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Ações e petróleo sobem por esperança de retomada da demanda na China

As ações mundiais subiam e os preços do petróleo se recuperavam nesta quinta-feira, na esperança de que a flexibilização das medidas de combate à Covid da China ajude a restaurar as cadeias de suprimentos globais e conter a inflação.

A mudança na política sanitária da China, anunciada na quarta-feira, permitirá que seu crescimento econômico acelere o ritmo, disse a mídia estatal CCTV, citando o primeiro-ministro Li Keqiang.

Wall Street subia, impulsionada por um rali nas ações listadas nos Estados Unidos de empresas chinesas, enquanto o cobre subia na esperança de aumento da demanda da China, seu maior consumidor. O Goldman Sachs previu que os preços do metal poderiam atingir um recorde de 11 mil dólares a tonelada em um ano.

O Hang Seng HSI de Hong Kong subiu mais de 3% e o iuan era negociado perto de uma máxima em 3 meses USDCNY, embora economistas tenham alertado que qualquer impulso econômico pode levar tempo para surgir e a flexibilização nas restrições pode deprimir temporariamente a demanda, conforme as infecções subirem.

O indicador de ações da MSCI em todo o mundo EURONEXT:IACWI ganhava 0,63%,

Os preços do petróleo tiveram alguma instabilidade por expectativas de que um importante oleoduto que liga o Canadá aos EUA volte a funcionar após um vazamento e coloque um grande suprimento da commodity de volta no mercado, num momento em que a desaceleração econômica em todo o mundo diminuiu a demanda por energia.

O dólar caía em relação ao euro, conforme investidores avaliavam a possibilidade de que a política monetária restritiva do Federal Reserve possa desencadear uma recessão.

Às 15h46 (de Brasília), o Dow Jones DJI subia 0,76%, para 33.854,84 pontos. O S&P 500 SPX ganhava 0,98%, a 3.972,38 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq IXIC avançava 1,45%, para 11.117,48 pontos.

O índice pan-europeu STOXX 600 SXXP fechou em queda de 0,17%, a 435,47 pontos.

No mercado de câmbio, o índice do dólar DXY --que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas-- caía 0,30%, a 104,810.

O euro EURUSD tinha alta de 0,45%, a 1,0552 dólar, que ao mesmo tempo avançava 0,04%, a 136,66 ienes USDJPY.

A libra GBPUSD apreciava 0,36%, a 1,2243 dólar, que por sua vez perdia 0,45%, a 0,9364 franco suíço USDCHF.

O dólar australiano AUDUSD, muitas vezes tido como uma "proxy" de demanda por risco, valorizava-se 0,68%, a 0,6767 dólar norte-americano.

Na renda fixa, o rendimento do Treasury de dez anos US10Y --referência global para decisões de investimento-- subia 8,10 pontos-base, a 3,4892%.

A taxa do título de cinco anos (US5YT=RR) avançava 9,40 pontos-base, a 3,7083%.

O yield do Treasury de dois anos (US2YT=RR) --que reflete apostas para os rumos das taxas de juros de curto prazo-- tinha alta de 5,60 pontos-base, a 4,3118%.

O retorno do papel de 30 anos (US30YT=RR) mostrava acréscimo de 4,00 pontos-base, a 3,4537%.

A diferença entre os rendimentos dos Treasuries de dez e dois anos (US2US10=RR) --vista como um indicador de expectativas econômicas-- subia 2,13 pontos-base, a -82,44 pontos-base.

O spread entre as taxas dos títulos de 30 e cinco anos (US5US30=RR) recuava 6,12 pontos-base, a -25,78 pontos-base.

Já entre as commodities, o petróleo Brent BRN1! recuava 0,76 dólar, ou 0,98%, a 76,41 dólares por barril, às 16:23 (de Brasília). O petróleo dos Estados Unidos (WTI) CL1! caía 0,41 dólar, ou 0,57%, a 71,60 dólares por barril.

O ouro à vista GOLD ganhava 0,13%, a 1.788,58 dólares a onça troy.

No universo das criptomoedas, o bitcoin BTCUSD subia 2,27%, a 17.219,00 dólares. O ether ETHUSD avançava 3,98%, a 1.280,20 dólares.

((Tradução Redação Brasília))

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