido alocados para o setor imobiliário.
Esses pontos destacam a complexidade e a gravidade da situação imobiliária na China, sugerindo que a crise pode ser profunda e de longa duração, com implicações significativas não apenas para a economia chinesa, mas também para a economia global.
No que diz respeito ao gráfico do mercado de minério de ferro, está evidenciada uma possível e forte tendência de baixa. O gráfico apresenta uma figura padrão de reversão conhecida como "ombro-cabeça-ombro", além de formar um pivô de baixa típico desse tipo de figura gráfica.
Fechamentos abaixo de 125,35 podem levar o minério de ferro ainda mais para baixo, podendo chegar ao primeiro suporte em 115,35 — uma região onde o minério demorou a romper e, pelo princípio da bipolaridade, se torna um suporte. O alvo da projeção do OCO é 106,70, temos ainda suporte na região dos 100.00 que talvez seja o suporte mais forte. Abaixo disso, ainda temos suporte na região de 95,00 e 73,60.
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