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Ações recuam e petróleo volta a subir com dados de auxílio-desemprego dos EUA no radar

As ações dos Estados Unidos voltavam a cair depois de tentarem se recuperar após novos dados econômicos mostrarem que mais norte-americanos entraram com pedidos de auxílio-desemprego do que o esperado, enquanto o petróleo subia após grandes cortes de oferta anunciados pela Opep+.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego chegaram a 219 mil na semana encerrada em 1º de outubro, superando as expectativas dos economistas de 203 mil e alimentando o apetite dos investidores por sinais de que o Federal Reserve e outros bancos centrais podem ter sucesso na desaceleração da inflação com seus aumentos de juros.

O índice mundial de ações da MSCI EURONEXT:IACWI, que acompanha ações em 45 países, subia 0,24%, mas os principais índices de Wall Street tinham baixa.

Por enquanto, as autoridades do Fed estão mostrando poucos sinais de que estariam se preparando para recuar dos aumentos dos juros. A presidente do Federal Reserve de San Francisco, Mary Daly, destacou o compromisso do banco central norte-americano de conter a inflação com mais aumentos de juros, embora também tenha dito que o Fed não vai simplesmente seguir com essa estratégia se a economia começar a contrair.

Dados sobre a criação de empregos fora do setor agrícola dos EUA serão divulgados na sexta-feira, e analistas consultados pela Reuters esperam que 250 mil postos de trabalho tenham sido criados no mês passado. Isso marcaria o menor aumento até agora em 2022. A taxa de desemprego deve ficar em 3,7%.

Justo quando os investidores pareciam mostrar algum alívio em relação a uma alta implacável nos custos de energia, principalmente na Europa, os preços do petróleo voltaram a subir nos últimos dias.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus parceiros, incluindo a Rússia, concordaram com o corte mais profundo na produção desde o início da pandemia de Covid-19, sufocando o fornecimento a um mercado já apertado.

Às 11:27 (de Brasília), o Dow Jones DJI caía 0,73%, a 30.053,29 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq Composite IXIC recuava 0,69%, a 11.071,28 pontos.

O índice pan-europeu STOXX 600 SXXP caía 0,79%, a 395,76 pontos.

No mercado de câmbio, o índice do dólar DXY --que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas-- subia 0,78%, a 111,790.

O euro EURUSD tinha queda de 0,46%, a 0,9837 dólar, que ao mesmo tempo avançava 0,12%, a 144,80 ienes USDJPY.

A libra GBPUSD devolvia 0,89%, a 1,1225 dólar, que por sua vez ganhava 0,60%, a 0,9895 franco suíço USDCHF.

O dólar australiano AUDUSD, muitas vezes tido como uma "proxy" de demanda por risco, desvalorizava-se 0,80%, a 0,6434 dólar norte-americano.

Na renda fixa, o rendimento do Treasury de dez anos US10Y --referência global para decisões de investimento-- subia 6,70 pontos-base, a 3,8256%.

A taxa do título de cinco anos (US5YT=RR) avançava 8,50 pontos-base, a 4,0444%.

O yield do Treasury de dois anos (US2YT=RR) --que reflete apostas para os rumos das taxas de juros de curto prazo-- tinha alta de 5,80 pontos-base, a 4,2081%.

O retorno do papel de 30 anos (US30YT=RR) mostrava acréscimo de 3,60 pontos-base, a 3,8013%.

A diferença entre os rendimentos dos Treasuries de dez e dois anos (US2US10=RR) --vista como um indicador de expectativas econômicas-- subia 0,88 ponto-base, a -38,45 pontos-base.

O spread entre as taxas dos títulos de 30 e cinco anos (US5US30=RR) recuava 3,04 pontos-base, a -24,59 pontos-base.

Já entre as commodities, o petróleo Brent BRN1! subia 0,28 dólar, ou 0,30%, a 93,65 dólares por barril, às 11:27 (de Brasília). O petróleo dos Estados Unidos (WTI) CL1! avançava 0,34 dólar, ou 0,39%, a 88,10 dólares por barril.

O ouro à vista GOLD perdia 0,36%, a 1.709,59 dólares a onça troy.

No universo das criptomoedas, o bitcoin BTCUSD tinha queda de 1,08%, a 19.945,00 dólares. O ether ETHUSD avançava 0,13%, a 1.354,20 dólares.

(Reportagem adicional de Dhara Ranasinge em Londres e Stella Qiu em Sydney)

((Tradução Redação São Paulo, +55 11 5047-3075))

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