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Rendimentos sobem após dados de inflação enquanto investidores aguardam Fed

Os rendimentos dos Treasuries subiam nesta sexta-feira depois que os dados da inflação no Japão surpreenderam positivamente e após a divulgação da medida de inflação preferida do Federal Reserve, o Índice de Despesas de Consumo Pessoal (PCE), que ficou em linha com as expectativas.

Os rendimentos dos títulos do governo, que se movem inversamente aos preços, têm estado limitados nos últimos dias, enquanto os investidores aguardam pistas sobre a política monetária do Fed em sua reunião de definição de taxa de juros na próxima semana.

Enquanto isso, os movimentos de preços têm sido determinados principalmente por dados econômicos que pintaram um quadro misto. Os dados de produção econômica divulgados na quinta-feira, assim como os números do mercado de trabalho, surpreenderam positivamente, mostrando força na economia dos Estados Unidos, apesar do rápido aumento dos juros pelo Fed no ano passado promovido com o objetivo de conter a inflação desenfreada.

Por outro lado, dados divulgados pelo Departamento de Comércio nesta sexta-feira mostraram que os gastos dos consumidores, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, caíram 0,2% no mês passado.

Do lado da inflação, o chamado núcleo do índice de preços do PCE subiu 4,4% sobre o ano em dezembro, após aumentar 4,7% em novembro. O Fed acompanha os índices de preços do PCE para a sua política monetária, e outras medidas de inflação também desaceleraram significativamente.

Os rendimentos caíram marginalmente imediatamente após os dados do PCE, mas reduziram as perdas e subiam depois que dados mostraram que os principais preços ao consumidor em Tóquio, um dos principais indicadores de tendências nacionais no Japão, subiram 4,3% em janeiro em relação ao ano anterior, marcando o ganho anual mais rápido em quase 42 anos.

O rendimento do Treasury referência de 10 anos US10Y subia cerca de cinco pontos-base em 3,54%, enquanto o rendimento da nota de dois anos (US2YT=RR) subia cerca de quatro pontos-base para 4,219%.

Partes importantes da curva de juros permaneciam profundamente invertidas, refletindo temores sobre uma recessão iminente. A curva entre os rendimentos de dois anos e 10 anos (US2US10=TWEB) estava negativa em 68,1 pontos-base, enquanto o spread entre os rendimentos de três meses e 10 anos (US3MUS10Y=RR) estava em -114 pontos base.

(Reportagem de Davide Barbuscia)

((Tradução Redação São Paulo, +55 11 5047-3075))

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