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Ibovespa salta e tem alta semanal; dólar sobe com cenário de que Fed não subirá juros

Veja como fecharam nesta sexta-feira os mercados no Brasil, Estados Unidos e Europa, além das movimentações nas cotações de petróleo e commodities agrícolas.

BOVESPA-Índice tem forte alta e garante mais um desempenho positivo na semana

O Ibovespa fechou em alta, superando os 113 mil pontos no melhor momento, o que não acontecia há quatro meses, em meio a um clima externo favorável a ativos de risco, com expectativas de que o Federal Reserve possa experimentar uma pausa no ciclo de aumentos de juros nos Estados Unidos.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa IBOV subiu 1,8%, a 112.558,15 pontos, chegando a 113.069,55 pontos na máxima — o índice não ultrapassava o patamar dos 113 mil pontos desde o começo de fevereiro. O volume financeiro somou 28,7 bilhões de reais.

CÂMBIO-Dólar sobe ante real em meio à perspectiva de que Fed não subirá juros

O dólar à vista emplacou a segunda sessão consecutiva de queda ante o real, novamente influenciado pelo exterior, onde o andamento do acordo sobre o teto da dívida nos EUA e a perspectiva de que o Federal Reserve não subirá juros em seu próximo encontro conduziram a busca por ativos de maior risco.

O dólar à vista (BRBY) fechou o dia cotado a 4,9549 reais na venda, com baixa de 1,04%. Na semana, a moeda norte-americana acumulou baixa de 0,61%.

JURO-Taxas dos contratos futuros longos caem na contramão do exterior

As taxas dos contratos futuros de juros fecharam em baixa na ponta longa, na contramão do exterior, onde os rendimentos dos Treasuries subiam após a divulgação de novos dados de emprego nos EUA e a aprovação do acordo do teto da dívida norte-americana.

Veja o fechamento das taxas dos principais contratos de DI

Mês

Ticker

Taxa (% a.a.)

Ajuste anterior (% a.a.)

Variação (p.p.)

JUL/23

(DIJN23)

13,642

13,642

0

AGO/23

(DIJQ23)

13,632

13,633

-0,001

OUT/23

(DIJV23)

13,53

13,525

0,005

JAN/24

(DIJF24)

13,205

13,195

0,01

JAN/25

(DIJF25)

11,47

11,455

0,015

JAN/26

(DIJF26)

10,8

10,836

-0,036

JAN/27

(DIJF27)

10,77

10,874

-0,104

JAN/28

(DIJF28)

10,9

11,025

-0,125

JAN/29

(DIJF29)

11,07

11,214

-0,144

BOLSA EUA-Wall Street sobe com dados de empregos e calote evitado nos EUA

Os índices de ações nos Estados Unidos fecharam em alta, depois que um relatório do mercado de trabalho norte-americano mostrando um crescimento salarial moderado em maio indicou que o Federal Reserve pode pular um aumento de juros na sua próxima reunião em duas semanas, enquanto investidores comemoraram um acordo de Washington que evitou um calote catastrófico da dívida dos EUA.

O Dow Jones DJI subiu 2,12%, para 33.762,76 pontos. O S&P 500 SPX ganhou 1,45%, para 4.282,37 pontos. O Nasdaq IXIC avançou 1,07%, para 13.240,77 pontos.

Na semana, o S&P 500 subiu 1,82%, o Dow Jones avançou 2,02% e o Nasdaq ganhou 2,04%.

BOLSA EUROPA-Ações registram melhor dia em dois meses

As ações europeias registraram seu melhor desempenho diário, conforme investidores se reconfortaram com a redução da inflação na zona do euro, a aprovação da proposta do teto da dívida dos Estados Unidos e as crescentes evidências que justificam uma pausa pelo Federal Reserve nos aumentos da taxa de juros neste mês.

O índice pan-europeu STOXX 600 SXXP fechou em alta de 1,51%, a 462,15 pontos, com mineradoras (.SXPP) e imóveis (.SX86P) na liderança da onda de compras.

PETRÓLEO-Preços sobe mais de 2% após acordo da dívida dos EUA e dados de emprego

Os preços do petróleo subiram mais de 2%, depois que o Congresso dos Estados Unidos aprovou um acordo sobre o teto da dívida que evitou um calote do governo no maior consumidor de petróleo do mundo e após dados de emprego alimentarem as esperanças de uma possível pausa nos aumentos de taxa de juros do Federal Reserve.

O petróleo Brent BRN1! futuros subiram 1,85 dólar, ou 2,5%, para 76,13 dólares o barril, enquanto o petróleo nos EUA (WTI) CL1! subiu 1,64 dólar, ou 2,3%, para 71,74 dólares.

Na semana, ambos os contratos caíram cerca de 1%, em suas primeiras perdas semanais em três semanas.

GRÃOS

O contrato julho da soja (SN3) ganhou 23 centavos, encerrando a 13,525 dólares por bushel, estendendo sua recuperação após uma queda na quarta-feira para 12,7075, a menor em um gráfico contínuo ZS1! desde dezembro de 2021.

Na semana, o contrato da CBOT para julho avançou 15,25 centavos de dólar por bushel ou 1,1%, sua segunda alta semanal consecutiva.

O contrato julho do milho (CN3) subiu 16,50 centavos a 6,09 dólares por bushel. Na semana, o contrato subiu 5 centavos ou 0,8%, sua segunda alta semanal consecutiva.

O trigo seguiu os mercados de soja e milho, com o contrato julho (WN3) encerrando em alta de 8,25 centavos, 6,19 dólares por bushel. Na semana, a alta foi de 0,5%, segundo ganho semanal seguido.

CAFÉ

O café arábica de julho KC1! caiu 2,75 centavos, ou 1,5%, a 1,803 dólar por libra​​​​​. O contrato perdeu 1,4% na semana.

O café robusta de julho RC1! caiu 30 dólares, ou 1,2%, para 2.575 dólares a tonelada.

AÇÚCAR

O açúcar bruto de julho SB1! recuou 0,15 centavo, ou 0,6%, a 24,73 centavos de dólar por libra-peso, após atingir a mínima de seis semanas de 24,57. O contrato perdeu 2,5% na semana.

O açúcar branco de agosto SF1! caiu 4,00 dólares, ou 0,6%, para 686,10 dólares a tonelada.

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