CORRELAÇÃO ENTRE FED FUND RATES E O SP500Como é conteúdo educacional, é importante compreender não só o gráfico, mas o ciclo econômico, o ciclo do crédito e como isso impacta nossa tomada de decisão. É claro que não é somente um raciocínio, um gráfico, um indicador, uma leitura de calendário econômico que vai dizer, mas sim toda uma conjuntura macroeconômica.
Dessa forma, para quem não conhecer, a área em laranja se chama Fed Fund Rates, que é a taxa de juros dos EUA que os bancos utilizam para emprestar as reservas excedentes durante uma noite.
OBS: (Reservas excedentes é como se fosse o Depósito Interbancário de 1 (um) dia aqui no Brasil. Em outras palavras, todo Banco precisa fechar positivo no fim do dia por lei, e quando "não tem caixa", ele pega emprestado de outro banco a uma taxa pre-determinada, essa taxa é a Fed Fund Rates, ou, simplesmente, FFR.)
E como é determinada essa taxa?
O Federal Reserve tem um comitê, assim como o Banco Central do Brasil, e são eles que determinam a taxa de juros do FFR a ser cobrada na sua reunião de política monetária, também conhecida como FOMC.
Portanto, vocês percebem que tanto a taxa de fundos federais tem muita influência, pois os mercados de ações são muito sensíveis a essa taxa, pois isso afeta diretamente custos dos empréstimos de curto prazo.
No gráfico em linha branca podem perceber que toda vez que a FFR passa por ciclo de corte, ao final dela o SP500 dispara e ganha espaço. Do contrário, toda vez que há subida da FFR, o mercado de ações tende a despencar.
Toda vez isso aconteceu, sublinhei para vocês durante a bolha das pontocom em 2000, a crise do subprime em 2008 e agora COVID-19.
Neste exato momento estamos no ciclo de alta das FFR. Até quando? Não sei.
O importante é que, quando começarem a cortar a FFR novamente e sentir que será finalizada. Eu vou comprar novamente para longo prazo o SP500.