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Dólar recua com realização de lucros, mas perspectivas seguem favoráveis

O dólar recuava nesta sexta-feira, com traders realizando lucros após os ganhos recentes, mas a moeda dos EUA segue bem posicionada para novos avanços, apoiada por fortes dados econômicos dos EUA que levaram os mercados a reduzir expectativas de cortes nas taxas de juros.

Isso ocorre após dados na quinta-feira terem mostrado que a atividade comercial dos EUA em maio acelerou para o nível mais alto em pouco mais de dois anos e os fabricantes relataram um aumento nos preços dos insumos.

A ata da última reunião do Federal Reserve, publicada esta semana, mostrou um debate animado entre os formuladores de política monetária sobre se os juros atuais eram suficientemente restritivos para esfriar a inflação.

O dólar caía 0,3%, para 104,72, contra uma cesta de moedas nesta sexta-feira, depois de avançar em cinco dos últimos seis pregões. Na semana, o índice tinha alta de 0,2%.

O euro estava em alta de 0,3%, a 1,08495 dólar, nesta sexta-feira.

"Os investidores estão agora aproveitando a oportunidade para refletir sobre a semana e realizar alguns lucros... trata-se, na verdade, puramente de uma jogada de posicionamento", disse Boris Kovacevic, estrategista de mercado global da empresa de pagamentos Convera.

Os dados econômicos dos EUA mais fortes do que o esperado levaram investidores a adiar o momento estimado para o primeiro corte nos juros do Fed para setembro, e as expectativas de cortes na taxa básica por outros bancos centrais também caíram. (FEDWATCH)

Apesar do recuo de sexta-feira, a perspectiva de curto prazo para o dólar era otimista, disseram analistas.

Esta semana, o dólar tinha alta de quase 1% em relação ao iene, para 156,95 ienes USDJPY, apesar de os rendimentos dos títulos do governo japonês também terem subido, atingindo picos em uma década e ultrapassando 1% no prazo de dez anos (JP10YTN=JBTC).

O núcleo da inflação do Japão desacelerou pelo segundo mês consecutivo em abril, atendendo às expectativas do mercado — e permanecendo acima da meta do banco central — em 2,2%.

"Isso está tendo muito pouco efeito sobre o iene", disse Martin Whetton, chefe de estratégia de mercados financeiros da Westpac, em Sydney. "O carry de manter dólares é muito mais suculento", acrescentou.

((Tradução Redação Brasília))

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