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Dólar sobe com investidores no aguardo de dados de inflação dos EUA

O dólar subia pela quarta sessão consecutiva nesta segunda-feira, com investidores no aguardo de dados de inflação dos Estados Unidos desta semana, que devem mostrar que as pressões sobre os preços permanecem elevadas na maior economia do mundo, provavelmente mantendo a política monetária agressiva do Federal Reserve no mesmo caminho até o próximo ano.

A libra, por outro lado, caía pelo quarto dia consecutivo de negociação, mesmo depois que o Banco da Inglaterra expandiu seu apoio ao mercado financeiro.

Os dados dos EUA, a serem divulgados na quinta-feira, devem mostrar que a inflação ficou em 8,1% sobre um ano antes em setembro, abaixo dos 8,3% de agosto. O núcleo da inflação deve ter subido para 6,5%, ante 6,3%.

O presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, disse nesta segunda-feira que a inflação é muito mais persistente do que o banco central norte-americano pensava inicialmente. Mas ele observou que o Fed ainda pode reduzir a inflação sem um aumento acentuado do desemprego e sem empurrar a economia para a recessão.

Dados dos EUA mostraram na sexta-feira passada que o desemprego caiu e a economia do país criou mais vagas do que o previsto em setembro. Isso elevou os rendimentos dos títulos, já que os operadores aumentaram suas apostas de que o Fed elevará sua taxa de juros em 75 pontos-base em novembro pela quarta reunião consecutiva.

No Reino Unido, o Banco da Inglaterra tentou aliviar as preocupações sobre o fim de seu esquema emergencial de compra de títulos.

As tensões geopolíticas e os preços mais altos do petróleo também causaram um nervosismo renovado em relação ao crescimento, empurrando os investidores de volta para o dólar.

Às 11:52 (de Brasília), o índice do dólar DXY --que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas-- subia 0,34%, a 113,190.

O euro EURUSD tinha queda de 0,43%, a 0,9699 dólar, que ao mesmo tempo avançava 0,28%, a 145,73 ienes USDJPY.

A libra GBPUSD devolvia 0,47%, a 1,1032 dólar, que por sua vez ganhava 0,58%, a 1,0000 franco suíço USDCHF.

O dólar australiano AUDUSD, muitas vezes tido como uma "proxy" de demanda por risco, desvalorizava-se 1,26%, a 0,6288 dólar norte-americano.

No universo das criptomoedas, o bitcoin BTCUSD tinha queda de 0,94%, a 19.262,00 dólares. O ether ETHUSD recuava 1,30%, a 1.306,30 dólares.

(Reportagem de Harry Robertson em Londres e Gertrude Chavez-Dreyfuss em Nova York; Reportagem adicional de Tom Westbrook em Sydney e Ankur Banerjee em Cingapura)

((Tradução Redação São Paulo, +55 11 5047-3075))

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