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Dólar avança, iene fica perto de nível que motivou intervenção

O dólar subia para perto de máximas de vários anos vistas em setembro, com preocupações nesta terça-feira sobre o aumento das taxas de juros e as tensões geopolíticas deixando os investidores inseguros.

Enquanto isso, o iene pairava perto do nível que motivou a intervenção do mês passado.

Dados fortes do mercado de trabalho dos Estados Unidos e a expectativa de que os números de inflação de quinta-feira permaneçam altos têm alimentado apostas de aumentos fortes dos juros até 2023, levando o dólar de volta para o pico de 2002 atingido no mês passado.

O apetite por risco também era prejudicado depois que a Rússia enviou mísseis sobre cidades da Ucrânia na segunda-feira, em retaliação à explosão que danificou a única ponte que ligava a Rússia à península da Crimeia anexada.

"A narrativa geral é de aversão ao risco", disse Francesco Pesole, estrategista do ING, citando a escalada do conflito na Ucrânia e novos controles de exportação dos EUA, que incluíram uma medida para cortar a China de certos semicondutores.

Às 7:56 (de Brasília), o índice do dólar DXY --que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas-- subia 0,04%, a 113,110, perto da máxima de 20 anos de 114,78 que atingiu no final do mês passado.

O iene USDJPY atingiu 145,86 por dólar, perto da mínima de 24 anos de 145,90 tocada antes de o governo japonês intervir para sustentar a moeda há três semanas.

O secretário chefe de gabinete do Japão, Matsuno, reiterou na terça-feira a disposição do governo de intervir, dizendo que tomarão "as medidas apropriadas sobre os movimentos cambiais em excesso".

O euro EURUSD subia 0,09%, a 0,9709 dólar, depois de quatro dias de perdas que levou a moeda para a mínima de 20 anos de 0,9528 dólar.

((Tradução Redação São Paulo, 55 11 5047 2984))

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