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Receita do setor de máquinas e equipamentos cai em maio, diz Abimaq

O faturamento do setor de máquinas e equipamentos registrou queda em maio na comparação com o mesmo período do ano anterior, impactado pela piora nas atividades tanto do mercado doméstico quanto externo, informou a associação do setor, Abimaq.

Segundo dados da associação divulgados nesta terça-feira, a receita líquida total da indústria de máquinas e equipamentos teve queda de 17,7% em maio no comparativo anual, para 20,9 bilhões de reais. Na comparação com abril, o recuo foi de 4%.

No ano, a receita total do setor acumula queda até o fim de maio de 17,8% em relação a igual etapa de 2023, para 99,3 bilhões de reais.

O consumo aparente de máquinas e equipamentos foi de 29,2 bilhões de reais em maio, declínio de 9,9% frente a um ano antes, informou a entidade.

As importações do setor caíram 0,9% em maio frente ao mesmo mês do ano anterior, a 2,5 bilhões de dólares, ao mesmo tempo que as exportações recuaram 20,5%, para 1,05 bilhão de dólares, segundo a Abimaq.

"A queda (na exportação) do mês de maio devolveu parte do crescimento observado no mês de abril (22,7% ano a ano), mas manteve o total das exportações em patamar próximo ao da média observada nos últimos dois anos, considerada a maior da história do setor", destacou a entidade em apresentação.

ALTA DO DÓLAR

A Abimaq manteve nesta terça-feira a previsão de queda de 7% na receita total do setor em 2024 e recuo de 3,9% na exportação.

Contudo, de acordo com a diretora-executiva de Economia e Estatística da Abimaq, Cristina Zanella, o atual patamar elevado do dólar em relação ao real pode amenizar o declínio para o ano.

"Por um lado (a alta do dólar) é bastante positiva. Somos um setor que exporta mais de 20% dos seus produtos, então isso tende a dar um retorno maior ao produtor", afirmou.

Se a taxa de câmbio se mantiver nos atuais patamares até o final do ano, perto dos 5,60 reais, disse a diretora, a receita total deve recuar 4% no ano, um ganho de 3 pontos percentuais em relação à previsão anterior, enquanto a exportação pode diminuir a perda para 2,6%.

"Agora, essas oscilações bruscas tiram a previsibilidade dos negócios, e isso não é um fator positivo", acrescentou Zanella.

Ela acrescentou que os números são apenas especulações, por enquanto, já que a entidade não espera que a atual taxa de câmbio se mantenha até o fim de 2024. "Deve recuar um pouco ao longo do período", disse.

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