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Futuros sobem com resultados Alphabet e Microsoft a elevarem 'megacaps'

Os futuros dos índices de acções dos Estados Unidos avançaram, esta sexta-feira, com as acções de crescimento 'megacap' a recuperarem devido aos resultados trimestrais robustos da Alphabet e da Microsoft, enquanto que os investidores aguardam uma leitura chave da inflação que pode ajudar a moldar a política monetária norte-americana.

A Alphabet GOOG saltou 11,5% nas negociações pré-abertura após a empresa-mãe do Google ter anunciado o seu primeiro dividendo de todos os tempos, uma recompra de acções de 70 mil milhões de dólares e ter superado as estimativas para os resultados do primeiro trimestre.

A subida nas acções poderá levar o valor de mercado do gigante dos motores de busca a ultrapassar os 2 milhões de milhões de dólares, se os ganhos da pré-abertura se mantiverem.

Elevando ainda mais o sentimento, a Microsoft MSFT ganhou 4% ao superar as estimativas de Wall Street para a receita e lucro do terceiro trimestre, impulsionado por ganhos com a adopção de Inteligência Artificial nos seus serviços na nuvem.

Outras acções de crescimento também subiram nos resultados, com a Amazon.com AMZN e a Nvidia NVDA a subirem 3,1% e 1,3%, respectivamente. A Meta Platforms META somou 1,2%, recuperando de uma queda de quase 11% na sessão anterior, a sua queda mais acentuada em 18 meses.

No dia, a Exxon Mobil XOM, a AbbVie ABBV e a Colgate-Palmolive CL, entre outras, deverão apresentar os seus números trimestrais antes do sino de abertura.

Com a época de resultados em pleno andamento, estima-se que os resultados combinados ajustados para o primeiro trimestre cresçam 7,4% numa base anual, segundo dados da LSEG.

Os ganhos optimistas da semana impulsionaram os principais índices bolsistas de Wall Street para ganhos semanais, com a referência S&P 500 SPX a tentar quebrar três semanas de perdas, enquanto que o Nasdaq IXIC deverá quebrar quatro semanas consecutivas de perdas.

As acções norte-americanas terminaram em baixa na quinta-feira, com os mercados a serem surpreendidos por dados que mostram um crescimento económico dos Estados Unidos mais lento que o esperado e uma inflação persistente, juntamente com um 'sell-off' de acções de grandes empresas desencadeada pelos resultados decepcionantes da Meta Platforms.

As atenções estão agora viradas para o índice das Despesas de Consumo Pessoal (PCE) de Março, o indicador de inflação preferido da Reserva Federal, previsto para as 1230 TMG, para determinar o estado da inflação e o momento dos cortes das taxas de juro.

Estima-se que o índice mostre um aumento de 2,6% em Março, numa base anual, segundo economistas inquiridos pela Reuters, face a um aumento de 2,5% em Fevereiro.

Os mercados monetários estão a precificar apenas cerca de 35 pontos base de cortes nas taxas do banco central este ano, abaixo dos quase 150 pontos base observados no início do ano, segundo dados da LSEG.

Texto integral em inglês:

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