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Gerdau (GGBR4): Bradesco BBI vê dividendos acelerados; veja potencial

Se o mercado não está lá tão otimista com a Gerdau (GGBR4), o Bradesco BBI está. A corretora elevou o preço-alvo da ação de R$ 23 para R$ 25 até 2025, o que abre potencial de alta de 36% ante o último fechamento. Além disso, os analistas elegerem a ação como a top pick (favorita) no setor de siderurgia.

Em reação, as ações GGBR4 figuraram entre as maiores altas do Ibovespa nesta segunda-feira (9). Os papéis encerraram o dia com alta de 1,82%, a R$ 18,50.

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Segundo os analistas, os investidores estão preocupados sobre como os desafiadores mercados internacionais de aço (especialmente nos Estados Unidos e China) podem impactar o momento da empresa.

Mas o BBI argumenta que os fundamentos do mercado siderúrgico no Brasil permanecem sólidos (demanda 7% maior e preços 5% maiores no acumulado do ano), enquanto nos Estados Unidos a empresa deve conseguir manter suas margens acima dos níveis históricos.

“Além disso, como reconhecemos que mudanças nas narrativas são mais difíceis de prever do que os fundamentos, focamos nossa análise para a Gerdau em diferentes cenários”, coloca.

Ou seja, o que o BBI está dizendo é: o valuation atual das ações da Gerdau parece atraente, mesmo em um cenário negativo. Além disso, a Gerdau parece pronta para se beneficiar de iniciativas em divisões-chave, o que pode ajudar a sustentar seu resultados no segundo semestre de 2024.

E para fechar com chave de ouro, a corretora vê espaço para a empresa acelerar a remuneração dos acionistas, esperando um rendimento de dividendos de 7 a 8% entre 2024 e 2025.

A estimativa de Ebitda, que mede o resultado operacional, para 2025 foi aumentada em 10%, o que está 14% acima do consenso.

Bons dividendos da Gerdau?

Com isso, o BBI se junta ao Goldman Sachs, que também vê a companhia com uma boa janela.

De acordo com os analistas Márcio Farid, Gabriel Simões e Henrique Marques, a ação parece ‘desacoplada dos fundamentos’.

O banco reiterou compra com preço-alvo de R$ 25 para os próximos 12 meses.

Para o trio, o desempenho apático no ano pode ser explicado pela baixa no setor de minério de ferro e do aço da China, bem como pelas preocupações dos investidores sobre a potencial lucratividade da América do Norte.

Apesar disso, os analistas afirmam que as margens da Gerdau na América do Norte mostraram-se mais resilientes do que o esperado, enquanto as margens do Brasil têm apresentado tendência ascendente devido a uma combinação de melhores preços e menores custos.