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Ações caem e rendimentos saltam com relatório forte de empregos nos EUA

Um índice de ações globais caía enquanto os rendimentos dos Treasuries e o dólar disparavam nesta sexta-feira, depois que um relatório surpreendentemente forte de empregos nos Estados Unidos reacendeu preocupações de que o Federal Reserve pode precisar permanecer agressivo na sua trajetória de alta da taxa de juros para domar a inflação.

O relatório do Departamento do Trabalho dos EUA mostrou que foram abertas 517.000 vagas de emprego fora do setor agrícola em janeiro, bem acima da estimativa de 185.000 dos economistas consultados pela Reuters, com os dados de dezembro também revisados ​​para cima.

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As ações têm subido neste começo de ano com expectativas de que o Fed pode ser forçado a pausar seus aumentos de juros ou até mesmo cortar os custos dos empréstimos na segunda metade do ano. Essa perspectiva ganhou mais força após comentários do chair do Fed, Jerome Powell, na quarta-feira, que reconheceu o começo de um processo "desinflacionário".

Combustível adicional veio por parte dos anúncios de política monetária do Banco Central Europeu e do Banco da Inglaterra na quinta-feira.

Os contratos futuros de juros agora indicam que o Fed provavelmente fará pelo menos mais dois aumentos na taxa básica, o que a levaria a mais de 5%.

As ações dos EUA abriram em baixa após o relatório, com pressão adicional de um declínio de 1,01% na Alphabet, controladora do Google, e de uma queda de 5,46% na Amazon AMZN após seus resultados trimestrais.

A Apple, no entanto, ajudou a conter as quedas e era negociada em alta de 3,52% após divulgar seu balanço trimestral.

Às 13:52 (de Brasília), o índice S&P 500 SPX ganhava 0,04%, a 4.181,64 pontos, enquanto o Dow Jones DJI subia 0,10%, a 34.087,72 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq Composite IXIC avançava 0,22%, a 12.227,35 pontos.

O índice pan-europeu STOXX 600 SXXP subiu 0,27%, a 460,42 pontos.

O índice global de ações da MSCI EURONEXT:IACWI caía 0,57%.

No mercado de câmbio, o índice do dólar DXY --que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas-- subia 0,89%, a 102,700.

O euro EURUSD tinha queda de 0,71%, a 1,0833 dólar, que ao mesmo tempo avançava 1,80%, a 130,97 ienes USDJPY.

A libra GBPUSD devolvia 1,23%, a 1,2073 dólar, que por sua vez ganhava 1,26%, a 0,9244 franco suíço USDCHF.

O dólar australiano AUDUSD, muitas vezes tido como uma "proxy" de demanda por risco, desvalorizava-se 1,81%, a 0,6948 dólar norte-americano.

Na renda fixa, o rendimento do Treasury de dez anos US10Y --referência global para decisões de investimento-- subia 11,90 pontos-base, a 3,5172%.

A taxa do título de cinco anos (US5YT=RR) avançava 15,30 pontos-base, a 3,6364%.

O yield do Treasury de dois anos (US2YT=RR) --que reflete apostas para os rumos das taxas de juros de curto prazo-- tinha alta de 16,50 pontos-base, a 4,2553%.

O retorno do papel de 30 anos (US30YT=RR) mostrava acréscimo de 7,10 pontos-base, a 3,6263%.

A diferença entre os rendimentos dos Treasuries de dez e dois anos (US2US10=RR) --vista como um indicador de expectativas econômicas-- caía 3,80 pontos-base, a -73,99 pontos-base.

O spread entre as taxas dos títulos de 30 e cinco anos (US5US30=RR) recuava 7,66 pontos-base, a -1,26 ponto-base.

Já entre as commodities, o petróleo Brent BRN1! recuava 0,91 dólar, ou 1,11%, a 81,26 dólares por barril, às 13:52 (de Brasília). O petróleo dos Estados Unidos (WTI) CL1! caía 0,92 dólar, ou 1,21%, a 74,96 dólares por barril.

O ouro à vista GOLD perdia 2,34%, a 1.867,59 dólares a onça troy.

No universo das criptomoedas, o bitcoin BTCUSD subia 0,45%, a 23.604,00 dólares. O ether ETHUSD avançava 1,13%, a 1.662,50 dólares.

((Tradução Redação Brasília))

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