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USDA corta previsão de colheita de soja e milho do Brasil; vê salto na nova safra

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu nesta sexta-feira as suas estimativas das safras de soja e milho do Brasil na temporada 2023/24, citando impacto das chuvas no Rio Grande do Sul para a oleaginosa.

Por outro lado, o órgão norte-americano que é referência global em estimativas agrícolas apontou um novo recorde para a produção do Brasil em 2024/25, com plantio previsto para começar apenas meados em setembro.

"A safra de soja do Brasil (2024/25) está prevista em 169,0 milhões de toneladas, acima da estimativa de safra revisada de 2023/24, para 154,0 milhões, que foi reduzida devido às enchentes no Rio Grande do Sul", disse o USDA em relatório.

Uma produção de 169 milhões de toneladas superaria o recorde de 2022/23, que também ficou acima de 160 milhões de toneladas, na visão do USDA.

Até o mês passado, o USDA previa 155 milhões de toneladas para a colheita 2023/24 do Brasil, o maior produtor e exportador global de soja, que sofreu nesta temporada com a seca no Centro-Oeste e agora com as enchentes no Rio Grande do Sul.

O número do USDA para 2023/24 ainda veio acima da média dos analistas, de 152,6 milhões de toneladas.

MILHO

No caso do milho, o corte na previsão de safra 2023/24 foi de 2 milhões de toneladas, para 122 milhões de toneladas, levemente abaixo da expectativa de analistas (122,4 milhões de toneladas), em meio a problemas climáticos em algumas regiões, incluindo algumas que enfrentam tempo seco e quente.

Para a nova safra, plantada somente no final do terceiro trimestre, o USDA projeta um aumento para 127 milhões de toneladas, citando um expectativa de aumento de área semeada.

Ainda assim, a produção brasileira ficaria abaixo do recorde da temporada 2022/23, que ficou mais próxima de 140 milhões de toneladas, segundo o USDA.

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