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Dólar se encaminha para maior perda mensal desde 2010 antes do discurso de Powell

O dólar caía de uma máxima de uma semana nesta quarta-feira, antes de um discurso do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, enquanto o otimismo com um possível afrouxamento nas restrições da Covid-19 na China colocou a moeda norte-americana no caminho de sua maior perda mensal desde o final de 2010.

A inflação da zona do euro em novembro mostrou a primeira desaceleração mensal desde junho do ano passado, com os preços ao consumidor subindo apenas 10% no mês passado, em comparação com as expectativas de alta de 10,4% em novembro e contra a leitura final de outubro de 10,6%.

A taxa ainda é mais de cinco vezes maior que a meta do Banco Central Europeu. Mas depois de quase dois anos de aceleração quase implacável da inflação, qualquer sinal de que o pior já passou será bem-vindo aos mercados.

O euro subia 0,4%, para 1,0366 dólar, saindo da mínima de uma semana nesta quarta-feira, para 1,0319 dólar. Contra a libra, o euro caía 0,1% para 86,30 centavos. EURGBP

O índice do dólar DXY , que mede o desempenho do dólar em relação às seis principais moedas, caía 0,37%, para 106,48, abaixo da máxima noturna de 106,90.

A moeda norte-americana recuou cerca de 4,3% em novembro, marcando seu pior desempenho mensal desde setembro de 2010 DXY , de acordo com dados da Refinitiv.

Os investidores aumentaram suas apostas de que a inflação atingiu o pico e o Fed logo sinalizará uma mudança para uma postura mais branda na política monetária, principalmente porque o mundo se inclina para uma possível recessão no próximo ano.

Powell fará um discurso para a Brookings Institution em Washington às 15h30, no horário de Brasília, sobre as perspectivas econômicas e o mercado de trabalho, enquanto os dados de emprego no setor privado dos Estados Unidos em novembro serão divulgados às 10h15.

O dólar subia 0,2% em relação ao iene, para 139,01 USDJPY , com a paridade continuando a se estabilizar após um salto de uma mínima de três meses de 137,50 na segunda-feira.

Enquanto isso, na China, dados mostraram que a manufatura ficou mais fraca do que o esperado, já que as políticas sanitárias do governo continuam prejudicando a atividade econômica.

As autoridades de saúde chinesas disseram na terça-feira que acelerarão as vacinações contra a Covid-19 para os idosos, com o objetivo de superar um obstáculo nos esforços para aliviar as impopulares restrições "Covid-zero", que provocaram protestos vigorosos nos últimos dias.

(Reportagem de Kevin Buckland)

((Tradução Redação São Paulo, +55 11 5047-3075))

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