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Café arábica tem máxima em mais de 13 anos na ICE

Os contratos futuros do café arábica na ICE atingiram seu maior valor em 13 anos e meio nesta quinta-feira, com os investidores reavaliando sua visão sobre a safra do próximo ano no Brasil, o maior produtor, e ficando cada vez mais preocupados com a colheita do Vietnã, o maior produtor de robusta.

Um corretor no Brasil disse que recentemente retornou às fazendas de arábica que vem monitorando desde março e que, apesar das chuvas recentes, elas estão mostrando falta de potencial, com muitas folhas novas em vez de frutos.

"Todas as fazendas estão assim? Não, mas não posso relaxar quando uma propriedade como essa, que eu tinha uma boa expectativa, está me mostrando falta de potencial", disse ele.

Os comerciantes brasileiros locais disseram que os preços físicos do arábica estavam em alta graças aos estoques limitados e às preocupações com a safra do próximo ano.

Apesar das chuvas recentes, a umidade do solo está baixa, disseram eles.

O café arábica KC2! subiu mais de 5%, tendo atingido seu valor mais alto desde o início de maio de 2011, a 2,8495 dólares.

O café robusta de janeiro RC2! avançou mais cerca de 5%, atingindo maior valor em um mês, a 4.867 dólares na máxima da sessão.

As recentes tempestades atrasaram a colheita do Vietnã e as chuvas continuam a ser uma preocupação, de acordo com os comerciantes do cinturão do café, que disseram anteriormente à Reuters que esperam que a safra desta temporada possa diminuir em até 10%, possivelmente a menor em uma década.

A BMI, uma unidade da Fitch Solutions, aumentou sua previsão de preço médio dos futuros do café arábica em 2025 KC2! de 1,90 dólar por libra-peso para 2,15 dólar --o terceiro maior preço nominal médio anual já registrado, segundo a empresa.

"Com as próximas safras no Brasil e no Vietnã enfrentando ventos contrários, o mercado de café parece que continuará apertado em 2025", disse o BMI.

Em outras commodities leves, o cacau em Londres C2! também disparou mais de 7%, marcando uma máxima de quatro meses de 6.841 libras por tonelada.

O açúcar bruto de março SB1! avançou cerca de 3%, para 21,79 centavos de dólar por libra-peso.

(Reportagem de Maytaal Angel)

((Tradução Redação São Paulo 55 11 56447751)) REUTERS RS

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