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Trump viaja para tentar fazer campanha eleitoral pegar no tranco

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, passará pelos Estados de New Hampshire e Carolina do Sul neste sábado, nas primeiras duas paradas de uma campanha presidencial praticamente ociosa desde que foi lançada em novembro.

Trump primeiro discursará na reunião anual do Partido Republicano de New Hampshire em Salem, antes de se dirigir a Columbia, capital da Carolina do Sul, onde apresentará os líderes de sua equipe no Estado.

Os dois Estados podem ser essenciais porque estão entre os primeiros a realizarem eleições primárias pela indicação. O resultado que um candidato consegue nesses locais pode muitas vezes impulsionar a sua campanha - ou o contrário.

Observadores políticos dos partidos Republicano e Democrata vão observar com atenção para ver quem aparece para apoiar Trump nos eventos.

Outrora indiscutível centro de gravidade do Partido Republicano, cada vez mais autoridades eleitas expressam preocupações sobre a capacidade de Trump de vencer o presidente democrata, Joe Biden, se esse decidir se candidatar novamente, como se espera que aconteça.

Em New Hampshire, o governador republicano, Chris Sununu, disse que está tendo discussões sobre uma possível campanha nas primárias, e muitos republicanos de alto escalão de lá - incluindo alguns que apoiaram Trump no passado - disseram publicamente que estão buscando uma alternativa.

Na Carolina do Sul, onde Trump aparecerá ao lado do governador Henry McMaster e do senador Lindsey Graham, haverá várias ausências notáveis.

Entre os que não comparecerão ao evento estão o presidente estadual do partido, pelo menos três parlamentares federais republicanos do Estado e o senador pela Carolina do Sul, Tim Scott, que também foi ventilado como um possível candidato presidencial republicano. Scott e outros citaram conflitos de agenda.

Muitos parlamentares estaduais decidiram não comparecer, após não conseguirem garantias da equipe de Trump de que fazê-lo não seria considerado um endosso à campanha dele, disse uma fonte com conhecimento do planejamento.

“Sabe, ainda há muito apetite por Trump e acho que muitas pessoas ainda acreditam que Trump está sendo tratado injustamente”, disse Reese Boyd III, autoridade republicana da região de Myrtle Beach. “Mas você também vê esse abrandamento de alguns grupos.”

Trump ainda mantém uma importante base de apoio. Embora perca em algumas pesquisas mano a mano contra o governador da Flórida, Ron DeSantis, outro possível competidor, ele vence por uma margem grande quando a pesquisa apresenta mais opções.

Desde que lançou sua campanha em novembro, Trump manteve-se relativamente fora do radar. Ele ligou para vários republicanos conservadores na Câmara dos EUA no começo de janeiro para convencê-los a votar em Kevin McCarthy, um aliado, para presidente da casa.

A maioria ignorou seus apelos, embora McCarthy tenha sido eleito para o cargo, após uma longa batalha.

Como em eventos anteriores, muitos republicanos observarão se Trump oferecerá uma visão voltada ao futuro ou se fará novamente alegações falsas de que a eleição de 2020 foi roubada.

A segunda opção é impopular com eleitores independentes, e analistas políticos dizem que foi um fator para os resultados decepcionantes dos republicanos na eleições de meio de mandato para o Congresso em novembro.

((Tradução Redação São Paulo, 55 11 56447753))

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