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Gigantes do petróleo hesitam em explorar as enormes novas reservas do Paquistão devido a preocupações de segurança

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A recente descoberta de reservas de petróleo e gás no Paquistão, potencialmente entre as maiores do mundo, despertou um interesse significativo em seu potencial econômico.

As novas reservas podem transformar o cenário energético do país, oferecendo um possível substituto para o caro GNL e o petróleo importado.

No entanto, apesar das perspectivas promissoras, as empresas petrolíferas globais continuam hesitantes em investir em esforços de exploração.

Companhias petrolíferas preocupadas com a segurança no Paquistão

A principal barreira à exploração não é a escala do investimento — estimado em US$ 5 bilhões — mas sim sérias preocupações com a segurança.

Musadik Malik, Ministro do Petróleo do Paquistão, destacou esses riscos em uma reunião do comitê parlamentar em julho.

“Em regiões onde as empresas buscam petróleo e gás, recursos substanciais devem ser alocados para a segurança de funcionários e ativos”, explicou.

Problemas de segurança foram ressaltados por incidentes violentos recentes, incluindo um ataque suicida que matou cinco engenheiros chineses e um ataque militante ao complexo da Autoridade Portuária de Gwadar, ambos destacando as condições perigosas para trabalhadores estrangeiros.

Essas ameaças influenciaram decisões de grandes empresas petrolíferas, como a decisão da Shell de vender suas operações no Paquistão para a Saudi Aramco em junho de 2023.

Enquanto as empresas petrolíferas globais permanecem cautelosas, a busca do Paquistão por parceiros para explorar suas reservas se volta cada vez mais para a China.

Embora a China tenha um relacionamento político historicamente forte com o Paquistão e possa exibir um apetite maior por riscos, incidentes de segurança recentes envolvendo ativos chineses podem complicar sua disposição de investir.

Além disso, o Paquistão pode precisar buscar mais colaboração com a Saudi Aramco para aproveitar totalmente seu potencial de petróleo e gás.

O país está envolvido em discussões contínuas com partes interessadas chinesas e sauditas para promover esse objetivo, conforme confirmado por Malik.

O Paquistão depende das importações para as suas necessidades energéticas

Atualmente, o Paquistão depende fortemente de importações para atender às suas necessidades energéticas, incluindo 20% do seu carvão, 29% do seu gás, 50% do seu gás liquefeito de petróleo (GLP) e até 85% das suas necessidades de petróleo.

Essa dependência ressalta a urgência de desenvolver suas reservas nacionais, mas também os desafios impostos por questões de segurança e pela dinâmica do investimento internacional.

Embora as vastas reservas de petróleo e gás do Paquistão sejam promissoras, a relutância das empresas petrolíferas globais em investir devido a preocupações com a segurança representa um obstáculo formidável.

A dependência do país em importações acentua ainda mais a necessidade de parcerias estratégicas para liberar seu potencial energético e alcançar maior independência energética.


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