Acções asiáticas caem com previsões Nvidia a desapontarem
As acções asiáticas caíram, esta quinta-feira, após a predilecta da Inteligência Artificial, a Nvidia NVDA, ter desapontado os investidores com expectativas de crescimento de receitas mais lentas, enquanto que o dólar consolidou-se e o bitcoin atingiu um máximo recorde, impulsionado por esperanças sobre as políticas do Presidente-eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.
Os receios geopolíticos prevalecentes após a escalada do conflito na Ucrânia no início desta semana também pesaram sobre o sentimento de risco, o que levou à subida dos activos porto-seguro, incluindo o ouro e as obrigações do Tesouro.
No entanto, o destaque foi para os resultados da Nvidia, a empresa mais valiosa do mundo, que projectou o seu crescimento de receitas mais lento em sete trimestres. Os futuros do Nasdaq NQ1! caíram 0,31%, enquanto que os futuros do S&P 500 ES1! aliviaram 0,21%.
O índice mais amplo do MSCI de acções da Ásia-Pacífico fora do Japão (.MIAPJ0000PUS) caiu 0,46%, com as acções de Taiwan TWSE:TAIEX, dominadas pelas tecnológicas, a caírem 0,58%. O Nikkei NI225, do Japão, caiu 0,8%.
Os futuros indicavam que as bolsas europeias estavam a caminho de uma abertura ligeiramente em alta, com os futuros do Eurostoxx 50 FESX1! a subirem 0,13%, os futuros do DAX alemão DAX1! a subirem 0,33% e os futuros do FTSE Z1! a ganhar 0,31%.
No resto da Ásia, as acções da China 000001 desceram um pouco, enquanto que o Hang Seng HSI, de Hong Kong, caiu 0,25%, já que o mercado permanece limitado, mesmo quando alguns fundos globais seguem o dinheiro doméstico para segmentos de mercado protegidos das tarifas.
O conglomerado indiano Adani Group também estará no foco dos investidores, após procuradores norte-americanos terem afirmado, na quarta-feira, que Gautam Adani, o milionário que preside ao grupo, foi acusado, em Nova Iorque, pelo seu papel num alegado esquema multi-milionário de suborno e fraude.
A notícia fez com que desaparecessem 28 mil milhões de dólares do valor de mercado das empresas do Grupo Adani, o que pressionou os índices de acções de referência da Índia.
O índice do dólar DXY, que mede a divisa norte-americana contra seis rivais, estava nos 106,58, não muito longe do máximo de um ano de 107,07, atingido na semana passada. O índice subiu mais de 2% desde as eleições de 5 de Novembro.
A perspectiva de a Reserva Federal ter de moderar o seu ciclo de cortes nas taxas também impulsionou o dólar. Os mercados estavam a precificar que a Reserva Federal reduza os custos dos empréstimos em 25 pontos base no próximo mês nos 56% face aos 82,5% de há apenas uma semana, segundo a ferramenta FedWatch da CME.
Dois governadores da Reserva Federal apresentaram, na quarta-feira, visões concorrentes sobre o rumo que a política monetária norte-americana poderá tomar, com um a referir-se aos receios actuais sobre a inflação e outro a expressar confiança de que as pressões sobre os preços continuarão a diminuir.
A maior criptomoeda do mundo, o bitcoin, subiu para atingir um recorde de 97.902 dólares nas horas asiáticas, seguindo nos 97.305 dólares.
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