Cogna dispara com "overweight" do JPMorgan
Analistas do JPMorgan elevaram a recomendação das ações da Cogna COGN3 para "overweight" ante "neutra", citando valuation descontado e recuperação do fluxo de caixa em 2023, que deve melhora ainda mais em 2024, conforme relatório sobre o setor enviado a clientes nesta quinta-feira.
"A Cogna melhorou significativamente seu perfil de fluxo de caixa, retomando a geração em 2023..., que deve melhorar...em 2024,impulsionada principalmente pela expansão do Ebitda", afirmaram Marcelo Santos e Jessica Mehler.
"Nossa análise de sensibilidade sugere um valor justo de 2,8 a 4,4 reais para as ações", acrescentaram os analistas.
Por volta de 11h35, os papéis da companhia disparavam 8,5%, a 2,17 reais, tendo chegado a 2,23 reais na máxima até o momento, melhor desempenho do Ibovespa IBOV, que cedia 0,41%. No ano, porém, ainda contabilizam uma queda de 38%.
A ação preferida da equipe do JPMorgan no setor de educação permanece sendo Anima ANIM3, enquanto afirma não ter uma preferência relativa entre Cogna e Yduqs YDUQ3, todas com recomendação "overweight", assim como Ser Educacional SEER3 e Vasta VSTA. Afya AFYA tem classificação "neutra".
Os analistas calculam que as ações estão com valuations bastante descontados, enquanto avaliam que o pior parece ter passado no setor. Santos e Mehler estimam que todas as empresas sob sua cobertura devem apresentar geração de caixa em 2024.
Além disso, estimam que essas empresas deverão aumentar as receitas a taxas de dígitos médios a elevados nos próximos anos, ao mesmo tempo que elevam os lucros entre 16% e 19%. "A combinação entre expansão do Ebitda e geração de fluxo de caixa deverá levar à desalavancagem nos próximos anos."
A equipe do JPMorgan também afirmou que está menos negativa em relação aos riscos regulatórios de ensino a distância (EAD), avaliando que um potencial aumento do conteúdo presencial em alguns cursos pode não ser tão negativo quanto pensavam inicialmente.